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CIRURGIA AMBULATORIAL-- HÉRNIAS · É a protrusão anormal de um órgão ou tecido intrabdominal recoberta por peritônio através de um defeito na parede natural (como o canal inguinal, cicatriz umbilical) ou anômalo (incisional). · O conteúdo da hérnia é coberto por peritônio. · Diferença de deiscência e hérnia é que a deiscência passa pela musculatura e peritônio (fica recoberta so por pele, sai para fora do peritônio), já a hérnia é recoberta pelo peritônio, abre so musculo e aponeurose. As hérnias ocorrem após duas semanas de cirurgias, a deiscência ocorre logo após a cirurgia. · Acima do ligamento inguinal: hérnias inguinais. · Abaixo do ligamento inguinal: hérnias femorais. · Saber reconhecer Diástase dos Retos: não é uma hérnia, pois não tem orifício herniário. TTO é só estético. Quando contrai os músculos, a aponeurose fica sobrando entre eles, pois os músculos são afastados. · 75% das hérnias ocorrem na região inguinal. 65% dessas são indiretas. · As hérnias inguinais (75%) são mais comuns em homens. · As hérnias femorais (8%) são mais comuns em mulheres, mas menos frequente que na região inguinal, logo, as inguinais ainda são as mais frequentes nas mulheres. · As hérnias umbilicais são 15%. Além disso, há também hérnias incisionais. · As hérnias inguinais e femorais são mais comuns no lado direito, por causa do colon sigmoide. · A prevalência aumenta com idade. · Entrangulamento ocorre mais nos extremos de idade. Hérnia Externa:protrusão através de todas as camadas da parede abdominal. São as mais comuns. Hérnia Interna:protrusão do intestino através de um defeito dentro da cavidade peritoneal · Ocorre estrangulamento de intestino no mesentério, não deixando nada aparente externamente. · Defeito dentro da cavidade peritoneal Interparietal:saco herniárioestá dentro da camada musculo-aponeurotica da parede abdominal. H. SEAGEL. - aumento da pressão intrabdominal causa hérnias. ANATOMIA: - músculos retos na parede anterior. - parede lateral Trasverso abdominal (fibras saem da crista ilíaca até a linha media), obliquo interno (fibras da crista ilíaca até arco costal), obliquo externo (fibras saem do arco costal até a crista ilíaca). Varias fibras de todos os músculos vao para o púbis também, isso forma a bainha. Além disso, formam o ligamento inguinal (é a parte mais inferior do obliquo externo). Abaixo do ligamento inguinal, passa artéria, nervo e veia femoral. - bainha dos retos: Obliquo externo passa na frente do reto, o transverso passa atrás e o obliquo interno se divide. Depois do umbigo, passa pela frente. As alças de interstino podem passar entre o musculo e aponeurose, formando uma hérnia de spiegel, que é a única hérnia intramural. - qualquer orifício que fica debilitado pode se alargar e causar hérnias, como canal inguinal, cicatriz umbilical, anel femoral, linha alba. - pelo funículo, onde desceu o testículo, se ficar forçando e alargando o orifício, podem ocorrer as hérnias inguinais. - vasos epigástricos (vem das ilíacas) fazem vascularização da parede lateral, entram na bainha do reto. Vascularizam também a pele, para isso precisam passar por orifícios entre musculo e aponeurose. Nesses orifícios, podem ter hérnias epigástricas. - 5% das pessoas terão hérnias abdominais. - hérnia indireta vem através do funículo. A direta vem direto na parede inguinal. Uma passa pelo canal inguinal · Subcutâneo: · Fáscia de Camper: delicada, bem vascularizada, mais superficial. · Fáscia de Scarpa: mais