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ABORDAGENS DA PERSONALIDADE

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1
 
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE
JANAÚBA
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
TEORIA DA PERSONALIDADE E SUAS ABORDAGENS 
Carlos Alberto Breda Junior
Janaúba - MG
Novembro - 2020
CARLOS ALBERTO BREDA JUNIOR
TEORIA DA PERSONALIDADE E SUAS ABORDAGENS
Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências e Tecnologia de Janaúba como requisito para a disciplina de Teoria da Personalidade I.
Professor Roberto Pires.
Janaúba - MG
Novembro – 2020
Sumário	
1 TEORIAS PSICODINÂMICAS	4
1.1 Sigmund Schlomo Freud (PSICANALÍTICA)	5
1.2 CARL JUNG (ANALÍTICA)	8
2 TEORIAS EXISTENCIAL HUMANISTAS	10
2.1 ABRAHAM MASLOW (HUMANISTA)	11
2.2 CARL ROGERS	13
3 TEORIA COGNITIVA COMPORTAMENTRAL	15
3.1 Burrhus Frederic Skinner	16
3.2 AARON BECK	21
4 REFERÊNCIAS	24
1 TEORIAS PSICODINÂMICAS
As teorias psicodinâmicas não utilizam os métodos científicas usuais (padrão) de explicação, ela visa os pensamentos do indivíduo sobre as experiências, ou seja, essas teorias focam em como o indivíduo vê o mundo e seus relacionamentos. Elas focam nas pulsões de um indivíduo, as do inconsciente (Principalmente). também se concentra nas diferentes estruturas da personalidade de alguém. Psicodinâmica é o estudo e teorização sistemáticos das forças psicológicas que agem sobre o comportamento humano, enfatizando a interação entre as motivações consciente e inconsciente. O conceito original de psicodinâmica foi desenvolvido por Sigmund Freud então ao falar sobre teorias psicodinâmicas, estamos falando sobre um conjunto heterogêneo de perspectivas que têm sua origem em concepções de processos mentais derivados da psicanálise, todos compartilham com a teoria freudiana a ideia de que existem conflitos intrapsíquicos entre o consciente e o inconsciente, também é consideram a existência de estratégias e mecanismos de defesa usados ​​pela psique para minimizar o sofrimento causado por esses conflitos e concordam que a estrutura e a personalidade psíquicas são formadas durante a infância a partir da satisfação ou insatisfação das necessidades. Elas estão abertas a um grande número de distúrbios e problemas mentais, e não apenas a neurose e histeria.
Coleção de teorias psicológicas. 
Pacientes exibiam sintomas psicológicos sem base biológica. No entanto, esses pacientes não conseguiram interromper seus sintomas apesar de seus esforços conscientes, se os sintomas não pudessem ser evitados pela vontade consciente, eles deveriam surgir do inconsciente. Portanto, os sintomas eram o resultado de o inconsciente se opor à vontade consciente.
A teoria psicodinâmica foi formada para abranger qualquer teoria derivada dos princípios básicos de Freud, por isso os termos psicanalítico e psicodinâmico são frequentemente usados ​​de forma intercambiável, porém o termo psicanalítico refere-se apenas às teorias desenvolvidas por Freud, já o termo psicodinâmico referência as teorias de Freud e aquelas baseadas em suas ideias. Isso inclui a teoria psicossocial do desenvolvimento humano de Erik Erikson e o conceito de arquétipos de Jung. Psicodinâmica é uma alternativa deliberada de psicologia comportamental.
1.1 Sigmund Schlomo Freud (PSICANALÍTICA)
Sigmund Schlomo Freud (Freiberg in Mähren, 6 de maio de 1856 – Londres, 23 de setembro de 1939; nascido Sigismund, mas mudou o primeiro nome em 1878) foi um médico neurologista e psiquiatra criador da psicanálise. Freud nasceu em uma família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco
Em suas teorias, Freud afirma que os pensamentos humanos são desenvolvidos por processos diferenciados, relacionando tal ideia à de que o nosso cérebro trabalha essencialmente no campo da semântica, isto é, a mente desenvolve os pensamentos num sistema intrincado de linguagem baseada em imagens, as quais são meras representações de significados latentes. Em diversas obras, como "A Interpretação dos Sonhos", "A Psicopatologia da Vida Cotidiana" e "Os Chistes e suas Relações com o Inconsciente", Freud não só desenvolve sua teoria sobre o inconsciente da mente humana, como articula o conteúdo do inconsciente ao ato da fala, especialmente aos atos falhos. Para Freud, a consciência humana subdivide-se em três níveis: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente – o primeiro contém o material perceptível; o segundo, o material latente, mas passível de emergir à consciência com certa facilidade; e o terceiro contém o material de difícil acesso, isto é, o conteúdo mais profundo da mente, que está ligado as pulsões.
Para Freud, toda ação é movida por forças internas, que estão diretamente ligadas ao prazer, ou seja, para ele o desenvolvimento da personalidade é regido pela libido, a personalidade é desenvolvida no indivíduo quando criança, tendo como motivadores primários os impulsos sexuais e agressivos ele subdividiu a estrutura da personalidade em três sistemas: o id, o ego e o superego.
· id: seria o sistema original da personalidade, ligado às ações primárias e às pulsões inconscientes, ou seja, as satisfações e prazeres corporais.
