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A perspectiva funcionalista de análise da sociedade tem a ordem e o equilíbrio como o “estado normal da sociedade”. Além disso, ao considerarem que a ordem é a regra, os funcionalistas tendem a perceber o conflito como patológico e, por assim ser, tendente a desaparecer. Para os funcionalistas a sociedade é compreendida como um organismo, composto por órgãos relacionados e com funções específicas. Funcionalismo A visão do conflito para os funcionalistas: Comte Durkheim Teorias do Conflito Karl Marx O conflito é algo inerente a sociedade O conflito é consequência das relações de produção e forças produtivas (luta de classes) O conflito promove a transformação social O conflito (luta de classes) é o motor da história Weber O conflito não é negativo ou patológico, mas uma ação cotidiana O conflito é necessário para a transformação social Weber tem como foco as ações sociais (e seus sentidos e significados) O conflito é resultado de uma concorrência por bens escassos (materiais e simbólicos) Durkheim A sociedade é um organismo complexo composto por partes que se conjugam em harmonia O conflito é patológico. Portanto para a harmonia social ele precisa desaparecer Para uma sociedade funcionar é preciso as várias partes que a compõe funcionem também Enfatiza a coesão e a ordem social, sendo que o normal é o equilíbrio Simmel A sociedade é produto das interações entre os indivíduos O conflito é uma forma de resolver as divergências e é uma forma de interação social O conflito promove o progresso da sociedade (transforma) O conflito é positivo, não patológico JURISDIÇÃO & ARBITRAGEM Jurisdição & Arbitragem O que é? É uma prática alternativa, quando as partes não conseguem resolver de forma amigável a questão entre si. Definição É um método heterocompositivo, ou seja, um terceiro que trará a solução para o conflito. O terceiro imparcial, chamado de árbitro, decidirá a situação para as partes. Como funciona? As partes permitem que um terceiro que seja especialista no assunto em questão decida o conflito, podendo, inclusive, nomear a pessoa que preferirem que atue no caso. Arbitragem OBS: A decisão de uma arbitragem tem a força de uma sentença judicial e não admite recurso. Jurisdição É quando o Estado, através do processo legal, resolve o conflito das partes. Na Jurisdição as partes entregam ao Judiciário o poder de decidir sobre o caso. Dessa forma, o(a) Juiz(a) figura como um terceiro imparcial que decidirá a solução para o conflito. As partes que chegam a uma solução Tem a atuação de um terceiro imparcial, que atua facilitando o diálogo e sugerindo possíveis soluções que atendam os interesses das partes para ajuda-las a encontrar um acordo e conduzir a conciliação. É indicada para conflitos menos complexos e mais pontuais, como aqueles envolvendo questões patrimoniais, por exemplo. As partes não são obrigadas a chegar a um acordo. CONCILIAÇÃOConciliação É um método autocompositivo, similar a mediação, em que um terceiro atua apoiando e auxiliando na resolução do conflito, indicado para casos de conflitos menos complexos e pontuais. Na conciliação, o conciliador atua de maneira ativa, sugerindo opções de acordo, etc. Conciliação VS Mediação: Diferença Conceito Características Apesar de ser bem parecido com a mediação, na conciliação o terceiro pode estar propondo uma solução e atua mais ativamente na resolução do conflito. Mediação A mediação é um processo autocompositivo voluntário (os envolvidos escolhem se querem participar ou não) segundo o qual as partes em disputa são auxiliadas por um terceiro imparcial ao conflito (mediador) para se chegar a uma solução que atenda às necessidades de todos envolvidos no litígio. Os mediadores são neutros: não dão conselhos, nem tomam decisões, eles facilitam um diálogo positivo e a decisão é tomada unicamente pelas partes. Código de Processo Civil - Art. 334 Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação Código de Processo Civil - Art. 149 São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. Código de Processo Civil - Art. 165 Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. O que é? Os mediadores: A mediação presente no ordenamento jurídico: Opções: Planejar as opções de um acordo é uma parte muito importante da negociação. Ao formular as opções, devemos buscar cenários que possam satisfazer os interesses das partes envolvidas, não somente de uma. Além disso, o momento de exposição das opções também é de extrema relevância. Nesse momento, devemos prestar atenção à "embalagem" (framing) que daremos às opções. Alternativas: Devemos elaborar a MAPAN (Melhor Alternativa Para um Acordo Negociado) ou MASA (Melhor Alternativa Sem Acordo), que consiste em pensar em todos os caminhos que nos restam caso não fechemos o acordo que pretendemos. São as escolhas que nos sobram se não obtivermos o SIM às opções geradas na negociação. A negociação é um processo e possui alguns elementos que devem ser levados em consideração para que seja possível uma boa negociação: Não importa o âmbito em que o profissional do Direito trabalha, nem se é um magistrado, promotor ou advogado de defesa ou acusação em um júri: a necessidade de negociar sempre se faz presente. Mas afinal, como desenvolver a fundamental arte da negociação na advocacia? A negociação tem 3 objetivos principais: 1 Buscar benefícios mútuos 2 Foco no interesse, não nas posições 3 Estimular a comunicação Negociação Para entender os interesses é necessário: Evidenciar os interesses, reconhecer os interesses como parte do problema, colocar o problema antes de sua resposta, olhar para a frente, não para trás, flexibilidade e assertividade. Como entender os interesses? Por que não? Por quê? Para a criação de opções para a negociação é importante levar em conta: interesses comuns, ganhos mútuos, trocas preferências distintas, criação de valor e comunicação e criação de valor e opções Fases da negociação 1 Preparação 2 Criação 3 Distribuição 4 Fechamento 1 Problema 2 Opções 3 Interesses 4 Alternativas Fechamento: Espera-se que o acordo tenha sido minimamente satisfatório para os dois lados e, fundamentalmente, que ele seja exequível. Por melhor que possa parecer um acordo, ele somente será bom, de verdade, se for implementado. Exemplo de Comunicação Não-Violenta "Joana, quando você grita comigo no ambiente de trabalho (observação), eu me sinto diminuído e irritado (sentimento) porque preciso sentir que sou respeitado e que meus colegas querem me ajudar a me desenvolver (necessidades). Você poderia me chamar para conversar em particular quando se sentir irritada comigo? (pedido). " A Comunicação Não-Violenta é uma metodologia comunicacional desenvolvida pelo psicólogo Marshall Rosenberg voltada para aprimorar os relacionamentos interpessoais e diminuir a violência. Para que a Comunicação Não-Violente se torne possível é preciso fazer uso da escuta ativa e profunda. Comunicação Não - Violenta Marshall Rosenberg Escuta ativa e profunda Empatia Respeito Atenção{ Ao falarmos de violência na comunicação, nem sempre estamos nos referindo à violência que faz uso da força física ou da violência verbal proposital, mas também da violência passiva. Violência passiva Deboche/Ironia/Sarcasmo Menosprezo/Desprezo Olhar Segundo Rosenberg há 4 componentes necessáriospara fazer o uso da Comunicação Não- Violenta. Para que a experiência seja 100% satisfatória é preciso dar e receber do outro esses 4 elementos. São eles: { Observação Sentimento Necessidade Pedido É necessário observar o que realmente está acontecendo, sem criar um juízo de valor, apenas compreender o que se gosta ou não . A partir da compreensão de qual sentimento foi despertado, é preciso reconhecer quais necessidades estão ligadas a ele. Depois, é preciso entender qual sentimento a situação desperta depois da observação. Nesse caso, é importante