espessa, mais profunda, fácil de ver, sobre a superf. do obliquo externo e vai até a bolsa escrotal para formar a Túnica Dartos do testículo. · Abaixo do subcutâneo existe apenas APONEUROSE DE OBLIQUO EXTERNO: porção muscular está lateral a região inguinal. · A borda livre da aponeurose forma o LIG INGUINAL/ DE POUPART( da espinha ilíaca anterossuperior até o tubérculo púbico) ultimas fibras da aponeurose do OE. · LIG. LACUNAR: formado pela inserção do inguinal ao púbis: vai formar a borda media do espaço femoral. · Abaixo da aponeurose está o canal inguinal e seu conteúdo A aponeurose forma o limite anterior do canal. · CANAL INGUINAL: Entre o anel inguinal interno (profundo) e o anel inguinal externo (superficial) · Medial aos vasos epigástricos é uma hérnia direta. Lateral aos vasos é indireta. · É uma passagem na musculatura da parede, acima do Lig inguinal, de +- 4 cm. · De direção obliqua: lateral -> medial. E de profundo para superficial · Através dele passam o FUNICULO ESPERMÁRICO, no homem, o LIGAMENTO REDONDO DO UTERO nas mulheres e o NERVO ILEO INGUINAL nos dois sexos. O funículo espermárico é formado pelo musculo cremaster, ducto deferente com sua artéria e veia, a artéria e veia expermáticas externas, conduto peritoniovaginal ou plexo pampiniforme e o ramo genital do nervo genitofemoral. · Hérnia: perfuração dos músculos oblíquo externo interno e reto. · Através da palpação do canal inguinal se diferencia hérnia direta de indireta. · Indireta: a protrusão vem de encontro ao dedo · Direta: a protrusão é sentida na polpa digital, a partir do assoalho do canal inguinal. · Anel inguinal Interno/Profundo: · Na parede posterior · Defeito na fáscia transversalis a meia distancia entre espinha ilíaca ântero-superior e o tubérculo púbico, 2 cm acima do ligamento inguinal · Anel inguinal Externo/Superficial: · Defeito na aponeurose do obliquo externo · Defeito na aponeurose do obliquo externo, imediatamente acima e lateral ao tubérculo púbico. · Passam pelos anéis: · Funículo espermático(contém varias estruturas do sistema genital masculino) · Ligamento redondo do útero. · Nervo ileoinguinal: Divide a inervação da região com o N. Ileo-hipogástrico (na aponeurose do MOE). · Parede anterior: aponeurose do MUSCULO OE e fibras do OI no 1/3 lateral. · Parede posterior: fasciatransversalis e aponeurose do MT. · Parede superior OI e OE do abdome. · Parede inferior: ligamento inguinal e lacunar na porção mais medial. · Abaixo do Canal inguinal estão os m. obliquo interno e o transverso que formar a parede superior e posterior do canal. · Tendão Conjunto da região inguinal onde se fusionam o OI e o OE. Abaixo do T. Conjunto há apenas a aponeurose do obliquo externo, assim é uma área frágil e passível de hérnias inguinais. Abaixo do tendão conjunto temos o ligamento inguinal, entre essas duas regiões temos apenas a aponeurose do OE cobrindo, é uma área frágil nessa área aonde acontece as hérnias inguinais. Mais profundamente encontramos: · Fáscia Transversalis: abaixo do m. transverso. Reveste a porção mais interna de toda musculatura da parede. Abaixo dela está a gordura pré-peritoneal e após o peritônio. · Estruturas importantes abaixo da F. Transversalis: · Lig de Cooper: espessamento do periósteo da face interna do ramo superior do púbis. É usado como ponto de reparo na Mc Vay. · Trato Iliopúbico/ Lig de Thomson: formado pela aponeurose do transverso. Formar parte do anel femoral e do anel inguinal interno. É usado no reparo em videolaparoscopia. · TRIÂNGULO DE