· ego: lado racional, que obedece aos princípios da realidade, controlando os impulsos do id.
· superego: lado da personalidade responsável pelos valores sociais e morais. É o superego que dá a noção de certo e errado ao indivíduo.
Essa subdivisão explica os processos psicológicos trabalhando juntos, funcionando como um todo na personalidade, onde o id desempenha o fator biológico, o ego o psicológico e superego o social.
Desenvolvimento psicológico e sexual: o comportamento das pessoas é fortemente influenciado pela busca de prazer durante a infância em distintas zonas erógenas do corpo, segundo a etapa evolutiva na qual a criança se encontra, a zona erógena será diferente. Além disso, se ocorrer uma exagerada gratificação ou um sentimento de frustração repentina numa etapa concreta, o desenvolvimento da personalidade será de um tipo específico durante a idade adulta.
Mecanismos de defesa
As percepções de um acontecimento, do mundo externo ou interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso, desorganizador, para evitar esse desprazer, a pessoa “deforma” ou suprime a realidade – deixa de registrar percepções externas, afasta determinados conteúdos, psíquicos, interfere no pensamento. São vários mecanismos que o indivíduo pode realizar essa deformação da realidade, chamados mecanismos de defesa, são eles:
· Recalque: indivíduo “não vê” ou “não ouve” o que ocorre. Existe a supressão de uma parte da realidade;
· Formação reativa: o ego procura afetar o desejo que vai para determinada direção, e para isso o indivíduo adota uma atitude oposta á esse desejo;
· Regressão: o indivíduo retorna as etapas anteriores do seu desenvolvimento, é passagem para modos de expressão primitivos;
· Projeção: é uma confluência de distorções do mundo externo e interno. O indivíduo localiza no mundo externo e não percebe que aquilo foi projetado com algo que considera indesejável;
· Racionalização: o indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, que justifica os estados “deformados” de convivência.
FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL:
1. Etapa oral: nessa etapa inicial, a zona erógena implicada é a boca. É estabelecida desde o nascimento até passado o primeiro ano. Uma frustração nessa etapa pode gerar uma personalidade agressiva e reativa.
2. Etapa anal: esta fase se prolonga desde o primeiro ano até aos quatro anos. É caracterizada por experimentar com a retenção e expulsão de fezes e centra o prazer no ânus. Um problema nessa etapa pode formar um indivíduo muito retraído ou, pelo contrário, demasiado relaxado.
3. Etapa fálica: segundo esta teoria, entre os quatro e os sete anos de idade, a criança tem o foco de prazer no falo e nos genitais. Começam os primeiros atos masturbatórios e uma frustração durante este processo pode desenvolver o famoso complexo de Édipo e o complexo de Electra.
4. Etapa de latência: durante esta etapa (desde os 7 anos até à adolescência) não existe um focode prazer erógeno concreto, Freud acreditava que a pulsão sexual era deixada de lado para permitir uma aprendizagem correta do ambiente da parte do indivíduo.
5. Etapa genital: durante esta etapa a criança cresceu o suficiente e deixa que a pulsão sexual se apodere dele mesmo. Segundo a psicologia freudiana, é na etapa genital que as pessoas fazem experiências com a sexualidade e se reafirmam como homem ou mulher.
Primeiro momento é autoerotismo narcisismo primário – segunda narcisismo.
Considerada limitada por apontar motivações sexuais e agressivas como fatores determinantes a todas as ações do indivíduo.
1.2 CARL JUNG (ANALÍTICA)
Carl Gustav Jung foi um psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica. Jung propôs e desenvolveu os conceitos de personalidade extrovertida e introvertida, arquétipo e inconsciente coletivo. Seu trabalho tem sido influente na psiquiatria, psicologia, ciência da religião, literatura e áreas afins. O conceito central da psicologia analítica é a individuação - o processo psicológico de integração dos opostos, incluindo o consciente e o inconsciente, mantendo, no entanto, a sua autonomia relativa. Jung considerou a individuação como o processo central do desenvolvimento humano.
Para Jung, a personalidade (psique) é formada por sistemas isolados que atuam de forma dinâmica uns sobre os outros. Mesmo usando referências sobre consciente e subconsciente, Jung não concordava com a visão de Freud sobre os fatores de motivação da personalidade. Nessa teoria existem quatros funções psicológicas básicas (sentir, pensar, perceber e intuir) e dois tipos de caráter (introvertido e extrovertido). (ao ego, ao inconsciente individual e ao inconsciente coletivo, à persona, à anima ou animus, e à sombra. Tais elementos, como um todo, formam a personalidade total ou Si - Mesmo) 
Cada indivíduo desperta em si uma função básica e um tipo de caráter, originando assim a sua personalidade. Apresenta 8 tipos de personalidades:
· Reflexivo extrovertido
Personalidade de indivíduos mais racionais e objetivos, que geralmente apresentam cargos importantes. Os reflexivos extrovertidos são céticos, pouco sensíveis, narcisistas, prepotentes e manipuladores.
· Reflexivo introvertido
Pessoas com essa personalidade são definidas pelo lado intelectual e um forte apego à filosofia. Embora sejam muito interessantes, possuem dificuldade de relacionamento e são bastante teimosas.
