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MAPA MENTAL DOENÇAS DE AVES: PARASITOSES EM AVES

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Parasitoses de aves
Ácaros Ornithony�us spp. Cestodas Raiietina spp.
Neem. Fonte: site Sítio da Mata.
Tratamentos Alternativos
 Devido ao impacto ambiental e sobre a qualidade do ovo causado pela utilização de 
compostos agrotóxicos, a busca por soluções menos deletérias é continua. 
 Dentro desse grupo podemos citar os produtos naturais como o Neem (Azadirachta 
indica), planta originada da Índia que possui ação antialimentícia e repelente através da 
atuação sobre a ecdise, e ovicida; o corte das penas da região da cloaca como forma de 
controle das infestações abaixo do nível considerado importante; e a utilização de 
temperatura altas para o controle do parasito em objetos inanimados, como caixas de 
ovos. Importante
Apesar das aves serem seus hospedeiros 
preferênciais, esses parasitos podem realizar o 
repasto em outros animais, como aves 
silvestres e redores, e também em seres 
humanos, nos quais são capazes de causar 
problemas dermatológicos e respiratórios a 
partir da exposição laboral.
Aspecto da pele. Fonte: Veterinary Manual MSD
Fonte: Manual de Manejo Aviagen, 2018
Fonte: Revista do Ovo, edição 22
Controle e tratamento
 As aves infestadas apresentam-se estressadas devido a ação irritativa 
sobre a pele (aspecto de sujidade); com perda de peso e queda de 
produção de ovos (5-10%); debilitadas e com possibilidade de 
acometimento por infecções secundárias; e anêmicas (em vários graus) 
devido à perda de sangue no local da lesão cutânea. Em grandes 
infestações, as galinhas em choco podem abandonar os ninhos, além de 
pintainhos e aves adultas poderem vir a óbito.
 O primeiro passo para instituição do tratamento é identificar a espécie do 
ácaro causador do problema, assim como informações sobre seu ciclo 
biológico e comportamento frente aos acaricidas. Para isso é preciso 
coletar alguns espécimes em vidro tampado contendo álcool a 70% e enviar 
para laboratório de identificação.
 Atualmente, o controle e tratamento das aves são feitos basicamente por 
pulverização das instalações e equipamentos, e banho das aves com 
acaricidas, dentre os quais pode-se citar os produtos fosforados, 
carbamatos, piretróides e piretrinas. Sendo que as aves devem ser tratadas 
por duas vezes, com intervalos de 5 a 7 dias visando abranger o rápido ciclo 
biológico dos ácaros.
 Além disso, ainda pode-se utilizar substâncias como anidro sulfuroso 
(dióxido de enxofre) e brometo de metila para fumigação; e tiras plásticas 
com permetrina fixadas no teto das gaiolas.
Os atuais sistemas de criação industrial implicam no alojamento de 
aves em confinamento com alta densidade, o que contribui para 
proliferação de importantes parasitas. Principalmente no que se 
refere as aves de postura, devido 
ao ciclo de produção longo.
Fonte: Circular Técnica 18 - Embrapa
Fonte: Documento 240 - Embrapa
Fonte: dissertação Diana Catarina. Lisboa, 2016
Etiologia
Os ácaros desse gênero são ectoparasitas comuns em aves e 
incluem as espécies Ornithonyssus sylviarum (“ácaro da pena”) e 
Ornithonyssus bursa (“piolho de galinha”). 
 Possuem hábitos hematófagos e são parasitas obrigatórios, ou seja, 
realizam o repasto sanguíneo, todas as mudas do ciclo biológico e a 
reprodução com consequente colocação de ovos sobre a pele de seu 
hospedeiro definitivo (galinhas e grande variedade de aves domésticas e 
silvestres).
 Representam uma séria praga para avicultura de postura em zonas de 
climas temperado (O. sylviarum), tropical e subtropical (O. bursa), não só 
pelo estresse e sintomatologia causada, como também por funcionarem 
como vetores de patógenos, como vírus (doença de Newcastle), 
Rickettsias e bactérias (Pasteurella spp.).
Tratamento
 As helmintoses podem se apresentar de forma assintomática, porém, em grandes infestações são 
capazes de causar lesões importantes a partir do parasitismo espoliativo no intestino delgado.
 A sintomatologia é diversa e inclui letargia, anemia, inflamação na bursa de Fabricius e diminuição do 
consumo de alimentos. Nesse sentido, os prejuízos ocorrem devido à redução do ganho de peso, do 
peso e da produção de ovos. Certa taxa de mortalidade pode ser observada devido à alta espoliação de 
sangue e anemia severa.
 O diagnóstico pode ser obtido via raspado da mucosa ou exame coprológico, porém, na maioria dos 
casos a espécie é diferenciada a partir do período pré-patente observado. 
Nas criações intensivas com aves criadas no 
piso, ocorre maior utilização de medicamentos 
convencionais de forma preventiva e curativa, 
como Mebendazole, Febendazol, Albenzadol, 
Niclosamida e Praziquantel.
Nesse sentido, é importante frisar que a 
redução da utilização desses compostos vem 
sendo cada vez mais cobrada por parte dos 
consumidores devido a percepção sobre os 
maiores riscos alimentício, ambiental e laboral.
