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G U I A O R I E N T A D O R : C E R T I F I C A Ç Ã O P O R T E R M I N A L I D A D E E S P E C Í F I C A N A R E D E F E D E R A L P R O F I S S I O N A L , C I E N T Í F I C A E T E C N O L Ó G I C A GUIA ORIENTADOR: CERTIFICAÇÃO POR TERMINALIDADE ESPECÍFICA NA RFEPCT PARA OS GESTORES DE ENSINO E DOCENTES Reitora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha: Carla Comerlato Jardim Pró-Reitor de Administração: Vanderlei José Pettenon Pró-Reitora de Desenvolvimento Institucional: Nídia Heringer Pró-Reitor de Ensino: Édison Gonzague Brito da Silva Pró-Reitora de Extensão: Raquel Lunardi Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação: Arthur Frantz Diretor do Campus Jaguari: Carlos Roberto Devincenzi Socal Orientadora da pesquisa: Fernanda de Carmago Machado SUMÁRIO 0 6 S o b r e a A u t o r a 0 7 I n t r o d u ç ã o 0 8 Co n c e i t u ç ã o d a c e r t i f i c a ç ã o p o r t e r m i n a l i d a d e e s p e c í f i c a 0 9 Co n t e x t o q u e b r o t a a c e r t i f i c a ç a o p o r t e r m i n a l i d a d e e s p e c í f i c a n a E P T 1 1 Ob j e t i v o d a s p o l í t i c a s p a r a o s s u j e i t o s p ú b l i c o - a l v o d a e d u c a ç ã o e s p e c i a l 1 2 Qu e s u j e i t o a e d u c a ç ã o i n t e g r a l d e s e j a f o r m a r ? 1 3 P ú b l i c o - a l v o d a c e r t i f i c a ç ã o p o r t e r m i n a l i d a d e e s p e c í f i c a ? 1 5 P o r q u e t em o s um a c e r t i f i c a ç ã o / d i p l om a ç ã o d i f e r e n c i a d a p a r a um s u b g r u p o ? 1 6 P r o c e d i m e n t o s p a r a o p e r a c i o n a l i z a ç ã o 1 7 O q u e o s p r o c e d i m e n t o s f a l a r ã o s o b r e o s e s t u d a n t e s ? 1 8 F u t u r o s e n c am i n h am e n t o s SOBRE A AUTORA THAMILLE PEREIRA DOS SANTOS G r a d u a d a em E d u c a ç ã o E s p e c i a l p e l a Un i v e r s i d a d e F e d e r a l d e S a n t a M a r i a - U F SM , E s p e c i a l i s t a em T e c n o l o g i a s d a I n f o r m a ç ã o e d a C omu n i c a ç ã o A p l i c a d a s à E d u c a ç ã o p e l a Un i v e r s i d a d e F e d e r a l d e S a n t a M a r i a - R S e d i s c e n t e d o Me s t r a d o P r o f i s s i o n a l em E d u c a ç ã o P r o f i s s i o n a l e T e c n o l ó g i c a p e l o I n s t i t u t o F e d e r a l F a r r o u p i l h a - I F F A R c amp u s J a g u a r i , i n t e g r a n t e d o g r u p o d e p e s q u i s a d e P o l í t i c a s P ú b l i c a s e E d u c a ç ã o E s p e c i a l (GE P P E E /CNPq ) e E d u c a d o r a E s p e c i a l n a R e d e Mun i c i p a l d e S a n t o  n g e l o . INTRODUÇÃO Este Guia Orientador é o resultado da pesquisa de mestrado intitulada "Certificação por terminalidade específica na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica: produto e produtora de representações culturais", que se constituiu como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Educação Profissional e Tecnológica, do Instituto Federal Farroupilha - Campus Jaguari. O presente instrumento foi gerado durante estudos sobre as práticas e os dispositivos legais que normatizam a Inclusão na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT) e a certificação por terminalidade específica neste âmbito. A partir desse, estudo, surgiu problematizações que vieram a brotar neste guia orientador, que tem por objetivo viabilizar a construção de outras verdades sobre a certificação por terminalidade específica na RFEPCT, e proporcionar à compreensão das características específicas dos sujeitos, bem como a diversidade e dos posteriores encaminhamentos após a escolarização. É uma certificação/diplomação para estudantes parte do público- alvo definido pela Resolução CNE/CEB nº 02/2001, ou seja, estudantes com grave deficiência intelectual/mental ou múltipla, que não atingiram o nível exigido para a