se permitir ser vulnerável Por meio de uma solicitação específica, ligada a ações concretas, é preciso deixar claro o que se quer da outra pessoa. Ainda segundo Rosenberg, na Comunicação Não-Violenta é preciso ouvir os sentimentos e não as palavras, caso a pessoa com quem se fala não saiba fazer o uso dos 4 elementos citados. Além disso, não se deve fazer o uso de pré-conceitos, pois julgamentos costumam fazer com que as pessoas ativem mecanismos de defesa e, assim, tomem atitudes violentas. O psicólogo norte-americano ainda fala nos seus estudos sobre a comunicação alienada, onde há a ausência de responsabilidade dos atos na hora de se fazer uma comunicação. Exemplo: No estudo da Comunicação Não-Violenta é importante trazer a diferença entre Juízo de Valor e Julgamento Moralizador (que é o que costumamos fazer ao comunicarmos um problema à alguém). Veja a seguir: Não concordo com este trabalho que me foi dado, mas tenho de fazer porque meu chefe mandou. Não concordo com este trabalho que me foi dado, mas opto por fazer, pois quero manter meu emprego. Ausência de Responsabilidade Presença de Responsabilidade e Opção JUÍZO DE VALOR Nossa visão sobre o que é bom para a vida JULGAMENTO MORALIZADOR Rótulos baseados no que achamos bom ou ruim. A Comunicação Não-Violenta atua em três níveis: - Intrapessoal (de nós com nós mesmos); - Interpessoal (de nós com terceiros, sejam essas relações pessoais ou profissionais); - Sistêmico (de nós com os sistemas que fazem parte das relações humanas e possuem acordos implícitos, como um transporte público, uma sala de aula ou um hospital, por exemplo). Podemos concluir, então, que a Comunicação Não-Violenta é de extrema importância tanto para o nosso crescimento interno e externo. Justiça RestaurativaJUSTIÇA RESTAURATIVA A técnica da justiça restaurativa existe desde as sociedades pré-coloniais, quando as sociedades africanas tinham como objetivo principal a resolução do desiquilíbrio causado pelo dano. O principal objetivo da Justiça Restaurativa é de reestabelecer e reequilibrar o bem estar e a dignidade existente antes do dano causado, levando em conta todas as consequências (atuais e futuras) causadas por este dano. Vale ressaltar, que a prática da Justiça Restaurativa tem o pressuposto de que o dano desestabiliza toda a sociedade, sendo assim, ela busca restaurar o bem estar social. Resolução 225/2016 do CNJ A resolução 225/2016 do CNJ (atualizada pela resolução 300/2019) dispõe sobre a Justiça Restaurativa e sobre como está deve ocorrer, levando em consideração os requisitos e os papeis da Justiça e dos facilitadores dentro desta prática. Origem Objetivo Como deve ocorrer A prática da Justiça Restaurativa deve ser aceita por ambas as partes e os encontros devem ser mediados por um facilitador especializado. Valores A prática da Justiça Restaurativa leva em conta a interconexão entre as partes, a responsabilidade, o empoderamento e a honestidade. Além disso, esta prática tem como objetivo buscar restaurar o bem estar de todas as partes afetadas pelo dano, de forma igualitária e justa. Sobre os Facilitadores A resolução 225 do CNJ diz que os encontros devem ser acompanhados por facilitadores especializados nas formas adequadas de resolução de conflitos podendo estes serem servidores do tribunal, agentes públicos, voluntários ou indicados por entidades parceiras. Além disso, deve-se ressaltar que o facilitador deve agir de forma a esclarecer regras e dúvidas para os encontros, assegurando que não haverá ameaça ou desrespeito entre as partes e deixando o poder de decisão e de fala apenas aos envolvidos ao dano, servindo este apenas como um facilitador para um diálogo saudável. feca6d8e9d16310bed51142c7e5859b2a5e7bee1149bfcd2bd73090fdbd55271.pdf feca6d8e9d16310bed51142c7e5859b2a5e7bee1149bfcd2bd73090fdbd55271.pdf feca6d8e9d16310bed51142c7e5859b2a5e7bee1149bfcd2bd73090fdbd55271.pdf
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