· Sentimental extrovertido
Essa psique é facilmente encontrada em mulheres. Os sentimentais extrovertidos são empáticos e compreensivos, possuem facilidade de comunicação e relacionamento, forte poder de sedução e persuasão; no entanto, tendem a sofrer mais com rejeições.
· Sentimental introvertido
Geralmente são pessoas solitárias, possuem dificuldade de relacionamento, gostam de silêncio, são melancólicas, pouco sociáveis e fazem o possível para não chamar a atenção, mas são sensíveis às necessidades alheias.
· Perceptivo extrovertido
Essa personalidade possui um lado místico, forte percepção e identificação com objetos. Indivíduos perceptivos extrovertidos são muito bons com detalhes e costumam colocar o seu prazer como prioridade.
· Perceptivo introvertido
A maior característica dessa personalidade é a ênfase sensorial. É caracterizada por valorizar cores, texturas e formas como uma maneira de exteriorizar suas emoções. Geralmente são indivíduos relacionados à arte e à música.
· Intuitivo extrovertido
Pessoas aventureiras fazem parte dessa personalidade. São ativas, inquietas, determinadas e corajosas, mas em geral egoístas e não ligam muito para o bem-estar coletivo.
· Intuitivo introvertido
Personalidade característica de indivíduos extremamente sensíveis, com alto senso intuitivo. É muito comum pessoas assim estarem ligadas à religião. Os intuitivos introvertidos também são idealizadores, muito criativos e sonham alto.
(exercício de livre arbítrio)
O inconsciente individual é uma região adjacente ao ego, e consiste de experiências que foram reprimidas, suprimidas, esquecidas ou ignoradas. Tais conteúdos são acessíveis à consciência, e há muitas trocas de conteúdos entre este e o ego.
O conteúdo do inconsciente coletivo é arquetípico, ou seja, são inatos, de natureza universal e são os mesmos em toda a parte e em todos os indivíduos. O termo arquétipo não tem por finalidade denotar uma ideia herdada, mas sim um modo herdado de funcionamento psíquico.
A persona é a máscara usada pelo indivíduo em resposta às solicitações da convenção e da tradição social e às suas próprias necessidades arquetípicas internas.
A sombra constitui um problema de ordem moral que desafia a personalidade do eu como um todo, pois a sombra apresenta aspectos obscuros da personalidade.
2 TEORIAS EXISTENCIAL HUMANISTAS
A Psicologia Humanista surgiu na década de 50 e ganhou força nos anos 60 e 70, como uma reação às idéias de análise apenas do comportamento, defendida pelo Behaviorismo e do enfoque no inconsciente e seu determinismo, defendido pela Psicanálise. A grande divergência com o Behaviorismo é que o Humanismo não aceita a ideia do ser humano como máquina ou animal, sujeitos aos processos de condicionamento. Já em relação à Psicanálise, a reação foi à ênfase dada no inconsciente, nas questões biológicas e eventos passados, nas neuroses, psicoses e na divisão do seu humano em compartimentos. 
De forte influência existencial e fenomenológica, a Psicologia Humanista busca conhecer o ser humano, tentando humanizar seu aparelho psíquico, contrariando assim, a visão do homem como um ser condicionado pelo mundo externo. No existencialismo, o ser humano é visto como ponto de partida dos processos de reflexão e na fenomenologia, esse ser humano tem consciência do mundo que o cerca, dos fenômenos e da sua experiência consciente.
A abordagem humanista existencial tem por objetivo facilitar ao cliente um autoconhecimento e uma autonomia psicológica suficiente para que ele possa assumir livremente sua existência, que tem uma tendência para a atualização e crescimento pessoal. Isso ocorre através de um a relação empática e transformadora entre terapeuta e paciente. De acordo com essa abordagem o homem deverá estar no centro das discussões, a abordagem Humanista Existencial possui como objeto de estudo a existência humana ou o Dasein, partindo dos questionamentos essenciais da humanidade, tais como: quem somos, de onde viemos e para onde vamos. O homem não deve ser analisado apenas p elos seus sintomas manifestados, mas compreendido e valorizado como um todo complexo, considerando seus aspectos positivos e saudáveis.
2.1 ABRAHAM MASLOW (HUMANISTA)
foi um psicólogo americano, conhecido pela proposta Hierarquia de necessidades de Maslow. Maslow era o mais velho de sete irmãos, de uma família judia do Brooklyn, Nova Iorque, Trabalhou no MIT, fundando o centro de pesquisa National Laboratories for Group Dynamics.
A pesquisa mais famosa foi realizada em 1946, em Connecticut, numa área de conflitos entre as comunidades negra e judaica. Aqui, ele concluiu que reunir grupos de pessoas era uma das formas de expor as áreas de conflito. Estes grupos, denominados T-groups (o «T» significa training, ou seja, formação), tinham como teoria subjacente o facto de os padrões comportamentais terem que ser «descongelados» antes de serem alterados e depois «congelados» novamente — os T-groups eram uma forma de fazer com que isto acontecesse.
considerado o pai espiritual do movimento humanista, acreditava na tendência individual da pessoa para se tornar autorrealizadora, sendo este o nível mais alto da existência humana. Maslow criou uma escala de necessidades a serem satisfeitas e, a cada conquista, nova necessidade se apresentava. Isso faria com que o indivíduo fosse buscando sua autorrealização, pelas sucessivas necessidades satisfeitas,
Para Maslow as necessidades humanas podem ser dispostas na forma de uma pirâmide, quanto mais baixo o nível hierárquico, ou seja, quanto mais próximo da base uma necessidade está, maior é sua preponderância.À medida que as necessidades são satisfeitas, outras necessidades novas e superiores vão emergindo. Assim, podemos descrevê-las em porcentagens decrescentes de satisfação à proporção em que consideramos a preponderância, sendo as mais preponderantes as necessidades fisiológicas e as menos preponderantes as autorrealizadoras.
