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Estratégias de Gestão e Organização Empresarial UNIDADE 4 1 Palavras do Professor Olá, aluno(a)! Iniciamos agora uma fase muito importante de nossa disciplina, em que vamos unir tudo que estudamos para podermos aplicar em nossa atividade profissional! Vamos debater sobre estratégias - a partir de estudo de situações que ocorrem nas empresas - vamos também fechar o círculo de aprendizado de uma etapa, que serão seguidas por muitas outras de realizações profissionais. Nessa unidade iremos abordar sobre a importância do planejamento em uma organização, a sua definição e evolução, a definição de etapas de um planejamento estratégico e também falaremos sobre seu histórico. Iremos abordar a gestão estratégica de uma maneira geral. Além destes, veremos também os seguintes conteúdos: • Análise Swot. • Cenários de uma organização. • As cinco forças de Porter. • Balanced Scorecard. • Matriz de Ans. Vamos lá! Boa aula e um ótimo aprendizado! 2 defINIÇÃo e IMPorTÂNCIa do PlaNeJaMeNTo esTraTÉGICo O planejamento é uma forma de organizar ideias com relação algum assunto específico, estabelecendo objetivos e metas com o intuito de se obter um determinado resultado. Essa ferramenta possibilita enxergar a realidade, traçar caminhos e realizar planejamento futuros de curto, médio e longo prazo para uma organização. Planejar está na área de gestão empresarial, porque engloba a preparação, organização e estruturação dos objetivos e metas organizacionais e ajuda nas tomadas de decisões e na realização de tarefas. Depois do planejamento, é preciso avaliar se as decisões tomadas foram corretas, aplicando o feedback. Esse processo tem como objetivo repassar a informação a uma pessoa ou a um grupo de pessoas sobre o desempenho, conduta ou ações realizadas por elas, consistindo em estimular atitudes, comportamentos ou ações diferentes no futuro. O feedback possibilita que as pessoas vejam como são vistas pelos outros e usada para melhorar o desempenho de um colaborador ou de um grupo de colaboradores. É necessário que esse processo seja sempre monitorado, em outras palavras, o feedback é o aproveitamento de todas as ações realizadas para que elas possam ser melhoradas, caso não tenham resultados satisfatórios. As grandes organizações utilizam o feedback dos clientes, ou seja, sugestões, críticas ou elogios para melhorar ou corrigir um produto ou serviço. Em uma organização são apresentados três tipos de Planejamento: 1. Planejamento estratégico: este é realizado geralmente pela alta gerência e envolve toda a estrutura organizacional de uma organização. 2. Planejamento tático: é desenvolvido por profissionais da média gerência e aplica-se a departamentos específicos. 3. Planejamento operacional: é considerado mais formal, principalmente através de documentos ou manuais escritos com metodologias de desenvolvimento e implantações estabelecidas, e é desenvolvido pelos baixos níveis de gerência. Os três níveis de planejamento são interligados e suas interações influenciam de um planejamento para outro. defINIÇÃo e HIsTÓrICo do PlaNeJaMeNTo esTraTÉGICo A Revolução Industrial foi um divisor de águas na evolução da administração das empresas. Nesse período ocorreu o desenvolvimento do setor fabril, a aplicação da energia à indústria, a melhoria dos meios de transporte e comunicação, a consolidação do capitalismo e o grande desenvolvimento tecnológico. A história do planejamento estratégico passa pela atuação do Estado, particularmente em bases militares, que a partir de estratégias pré-definidas criavam planos que se transformavam em ações durante operações de guerras. 3 Ainda sobre a revolução industrial, ela produziu mudanças impactantes na estrutura econômica da sociedade. As relações de produção foram mudadas e nasceu a necessidade de sistematizar e gerir a produção que crescia exponencialmente. Neste ponto, entre o final do século XIX até a década de 20 do século passado, houve vários autores com trabalhos brilhantes que influenciaram o modo de administrar as empresas, o que sem dúvida estimulou o uso do planejamento estratégico, como ferramenta de gestão, Taylor, Gant, Fayol, Ford e Weber estão entre eles. Com relação ao planejamento estratégico no Brasil, o papel do Estado foi de fundamental importância principalmente entre os anos 40 e 70 do século passado, uma grande experiência em matéria de planejamento