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ELEMENTOS ELÁSTICOS DO MÚSCULO E A PRODUÇÃO DE FORÇA

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ELEMENTOS ELÁSTICOS DO MÚSCULO E A PRODUÇÃO DE FORÇA
	A força muscular total é calculada a partir da soma entre a força ativa e a força passiva desenvolvidas no interior do músculo. Isto é,
Força muscular total = força ativa + força passiva
	Para compreender esse cálculo, deve-se conhecer quais são os elementos que desenvolvem as respectivas forças. Da força ativa, fazem parte as proteínas contráteis do músculo, actina e miosina, ao passo que formam as pontes cruzadas durante a contração muscular; da força passiva, a membrana celular, os tecidos conjuntivos e os componentes do citoesqueleto*. Esses elementos não são dependentes do ATP para gerar força e oferecer resistência extra aos músculos quando ativados.
	Como é sabido, a estrutura do músculo é dividida entre fibras musculares (células musculares ou miócitos), feixes (ou fascículos) e músculo, cada um desses espaços sendo envolvido por tecido conjuntivo. Respectivamente, endomísio, perimísio e epimísio. Então, ao nível das fibras musculares, o desenvolvimento da força se dá em relação ao comprimento dela e é dividido em três fases, conforme ___ e ___ (2013):
1) Fase ascendente, quando a força e o sarcômero aumentam de comprimento;
2) Fase de platô;
3) Fase descendente, quando há redução da força em decorrência da quantidade de pontes cruzadas estabelecidas no comprimento alcançado durante a contração.
Assim, compreende-se que, nessa estrutura, quanto maior o número de pontes cruzadas, tanto menor a magnitude da força produzida durante a contração muscular. Aliás, também é identificada a relação direta, ou seja, linear entre força x comprimento.
Em relação aos feixes e ao músculo propriamente dito, também há um comportamento ascendente-descendente da força, mas, nesses níveis, a relação não é linear, mas curvilínea. Essa mudança é devida à soma da ação de vários sarcômero e, também, pela presença dos elementos passivos, capazes de oferecer resistência mecânica ao músculo sem gastar energia metabólica. Aqui, se aplica a soma demonstrada no início da explicação.
Os elementos que exercem força passiva podem ser denominados elementos elásticos do músculo. Eles armazenam energia mecânica elástica para o músculo durante seu alongamento. Tem-se, aliás, que, quando alongado a 130% do comprimento ótimo, a força passiva compreende a 87% da força máxima. Em situação normal, a participação dessa força não chega a compreender 9% da força total.
“As estruturas passivas apresentam um comportamento visco-elástico”, MUTINGI (2003)
O TECIDO CONJUNTIVO COMO ELEMENTO ELÁSTICO DO MÚSCULO
O tecido conjuntivo é composto por teias de fibras de colágeno. Elas são organizadas de maneira ondulada e desfazem essa organização, transformando-a em paralelo, durante a contração muscular, a fim de exercer resistência ao alongamento. E sem gastar energia metabólica! 
A TININA E A FORÇA MUSCULAR
	A tinina é uma importante cadeia proteica com inúmeras funções, inclusive a força passiva. Algumas de suas funções moleculares são:
· Função estrutural nos discos Z do sarcômero;
· Mantém a ligação da miosina com o disco Z;
· Regulação das pontes cruzadas;
· Sinaliza a síntese proteica, quando sob estresse mecânico;
· Reguladora gênica da síntese proteica;
· Função de força passiva relacionada com a concentração de íons Cálcio intramuscular
“[...] titina, como estrutura passiva do sarcômero, deve ser responsável pelo aumento de força; e que o aumento só acontece em alongamento ativo, ou seja, parece haver um aumento na rigidez da titina induzido pela ativação muscular”
A tinina é descrita como uma “mola-ativa” capaz de armazenar energia elástica durante o alongamento e de retornar, ao final do processo de alongamento, ao seu estado inicial. Todavia, quando a deformação se aproxima de 40% do comprimento inicial, existe também deformação elástica na sua estrutura. 
É importantíssimo salientar que a capacidade de armazenar energia é apenas durante o alongamento ativo do músculo, não é possível afirmar que, isoladamente, essa estrutura proteica influencia na força total do músculo.
Devido à forte relação que mantém com o Cálcio intramuscular, supõe-se que a ação de tensão gerada pela tinina seja cálcio-dependente. Aliás, uma vez que ela exerce suas funções apenas durante a ativação do músculo, já leva a entender que o aumento da concentração de íons Cálcio [Ca2+] exerce influência sobre a tinina. Portanto, as características de comprimento e rigidez da tinina se modificam, dada a mudança de concentração mencionada.
Adendo:
CONTRAÇÕES ISOMÉTRICAS E CONCÊNTRICAS – exclusivamente dependentes do ATP (energia metabólica) e, consequentemente, das pontes cruzadas.
CONTRAÇÕES EXCÊNTRICAS E CICLOS ALONGAMENTO-ENCURTAMENTO – neste caso, soma-se a energia mecânica elástica

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