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Resumo de Criação e Produção 1 – N2 Leite - Grande parte dos produtores são agricultores familiares - Gera renda no campo - Importancia social: Produto indispensável e insubstituível Melhor fonte de cálcio assimilável Proteínas de alto valor biológico Baixo custo - Lactea Brasil: coordenação de marketing de produtos lácteos Busca reunir todos os segmentos, ate o consumidor final Referencias de produção de leite: EUA e Nova zelandia (maior exportador de leite do mundo). - Vaca no brasil produz em media 1700L de leite - O brasil gasta mais IMPORTANDO leite do que exportando - Sul e sudeste são os maiores produtores de leite - A produtividade e custo influenciam no resultado final - Atualidade e perspectiva: Maior consumo Recuperação de preços Fortalecimento de cooperativas Modernização da indústria brasileira de laticínios Sistema de produção - Extensivo: sistema com exploração de grande extensão de terra, sem tecnologia e sem controle = PASTO. - Semi intensivo: os animais recebem algum tipo de suplemento alimentar na pastagem - Intensivo: 4 bases para iniciar o sistema: nutrição, sanidade, manejo e genética. Grande numero de animais por hectare, em pastagem com alta capacidade de suporte ou em confinamento Pasto: porem, com tecnologia, contagem, controle Confinamento: 100% de alimentação no cocho, sem acesso ao pasto Semi confinamento: se alimenta no cocho, e pode pastar também - Super intensivo - Produção a pasto: intensivas Menos tecnificadas (comparada ao confinamento) = menor produção/dia Áreas maiores para manutenção dos animais - Confinamentos: fazendas intensificadas Alta produtividade e investimento Free stall (áreas com camas individualizadas, corredores de acesso e pistas de trato), cross ventilation e compost barn (grande espaço físico coberto para descanso das vacas. A área é revestida com serragem, sobras de corte de madeira e esterco compostado). - Produção extensiva: fazendas marginais Baixa produção Pequenos rebanhos (baixo lucro) - Projeto de adequação de manejo Status financeiro X status pessoal Objetivo: entender o perfil do produtor e definir objetivo viável Fatores fundamentais para alcançar o objetivo: paixões e interesses, demanda de mercado e conhecimento técnico Estabelecimento de metas (definir o objetivo para traçar metas): potencial produtivo da fazenda (qualitativo e quantitativo), composição do rebanho (manutenção, aumento ou redução), pressão de seleção. Estrategia: definidas após traçar as metas - Nasce: bezerra - Puberdade: novilha - Após o primeiro parto: vaca - Pico de lactação 6-8 semanas pós parto - Normalização do consumo voluntário de alimento: 10-16 semanas pós parto - Retorno da atividade cíclica da vaca (porpério): 30 dias pós parto - Ciclo estral da vaca: 21 em 21 dias 40 a 50% do peso vivo adulto = primeiro cio O ultimo sistema a receber nutrientes é o reprodutor, por isso após o porpério é difícil gestar novamente. Nos últimos 21 dias de gestação o consumo alimentar cai. O ideal é a femea reproduzir uma vez ao ano, e para isso ela precisaria começar uma nova gestação, TRÊS meses depois de parir. É possível, mas não é fácil. No segundo mês pos parto é difícil pois ela esta em pico de lactação, então o terceiro é o mais indicado, porque depois você perde o cio. Maturidade sexual: 50 a 65% do peso vivo adulto Manejo de animais de reposição na produção leiteira- cria - Objetivos da fase de cria: Garantir altos índices de sobrevivência (menor mortalidade) Ritmo de crescimento adequado: meta (idade) ao desaleitamento Desmame com maior peso corporal: mínimo dobro do peso ao nascer Adaptação à dieta pós-desaleitamento: sólida - Desafios a serem vencidos: Doenças infecto-contagiosas (60% das bezerras que morrem são por diarreia infecto contagiosa). Ecto e endoparasitas (vermes que matam cabritas) Ambientes e instalações inadequados (higiene tem que ser adequados = manejo) Utilização incorreta de colostro e alimento líquido (crias que nascem sem imunidade, e o colostro fornece essa imunidade). Baixa qualidade de alimento sólido (o animal não quer comer) Subnutrição (não consegue atingir um peso de meta, por causa do manejo inadequado) Baixa qualidade de mão-de-obra (funcionário que não esta qualificado (nível de instrução). - Criterios para avaliação da