· Necessidades fisiológicas (somáticas): sede, fome, sexo. São preponderantes, sendo ainda preemptivas, pois, quando faltam, tornam as outras necessidades secundárias.
· Necessidades de segurança: segurança, estabilidade, dependência, proteção, ausência de medo, necessidade de estrutura etc. São melhores observadas em bebês ou quando ocorrem desastres naturais ou sociais.
· Necessidades de pertencimento e amor: amigos, família, enfim, relações afetuosas. Estão ligadas às tendências humanas de agrupar-se, reunir-se, pertencer a etc. A frustração destas, segundo Maslow, compõe o núcleo dos desajustamentos e das patologias mais graves.
· Necessidades de estima: auto-estima (desejos de força, conquistas, domínio, competência, confiança e independência) e estima dos outros (desejos de fama, status, dominação, atenção e dignidade). A frustração destas produz sentimentos de inferioridade, o que pode resultar em neuroses.
· Necessidades de autorrealização: é o nível mais alto, que só pode ser atendido se todas as outras necessidades básicas já tiverem sido satisfeitas, apesar de essa satisfação ser efêmera. Trata-se do desejo de nos tornamos aquilo que somos em nossa essência idiossincrática. Seu desenvolvimento não se dá pela falta de algo externo, mas sim pelo que já está no organismo (valores intrínsecos) que o motiva, paradoxalmente, a atingir um estado de não-motivação e de ausência de esforço. 
A teoria desse psicólogo gira em torno de dois aspectos fundamentais: nossas necessidades e nossas experiências. Em outras palavras, o que nos motiva e o que buscamos ao longo da vida e o que está acontecendo conosco neste caminho, o que estamos vivendo. É aqui que nossa personalidade é formada. De fato, Maslow é considerado um dos grandes teóricos da motivação. A teoria da personalidade de Maslow tem dois níveis. Uma questão biológica, as necessidades que todos temos e a outra mais pessoal, que são as necessidades resultantes de nossos desejos e das experiências que estamos vivendo.
2.2 CARL ROGERS
foi um Psicólogo estadunidense atuante na terceira força da psicologia e desenvolvedor da Abordagem Centrada na Pessoa. Sua dedicação à construção de um método científico na psicologia, foi reconhecido por prêmio da Associação Americana de Psicologia, da qual também foi eleito presidente, em 1958, tendo sido um pioneiro no estudo sistemático da clínica psicológica.
Não contente com as posições reducionistas, mecanicistas e diretivistas da Psicanálise e do Behaviorismo de Skinner, Rogers funda sua abordagem em uma recusa em identificar a pessoa em terapia como paciente ou doente, como traziam as duas primeiras na época, e aponta a importância da relação da pessoa e do terapeuta, que são iguais e não possuem posição de hierarquia. Rogers concluiu com suas pesquisas que o núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar.
um dos pressupostos de sua teoria é que as pessoas usam suas experiências para se definirem, e o que se pode perceber em pessoas com dependência afetiva é que a experiência de depender em si, é tão presente que se tornou parte de sua constituição de personalidade. O self dessas pessoas assume uma forma completamente distorcida da qual sua percepção organísmica consegue compreender. É como se esta forma de significar o mundo não fosse nem pertencente ao sujeito, mas aos sujeitos que lhe construíram. Este autor diz que a congruência se refere ao grau de equilíbrio entre a experiência da comunicação e a tomada de consciência; ou seja, indica o estado de coerência interna e autenticidade do indivíduo, levando-o a aceitar os sentimentos, experiências e atitudes do outro.
Então, se as experiências simbolizadas que constituem o self assemelham-se às experiências do organismo, então o indivíduo é ajustado, maduro e funciona de modo completo. Caso contrário a incongruência faz com que o indivíduo se sinta ameaçado e ansioso, se comportando defensivamente, com um pensamento limitado e rígido. O que é observado no transtorno de personalidade dependente.
Por isso, é como se fosse uma fluência sobre o "eu", quer dizer, algo que é natural, ou que há espontaneidade. Parece assumir uma qualidade da pessoa que se expressa com clareza, assumindo uma forma ou um papel que só ocorre se algumas condições estiverem presentes no seu contexto de vida, de forma que alguns acontecimentos e relações estabelecidas pelos indivíduos podem cristalizar a noção que eles têm de si mesmos: tornar dependente para depender. Consequentemente o sofrimento permanente na relação amorosa revela um modo de estar no mundo, de se perceber na relação com os outros e consigo. Nesse tipo de personalidade a pessoa está o tempo inteiro utilizando-se de suas potencialidades e de sua tendência a se atualizar para se manter nesta forma de agir e de perceber as coisas ao seu redor, dando significados distorcidos para se manter vivo, para preservar aquilo que conhece como vida.