governamental. Imediatamente no Pós-Segunda Guerra, por meio, entre outros, do Plano Salte (saúde, alimentação, transportes e energia) e, posteriormente, do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, até os mais recentes planos plurianuais, determinados pela Constituição Federal de 1988, o Estado brasileiro aplicou, ao longo destas últimas cinco ou seis décadas, várias tentativas de planejamento do futuro e de organização do processo de desenvolvimento econômico. No âmbito na iniciativa privada, foi a partir de 1950 que as mudanças foram intensificadas, contínuas e cada vez mais rápidas. A cada década, novos conceitos e aplicações de Planejamento Estratégico foram surgindo, interferindo nas áreas como Marketing, Finanças, Produção, Globalização, Tecnologia e Qualidade. Porém, o planejamento estratégico, como hoje se conhece, surgiu somente no início da década de 70. Nas décadas de 50 e 60 os administradores empregavam um planejamento mais operacional, deixando o estratégico de lado, uma vez que o crescimento de demanda total estava controlado e era pouco provável que mesmo um administrador inexperiente não fosse bem-sucedido no negócio. A estratégia e mais diretamente o planejamento estratégico entraram definitivamente na agenda das empresas no século XXI. IMPorTaNTe! Um dos mais respeitados autores é Michael Porter, considerado o “pai” da estratégia competitiva. Planejamento estratégico é uma forma de pensar e colocar planos em prática de maneira estratégica, através da análise do ambiente interno e externo de uma organização, criando a consciência das suas oportunidades e ameaças dos seus pontos fortes e fracos para o cumprimento de sua missão e, através deste pensamento, definir a finalidade de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar ameaças. É uma área do planejamento organizacional, que facilita a gestão de uma empresa. O planejamento estratégico ajuda na definição de objetivos e estratégias para alcançar esses objetivos, sendo uma ferramenta chave no desenvolvimento organizacional. Planejar de maneira estratégica consiste usar os recursos disponíveis de forma eficiente, com o intuito de aumentar a produtividade de uma empresa. No marketing, o planejamento estratégico ajuda na elaboração de estratégias e resolução de alguns problemas da empresa. Muitas vezes uma empresa não consegue criar e satisfazer necessidades no mercado, porque não realiza um planejamento estratégico bem elaborado. 4 Alguns problemas que podem surgir em empresas sem um planejamento estratégico adequado são: • Falta de posicionamento no mercado; • Políticas de preços inadequadas; • Falhas de comunicação; • Canais de distribuição pouco eficientes; • Erro na definição do público alvo, etc. eTaPas de UM PlaNeJaMeNTo esTraTÉGICo As etapas do planejamento estratégico são: • Definição de valores, a visão e missão de uma empresa. • Análise do ambiente externo, as oportunidades e ameaças para a empresa. • Análise do ambiente interno, sobretudo as forças e fraquezas da empresa. • Análise do cenário atual da empresa através da análise SWOT - Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). • Definição de objetivos e metas, ou seja, o que a empresa pretende alcançar, onde e quando pretende chegar. É importante saber identificar o público-alvo de cada ação e cada objetivo. • Formulação e implementação da estratégia, onde se escolhe o plano para alcançar as metas e objetivos definidos anteriormente. Na formulação das estratégias,é importante verificar os recursos disponíveis para colocar a estratégia em prática, e definir quais recursos se aplicam mais adequadamente à estratégia escolhida. • Obtenção do feedback e controle, onde os responsáveis verificam os resultados do planejamento estratégico. veJa o vídeo! Para reforçar o conhecimento sobre planejamento estratégico, assista ao vídeo “Os três porquinhos - Planejamento Estratégico”, com duração de 2 minutos e 6 segundos. Clique aqui para assistir. O vídeo fala sobre a visão estratégica, a importância da administração estratégica, inovação e estratégia para obtenção de bons resultados no mercado, atitudes, ideias ousadas e que se você não colocá-las em prática, o mercado vai lhe devorar. http://www.significados.com.br/swot/ https://www.youtube.com/watch?v=xA852SsFfi0 5 MIssÃo, vIsÃo e valores Vamos falar um pouco destes três elementos. Gosto muito de conversar com meus alunos e é o que estamos