HESSELBACH: · Limites: inferior-LIG INGUINAL; medial- BORDA DO RETO ABD; lateral-VASOS EPIGÁSTRICOS inferiores. Limite superior ligamento inguinal; Inferior musculo pectíneo; Limite lateral: veia femoral; Medial ligamento lacunar. · Localizado na parede posterior · Região de maior fraqueza da FasciaTransversalis vulnerável a formação de hernias · Canal Femoral: abertura abaixo do ligamento inguinal. Nele passam nervo, artéria e veia femora. Nele é onde acontecem as hérnias femorais · Limites: anterior-TRATO ILEOPÚBICO; posterior-LIG DE COOPER; lateral- V. FEMORAL. PONTOS DE FRAGILIDADE DA PAREDE ABDOMINAL: Linha alba Linha semilunar passível de formação de hérnia hérnia de Spegal, hérnia intraparietal. Região umbilical Canal inguinal Triângulo de Hesselbach Anel femoral Triangulo lombar superior Triangulo lombar inferior. EPIDEMIOLOGIA · 5% da população desenvolverá hérnia abdominal · 75% das hérnias ocorrem na região inguinal · 65% destas são indiretas (mais comum tanto em homens quanto mulheres- hérnias diretas são muito incomuns em mulheres) · Mais comum em homens: anel inguinal é muito maior. · Hérnia femoral mais comum em mulheres, mas menos frequente que a hérnia inguinal. Frequente a ocorrência das duas · A mais comum sempre é a INGUINAL, tanto em homens como mulheres. · Se for comparar só entre as hérnias femorais, aí sim é mais comum em mulheres · São mais comuns no lado direito (inguinal e femoral): sigmoide à esquerda · Prevalência aumenta com a idade: Debilidade da parede abdominal, aumentando a frequência das hérnias. · Estrangulamento ocorre mais nos extremos de idade · Frequência · Inguinal: 75% · Umbilical: 15% · Femoral: 8% · As hérnias bilaterais são 4 vezes mais frequentes nas formas diretas do que nas indiretas · RECIDIVAS: · Em 1-3% em 10 anos, normalmente nos primeiros 2 anos. · Mais comum nas diretas · Reparo com prótese diminui *** tanto as hérnias bilaterais quando as recidivas são predominantemente bilaterais. Sempre que avaliar uma hérnia, preciso ter as suspeitas pelos: - Sintomas: dor que pior com o esforço. Posso ter características de abdome agudo obstrutivo com vômitos. - Fatores predisponentes: preciso saber se tem algum fator predisponente para a ahernia, qualquer coisa que aumente a pressão intra-abdominal pode gerar hérnia. Paciente com mais idade, homem com prostatismo que precisa fazer força para urinar predispõem ao abdome uma pressão constante. HÉRNIA INGUINAL · Correspondem a 75% das hérnias abdominais. · São mais frequentes em homens e no lado direito. · A hérnia inguinal é quase sempre oblíqua externa ou indireta na criança e é devida à persistência do conduto peritoniovaginal (CPV) ou processo vaginal, um divertículo do peritônio que acompanha o testículo em sua descida para a bolsa escrotal. · Mais comum são as hérnias INDIRETAS, direta são muito incomuns em mulheres. · Indireta:Saco herniário é lateral aos vasos. · São secundarias a alterações congênitas do não fechamento do conduto peritoniovaginal no homem e do divertículo de Nuck na mulher. · Passaobliquamente do anel inguinal interno ao externo. Lateralmente ao vasos epigástricos. · Direta:Saco herniário medial aos vasos. · São adquiridas por enfraquecimento da musculatura da parede posterior do canal inguinal. · Protrui diretamente para fora, mediamente ao anel interno e vasos epigástricos. · Ocorre normalmente no Triangulo de Hesselbach segmento mais frágil da fasciatransversalis, principalmente por ser menos protegida pelo revestimento do musculo