Fonte: site Avicultura Industrial
Nas criações extensivas (coloniais/caipiras ou 
orgânicas), as aves estão mais expostas as 
parasitoses devido ao acesso a áreas externas ao 
galpão, que possibilita a maior ingestão de 
invertebrados que atuam como hospedeiros 
intermediários dos cestódeos. Nessas, o uso de 
fitoterápicos, como folhas e talo de bananeira, alho, 
romã, coco-da-baia e cipó-cravo vem sendo 
empregado como terapêutica adicional ao 
tratamento estratégico e com o uso de alopáticos.
Fonte: site Instituto Agro Fonte: site AgroCeleiro
Fonte: Primeiro registo de ocorrência de proglotes 
de Raillietina tetragona (Cestoda: Davaineidae) em 
albúmen de ovos de galinhas (Gallus gallus)
 A primeira observação da presença de Raillietina 
tetragona no albúmen de ovo de galinha ocorreu no 
sul do estado do Espírito Santo.
 Como os cestóides liberam seus proglotes no 
intestino, e esses geralmente são eliminados 
juntamente com as fezes, a convergência desse 
material para a cloaca (egião comum aos sistemas 
urinário, digestivo e reprodutor) teria permitido a 
passagem dessas estruturas para o ovo.
Relato de caso
Fonte: site O Presente Rural
Fonte: revista Avicultura Industrial, edição 1266
Fonte: site Pluma Agroavícola
Profilaxia
 Esses pequenos aracnídeos podem ser introduzidos nos 
aviários através de pintainhos contaminados via caminhões 
e/ou caixas de transporte infestados; pelo pessoal da granja; 
por equipamentos e bandejas de ovos; e até mesmo por 
aves silvestres (pardais, rolinhas e pombos) e roedores, que 
podem funcionar como vetores mecânicos.
 Nesse sentido, é importante manter o manejo de biosseguridade dentro dos 
plantéis, a partir de medidas como:
• Obtenção de animais de granjas de matrizes idône
as;
• Verificação e desinfecção das bandejas de ovos, 
dando preferência para a utilização das de plástico;
• Manutenção de rodolúvio e pedilúvio na entrada da 
propriedade e de cada galpão, respectivamente;
 • Redução da circulação de colaboradores entre 
diferentes galpões;
• Lavagem e desinfecção dos equipamentos durante 
o período de saída de determinado lote;
• Conservação de telamento adequado para evitar o 
contato com outras aves;
• Controle de roedores.
Fonte: apresentação site SlidePlayer
 Em frangos de corte, o rápido ciclo de produção reduz a importância da infestação 
pelas formas adultas desses parasitos, que completam seu longo ciclo entre 5 a 8 
semanas. Porém, as formas larvais podem estar presentes causando danos nas 
primeiras semanas de vida dos pintainhos. Já nas poedeiras, reprodutoras ou 
comerciais, os helmintos possuem maior importância devido ao tempo de vida das 
aves ser superior ao seu período pré-patente.
 Sua presença encontra-se fortemente ligada à de hospedeiros intermediários como 
moscas, formigas, minhocas, pulgas, lesmas, baratas e besouros. Devido a isso, 
uma alta porcentagem de animais pode ser infectada, especialmente nas épocas 
mais quentes do ano, quando os HI são abundantes.
Etiologia
 O gênero inclui espécies como R. tetragona, R. cesticillus e R. echinobothrida 
(mais patogênica), parasitas do intestino delgado que estão comumente presentes 
em lotes de aves, tanto em criaçõesextensivas (maior incidência), como nas 
intensivas com animais criados no chão (menor incidência).
 São conhecidos como “vermes chatos” devido ao formato achatado do corpo, 
constituído por escólice, que abriga as ventosas e o rostro, e cadeia de proglotes, 
segmentos que abrigam os ovos.
Raillietina tetragona. Fonte: Wikipedia
Raillietina cesticillus
Fonte: Preeyaporn Butboonchoo, 2016
Raillietina echinobothrida
 Os coleópteros detritívoros Alphitobius 
diaperinus, da família Tenebrionidae, 
popularmente conhecidos como “cascudinhos”, 
representam um dos principais insetos praga 
das aviculturas de corte e postura, onde se 
multiplicam rapidamente sobre cama, 
instalações, carcaças de aves mortas e até 
mesmo ovos.
 Oferecem grande risco de veiculação dos 
helmintos, devido ao hábito das aves, 
principalmente em idades tenras, substituírem a 
ração por seus estágios larval e adulto.
Fonte: site Ourofino Saúde Animal
Importante
Profilaxia
O combate às verminoses requer atenção 
quanto as normas de biosseguridade e manejo 
de eliminação dos possíveis fatores 
contaminantes do meio, como água, fezes 
(grande concentração) e insetos pragas a partir 
de limpeza e desinfecção da área (preferência 
pelo sistema all in/all out), além do telamento 
para redução da entrada de outras aves 
silvestres e ratos.
ADENDO
Além disso, o exame mensal das instalações, 
com obtenção de amostra de 20 a 30 aves por 
galpão funciona como medida adicional para o 
controle desses parasitos.
Autoria: Victória Bozi

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