fazendo aqui, de forma muito prática, pois, dessa forma, poderemos entender conceitos que se mostram um tanto quanto filosóficos. Não que isto não seja bom, mas, para nossas atividades como Gestores, o pragmatismo é pelo menos mais indicado. Porém, mais uma pouco à frente, vou pedir para que você tenha uma perspectiva filosófica para ter uma boa pegada estratégica. Preste muita atenção nisto. Bem, estamos cercados e constituídos por diversos elementos, não é verdade? Não precisamos citar quais, isto poderia levar alguns anos. Mas, o que importa mesmo, é utilizarmos tudo que nos envolve, pois, se você prestar atenção às MISSÕES, VISÕES e VALORES que as empresas estabelecem, o que elas trazem são o que constitui suas estruturas, moldam objetivos formalizados para o futuro da empresa. a MIssÃo – É razão de existir da empresa e reflete os valores da entidade. É difícil de ser mudada, orienta a estratégia, é mais utilizada em grandes empresas. A missão declara a utilidade da empresa para seus clientes, mostra o que a organização quer oferecer aos seus clientes, ela deve ser clara, objetiva e inspiradora, deve servir como fator motivacional para as pessoas e deve gerar organização e a identidade do negócio. exeMPlos de MIssÃo CHESF - Produzir, transmitir e comercializar energia elétrica com qualidade, de forma rentável e sustentável. BANCO DO BRASIL - Ser um banco de mercado, competitivo e rentável, atuando com espírito público em cada uma de suas ações junto à sociedade. Não tenho dúvidas das aplicações e da importância de se ter missão, claro que fazer valer esta missão é de fundamental importância, por isso, depois que falarmos um pouco sobre MISSÃO, vamos falar um pouco sobre VISÃO. a vIsÃo – Tem como fundamento ampliar a perspectiva. Normalmente, falamos de algo em torno de 10 anos. O que a empresa pretende fazer, sabe, algo que gosto de chamar a atenção é para o fato de que a VISÃO pode ficar ultrapassada, se não for bem definida, ou ser algo que não foi atingido. Por isso, ela é um conjunto de princípios que vão servir para o que chamo dar vida, ou seja, tornar o que é apenas perspectiva em algo real e determinado. A visão não é apenas um objetivo, mas um grande desafio. É o entendimento de onde e como quer chegar. Ter visão é como ter direcionamento, portanto, é fundamental. Pois, algo criado apenas em nossos pensamentos deve tornar-se visível para todas as pessoas. Não são poucas às vezes em que estamos em certas atividades, envolvidos com pessoas. Elas não se dão conta do que podemos e sabemos fazer, da mesma forma, são as empresas. 6 Precisamos expressar, de forma clara, o que pretendemos fazer, mas não com base em sonhos, e sim com base em estudos, no entendimento, com base no que foi visto. Quando as pessoas têm visão, não é preciso determinar tudo o que deve ser feito, porque a visão orienta as ações. exeMPlos de vIsÃo CHESF - Garantir o crescimento sustentável até 2019. BANCO DO BRASIL – Ser o banco mais relevante e confiável para a vida dos clientes, funcionários, acionistas e para o desenvolvimento do Brasil. Agora vamos falar sobre os VALORES, que é um conceito muito mais prático e necessário para estabelecer de fato o que tem de ser feito. valores - São os alicerces da cultura organizacional. A estratégia de uma empresa deve considerar seus valores, a política da organização serve para internalizar esses valores ou princípios para todos os stakeholders (clientes, colaboradores, governo e sociedade). É o conjunto de princípios culturais, morais e éticos que devem constituir a organização e controlar a conduta de seus integrantes, delimitando atitudes e ações estratégicas, táticas e operacionais. exeMPlos de valores CHESF • Respeito às pessoas. • Justiça e equidade. • Compromisso com a sociedade. • Ética e transparência. • Respeito ao meio-ambiente. BANCO DO BRASIL • Espírito público (transformação do nosso País). • Ética (consciência do justo para nós e para os outros). • Potencial humano (capacidade de superar e ir além). • Eficiência (busca pela melhor forma de fazer as coisas). • Unicidade (um em todos). • Sustentabilidade (resultado, desenvolvimento e proteção do nosso mundo). • Inovação (transformar ideias em soluções). • Agilidade (vontade de fazer acontecer). 