Assim, essa noção do eu, pode ou não ser confirmada a partir das relações sociais que o sujeito estabelece ao longo da vida. Se esta confirmação existir, a tendência atualiza-te atuará no sentido de fornecer energia para aquela direção para a qual a noção de eu está apontando. O sentido do mundo que se traz nas pernas, nos braços, nos olhos, nos movimentos ou estados de repouso, todos convergem ao sentido que se dá às coisas, e toda a energia orgânica, todo o desejo e todos os fenômenos registrados, acabam possibilitando ao sujeito a permanência neste ambiente.
No campo da educação, Carl Rogers pouco se preocupou em definir práticas. Chegou a afirmar que "os resultados do ensino ou não têm importância ou são perniciosos". Acreditava ser impossível comunicar diretamente a outra pessoa o conhecimento que realmente importa e que ele definiu como "a verdade que foi captada e assimilada pela experiência pessoal". Além disso, Rogers estava convencido de que as pessoas só aprendem aquilo de que necessitam ou o que querem aprender. Sua atenção recaiu sobre a relação aluno-professor, que deve ser impregnada de confiança e destituída de noções de hierarquia. Instituições como avaliação, recompensa e punição estão completamente excluídas, exceto na forma de autoavaliação. Embora anticonvencional, a pedagogia rogeriana não significa abandonar os alunos a si mesmos, mas dar apoio para que caminhem sozinhos.
3 TEORIA COGNITIVA COMPORTAMENTRAL
Teoria Cognitiva Comportamental é uma abordagem psicológica pluralizada para tratar problemas mentais e emotivos no paciente. A mesma indica que existe uma interrelação única entre pensamento, emoção e comportamento de um indivíduo. Nisso, ajuda o paciente a gerenciar esses setores para que reaja melhor a um meio. A Teoria Cognitiva Comportamental, ou Psicologia Cognitiva comportamental e ainda TCC, faz um estudo da captação humana. Ela indica a forma que todos nós interpretamos um acontecimento de forma pessoal e não da forma como ele é realmente. Em suma, o modo como alguém vê, pensa e sente uma situação que gera algum desconforto. De maneira bastante direta, essa terapia é esclarecedora e específica ao problema. A mesma defende de forma eficaz que os acontecimentos em si não nos afetam, mas, sim, o modo como reagimos a eles. Nesse caminho, vai ensinar ao paciente a elaborar estratégias para viver melhor e adequadamente.
O objetivo da Teoria Cognitiva Comportamental é fazer a identificação de padrões psíquicos, comportamentais, hábitos e crenças envolvidos na origem dos problemas. É através desse ponto de partida que se reformula a percepção do paciente para algo mais positivo. Ou seja, uma reprogramação existencial do indivíduo. Além dos transtornos psíquicos e emocionais, a Psicologia Cognitivacomportamental pode ser usada para trabalhar a vida por completo. Isso significa melhora nos relacionamentos e escolhas profissionais, por exemplo, algo comum à nossa rotina. De um modo geral, apontamos ser uma terapia interativa e com a força direcionada aos interesses do paciente. A TCC oferta diversas estratégias para que o indivíduo altere o que achar necessário ao presente e ao futuro. Consequentemente, este experimenta uma vida tranquila, sadia e bastante positiva à vivência e produção.
Já que a principal meta da Teoria Cognitiva Comportamental é mudar positivamente o sistema de significados, é preciso entendê-los primeiramente. Nesse caminho, o psicólogo vai enumerando as reações de determinados eventos descritos pelo indivíduo. Com isso, os padrões que determinam as percepções e crenças são identificados. Após a identificação de padrões negativos, o terapeuta vai ajudar o indivíduo a adotar posturas cognitivas mais sadias e funcionais. Isso vai permitir que ele se adapte à sua realidade social de um modo mais construtivo e progressivo. Para que isso possa acontecer, se determinam metas e um foco para atingir durante o processo. Com o passar do tempo, isso vai permitir que o paciente seja mais autônomo e lide sozinho com esses problemas pessoais. Em suma, a TCC ajudará a reescrever sua postura diante dos acontecimentos e torná-lo um reagente mais construtivo.
A Teoria Cognitiva Comportamental segue um modelo chamado de ABC que descreve a situação do indivíduo de maneira sequenciada. Em suma, esse modelo descreve os caminhos desde o surgimento do problema até a intervenção do psicoterapeuta. Claro, a abordagem sobre cada problema depende primariamente do paciente. A letra A indica o evento, a situação que aconteceu no ambiente próximo. B aponta para as crenças, sobre o modo como interpretamos um evento de determinada forma. Por sua vez, C indica consequência, ou seja, sua resposta emotiva de acordo como interpretou a situação.
3.1 Burrhus Frederic Skinner
Burrhus Frederic Skinner, conhecido como B. F. Skinner (Susquehanna, 20 de março de 1904 — Cambridge, 18 de agosto de 1990), foi um psicólogo behaviorista, inventor e filósofo norte-americano. Foi professor na Universidade Harvard de 1958 até sua aposentadoria, em 1974. 