criação de bezerras Taxa de mortalidade: até 5% considerado razoável; Morbidade: menor possível (gastos com medicamentos)- um alto gasto com medicamento = algo de errado acontecendo é melhor evitar que as vacas adoeçam, tratando o ambiente/manejo. - Diarreia: Infecciosa Não infecciosa - Cuidados com vaca e cria no pré parto Observação constante = dias antes do parto; Piquete maternidade (baia): limpo, seco, sombra Fácil acesso a água e alimento = ambos de alta qualidade. - Pós parto Período do nascimento até a desmama = MAIS CRITICO sobreviver ao processo do nascimento; iniciar e manter homeostase no ambiente extra-uterino; adaptar-se a ser nutrido pelo leite materno; iniciar crescimento e desenvolvimento pós-natal - Manejo da fase de Cria Dieta Líquida: Colostragem, Aleitamento e Água Dieta Sólida: Concentrado X Volumoso Instalações: Higiene e Conforto Rotina: consistência de manejo (não ter rotina estressa o animal, diminuindo a produtividade) - Cuidados pós nascimento inspecionar o animal recolher o animal para local protegido; corte e desinfecção do umbigo -tintura de iodo = dois ou três dias; identificação: com brinco e tatuagem = dia do nascimento. - Manejo de colostragem Mistura de secreções lácteas e constituintes é fundamental porque fornece imunidade para a cria, já que a imunidade passiva não passa da mãe para o filho, sendo assim, é fornecido o colostro para a cria adquirir imunidade. Efeito laxativo para ocorrer a primeira liberação do mecônio (primeira fezes no animal onde ocorre a limpeza do instestino). Tem a eficiência/capacidade produtiva de leite e qualidade do colostro, a partir do terceiro parto a vaca já alcançou o seu peso vivo e assim a cria nasce mais pesada, o colostro e leite com mais qualidade, porque a vaca parou de usar o seus nutrientes para alcançar seu peso vivo. Quanto a cria deve ingerir de colostro? O abomaso é mais funcional do que o rumen, pois ele vai receber o colostro, tendo um limite de 2-3 litros dependendo da raça. O quanto antes ela ingerir, melhor a chance de conseguir imunidade, recebendo o quanto mais a cria pode ingerir. Qualidade do colostro: quanto pior a qualidade mais a cria tem que receber. - Fornecimento de colostro: como mensurar o consumo? A escolha é baseada no que para aquela propriedade seria melhor, envolvendo fator genético. Amamentação: não da para mensurar o quanto a bezerra mama no dia. - Tipos de colostros: Colostro congelado, cor do lacre = indicativo da qualidade (medida por um colostrometro) – sendo fornecido em até 3 dias. Só no primeiro dia a cria consegue adquirir a imunidade, por causa da imunoglobulina (pois a cria perde a capacidade de digerir a imunoglobulina inteira). Método de conservação em um meio anaeróbio (sem oxigênio): ensilagem de colostro, para uma posterior fermentação, conseguindo conservar os princípios do colostro. - Tipos de colostro: caprinos Colostro de cabras sadias= livre da CAE (artrite encefalite caprina) = banco de colostro congelado - CAE: não tem cura e pode ser transmitida pelo colostro e leite. Colostro tratado (evita CAE) = tratamento térmico à 56ºC (banho – Maria) = elimina/ mata os agentes transmissores, sem desnaturar proteínas. (por isso não pode ferver o leite) Colostro de outra espécie : bubalina, bovina (mais utilizada) = transmissão de imunidade menos eficiente (especificidade das imunoglobulinas), efeitos nutricionais e laxativos similares. Sucedâneo de colostro = à base de soro sanguíneo (animal adulto e sadio = 0,5 litros). - após a coagulação, obtém-se 0,2 litros de soro, que devem ser misturados a 0,3l de leite e fornecido ao cabritinho(a). - Sistemas de aleitamentoQuais os fatores para indicar um dos 2 sistemas? - 1º: perfil genético de raça que tem na propriedade Taurinos: são muito mais adiantados geneticamente, porque foram selecionados muito antes. Ex: em uma certa condição ambiental o taurino irá produzir mais leite/carne do que os zebuínos. (taurinos só de limpar as tetas já ocorre o estimulo nervoso, já descendo o leite). Zebuínos: são atrasados geneticamente pelo processo de seleção que esse animal passou (zebuínos precisam de um estimulo nervoso (para descer a ocitocina e agir nas glândulas mamarias) com a cria dela no pé, estimulando assim a descida do leite. Se não est com a cria no pé, ela não produz leite). - Pressão