aponeurotico. · São decorrentes de desordens metabólicas do tecido fibroconjuntivo: há um redução do hidroxiprolina e consequente redução do colágeno e da cicatrização, por isso as chances de recidivas são grandes(exceto quando se usa próteses para reforço do reparo). · Fatores que estão associados: tabagismo(interfere na síntese do colágeno), idade avançada, desnutrição, doenças crônicas, atividade física intensa. · Mista/ em Pantalona:direta e indireta. Vai para o escroto - As hérnias inguinais, direta e indireta, e as femorais hérnias da virilha. DIAGNOSTICO: - EC ainda se impõe como principal e único instrumento para diagnostico dessa patologia, sendo incomum EC. - EC: ES, TC reservados para raros casos de dúvida diagnostica. QUEIXAS FREQUENTES: - Sensação de peso ou dor mal definida na região inguinal associada aos esforços. - A dor pode estar acompanhada da presença de abaulamentos na região inguinal. Esse pode retornar espontaneamente ou não o que geralmente é acompanhado por dor intensa. Assim podemos classificar: · Hernia Redutível · É reduzida (saco herniário retornar a cavidade) espontaneamente ou pela manobra manual/ de Taxe. O conteúdo sai e volta para a cavidade abdominal. · HerniaIrredutivel/Encarcerada · Não é possível a redução manual. · Pode levar a obstrução intestinal. · Sai o conteúdo intestinal e, por aumento de esforço, ocorre edema e não volta para cavidade abdominal. Causa dor persistente. · Hernia Estrangulada: · Quando o encerramento leva a comprometimento vascular. · Complicação grave mais comum: dor intensa, sinais flogísticos na região inguinal. · 1-3% das hérnias inguinais · 15-20% das femorais · Também pode levar à obstrução intestinal quando uma viscera do delgado faz parte do saco herniário. · quando o conteúdo herniario fica para fora, há edema, estrangula os vasos, diminui retorno venoso e diminui sangue arterial, causando isquemia. EXAME CLINICO: - Durante o EC deve-se buscar fatores desencadeantes, ou seja, fatores que levem ao aumento da pressão intra-abdominal e o desenvolvimento de hérnias. Entre os mais comuns encontramos HIPERTROFIA PROSTÁTIA, ASCITE, TOSSE CRONICA, CONSTIPAÇÃO CRONICA E TUMORAÇÃO ABDOMINAL esses fatores devem ser eliminados ou minimizados no pré – operatório já que são responsáveis por um risco maior de recidiva e falha da herniorrafia. EXAME FISICO: - Manobras para diferenciar hérnia direta de indireta: O examinador introduz o dedo no anel inguinal externo que é palpado através da bolsa escrotal. De-se introduzir o dedo na porção mais inferior do saco scrotal e invaginamos o saco herniniário para o interior do canal inguinal até encontrarmos o orifício externo. Solicita-se então que o paciente realize a manobra de valsava. Caso seja palpada a protrusão que vem de encontro ao nosso dedo HERNIA INDIRETA. Caso a protrusão seja sentida na ponta digital, a partir do assoalho do canal inguinal HERNIA DIRETA. DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DE HÉRNIAS INGUINAIS: - Hidrocele, adenite inguinal, varicocele, testículo ectópico, lipoma, hematoma, cisto sebáceo, hidradenite de gl. Apocrinas inguinais; abscesso de psoas; linfoma; neoplasia metastática, epididimite, torção testicular; hérnia femora, adenite femoral, aneurisma ou pseudoaneurisma de femoral. HÉRNIA FEMORAL · 8% das hérnias da virilha. · Mais comum em mulheres, obesas acima de 45 anos · Normalmente a direita e 20% são bilaterais · O saco herniário se anuncia através do canal femoral, estrutura inelástica localizada inferiormente