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Determinação do ponto de fusão de compostos orgânicos

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Universidade Estadual de Ponta Grossa 
Química Orgânica 
 
 
 
Farmácia - 2019 
Determinação do ponto de fusão de compostos orgânicos 
Flávia Cristina Dolci, Grazielen Thalis Costa Oliveira, Leandro Ferreira, Maria Eduarda Tech 
Turma: E 
 
Palavras-chave: fusão; temperatura; força intermolecular; 
Introdução 
O ponto de fusão de uma substância é a 
temperatura na qual existe um equilíbrio entre o estado 
cristalino bem arranjado e o estado líquido aleatório, ou 
seja, a temperatura em que uma substância passa do 
estado sólido para o líquido, em condições normais de 
pressão (SOLOMONS, 2009). 
Essa característica física das substâncias depende 
de uma força, chamada de força intermolecular, a qual 
mantém as moléculas da substância unidas. Dessa 
forma quanto mais forte a interação entre as moléculas 
mais energia será necessária fornecer ao meio para que 
essas interações sejam rompidas e elas mudem de 
estado físico (SOLOMONS, 2009). 
As forças podem ser do tipo: Forças íon-íon que 
mantém os íons unidos no estado cristalino, são forças 
eletrostáticas de rede fortes que agem entre íons 
positivos e negativos, para isso uma grande quantidade 
de energia térmica é necessária para quebrar romper a 
estrutura ordenada (SOLOMONS, 2009). 
Forças Dipolo-Dipolo ocorrem em moléculas que 
apresentam um momento de dipolo permanente que é 
formado resultante da distribuição não uniforme dos 
elétrons ligantes. As interações dipolo-dipolo são mais 
fracas do que as forças entre os íons, portanto 
necessitam de uma menor energia térmica para romper 
suas ligações (ATKINS, 2001). 
A ligação de hidrogênio é um tipo de atração 
intermolecular, na qual um átomo de hidrogênio fica 
entre dois átomos pequenos, fortemente eletronegativos, 
que tem pares isolados de elétrons, principalmente N, O 
ou F. É o tipo mais forte da força intermolecular, 
necessitando dessa forma uma alta energia térmica para 
quebrar as ligações (ATKINS, 2001). 
Forças de van der waals surgem da atração entre 
os dipolos elétricos instantâneos de moléculas vizinhas. 
Essas interações dependem da polarizabilidade das 
moléculas, isto é, da facilidade de deformação das 
nuvens de elétrons, com isso a ligação é muito mais fácil 
de ser rompida e a energia utilizada é baixa (ATKINS, 
2001). 
A determinação do ponto de fusão é aplicada na 
identificação de substâncias desconhecidas, assim como 
para verificar a pureza de uma amostra (SOLOMONS, 
2009). Neste experimento testamos o ponto de fusão do 
ácido benzóico afim de observarmos suas propriedades 
físico-químicas. 
 Resultados e Discussão 
 Para realizar a prática da determinação do ponto de 
fusão do ácido benzoico recristalizado foi necessário 
macerar o mesmo com o auxílio de um grau e pistilo, até 
a amostra ficar com partículas bem menores, para então 
ser possível coloca-la em um tubo capilar previamente 
fechado na chama. 
 O tubo capilar contendo o ácido foi fixado junto ao 
termômetro e imersos em um tubo contendo glicerina. A 
chama foi posicionada na alça do tubo até a glicerina 
esquentar e se observar a total mudança de fase do 
ácido benzoico, a qual ocorreu entre 111ºC a 113ºC. 
 Esse valor de ponto de fusão é considerado alto e se 
deve ao tipo de interação que esta molécula possui 
(ligação de H). 
 O ponto de fusão está mais baixo do que o ponto de 
fusão do ácido benzoico (122,1ºC) apontado na literatura 
porque o sistema utilizado para a realização da prática é 
muito propício a ocorrência de erros: a) a temperatura de 
chama não é controlada; b) oscilação da chama interfere 
o aquecimento gradual; c) os termômetros podem não 
estar calibrados corretamente; d) a substância pode não 
estar bem compactada dentro do capilar; e) substância 
não está bem pulverizada. 
Conclusão 
 A conclusão a que pode se chegar é de que o ponto 
de fusão obtido no experimento (111ºC – 113ºC) foi 
inferior ao ponto de fusão, encontrado nas literaturas, 
para o ácido benzoico (122,1ºC). As causas para que 
isso tenha ocorrido são a probabilidade de a amostra 
estar impura ou o termômetro não estar devidamente 
calibrado. 
 
Referências Bibliográficas 
ATKINS, P; JONES,L. Princípios de Química: 
questionando a vida moderna e o meio ambiente. 
Porto Alegre: Bookman, 2001. 
 
SOLOMONS, T.W.G; FRYHLE, C.B. Química Orgânica. 
Rio de Janeiro: LTC, 2009.

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