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2. Sobre a desnaturação das proteínas Desnaturação é o nome dado ao processo na qual a proteína perde as suas estruturas tridimensionais, perdendo assim, seu papel biológico. Tal processo ocorre a medida que a proteína é exposta a meios distintos do seu meio celular específico. As proteínas sofrem desnaturação por: 2.1. Precipitação por Calor: A temperatura é um fator importante na solubilização das proteínas. Tem-se que o calor é capaz de desfazer a estrutura dimensional da proteína, pois rompe as ligações peptídicas entre os aminoácidos. Ainda, o calor faz com que os grupos hidrofóbicos da proteína fiquem mais expostos, uma vez que, os grupos hidrofílicos estão interagindo com maior intensidade com a água ao seu redor, deste modo, a proteína fica em uma conformação mais ‘‘aberta’’. De um modo geral, entre O e 40C o aumento da temperatura favorece a solubilidade. Isto decorre do fato do calor provocar um aumento da energia cinética das moléculas de proteína, facilitando a interação destas com o solvente. Entretanto, acima de 40C, as proteínas começam a precipitar: os movimentos moleculares se tornam tão intensos que os grupamentos químicos se afastam além da distância permitida para se reassociarem, aproximando-se de outros com os quais se associam. Assim, ocorre o rompimento das estruturas secundária, terciária e quaternária e a proteína adquire outra conformação, uma conformação inativa, ou seja, há desnaturação da mesma.. 2.2. Precipitação por ácidos fortes .Variações de pH modificam a ionização dos grupos laterais, portanto, a interação da proteína com o meio. Um estado conformacional inativo pode ser atingido quando a proteína é colocada em um meio de pH diferente do seu meio específico 2.3. Precipitação por Solventes orgânicos Os solventes orgânicos são agentes desnaturantes, pois de acordo com a sua polaridade há a possibilidade de interação com certos grupos laterais das proteínas, seja por meio da ruptura de pontes de hidrogênio ou promovendo a ruptura de ligações hidrofóbicas. Detergentes são substâncias orgânicas que apresentam grupos hidrofóbicos e hidrofílicos. As cadeias laterais hidrofóbicas das proteínas podem estabelecer fortes interações com a parte hidrofóbica da molécula de detergente enquanto que a parte polar da molécula estabeleceria forte interação com o solvente e com os grupos polares da proteína. Assim devido aos dois tipos de forças presentes, a estrutura protéica tenderia a ser abrir e desordenar. 2.4. Precipitação por sais de metais pesados Os cátions de metais pesados , tais como, Hg2 + , Pb2 + , Cu2 + , Fe2 + , Cd2 + e Zn2 + , possuem a capacidade de l igar -se a proteínas que possuem resíduos de aminoácidos na forma de ânions, forma -se desta maneira um complexo insolúvel, portanto há a precipitação da proteína. Os sais de metais pesados, portanto, precipitam as proteínas por desnaturação.
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