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7B Antônio, residente em Recife, foi contratado para trabalhar como ajudante de obras, em obra da Construtora Ceará Ltda., localizada na cidade de Fortaleza, obra a ser realizada na capital de Alagoas, Maceió. Trabalhou de 27/02/2018 até 20/03/2019, oportunidade em que as obras foram encerradas e Antônio retornou para sua cidade de origem. Findado o contrato de trabalho, Antônio procurou seu sindicato para propor ação trabalhista, na medida em que teria se ativado em horas extras, as quais não foram quitadas, e por não ter a reclamada realizado o seu cadastramento no PIS – Programa de Integração Social. O Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Pernambuco, através de seu jurídico, afirmou que não poderia assumir o caso, eis que não atuava fora de sua base territorial e que Antônio deveria se dirigir à cidade de Maceió e lá procurar um advogado para distribuição de sua ação trabalhista, eis que o juízo competente é o de Maceió. Inconformado, Antônio consultou advogado em sua cidade, o qual optou pela distribuição da ação trabalhista na própria cidade de Recife, pleiteando o pagamento das horas extras que, segundo Antônio, não foram quitadas, bem como a indenização pelo não cadastramento no PIS. Distribuída a ação trabalhista, na cidade de Recife, a reclamada foi notificada e, no prazo legal, arguiu exceção de incompetência em razão do lugar, alegando que a competência para julgamento da demanda era de uma das varas do trabalho de Fortaleza, sob o fundamento de que se trata do domicílio do réu. Na mesma oportunidade apresentou defesa alegando incompetência absoluta em razão da matéria, quanto ao cadastramento no PIS, eis que o cadastramento deve ser feito pela Caixa Econômica Federal e, assim, a competência seria da Justiça Federal. O juiz do Trabalho, ao decidir as questões relativas à competência, determinou, de ofício, a remessa dos autos para a cidade de Maceió, eis que competência em razão do lugar é matéria de ordem pública e extinguiu o processo quanto ao pedido de cadastramento do PIS, por entender que a Justiça do Trabalho não é competente em razão da matéria. Pergunta-se: 1- Acertou o patrono de Antônio ao optar pelo juízo da cidade de Recife? Explique dando o fundamento legal. 2- Tem razão a reclamada ao alegar que a competência é das Varas de Fortaleza? Explique dando o fundamento legal. 3- Com base na legislação vigente, acertou a reclamada ao arguir preliminar de incompetência em razão da matéria? Explique. 4- Poderia o magistrado determinar a remessa do processo para Maceió? Explique. 5- Qual a natureza jurídica da decisão proferida pelo magistrado? Explique.
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