7 veJa o vídeo! Para reforçar o conteúdo sobre missão, visão e valores de uma empresa veja o vídeo Missão, visão e valores, com duração de 04 minutos e 35 segundos. Clique aqui para assistir. aNÁlIse sWoT Ter parâmetro para avaliar as coisas é fundamental. O que vamos trabalhar agora é um modelo que é mundialmente praticado por todas as empresas. Isto, todas as empresas mesmo: pequenas, médias, grandes. Claro que há algumas que o fazem sem formalizar as atividades, mas, em boa parte delas, este modelo é a base para se montar o planejamento estratégico. A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para o planejamento estratégico com a finalidade de obter em informações fundamentais que ajudam na constituição dos ambientes da empresa, que são dois: 1. Ambiente interno (forças e fraquezas). 2. Externo (oportunidades e ameaças) da empresa. Ela é uma ferramenta de gestão simples que pode ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma empresa de grande porte. A análise SWOT foi elaborada pelo norte-americano Albert Humphrey, durante o desenvolvimento de um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford entre as décadas de 1960 e 1970, usando dados da Fortune 500, uma revista que compõe um ranking das maiores empresas americanas. As informações referidas abaixo devem ser enquadradas nas categorias SWOT para análise do cenário da empresa: • Strengths (forças) - aspectos internos da empresa em relação aos concorrentes. Exemplo: Qualidade do produto oferecido, bom serviço prestado ao cliente, etc. • Weaknesses (fraquezas) - desvantagens internas da empresa em relação às concorrentes. Exemplo: Altos custos de produção, má imagem, instalações inadequadas, marca fraca, etc. • Opportunities (oportunidades) – aspectos externos positivos que podem potencializar a vantagem competitiva da empresa. Exemplo: Mudanças nos gostos dos clientes, falência de empresa concorrente, etc. https://www.youtube.com/watch?v=Jw44uqEaoZY https://www.youtube.com/watch?v=Jw44uqEaoZY http://www.significados.com.br/planejamento-estrategico/ 8 • Threats (ameaças) - aspectos externos negativos que podem por em risco a vantagem competitiva da empresa. Exemplo: Novos competidores, perda de trabalhadores fundamentais, etc. a IMPorTÂNCIa e aBraNGÊNCIa da MaTrIZ sWoT Quando falamos de SWOT, conseguimos enxergar os 4 pontos fundamentais para avaliar a empresa em uma relação direta com seu meio. Vamos ao que significa cada um destes pontos: 1. s de sWoT - vem da palavra em inglês STRENGTH que significa força, a força que a empresa tem. Por exemplo, podemos considerar forças de uma empresa: • Sua marca reconhecida. • Fonte de matéria-prima exclusiva.• Tecnologia que a torna altamente produtiva. Enfim, estes elementos constituem algo necessário à empresa que é forte. Na verdade devem ser muitas coisas, pois a soma destes elementos vai determinar como esta empresa poderá agir. Imagine um jogador de futebol que chute com o pé esquerdo e direito com a mesma assertividade. Detalhe, quando falo assertividade, estou falando que ele acerta os chutes na maioria das vezes, com qualquer um dos pés. Isto quer dizer que ele é um artilheiro altamente requerido no mercado do futebol, não é verdade? Bem, o que vai definir a força é um conjunto de fatores. Imagine sua carreira: quanto mais você souber, quantos mais cursos e bons cursos você consiga realizar, mais aumenta sua empregabilidade. Este fator deve ser observado. 2. W de sWoT - Que no inglês weakness quer dizer fraqueza. É exatamente o oposto do que precisamos encontrar na empresa. Tudo aquilo que não é força, as fraquezas, são sempre o alvo da concorrência, logo, minar as fraquezas de alguém pode levar ela ao erro, a se desgastar e perder competitividade! Entende? As lutas, sejam elas quais forem, se baseiam em procurar a fraqueza do adversário e atacar por ali. Isto é muito comum, de uma forma geral, no mundo dos esportes: um time que tem uma defesa vulnerável pode ser mais facilmente atacado, logo, conhecer quem você é, onde você está, onde sua empresa tem mais dificuldade é uma condição para entender o que precisa ser alterado. Todos os dias devemos fazer avaliações em nossos processos, nossas pessoas da empresa e nos recursos que elas estão utilizando. Quando você estudar GESTÃO DA QUALIDADE, vai deparar-se com um termo japonês KAIZEN, que significa a melhoria contínua. Na verdade, só podemos melhorar se soubermos como estamos. Esta análise é muito importante, ela deve ser imparcial, mas, acima de tudo, ela deve seguir um modelo que tenha um parâmetro. 