intramamaria negativa, enche de novo pois o corpo entende que esta veio e produz leite de novo. - Aleitamento natural As vacas dependem da presença do bezerro como estimulo para ejeção do leite. - ausência da cria na ordenha: menor produção diária de leite; menor persistência de lactação; secagem imediata das vacas Produção média diária/vaca: baixa (custo X benefício) Falta de esclarecimento sobre a importância da higiene dos baldes e utensílios - Aleitamento natural = tradicional Bezerros e vacas são levados para um curral, e as vacas são separadas do bezerro para encher o úbere, no outro dia a cria é colocada do lado da mãe para ocorrer a estimulação, o proprietário tira o leite e depois os bezerros passam o dia todo ao lado da mãe Não consegue falar de desaleitamento porque ela fica com a mãe o dia todo até a vaca ter a lactação. Enquanto a lactação não acabar não pode vender o bezerro, porque a mãe vai parar de produzir leite. - Aleitamento natural = controlado Os bezerros não ficam com a mãe o dia inteiro, só vão para o lado dela na hora do estimulo na ordenha. Consegue presumir o quanto o bezerro esta consumindo de leite Já consegue desaleitar Não pode pensar em vender o bezerro, pois a mãe não vai produzir mais leite. - Aleitamento artificial Bezerra separada da vaca = recebe a dieta liquida em balde, mamadeira Vacas não dependem da presença da cria Higiene de baldes de demais utensílios - Sistema de aleitamento Permite: racionalizar o manejo dos animais = separando as crias das matrizes ordenha mais higiênica controle da quantidade de leite ingerida pela bezerra possibilita venda de animais jovens torna possível cria de filhotes de fêmeas que não possam aleitar (teto perdido, partos múltiplos, morte da cabra, baixo nível de produção) prevenção da CAE (caprinos) - Fase de aleitamento Objetivo: suprir nutrientes com dieta líquida restrita para estimular consumo de alimento sólido rapidamente para tornar o bezerro um ruminante o mais cedo possível Leite Colostro ou leite de transição Sucedâneo (substituível) Leite de descarte (mastite clinica – gera mudança na característica do leite) Mastite tratada com antibióticos o leite não pode ser vendido. Esse leite de descarte é misturado com o leite “normal” e é dado para a cria, e essa femea que recebe esse leite pode apresentar resistência ao tratamento da mastite quando ela for adulta. - Fase de aleitamento = alimento liquido Quantidade: 8-10% PV (bezerras_4kg = quantidade fixa) = > são 4 litros de leite que a cria tem que receber por dia Temperatura ideal: 36-37ºC = nunca abaixo de 10ºC Importância da goteira esofágica (é um nervo – glossofaríngeo): o leite que ele recebe precisa nutrir a ele, e não a bactéria que esta no rumem, por isso o leite vai para o albomaso. Estimulado/excitado o canal se fecha, formando um “canal canudo” dentro do esôfago, o que leva o leite do esôfago para o abomaso. - Fechamento da goteira esofágica: sucção é o que faz ocorrer o fechamento da goteira esofágica, se não o leite cai no rumem. - Risco de oferecer o leite no balde, ai tem que ensinar a mamar, com o dedo ou com o bico de mamadeira, com a mão dentro do balde, e aos poucos os bezerros aprendem a mamar/succionar sozinhos o leite. - Água Fresca e limpa (consumo de 10% PV – peso vivo) Á disposição desde a 1ª semana de vida Há evidencias de maior consumo de concentrado (quanto mais agua tomam, mais o bezerro vai ter vontade de comer, assim elas ganham peso mais rápido, e cai a chance de doença). Alimentação sólida - Concentrado Características desejáveis: Extrusado, peletizado ou farelado palatável (sabor adocicado) textura grosseira nível baixo em fibras (FDN: 15-25% ou FDA: 6-15%) alto teor de energia (75 - 80% de NDT) níveis adequados de proteínas (18% - 20%) e minerais restrição ao uso de uréia: consumo de forragem atingir 1% PV Viabiliza o desaleitamento Ingestão o mais cedo possível = primeira semana Concentrado Volumoso Fundamental Opcional CNE (carboidrato não estrutural) CE (carboidrato estrutural) Mais digestível Menos digestível Mais tempo de retenção Menos tempo de retenção Mais KP (taxa de passagem) Menos KP Mais MS (consumo de M. seca) Menos MS (consumo de M. Seca) Mais AGVs (ácidos graxos voláteis) = sempre tem mais ACETATO, mas quando se usa a dieta concentrada aumenta o PROPRIONATO, não