ao ligamento inguinal. · No EF observamos abaulamento na região inguinal localizado inferiormente ao ligamento inguinal. · Maior risco de encarceramento e estrangulamento · Canal femoral esta inferior ao lig inguinal · TTO com cirurgia de Mc Vay modificada: usa tela. HÉRNIA UMBILICAL Persistência do anel umbilical sem o fechamento de sua camada aponeurotica após o nascimento. Protrusão anormal do tecido contendo tecido gorduroso pré peritoneal e omento. Raramente encontramos alças intestinais no conteúdo do saco herniário · RN · Fecha espontaneamente até 2-4 anos de idade: 80% · Mais comum em negros · Raramente complica (encarceramento) · Muitos cirurgiões aguardam o fechamento espontâneo do anel herniario, ou caso isso não ocorra, esperam a criança estar no jardim de infância. Exceção dessa regra inclui grandes defeitos (>2cm) dificuldade de fechar espontaneamente. · Cirurgia apenas se não regredir após os 3-4 anos de idade: exceto em casos de grandes defeitos. · Ex: onfalocele é uma hérnia exagerada- tto. · ADULTO · Mais frequentemente secundária a um defeito adquirido decorrente de aumento da pressão intra-abdominal associada à gravidez, esforços físicos, ascite, obesidade. · Eventualmente em adultos pode ser resultado de hérnia congênita não diagnosticada. · Pacientes com cirrose e ascite pode haver estrangulamento ou ruptura do saco herniário, complicações que acarretam peritonite secundária e óbito na totalidade dos casos. · Embora com riscos elevados, o reparo das hérnias umbilicais em pacientes com cirrose e ascite é recomendado. · Encarceramento e estrangulamento frequentes Sempre cirurgia- exceto quando tem ascite · Normalmente contem vísceras que estrangulam causando peritonite secundária e óbito. · Mais comum em mulheres. · 15% combinada com inguinal; HÉRNIAS EPIGÁSTRICAS · Protrusão da gordura pré-peritoneal ou do peritônio através de um defeito na linha alba, entre o apêndice xifoide e a cicatriz umbilical · Geralmente assintomática. Alguns pacientes apresentamdor surda, mal definida em epigastro e mesogastro, geralmente desproporcional ao tamanho da hérnia. · Hérnia da linha media para cima, ocorrem pelos orifícios de passagem de vasos mesentéricos que irrigam o epigástrio. · TTO: fechamento simples do defeito da linha alba. HÉRNIA INCISIONAL · Ocorre por deiscência aponeurótica. · A incidência é de cerca de 11% após cirurgia abdominal. · Cerca de 150.000 pacientes por ano nos EUA irão desenvolver esta complicação. · Risco de encarceramento (6 a 15%) e estrangulamento (2%). · Comprometimento estético para o paciente. · Os principais fatores de risco incluem infecção do sitio cirúrgico e obesidade. · Recidiva de aproximadamente 45%. · Seu reparo cirúrgico requer: · Material caro (tela), com risco de infecção, · Internação hospitalar prolongada, · Drenagem do tecido subcutâneo nas hérnias grandes · Fatores de Fisco · Interferem com a cicatrização: · Síntese da aponeurose com fios absorvíveis · Erro na técnica de fechamento · Tabagismo → aumenta em 4 vezes o risco · Desnutrição · Uso de corticoides e imunossupressores · Infecção de ferida operatória · Defeitos genéticos na síntese do colágeno · DM · Aumentam a pressão intra-abdominal: · Obesidade · Ascite · Prostatismo · Constipação intestina HÉRNIAS INCOMUNS Hérnia de Spiegel/ Interparietal LINHA SEMILUNAR. · Hérnia que fica no meio da parede/ interparietal-> na linha arqueada ou abaixo dela. · Entre a BORDA LATERAL DO RETO ABD E A LINHA SEMILUNAR. · Localização infraumbilical. · Clínica mal