9 Digamos que eu e você resolvamos montar uma indústria de automóvel, digamos que temos o capital necessário para investir. Vamos perceber que não é tão fácil quanto se imagina. Na verdade, não pensamos que seja fácil, mas é ainda mais difícil, pois vamos precisar ter diversos parâmetros, para entender em que mercado atuar, o tipo de carro. Por exemplo, se optarmos pelo carro elétrico talvez estejamos entrando em um promissor mercado, o futuro do transporte para as famílias. A não ser que haja uma revolução política que mude a mentalidade dos nossos políticos para a mentalidade de gestores. Bem, quando nossa empresa estiver para começar a funcionar, será muito importante que conheçamos os outros competidores, pois, desta forma, saberemos cada desafio que devemos transpor: ter um checklist sobre as fraquezas para poder corrigir e ser competitivos. 3. o de sWoT – Muito legal depois de avaliarmos dentro de casa, ou seja, nossa empresa, suas forças e fraquezas. Vamos agora para o “ O “ que vem do inglês “OPPORTUNITY”, de OPORTUNIDADE. O que está acontecendo no mercado, onde há crescimento, mais clientes, investimentos, consumidores dispostos a consumir meu produto, possibilidade de incentivos governamentais, fonte de matéria-prima, nossa! São muitas as possibilidades, são muitas as oportunidades, mas a questão é: estamos nós preparados para elas? Este questionamento só se reponde quando podemos falar sobre o quanto temos desenvolvido nossas FORÇAS. Logo, a força será o elemento fundamental para se aproveitar OPORTUNIDADES. Notou que esta avaliação é externa? Então eu tenho duas avaliações INTERNAS e duas EXTERNAS. A primeira estamos falando agora: OPORTUNIDADE. 4. T de sWoT - Finalmente vamos falar do T que vem do inglês TREAT, que significa AMEAÇA. Agora poderemos completar este conjunto de 4 elementos que irão completar a perspectiva da análise do ambiente interno e externo. As ameaças vão de encontro as nossas FRAQUEZAS, logo, o grande objetivo é criar forçar, transformar nosso ambiente interno cada vez mais competitivo. Há muitos que acreditam que isto só ocorre quando temos as pessoas suficientemente preparadas e comprometidas com o desenvolvimento, aí sim que conseguimos realizar a grande transformação, que na verdade, não é apenas uma transformação, mas um conjunto de pequenas, médias e grandes mudanças, melhorias, o kaizen do qual falamos anteriormente. Bem, vamos trabalhar um pouco a constituição do cenário. Lembre que alguns pontos são importantes e os destaco, com muita ênfase. Não espere posição de gerência ou algo similar para poder utilizar os conhecimentos de Estratégia, use agora na sua empresa ou, ainda mais objetivamente, em sua vida profissional. Há no livro os modelos para montar uma matriz SWOT. Monte a partir de suas experiências, de sua vida profissional. Se você fizer isto, vai aprender muito mais sobre suas potencialidades e, desta forma, poderá corrigir aspetos, melhorar seu desempenho. Há um adágio popular chinês que falar algo parecido com isto: “conhece aos outros e serás um sábio, conhece-te a ti mesmo e será um iluminado . Não estamos falando da iluminação mística, mas falamos da visão estratégica, aquela que precisamos para tomar as melhores decisões, pois, ao passo que vemos algo que ninguém consegue ler, é isto mesmo, falei ler, pois a visão está de fato associada a leituras que fazemos dos cenários e um dos elementos fundamentais é você mesmo(a). 10 CeNÁrIo Tudo que lhe envolve ou envolve a empresa para a qual você trabalha, envolve seu empreendimento também. Podemos delinear ou mapear de acordo com nosso interesse. Vamos exercitar! Digamos que você decidiu abrir uma pequena lanchonete onde você mora. O bairro, ou os bairros mais próximos podem conter a sua clientela, não é verdade? Sim, é verdade, mas não é apenas isto. Talvez seu bairro seja cortado por alguma avenida, ou próximo a uma BR, ou uma estrada estadual, logo, pode ter um fluxo decorrente de passantes, que podem até ser considerados como potenciais clientes. Percebeu? O seu cenário, do ponto de vista do mercado e dos clientes, pode ter uma percepção diferente, que está ligada ao aspecto geográfico, logo, este aspecto é um deles, um dos vetores que irão afetar sua atividade. Veja abaixo outros aspectos que irão interferir, positiva ou negativamente, como elementos de seu cenário: 1. A GEOGRAFIA - que utilizamos como exemplo acima. 