Skinner considerava o livre arbítrio uma ilusão e ação humana dependente das consequências de ações anteriores. Se as consequências fossem ruins, havia uma grande chance de a ação não ser repetida; se as consequências fossem boas, a probabilidade de a ação ser repetida se torna mais forte. Skinner chamou isso de princípio de reforço. 
Para fortalecer o comportamento, Skinner usou o condicionamento operante e considerou a taxa de resposta como a medida mais eficaz de força de resposta. Para estudar o condicionamento operante, ele inventou a câmara de condicionamento operante, também conhecida como Skinner Box, e, para medir a taxa, inventou o registrador cumulativo. Usando essas ferramentas, ele e C. B. Ferster produziram seu trabalho experimental mais influente, que apareceu em seu livro Schedules of Reinforcement (1957). 
Skinner desenvolveu a análise do comportamento, a filosofia dessa ciência que ele chamou de behaviorismo radical, e fundou uma escola de pesquisa experimental em psicologia - a análise experimental do comportamento. Ele imaginou a aplicação de suas ideias no projeto de uma comunidade humana em seu romance utópico, Walden II, e sua análise do comportamento aplicada culminou em seu trabalho, Verbal Behavior. Skinner foi um autor prolífico que publicou 21 livros e 180 artigos. A academia contemporânea considera Skinner um pioneiro do behaviorismo moderno, junto com John B. Watson e Ivan Pavlov. Uma pesquisa de junho de 2002 listou Skinner como o psicólogo mais influente do século XX.
A teoria de Skinner baseia-se na ideia de que o aprendizado ocorre em função de mudança no comportamento manifesto. As mudanças no comportamento são o resultado de uma resposta individual a eventos (estímulos) que ocorrem no meio. Assim, uma resposta produz uma consequência. Quando um padrão particular Estímulo-Resposta(S-R) é reforçado (recompensado), o indivíduo é condicionado a reagir. A característica que distingue o condicionamento operante em relação às formas anteriores de behaviorismo é que o organismo pode emitir respostas, em vez de só obter respostas devido a um estímulo externo. O reforço é o elemento-chave na teoria S-R de Skinner. Um reforço é qualquer coisa que fortaleça a resposta desejada. Pode ser um elogio verbal, uma boa nota, ou um sentimento de realização ou satisfação crescente. A teoria também cobre reforços negativos - uma ação que evita uma consequência indesejada.
Na teoria de Skinner, o termo personalidade significa a colecção de padrões de comportamento. Situações diferentes evocam diferentes padrões de respostas. Cada resposta individual é baseada apenas em experiências prévias e história genética. Skinner argumenta que, se a pessoa basear a definição do eu em comportamento observável, não é necessário discutir o eu ou a personalidade.
Skinner acreditava que a personalidade é nada mais, nada menos que uma colecção de padrões comportamentais. Nesse caso, diferentes situações evocam diferentes padrões de respostas, fazendo com que cada indivíduo desenvolva determinados tipos de comportamento (Fadiman & Frager, 1986). Infelizmente, muita gente confunde esses padrões e respostas comportamentais aprendidas no decorrer da vida do indivíduo com os reforços positivos, negativos ou punições decorrentes da história do indivíduo. Esses comportamentos são confundidos com aspectos da personalidade interior. Para Skinner (idem, Fadiman & Frager, 1986), não importa o que está sob a pele do indivíduo. Ele não contesta os aspectos subjectivos e interiores. Somente dizem que não são relevantes, acreditando que somente podemos entender a personalidade através da análise dos seus comportamentos observáveis e sua história de reforços. Skinner na sua teoria critica a psicanálise. Ele sugere que a ênfase na infância dada pela psicanálise é distorcida. Sigmund Freud diz que os conflitos internos ocorridos nas fases pré-edipianas e edipianas estruturarão a “personalidade” do indivíduo, e Skinner refuta essa acepção. Dessa forma, tudo o que ele fizer quando adulto, será de acordo com os remanescentes de conteúdos reprimidos da esfera inconsciente. 
Skinner discorda completamente dessa teoria, mas diz que na infância, a criança recebeu sucessivos reforços que podem na vida adulta, fazer com que a mesma exiba certos padrões de comportamento que exibia na sua infância, mas não em consequência de conteúdos reprimidos, mas sim por um fenómeno chamado de generalização. Portanto, para Skinner, a personalidade, dessa perspectiva, é formada por algo exterior ao indivíduo e não se encontra dentro dele. O que compreendemos na teoria de Skinner segundo Fadiman e Frager (1986) é que Skinner tratou, principalmente, do comportamento modificável. Ele não dava importância a características comportamentais que parecem ser, relativamente, permanentes. A personalidade, para Skinner, pode ser explicada em termos de estímulos que determinam certos tipos de respostas e os reforços que as mantém. Em suma, os aspectos importantes da sua teoria são:
· Análise científica do comportamento;
· Quanto a Personalidade: colecção de padrões de comportamento;
· Condicionamento respondente;
· Condicionamento operante;
· Reforço incondicionado;
· Reforço positivo, intermitente, de intervalo, de razão, razão fixa, razão variável, saciação;
· Reforço diferencial;
· Aproximações sucessivas;
· Punição;
· Controle do comportamento;
· Esquema de reforço;
· Extinção;
· Modelação;
· Ficções explanatórias - homem autónomo, liberdade, dignidade, criatividade.