definida e dificuldade diagnostica, principalmente em obesos. Difícil palpação do saco herniário e do defeito aponeurotico. · Entrada de conteúdo pela bainha do reto. · Segue o caminho dos vasos epigástricos HÉRNIAS LOMBARES · Defeito na fascia fibromuscular da parede posterior do abdome. · Podem ser congênitas: geralmente bilaterais e mais em meninas · Adquiridas: unilaterais, mais em idosos. · São raras, sendo a do trigono lombar superior a mais encontrada. Podem ser congênitas (mais comuns), geralmente bilaterais e mais comuns em meninas. Ou adquiridas, geralmente unilaterais, sem preferencia por sexo. · Triângulo lombar superior( Grynfelt): abaixo da 12ª costela. · Superior: 12ª costela · Medial: musculo quadrado lombar · Inferiormente: m. denteado menor. · Lateralmente: OI. · Pavimentoso: aponeurose do transverso do abdômen. · É a mais comum das lombares · Triângulo lombar inferior (Petit): acima da crista iliaca · Medial: grande dorsal · Lateral: obliquo externo · Inferior: crista ilíaca · Pavimentoso: obliquo interno. HÉRNIA OBTURADORA · É mais comum em mulheres e em pct debilitado · Ocorre pela fraqueza da memb obturadora, permite a passagem do saco hernionario contendo estruturas abdominais pelo trajeto do feixe vasculonervosoobturatorio, sacoherniário passa pelo canal obturador · Pode ocorre compressão do conteúdo do canal, principalmente do N obturador, dor na face interna da coxa (sinal de Howship-Romberg). · HÉRNIAS ESPECIAIS HERNIA DE RICHTER · Ocorre pinçamento lateral apenas da borda antimesentérica de víscera abdominal, permitindo o estrangulamento desse segmento de alça. · Pode haver ESTRANGULAMENTO SEM OBSTRUÇÃO: dificulta o diagnóstico. Apesar de ser rara é um lugar em que posso ter hérnia estrangulada, sem obstrução. Não é todo calibre da alça. · Mais comum em hérnias femorais · Ocorre O ENCARCERAMENTO PARCIALda borda antimesentérica de víscera abdominaL HERNIA DE LITTRÉ: · Contém um Divertículo de Meckel no interior do saco herniário · Divertículo de Meckel: anomalia congênita mais comum do intestino. Localizado na borda antimesentérica do íleo, +- 60 cm da válvula ileocecal. · Mais frequente nas H. Inguinais(50%); Femorais (20%) e Umbilicais (20%) · Pode ocorrer estrangulamento e necrose sem obstrução intestinal · Facilita que a herniação seja só lateral · Reparação cirúrgica da hérnia e se possível excisão do divertículo HÉRNIAS POR DESLIZAMENTO: · QUANDO UM ÓRGÃO COMPÕE O SACO herniário desce recoberto com peritônio em apenas uma parte- o saco herniário não é totalmente fechado. · Normalmente vísceras encontradas: cólon e bexiga. · Maioria é uma variante da H inguinal indireta, mas pode ocorrer nas femorais. Mais difíceis de encarcerar. CAUSAS - FATORES PREDISPONENTES · Constipação > esforço evacuatório · Prostatismo> esforço para urinar · Asma, DPOC, tabagismo > tosse · Enfraquecimento da musculatura · Desnutrição · Idade/sedentarismo · Doenças: DM, ICC, Neoplasias · Tabagismo: altera síntese de colágeno. · Aumento da Pressão Abdominal · Esforço: DPOC, Doença prostática, Cistocele e Retocele. · Gravidez: umbilicais, femurais · Obesidade: umbilicais e incisionais · Dialise peritoneal · Ascite · Nos pacientes cirróticos é containdicada a cirurgia de hérnias umbilicais. Só operar hérnia umbilical quando causar sinais de isquemia da pele. · Uso de telas diminui recidivas. Fica sem tensão. INVESTIGAÇÕES · Protrusão anormal de um órgão ou tecido através de um defeito da parede · Hérnia redutível: aparece após esforço, desaparece no repouso · Hérnia irredutível ou encarcerada: é uma emergência · Hérnia estrangulada: complicação grave mais comum, 1 a 3% das hérnia inguinais, 15 a 20% das femorais ESTRANGULA principalmente nas FEMORAIS. · Edema dificulta a circulação arterial · Emergência · Em hérnia encarcerada se reduz em no máximo 6 horas desde o surgimento da hérnia por risco de introduzir um intestino necrosado podendo resultar em perfuração e peritonite > cirurgia DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL · · Lipoma · Linfoma · Testículo ectópico · Aneurisma de artéria femoral · Hidrocele: peritônio que acompanha o testículo acumula líquido. · Neoplasia metastática · Cisto sebáceo DIAGNÓSTICO · Habitualmente clinico: inspeção, palpação, ausculta (RHA) · Ecografia: alta sensibilidade e especificidade para hérnia inguinal e femoral CLASSIFICAÇÃO – Classificação envolvendo h. inguinal e femoral: 1 hérnia de criança, não tem defeito nenhum. 2 hérnia mais comum tem dilatação do anel. 3c – 4 bem definidas, tem protrusão, mas sem defeito nenhum. 1 – hérnia da criança, não tem defeito. 3a e 3b tem defeito na parede posterior. É preciso diferenciar a 2 e a 3b que podem confundir. A 2, é puramente indireta com a dilatação do anel. A hérnia 3b além da dilatação do anel tem destruição da parede. Encarceração de curta duração e sem evidencia de toxicidade:Sedação, medidas conservadores e manipulação da hérnia adiamento da exploração 4 a 6 horas. Se após 4-6h a hérnia se mantiver irredutível reparação de urgência (tx de complicações 20x maior que eletiva). Se se passou mais de 6horas, não devo reduzir, deve-se fazer cirurgia de urgência bem mais complicada Depois de 6h não pode fazer redução apenas cirurgia de urgência. Antes da intervenção por encarceração deve proceder-se a: · Intubação naso-gástrica · Hidratação · ATB · Tricotomia de toda parede abdominal anterior. TRATAMENTO – pode-se adotar uma conduta expectante em doentes assintomáticos, principalmente em idosos. OBS: H. estrangulada é emergência cirurgica, já que estruturas intra-abdominais (vísceras, omento, gordura pré-peritoneal) apresentam sofrimento isquêmico, o que coloca o paciente em grande risco de peritonite. H. redutíveis: imensa maioria dos casos são operadas eletivamente. Inumeras técnicas já foram desenvolvidas no tto das hérnias inguinais. Na pediatria inguinal é 95% dos casos indireta, não havendo defeito na parede posterior. Apresenta alto índice de acometimento bilateral e alto risco de estrangulamento, principalmente durante o primeiro ano de vida. Como não há fechamento espontâneo das hérnias inguinais, a cirurgia esta indicada em todas as crianças na época do diagnostico, principalmente menores de um ano pelos riscos mais mencionados. · Passos: · 1º) Reduzir a hérnia: colocar o conteúdo para dentro e Tratar o saco herniáro-não deixar pra fora excluir presença de estrangulamento ou de obstrução intestinal tem que tentar a redução manual do saco herniário. · 2º) Fazer um reforçoda parede,sem tensão - É preciso calibrar o orifício profundo, usualmente se deixa um orifício que entre uma polpa digital. Além disso, é preciso fazer um reforço de toda a parede, fecho a fasciatransversalis e para reforço uso a tela ou traz o tendão conjunto para o inguinal. Vai dando pontos por traz o tendão e esse cobre a região. Funciona muito bem por ser uma estrutura forte, o grande problema que se via nessas cirurgias é que como aproximo, essa área pode ficar sobre tensão, o que pode dificultar a cicatrização. Assim precisa não