2. A ECONOMIA - afinal, tudo que ocorre com as empresas, por exemplo, seus fornecedores, podem influir em seu negócio. Imagine o trigo do qual deriva o pão de hambúrguer, por exemplo, pode afetar seus custos e também seus preços. 3. O GOVERNO - ele determina o ritmo das tributações e impostos, isso, às vezes, muda com certa constância. 4. A POLÍTICA - tem uma influência direta nas decisões estruturais que afetam os negócios. Um prefeito que não cuida da sua cidade, pode deixar a rua em que fica seu estabelecimento intrafegável, isso falando só de um aspecto. 5. CULTURA - os hábitos exercem influência sobre o consumo, para você ter uma ideia a COCA-COLA, que detém uma das marcas mais conhecidas no mundo, tem sua latinha vermelha facilmente encontrada em todo lugar, mas, em Parintins, uma cidade do Estado do Amazonas, ela lançou uma latinha na cor AZUL. Para atender a uma questão meramente cultural da região, pois a cidade é dividida por duas disputas entre o Boi Caprichoso e o Boi Garantido, que não misturam suas cores. Olha que coisa interessante! CoNCeITos fUNdaMeNTaIs • Estratégia - é o caminho que a organização deve percorrer, podendo ser do passado, presente ou futuro, no qual sua abrangência poderá ser da empresa como um todo ou de um departamento específico. As estratégias dos departamentos devem estar em sintonia com a estratégia geral da organização. • Objetivos - são os resultados que a organização pretende alcançar. Algumas organizações utilizam os objetivos como base de seu planejamento estratégico, para depois pensar nas estratégias específicas. Na definição dos objetivos, é importante que sejam criados critériosquantificáveis (fatia de mercado, faturamento total, número de clientes), que posteriormente sejam medidos por indicadores, para que os resultados possam ser avaliados na etapa de controle. • Metas - são as segmentações dos objetivos, as datas e os valores dos parâmetros que são precisos, voltadas para o operacional, definidas em termos quantitativos e com um prazo determinado. 11 as forÇas da CoMPeTIvIdade oU forÇa de PorTer O modelo de 5 forças de Porter foi criado para analisar a concorrência entre as empresas. Sua aplicabilidade leva em conta cinco fatores, que são denominadas forças competitivas, que devem ser estudada sem detalhes para que sejam formuladas estratégias empresariais eficazes. Este modelo foi criado no final dos anos 1979, pelo professor de Havard, Michel Porter, e essa ferramenta se expandiu rapidamente como um grande recurso para análise de um ambiente competitivo. A análise das cinco forças de Porter é de fundamental importância para determinar de que forma uma empresa deve entrar no mercado, como deve ser posicionar frente à concorrência, fornecedores e clientes. As cinco forças são determinantes para se medir a competitividade: 1. Rivalidade entre competidores. 2. Ameaça de novos entrantes. 3. Poder de barganha dos fornecedores. 4. Ameaça de produtos substitutos. 5. Poder de barganha dos clientes. RIVALIDADE ENTRE COMPETIDORES - A empresa deverá saber quem são os seus concorrentes diretos no momento que for realizar a análise. Para entender melhor a questão da rivalidade alguns pontos precisam ser avaliados como: Como se destacar em relação a seus concorrentes diretos? As marcas existentes já se consolidaram no mercado e se são admiradas? Quais as vantagens competitivas dos concorrentes, se eles têm custos menores, margens de lucro maiores? Ela tem uma melhor localização que a do concorrente? exeMPlo Um exemplo prático para entender: a indústria automobilística é formada por diversas empresas em uma guerra constante pelo consumidor. A rivalidade deste segmento é intensa, os rivais são os que dividem a maior participação do mercador, mas existem também outras forças além da forma da RIVALIDADE. AMEAÇA DE NOVOS ENTRANTES - é de fundamental importância que desde o início de um empreendimento seja desenvolvido o hábito de criar barreiras para a entrada de novas empresas no mercado. A criação de patentes, marcas fortes e registradas, contratos de exclusividade são algumas medidas que ajudam a dificultar ou impedir a entrada de novos concorrentes. exeMPlo Um entrante é uma empresa que não estava na briga da RIVALIDADE, mas está louca para fazer isso. Há bem pouco tempo, chegou uma marca no Brasil chamada JAC, ela é considerada um entrante, que está fazendo tudo para entrar nesta briga. 