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19/08/2019 1 Profº. Me. Adriano Saraiva Aguiar 19 de agosto de 2019 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI CAMPUS PROFª CINOBELINA ELVAS – CPCE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL COLHEITA Traçamento Também conhecida como toragem, consiste em seccionar a árvore. Esta operação deve iniciar-se pela base da árvore indo em direção ao topo; COLHEITA Traçamento O traçamento manual dos fustes pode ser feito: Machado; Serra de arco; Traçador; O traçamento semimecanizado é feito com: Motosserra; O mecanizado pode ser feito com: Harvester (individualmente); Máquina traçadora (coletivamente); SERRA DE ARCO TRAÇADOR MANUAL COLHEITA Traçamento Técnicas A técnica adequada de serrar garante segurança e ELEVADA produção; A técnica mais usual de traçamento de árvores com motosserra recomenda que o operador: Pernas ligeiramente abertas e flexionadas; Em caso de rebote, o corpo não perca o equilíbrio. POSIÇÃO SEMELHANTE AO DO BOXEADOR COLHEITA Traçamento Técnicas As mãos devem segurar a empunhadura e a alça; De que o polegar sempre cerque o cabo (punho cerrado); A motosserra deve estar sempre apoiada no tronco da árvore ou no corpo do operador; De forma a proporcionar maior segurança; COLHEITA 19/08/2019 2 Traçamento Técnicas Ao iniciar o corte de uma seção, deve-se acelerar a motosserra; O corte deve acontecer preferencialmente com aceleração total; A corrente deve estar bem afiada para evitar cortes tortos e desgaste unilateral; COLHEITA Traçamento Técnicas Quando se utiliza a parte inferior do sabre para o corte da madeira (movimento de cima para baixo); Diz-se que a corrente está em movimento de tração; A tendência é que a motosserra seja ligeiramente puxada para frente, em direção ao tronco; COLHEITA Traçamento Técnicas Quando se utiliza a parte superior do sabre para cortar a madeira (movimento de baixo para cima); A corrente está com movimento de empurro; A tendência é que a motosserra seja ligeiramente empurrada para trás, em direção ao corpo do operador. COLHEITA Traçamento Técnicas Os cortes com corrente em movimento de tração devem ser preferidos; São mais seguros; Exigem menos esforço; Do que o movimento de empurro; Próximo ao final de um corte de seção; Utilizar a ponta do sabre; Evitar que a corrente tenha contato com o solo. COLHEITA COLHEITA Empilhamento Chamado também de enleiramento ou embandeiramento; Formas de arrumação da madeira cortada no campo; Facilitar a extração; COLHEITA 19/08/2019 3 Empilhamento O empilhamento pode ser manual ou mecanizado; Nos métodos de trabalho em que se utilizam machados e motosserras, o empilhamento é manual; Nos métodos em que se utilizam feller-bünchers e harvesters, o empilhamento é mecanizado; COLHEITA Empilhamento A operação de empilhamento também evitar danos por: Umidade; Apodrecimento da madeira; Tem por finalidade facilitar a secagem; Os locais de empilhamento devem ser secos e livres de cobertura vegetal. Para madeira curta recomenda-se uma superfície plana. O GRANDE OBJETIVO DESTA OPERAÇÃO É FACILITAR O CARREGAMENTO E A MEDIÇÃO DOS SERVIÇOS REALIZADOS. COLHEITA Empilhamento As toras de madeira curta devem ser dispostas paralelamente facilitando assim o uso de gruas para o carregamento. DEVE-SE EVITAR O EMPILHAMENTO EM LOCAIS QUE OBSTRUAM OS CAMINHOS E AS ESTRADAS, BEM COMO O EMPILHAMENTO EM LOCAIS DE DIFÍCIL ACESSO PARA AS GRUAS E CAMINHÕES. COLHEITA Outros tipos de processamento COLHEITA Descascamento CONSIDERADA UMA ATIVIDADE OPCIONAL O descascamento pode ser realizado no povoamento florestal ou no pátio da indústria. COLHEITA Descascamento Tem por objetivo separar a casca do tronco, em função das necessidades do produto final (p.ex.: celulose e serraria); As empresas florestais produtoras de carvão vegetal não fazem o descascamento; Mesmo as empresas produtoras de celulose e móveis; Podem fazer o descascamento na indústria, em vez de fazê-lo no campo; COLHEITA 19/08/2019 4 Descascamento As principais vantagens do descascamento no campo são: Facilita a perda de umidade da madeira (secagem natural); Reduz o peso transportado; Evita a exportação de nutrientes do sistema; Favorece a secagem natural; A PRINCIPAL DESVANTAGEM DO DESCASCAMENTO NO CAMPO É: A madeira pode rachar com mais facilidade; Devido à secagem rápida. COLHEITA Descascamento O descascamento no pátio da indústria normalmente permite um maior rendimento: Devido às condições de estabilidade do terreno; Cobertura contra intempéries; Melhores condições de apoio ao trabalhador. NORMALMENTE QUANDO ESTE FATO