Estrutura da personalidade
a) Self – ficção explanatória
Skinner considera o termo self ficção explanatória. Conforme ele afirma que: “Se não podemos mostrar o que é responsável pelo comportamento do homem dizemos que ele mesmo é responsável pelo comportamento.Os precursores da ciência física adoptavam outrora o mesmo procedimento, mas o vento já não é soprado por Eolo, nem a chuva é precipitada por Júpiter Pluvius… A prática aplaca a nossa ansiedade a respeito dos fenómenos inexplicados e por isso se perpetua... Um conceito de eu não é essencial em uma análise do comportamento…” (Skinner, 1953 citado por Fadiman & Frager, 1986).
b) Relacionamento social
Skinner afirma que não existe um significado especial do comportamento social que seja diferente de outro comportamento. Ele acredita que o comportamento social é caracterizado somente pelo facto de envolver uma interação entre duas ou mais pessoas por (Fadiman & Frager, 1986). Ele dedica considerável atenção à importância da comunidade verbal e seu papel em modelar quase todo comportamento, especialmente o desenvolvimento precoce da linguagem e outros comportamentos infantis. A comunidade verbal é definida como as pessoas (incluindo nós mesmos) do meio ambiente que respondem ao comportamento verbal de modo a modelar e manter o comportamento. O comportamento de uma pessoa é continuamente modificado e modelado por outros do meio ambiente. Isto é senso comum; mas Skinner continua dizendo que não há outras variáveis relevantes além da história passada da pessoa, seus dotes genéticos e os fatores externos da situação imediata.
c) Vontade
Vontade e outros termos como livre arbítrio, força de vontade, são conceitos que para Skinner são ficções explanatórias mentais que não podem ser observáveis. Para ele, não existe um comportamento livre. Assim, vontade para Skinner é um modo confuso (Fadiman & Frager, 1986).
d) Emoções
Skinner entende que as emoções são excelentes exemplos das causas fictícias às quais frequentemente atribuímos o comportamento.
e) Intelecto
Skinner define o conhecimento como um reportório de conhecimentos. Para este autor, o conhecimento é o comportamento que se manifesta quando um estímulo particular é aplicado. Ele referência autores que têm tendência de considerar comportamentos tais como nomear o personagem principal de Hamlet, ou explicar a influência da produção alemã de prata na História da Europa medieval, como “sinais” ou indícios do conhecimento.
Crescimento e desenvolvimento da personalidade
O crescimento psicológico é descrito sutilmente por Skinner. Assim, para ele o crescimento é minimizar condições adversas e aumentar o controlo benéfico do nosso meio ambiente (Fadiman e Frager, 1986). Dessa maneira, Skinner não procura o crescimento através dos insights psicológicos, valorização do self, equilíbrio entre contacto e fuga da realidade ou satisfação da hierarquia das necessidades. Skinner afirma que o crescimento e a maturidade estão somente na análise funcional do nosso próprio comportamento, fazendo que procuremos contingentes que reforcem as condições benéficas para o nosso próprio desenvolvimento.
Skinner, além de apresentar o crescimento e desenvolvimento da personalidade, identificou também alguns entraves ao crescimento da personalidade (Fadiman & Frager, 1986). Assim, nesta perspectiva Skinner sugeriu dois conceitos que são os principais entraves ao crescimento e desenvolvimento do indivíduo, a punição e a ignorância.
De referir que o primeiro elemento que serve de entrave para o crescimento da personalidade está relacionado com a aprendizagem. Assim, a punição, segundo Skinner, é o maior impedimento para uma real aprendizagem, pois ela informa somente aquilo que não se deve fazer, além de que, os comportamentos punidos não desaparecem, voltando quase sempre ligados a outros comportamentos (Fadiman & Frager, 1986). Por outras palavras quer dizer que a punição não capacita uma pessoa a aprender qual é o melhor comportamento para uma dada situação. É o maior impedimento para uma real aprendizagem.
3.2 AARON BECK
Aaron Temkin Beck (Providence, 18 de julho de 1921) é um psiquiatra norte-americano e professor emérito do departamento de psiquiatria na Universidade da Pensilvânia. Beck é conhecido como pai da Terapia Cognitiva e inventor das vastamente utilizadas Escalas de Beck, incluindo a Escala de Depressão de Beck (BDI) e Escala de Ansiedade de Beck (BAI). 
Beck é conhecido por sua pesquisa em psicoterapia, psicopatologia, suicídio e psicometria, que levou à criação da Terapia Cognitiva, pelo qual recebeu o Prêmio Lasker. Também é o criador da Escala de Depressão de Beck (BDI), um dos instrumentos mais utilizados de mensuração dos sintomas depressivos. Beck criou diversas outras escalas e fundou o Beck Institute, na Filadélfia, no qual sua filha (dra. Judith Beck) trabalha.
Beck acreditava que a depressão é causada devido a visões negativas irrealistas sobre o mundo. Pessoas deprimidas tem uma cognição negativa em três áreas, que são tidas como a tríade depressiva. Elas desenvolvem visões negativas sobre: elas mesmas, o mundo e seu futuro.
A Terapia cognitiva também foi utilizada eficazmente a pessoas com transtornos de ansiedade, esquizofrenia, e muitas outras perturbações.