12 PODER DE BARGANHA DOS FORNECEDORES - Empresas com poucos fornecedores acabam ficando dependentes deles. Os fornecedores decidem quanto custa, quando será a entrega e a qualidade. Um cenário que é totalmente desfavorável para uma organização é se o fornecedor decide vender para um concorrente ou exclusivamente para ele, o que se torna pior ainda. Por isso, é fundamental construir parcerias e ter uma boa relação com os fornecedores. exeMPlo Pense na indústria do aço que fornece para as montadoras de automóveis. Existe uma guerra constante nas negociações. AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS - Alguns empresários acreditam que um produto inovador não tem concorrência, porém estão bastante equivocados, pois as empresas estão investindo bastante na melhoria da qualidade de seus produtos e serviços, buscando sempre inová-los. Por isso, é necessário que seja feito uma lista com todos os produtos que ofereçam uma beneficio igual ou parecido ao seu. exeMPlo Para os carros, a moto é um substituto. A única fábrica de automóveis que se beneficia com as vendas de motos é a HONDA, as outras perdem cliente. PODER DE BARGANHA DOS CLIENTES - Em tempos passados, esta força consistia a empresas que vendiam para poucos clientes e tinham que ter uma grande força de negociação. Nos dias de hoje isso ainda acontece e, é necessário que se busque alternativas de não depender de poucos consumidores. Deve-se sempre tratar todos os clientes com excelência e diante disso, procurar saber qual será o posicionamento competitivo do seu negócio. exeMPlo Aqui estão aqueles que compram as marcas. No caso da indústria automobilística podemos destacar as concessionárias, sem as quais os carros não são vendidos. veJa o vídeo! Para reforçar o conhecimento sobre as 5 forças de Porter veja o vídeo “Estratégia de Empresas - Cinco forças de Porter”, com duração de 7 minutos e 42 segundos. Clique aqui para acessar. https://www.youtube.com/watch?v=ek5XJOzD2_w https://www.youtube.com/watch?v=ek5XJOzD2_w 13 BalaNCed sCoreCard BSC - Balanced Scorecard é uma ferramenta do planejamento estratégico no qual a organização tem definida as suas metas e estratégias, com objetivo de avaliar o desempenho da empresa com base em indicadores quantificáveis e verificáveis. A metodologia BSC foi inicialmente divulgada no ano de 1992, por Robert S. Kaplan, professor da Harvard Business School e David P. Norton, presidente da Renaissance Solutions, através de um artigo onde definiam parâmetros para avaliação e melhoramento do desempenho das empresas. O BSC tem o intuito de determinar de modo balanceado as ligações de causa/efeito entre os quatro indicadores de avaliação das empresas, que são: 1. financeiro: criar novos indicadores de desempenho para que os acionistas possam ter melhor rentabilidade dos seus investimentos. 2. Clientes: saber qual o grau de satisfação dos clientes com a empresa. 3. Processos internos: a empresa deve identificar se há produtos com problemas, se foram entregues no tempo previsto e apostar na inovação dos seus produtos. 4. aprendizado e crescimento: diz respeito à capacidade e motivação do pessoal, e a um melhor sistema de informação na empresa. Na análise do BSC, se os quatros indicadores estiverem aplicados de acordo com os objetivos propostos pela organização, entre outras palavras, se estiverem equilibrados, a empresa irá obter um melhor desempenho, possibilitando a formulação de novas estratégias. O BSC está interligado com a visão e estratégia de uma empresa, duas áreas fundamentais para que a empresa tenha sucesso. veJa o vídeo! Para finalizar nossos estudos assista ao vídeo “BSC - Balanced Score Card - em 3 minutos”, reforçando um pouco sobre a ferramenta Balanced Scorecard. No vídeo, o presidente da PROXIS explica como aplicou essa ferramenta em sua empresa. Clique aqui para assistir. https://www.youtube.com/watch?v=R9Y3R4tuKzc https://www.youtube.com/watch?v=R9Y3R4tuKzc 14 Palavras do Professor Encerramos a nossa disciplina Estratégia de Gestão e Organização Empresarial! Agora o mercado de trabalho espera que você efetive as estratégias. Nós acreditamos que você conseguirá realizar grandes feitos, com esta formação aplicada às suas atividades profissionais. Realize as atividades do ambiente e leia com atenção, tanto este seu guia quanto o seu livro texto. Não se esqueça de que eles se complementam! Bons estudos e sucesso!
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