conclusão do curso, em virtude de suas deficiências, mesmo diante do todas as adaptações possíveis. RESOLUÇÃO CNE/CEB nº2 O que é a certificação por terminalidade específica? Em que contexto brota a certificaçao por terminalidade específica na EPT? SALAMANCA LDB LEI nº13.146 PARECER CNE 2/2013 JOMTIEN CERTIFICAÇÃO POR TERMINALIDADE ESPECÍFICA = CNE/CEB nº 6/2012 EPT INCLUSÃO PNNEPEI 2008 RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2 Em que contexto brota a certificaçao por terminalidade específica na EPT? A certificação por terminalidade específica germina no solo dos documentos internacionais, no Movimento Mundial da Educação para Todos que ocorreu em Jomtien na Tailândia em março de 1990 e na Declaração de Salamanca de 1994, portanto, são os primeiros adubos para legitimação da inclusão escolar, que movimentam os discursos da educação como um direito para todos, com a germinação da semente inclusiva é fortalecido o crescimento do tronco, que está representado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), estrutura forte de sustentação que no Brasil torna a educação um direito de todos. Suas ramificações do tronco inicia na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI) no ano 2008, que preconiza a inclusão escolar como obrigatória e direito, com garantias de mobilidade social, de futuros melhores, expectativas de liberdade e de respeito. As ramificações na EPT, incidem nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio na forma articulada (CNE/CEB nº 6º/2012), que garante o direito à inclusão na EPT, por conseguinte, em 2013 houve a consulta no Conselho Nacional de Educação questionando à aplicação da certificação por terminalidade específica nos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio no Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), tão logo, foi a partir deste ofício legal que incidiu o Parecer CNE/CEB nº 2/2013, aprovado em 31 de janeiro de 2013, permitindo que outras Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica criassem seus documentos legais e suas práticas discursivas para inserção da CTE em seus contextos. O que de fato as políticas objetivam para os sujeitos público-alvo da educação especial? EQUIDADE ACESSO PARTICIPAÇÃO A inclusão é uma grande bandeira na atualidade, que ganha força com ideais de participação, acesso e criação de condições para concorrência. Que sujeito a educação integral deseja formar? DESENVOLVIMENTO DO SUJEITO NAS DIMENSÕES: FÍSICA CULTURAL MENTAL POLÍTICA CIENTÍFICA TECNOLÓGICA Quem é o público-alvo da certificação por terminalidade específica? Público-Alvo da Educação Especial ESTUDANTES DOS IFs Deficiência intelectual/mental grave e Múltipla Quem é o público-alvo da certificação por terminalidade específica? O desenho procurou ilustrar o público-alvo da certificação por terminalidade específica no contexto dos IFs, primeiramente este público- alvo é estudante do IF representado pelo círculo em vermelho, constituído neste contexto como público-alvo da educação especial, que é formado pelas pessoas com deficiência intelectual ou mental (algumas políticas utilizam o termo já obsoleto), deficiência auditiva, física, visual, múltipla, pessoas com Transtorno do Espectro Autista e com Altas habilidades/Superdotação (PNEEPEI, 2008). Diante disso, a certificação por terminalidade específica não é destinada a todos os sujeitos da educação especial, tampouco apenas para o grupo das deficiências, mas sim, para um público bem específico, a deficiência intelectual/mental grave, e a deficiência múltipla. Então esse tipo de certificação é voltado para estudantes com “grave deficiência mental ou múltipla”. PORQUE TEMOS UMA CERTIFICAÇÃO/DIPLOMAÇÃO DIFERENCIADA PARA UM SUBGRUPODO PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL? Essa necessidade, emerge do contexto social que compreende que alguns sujeitos são mais