ter tensão para não recidivar. · Hérnias oligossintomaticas: poucos ou nenhum sintoma · Observação · Cirurgia · Hérnias sintomáticas · Cirurgia · Hernia de Deslizamento: · Cuidar na cirurgia para não pegar a parede do colón. · Herniorrafias sem tensão: com próteses · Todas as outras técnicas tem algum grau de tensão, prejudicando a cicatrização · Colocar tela diminui a recidiva · A tela forma uma cicatriz que faz o reforço da parede · Herniorrafias sem prótese: quando contra-indicada> exemplo: hérnia estrangulada · Shouldice · Bassini · McVay -o reparo é feito com a sutura do tensão conjunto no ligamento de Cooper, desde o tubérculo púbico até os vasos femorais. A partir dai a sutura é feita no ligamento inguinal até o anel inguinal interno. CIRURGIAS · LICHTENSTEIN: · Técnica com tela, mais utilizada. · A tela é suturada ao longo do lig inguinal inferiormente, no tendão conjunto e sob o obliquo interno. · Pincipio: EVITAR TENSAO COM USO DE PROTESE. · Na tele á feita uma abertura para a passagem do cordão espermático que é abraçado pela tela. · Principio da técnicaSem tensão (PROVA!!) cirurgias anteriores. Stoppa é o reparo clássico desse grupo, através de incisão mediana infraumbilical, desloca-se o espeço pré-peritoneal até o tubérculo púbico. São reduzidos os sacos herniários e coloca-se uma tela gigante desde a cicatriz umbilicar até o pube cobeindo, assim, a parede posterior das regiões inguinais e do hipogastro. Tela que cobre todo o preperitôneo- usada em doenças do colágenos que causam muitas hérnias. H. CRURAL – FEMORAL: - Abordagem inferior (Lockwood); - Abordagem trans-inguinal (Lotheissen – McVay); - Abordagem superior (McEvedy); - Abordagem laparoscópica. COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA – infrequentes e podem ser dividias em complicações de FERIDA OPERATORIA (hematoma, seroma e infecção), COMPLICAÇÕES ISQUEMICAS, COMPLICAÇÕES NEUROLOGICAS e RECIDIVAS. · De parede · Complicações isquêmicas: Orquiteisquêmica ocorre por trombose do plexo venoso testicular. (nao ressecar saco inguino-escrotal · Complicações neurológicas: Neuralgia (ramo genital do genito-femoral- na raiz da coxa) Neuroma: tumoração no coto do nervo que terá constante estimulação>dor . Ocorre por lesão dos nervos da região inguinal, ou por tração, uso de eletrocauterio ou aprisionamento do nervo. · Infecção de sítio operatório – as telas não aumentam o risco de ISSO. · Recorrências: Ocorre em 1 a 3% dos casos em um período de 10 anos de acompanhemtno. Acontece principalmente nos primeiros adois anos de cirurgia. DIDIREITAS são as que mais recidivam. Concições que podem favorecer a recorrência: pacientes com hiperplasia prostática benigna com componente obstrutivo devem ser tratados antes da herniorrafia, pacientes portadores de tosse crônica (Asma, DPCO) e alguns indivíduos obesos. Tto: so de tela por uma via diferente da usada anteriormente. PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR: - Triangulo lombar superior (GRYNFELT) · Superior: 12ª costela; · Medial: musculo quadrado lombar; · Inferolateral: OI; · Pavimento: aponeurose do transverso do abdome. - TRIANGULO LOMBAR INFERIOR (PETIT) · Medial: grande dorsal; · Lateral: OE; · Inferior: crista ilíaca · Pavimento: OI. NÃO SE OPERA PACIENTE COM CIRROSE COM ASCITE COM HERNIA UMBILICAL. Só se opera quando estiver prestes a necrosar. · Herniorrafias sem prótese: quando contra-indicada> exemplo: hérnia estrangulada · Shouldice · Bassini · McVay
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