OCORRE HÁ O APROVEITAMENTO DA CASCA COMO COMBUSTÍVEL. COLHEITA Descascamento Descascamento Manual O descascamento pode ser feito de forma manual com cavadeiras, facas, facões ou machadinha; Quando se trata de árvores cujas cascas têm facilidade de separar-se do tronco; É um método de baixo rendimento; COLHEITA Descascamento Descascamento Manual Este método não tem grande utilização na atualidade, em função da constante intensificação da mecanização. Pode ser realizado com machado, facões ou descascadores. VANTAGENS: - INVESTIMENTO INICIAL BAIXO; - BIOMASSA FICA NO POVOAMENTO; - USADO EM QUALQUER CONDIÇÃO DE TERRENO; - ALTA VERSATILIDADE. DESVANTAGENS: - MENOR QUALIDADE DO SERVIÇO; - BAIXO RENDIMENTO; - GRANDE CONSUMO DE FORÇA E OCORRÊNCIA DE FADIGA. COLHEITA Descascamento Mecanizado O descascamento mecânico no campo exige que o descascador tenha mobilidade; O rendimento da operação é bem superior ao descascamento manual; Pode ser feito com descascador móvel ou com uma adaptação no próprio harvester; DESCASCADORES DE TORAS MOVEIS COLHEITA Descascamento COLHEITA 19/08/2019 5 Descascamento COLHEITA Descascamento COLHEITA Descascamento COLHEITA Descascamento Mecânizado (Rotor); Este sistema normalmente é móvel; Quando o descascamento é realizado no povoamento; É fixo; Quando realizado na indústria; DESCASCADOR DE TORAS FIXO - DDF COLHEITA Descascamento Mecânizado (Rotor) VANTAGEM: BOM RENDIMENTO; DIMINUIÇÃO DO ESFORÇO FÍSICO DOS OPERÁRIOS; NORMALMENTE O CUSTO POR ST É MENOR QUE O MÉTODO MANUAL; BIOMASSA FICA NO POVOAMENTO. DESVANTAGEM: INVESTIMENTO INICIAL ALTO; DESCASCADOR DE TORAS FIXO - DDF COLHEITA Descascamento COLHEITA 19/08/2019 6 Descascamento Mecânizado (Tambor Rotativo) É muito utilizado em fábricas de celulose e papel. VANTAGEM: ÓTIMO RENDIMENTO; DESVANTAGEM: INVESTIMENTO INICIAL ALTO; NECESSIDADE DE ALTA EFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA; NECESSITA GRANDE QUANTIDADE DE MADEIRA E DE FORMA CONTÍNUA. COLHEITA Descascamento COLHEITA Descascamento COLHEITA Cavaqueamento Consiste na transformação da madeira em cavacos; Utilização na produção de celulose; Alimentação de caldeiras; É mais comum que o cavaqueamento seja feito na indústria; Se o mesmo for feito no campo; Torna-se uma etapa do corte florestal; COLHEITA Cavaqueamento Equipamento O equipamento que transforma a madeira em cavacos é chamado de picador; O picador pode lançar os cavacos no SOLO; Diretamente na carroceria do caminhão transportador; Facilitando assim o transporte. COLHEITA Cavaqueamento Métodos Existem basicamente três métodos de cavaqueamento: Cavaqueamento verde: Madeira com galhos; Cavaqueamento marrom: Madeira com casca (sem galhos); Cavaqueamento branco: Madeira sem casca e sem galhos; COLHEITA 19/08/2019 7 Rachamento É realizada com a finalidade de diminuir o diâmetro da madeira; Normalmente é executada em madeiras que passarão por processo de picagem. O rachamento também tem por função facilitar o transporte e a secagem. O rachamento pode ser realizado com machado (e outros) e/ou mecanicamente por rachadores estacionários, estes são muito utilizados em pátios industriais. COLHEITAMedição A unidade de madeira empilhada é o estéreo (simbolizada por: st). Normalmente os serviços de colheita são pagos por produção desde corte, desgalhamento, extração e empilhamento; Assim sendo os custos destes serviços são controlados por medição de campo. COLHEITA Medição - Fator de Empilhamento O fator de empilhamento (FE) é um demonstrativo da qualidade do empilhamento e depende de alguns fatores: Espécie (galhadas, tortuosidade, casca); Dimensões; Qualidade de traçamento; Qualidade de desgalhamento; Engaiolamento; COLHEITA Medição - Fator de Empilhamento O Fator de Empilhamento é a expressão numérica que define o volume, em estéreo, necessário para o empilhamento de 1m³ de madeira. O metro cúbico se refere ao volume de madeira maciça; O estéreo se aplica ao volume de madeira empilhada (madeira maciça mais os vazios). Fe= Volume em st / Volume em m³ Ve= A x L x c Vs= Ve/Fe Medição - Fases de Quantificação Quantificação por área, estrapolada para volume (st) de acordo com o inventário pré-corte; Quantificação a nível de povoamento: Avalia-se o seu volume em m³ ou st; Realizado no talhão após empilhamento; COLHEITA Medição - Fases de Quantificação Quantificação na saída do povoamento (carregado em caminhões); Quantificação a nível de entrada na indústria: Pode ser considerado o peso ou a medida na entrada da indústria (no caminhão); Quantificação no depósito da indústria; COLHEITA 19/08/2019 8 extra Fim COLHEITA