diferentes que os outros, ou seja, de que alguns tem mais risco de exclusão do que outros. O risco aqui encontra-se no fato de que quanto menos escolarizados e sem uma formação integral que os prepare para a vida e o mercado do trabalho, os sujeitos com deficiência, menores as condições de posicionarem-se de maneira ativa e produtiva nos no enredo social. Para tanto, a certificação por terminalidade específica é criada, como estratégia de garantir a inclusão, de elevar a escolarização à níveis mais elevados e também permitir à inclusão dos sujeitos no mercado de trabalho. Procedimentos para operacionalização: FLEXIBILIZAÇÕES E ADAPTAÇÕES Constituição de bancas para avaliar as adaptações que foram oferecidas ao estudante ao longo do processo educacional. Registro de todas as adaptações curriculares que podem ser dos Tipos (Pequeno Porte e/ou Grande Porte). Nos Níveis do Projeto Político Pedagógico (Currículo Escolar), no Plano de Aula e/ou Individual. Nas categorias de acesso ao currículo e nos elementos. Certificação de conclusão de escolaridade, com histórico escolar que apresente, de forma descritiva, as competências/habilidades desenvolvidas pelo educando. BANCAS DIPLOMA O que os procedimentos falarão sobre os estudantes? BANCAS DIPLOMA Através das adaptações curriculares e flexibilizações, à Instituição e os discentes possibilitarão os encaminhamentos futuros valorizando as características individuais dos sujeitos, bem como, suas formas de estar no mundo. As bancas exercem um papel muito importante, pois é, através delas que o futuro dos sujeitos será decidido. FLEXIBILIZAÇÕES E ADAPTAÇÕES A descrição das competências/habilidades poderão permitir o acesso ao mundo do trabalho e a níveis mais elevados de ensino, porém, é necessário cuidado com a descrição das competências/habilidades, pois, poder certificar como inaptos, incapazes é preciso clareza, pois são outras formas de aprender e exercer as competências e habilidades. Como constituímos o público-alvo da certificação por terminalidade específica para futuros encaminhamentos? AUTOINVESTIMENTO PARTICIPAÇÃO CONCORRÊNCIA PRODUTIVIDADE POTENCIAL INCLUSÃO MERCADO DE TRABALHO E EM NÍVEIS MAIS ELEVADOS DE ENSINO Como constituímos o público-alvo da certificação por terminalidade específica para futuros encaminhamentos? PARTICIPAÇÃO CONCORRÊNCIA PRODUTIVIDADE POTENCIA L INCLUSà O À Educação Profissional e Tecnológica em aliança com inclusão investem na constituição de sujeitos que desenvolvam habilidades e competências necessárias para atuar de maneira consciente e livre na sociedade, com responsabilidades, com si próprios e com o País. Que busque realizar as melhores escolhas e mantenha- se em permanente processo de busca e de inclusão na sociedade. Para tanto, seu potencial é valorizado, lhes permitindo à participação, tornando-os produtivos, mesmo nos contextos que existem constante concorrência, pois o que vai lhes permitir autoinvestimento em si. REFERÊNCIAS PARTICIPAÇÃO CONCORRÊNCIA PRODUTIVIDADE POTENCIA L INCLUSà O BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001. ---------. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2018. ______.RESOLUÇÃO CNE/CEB nº 6, de 20 de setembro de 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, 2012. ______. Parecer do Conselho Nacional de Educação nº 2/2013. Consulta sobre a possibilidade de aplicação de “terminalidade específica” nos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio. 31 de janeiro de 2013. -----------. Lei nº 13.146 de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). UNESCO. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien, Tailândia, 1990. ______. Ministério da Educação e Ciência de Espanha. Declaração de Salamanca e enquadramento da ação na área das necessidades educativas especiais. Salamanca, Espanha, 1994.
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