A terapia cognitiva de Aaron Beck começou a ser desenvolvida no início da década de 60 do século passado (Beck, Rush, Shaw & Emery, 1979/1997). Tratava-se de uma terapia breve, estruturada, orientada para o presente, direcionada para resolver problemas atuais e modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais (J. S. Beck, 1995/1997). A tese central da terapia cognitiva é que o funcionamento psicológico depende de crenças e esquemas, estes compreendidos como um sistema relativamente estável de crenças (J. S. Beck, 1995/1997; Beck & cols., 2004/2005). As crenças centrais funcionam como postulados que influenciam significativamente a interpretação das situações cotidianas e dos eventos do passado, bem como a projeção do futuro na forma de antecipações cognitivas (Reinecke, 2000/2004). A interpretação das situações vividas influencia o estado emocional, as condições motivacionais, as estratégias adaptativas (ou desadaptativas) e os comportamentos.
O conceito de crenças centrais se relaciona à autoidentidade visto que representa as ideias mais centrais da pessoa a respeito do self, a forma como a pessoa interpreta a si mesma e aos outros. No que tange ao aspecto patológico, as crenças centrais são descritas como disfuncionais quando levam a interpretações distorcidas da realidade, frequentemente geradoras de sofrimento e de estratégias desadaptativas (J. S. Beck, 1995/1997). As crenças centrais disfuncionais são frequentemente rígidas, imperativas e super generalizadas, impondo um caráter determinista à autoimagem do cliente, que pode se perceber subjetivamente como incapaz de realizar mudanças no seu funcionamento. Quanto à sua origem, as crenças centrais começam a formar-se nas experiências da infância, sobretudo nas relações com pessoas significativas. Eventos críticos como situações de crise ao longo de toda a vida, como a perda de um ente querido, podem ativar crenças disfuncionais, tornando-as hiper valentes em relação a crenças funcionais (Dattilio & Freeman, 2000/2004). A influência de disposições filogeneticamente estabelecidas sobre os esquemas e crenças disfuncionais é admitida, como exemplificado pela presença de disposições extremas para fobias e dependência em relação a outras pessoas. No entanto, o caráter herdado de tais disposições não é compreendido como determinismo na teoria de personalidade e psicopatologia cognitiva de Aaron Beck, visto que os programas filogenéticos podem ser potencializados ou arrefecidos por condições na história de vida do cliente, bem como pelo exercício de sua reflexividade (Beck & cols., 2004/2005). No que tange ao tratamento clínico, a terapia cognitiva enfatiza a despotencialização das crenças centrais disfuncionais, bem como a construção e potencialização de crenças funcionais (J. S. Beck, 1995/1997). A realização desse trabalho é muito complexa e sua descrição teórico técnica detalhada não pode ser realizada no pequeno espaço deste artigo. Salientamos que não se trata de um trabalho puramente técnico-racional, mas depende de fatorescomo o estabelecimento de confiança na relação terapeuta-cliente (aliança terapêutica). Tal confiança, por sua vez, depende de fatores afetivos e da disposição do cliente no sentido de crer na competência profissional e até na pessoa do terapeuta. O estabelecimento dessa confiança depende de um processo artesanal muito relacionado à atitude do terapeuta, que deve englobar aspectos como, por exemplo, a competência compreensiva na comunicação terapeuta-cliente, interesse real pelo cliente e a valorização da participação ativa do cliente na terapia. Somente em um clima de confiança e atribuição de competência é que o cliente encontrará condições para manter sua disposição positiva para com a terapia. A reconstrução reflexiva do sistema de crenças do cliente depende, dentre outros fatores, da habilidade do terapeuta em, à medida em que realiza a conceituação cognitiva, identificar as crenças subjacentes ao funcionamento desadaptativo do cliente (J. S. Beck, 1995/1997). Outro fator importante é o sucesso em comunicar tais crenças ao próprio cliente, de forma que o cliente perceba a crença central como um insight, isto é, como autoconhecimento subjetivamente válido, no qual ele (o cliente) identifica sua dinâmica psicológica e a compreende. As crenças disfuncionais devem ser trazidas para um foco consciente e submetidas a um teste de realidade. Tal avaliação se torna necessária porque as crenças disfuncionais, enquanto atuam como pano de fundo não refletido, geram uma interpretação distorcida da realidade. O processo de avaliação consciente da plausibilidade das crenças disfuncionais objetiva produzir uma interpretação menos distorcida e mais realista das crenças centrais disfuncionais. Tal processo permite ao cliente explorar novas possibilidades de interpretação sobre seu autoconceito e sobre outras pessoas.
4 REFERÊNCIAS
SIGMUND FREUD. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2020. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sigmund_Freud&oldid=59526763. Acesso em: 17 nov. 2020.
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ABRAHAM MASLOW. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2019. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Abraham_Maslow&oldid=54564557. Acesso em: 17 nov. 2020.
IMAGEM 3 ABRAHAM MASLOW. DISPONÍVEL EM: https://www.acl.org.br/images/foto_maslow.png Acesso em: 17 nov. 2020.
CARL ROGERS. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2020. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Carl_Rogers&oldid=58486167. Acesso em: 17 nov. 2020.
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BURRHUS FREDERIC SKINNER. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2020. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Burrhus_Frederic_Skinner&oldid=59636746. Acesso em: 17 nov. 2020.
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