ultrapassando a quantidade de acetato, mas aumenta a aproximação dos dois. Menos AGVs = papilas ruminais absorvem e quem sintetiza (produz) essas papilas são o proprionato e o butionato (que junto com o acetato são os AGVs) Tamanho do rumen é menor se alimentando com concentrado, MAS se desenvolvem melhor as papilas ruminais Tamanho do rumem é maior se alimentando com volumoso, MAS as papilas ruminais não se desenvolveram como no volumoso Acetato: produz gordura no leite Proprionato: produz glicose que vira lipídeo (gordura corpórea) - Volumoso Possibilidade: inclusão de forragens Contribui para a expansão e desenvolvimento muscular = > fornecimento após o desmame 2ª semana de idade Alimentos fermentados (silagens) = antes do desaleitamento não é recomendado; -consumo insuficiente para desenvolvimento ruminal e o crescimento do animal = único alimento - Instalação para fase de aleitamento Conforto e proteção higiênico sanitário Ambiente seco Com circulação de ar Com espaço para sombra Acesso a alimentação e agua - Tipos de instalações Bezerreiros coletivos: alvenaria ou de madeira = comuns; - construções que necessitam de investimentos elevados = nem sempre construídos adequadamente Abrigos individuais: vantagens: facilidade de limpeza e desinfecção, mobilidade. - Cuidados: cocho para concentrado (volumosos) e bebedouro (balde) entrada de sol e proteção contra ventos localizados em terrenos drenados, com declividade = gramínea de porte rasteiro cama limpa e seca = retirada das fezes e substituição ou reposição com material seco; Contenção = coleira, cabresto e corrente após a saída de cada animal = limpeza, desinfecção e se necessário colocado em novo local - Á pasto: desde a primeira semana = logo após o período de colostro; redução nos custos = mão de obra e instalações cuidados: intempéries; - Desaleitamento bezerras reduções no custo de alimentação e mão de obra; - menor ocorrência de distúrbios gastrintestinais desaleitamento em media após 2 meses de nascido Manejo de Animais de Reposição na produção Leiteira_Recria - Animais de reposição – quais são? Bezerras nascidas (cria) – novilhas ao 1º parto (recia) = pasto Objetivo: antecipar a idade ao primeiro parto 40-50% do peso adulto = puberdade - Crescimento Taxa de crescimento e maturidade sexual: Maturidade sexual de novilhas depende mais do peso corporal do que da idade Taxa de crescimento não ideais Não atingem a puberdade anos dos 18-20 meses de idade, quando crescem lentamente (menos que 0,35 kg/dia) Puberdade: pode ocorrer antes de 9 meses de idade quando o crescimento das novilhas for muito mais rápido. - Recria = pasto Objetivos: Ritmo de crescimento adequado (META DE DESEMPENHO: 1º Parto), máximo desenvolvimento da glândula mamária e garantir melhoramento genético. Monitorar mensalmente o desenvolvimento dos animais Separar as femeas em gruposhomogêneos Fita de pesagem (peso médio que femea tem), hipometro (profundidade torácica) e balança = para saber o ganho de peso diário. A dieta deve ter alta participação de volumoso - uso de pasto = menor custo, avaliar qualidade - suplementação quando a restrição for quantitativa - não ganha quantidade alta de ganho de peso diário Suplementação concentrada: manter as taxas de GPD programadas. - não atrasar idade a puberdade ao 1º parto - quantidade em função da qualidade do pasto. Época seca limita a energia luminosa em energia química (perca de qualidade do pasto), por causa da falta de sol, já que a falta de agua da para suprir. - Para manter o ganho de peso das femeas, tem que dar concentrado e outro tipo de volumoso. Época das aguas: pasto com mais volume de concentrado Época da seca: não tem pasto, então é dado para eles volumoso (sistema extensivo) Analise: época do ano, quantidade de pasto e exigência do animal. O sal é dado com uma mistura de micro e macro minerais para complementar a quantidade que falta para as vacas de mineral. - Taxa de crescimento e maturidade sexual: *puberdade: -40 e 50% do peso corporal adulto = independentemente da idade; -250-280 kg para Holandês e 170-190 kg para Jersey *maturidade sexual: - 1ª inseminação (ou cobertura) = 50-60% do peso corporal adulto (14-16 meses de idade); - taxa de crescimento: deve ser mantida durante a 1ª lactação = para que as novilhas atinjam 80-85% do peso corporal adulto ao 1º parto - Conclusões Período mais critico é do nascimento a desmama Animais de reposição não contribuem com a renda Antecipar idade do primeiro parto Seguir e monitorar metas de crescimento Usar sêmen de touros provados Programa de descarte Manejo adequado para minimizar fatores desfavoráveis Controlar e minimizar custos Manejo reprodutivo de femeas leiteira - Para que seja eficiente: identificação dos animais (escrituração e pedigree) manejo alimentar levantamento sanitário mão-de-obra. - Sistema de acasalamento monta natural: reprodutor fica misturado com as femeas durante o ano. Um bode cobre uma mesma femea varias vezes durante o cio, desastando-se. monta controlada: monta natural, o reprodutor pega a femea no cio e leva para o reprodutor. Sendo retirada após a cobertura, relação se eleva de acordo com manejo e rotina empregada. IA – inseminação artificial: com sêmen fresco ou congelado IATF – inseminação artificial em tempo fixo - protocolo: todas as vacas para inseminar, todas juntas no mesmo dia. - ECC (escore de condição corporal) Medida subjetiva da quantidade de gordura (de energia reservada). Região para identificar ECC são de garupas, costelas, tuberosidade do isquio. ECC 1, 2, 3 (o mais ideal ao parto até 3,5), 4 e 5. (escala de avaliação 1 muito magra, 5 muito gorda). Quanto mais gordura o animal estiver, mais lipólise vai acontecer, podendo ter cetoacidose (transtorno metabólico) A vaca não consegue parir sozinha Atrasa o consumo de alimento - Manejo reprodutivo A relação macho/fêmeas vai depender do sistema de cobertura adotado na propriedade Touro (e/ou rufião): identificação do estro Critérios de classificação: Perímetro Escrotal Capacidade de serviço Andrológico Características genéticas Touros - início das atividades sexuais: 15-18 meses de idade = taurino e taurino x zebuíno 22 a 24 meses = zebuínos dependente de desenvolvimento físico adequado à raça. Matrizes (Vacas multíparas) Potencial genético através da produção de leite Intervalos entre partos Período de serviço Idade do primeiro parto Sanidade = Mastite Ciclo estral: média de 21 dias Estro: 18 horas (12 a 30 horas) Ovulação: 12 horas (10 a 15 horas) após o fim do estro Sintomas: corrimento vulvar cristalino, vulva intumescida, comportamento homossexual, inquietude, redução do consumo voluntário, reflexo de tolerância Detecção: primordial para o manejo de cobertura (momento ótimo) ou IA Falhas: > PS = > IEP = Menor Eficiência reprodutiva (anestro e repetição de estro) e produtiva Novilhas (Primíparas) Peso Idade : depende do nível de manejo, alimentação; - Manejo reprodutivo de caprinos Matrizes Puberdade: ± 4 meses: 40-50% de seu peso vivo adulto - separação dos sexos. Maturidade sexual: 65-70% do peso adulto para a raça: -7-8 meses (fêmeas), 12-18 meses (machos). Consequencias de cobertura precoce: Primeiro parto dificultado, Desenvolvimento prejudicado, Baixa freqüência de partos múltiplos, Maior mortalidade de cabritos e Peso baixo ao nascer e desmama. Ciclo Estral: 18-24 dias (média de 21 dias) Estro: 32-40 horas Ovulação: 30-36 horas após o início do cio Para produção eficiente: dividir o rebanho em lotes e fazer mais de uma estação de coberturas durante o ano buscar a indução de cios: - Indução Hormonal de cio utilizando Progestágenos - esponjas vaginais: 11 ou 21 dias - Vacas muito magras: < produção de leite = falta de reservas corporais > incidências de problemas metabólicos atraso no aparecimento do estro após o parto - Vacas muito gordas: dificuldades no parto redução no CMS no início de lactação incidências de algumas doenças metabólicas < da produção de leite; - Estratégias para Melhorar a Eficiência Reprodutiva de Animais a Pasto Visam: retorno rápido da ciclicidade no pós-parto e aumento da taxa de sincronização na IATF - Gestação Duração: aproximadamente 152 dias (132 a 166) influenciado pela época do ano, tamanho da prole, ordem de parto, nível de produção de leite, raça, etc Liberdade de movimentação Observação diária das fêmeas Evitar traumatismo Boa alimentação e condição corporal Suspender a ordenha pelo menos 60 dias antes da parição = secagem - Parto Sintomas: aparecimento de colostro nos tetos, os ligamentos sacros relaxados, redução de ingestão de alimentos. Para um melhor controle: baias ou piquetes de parição = próximo à visão do criador; após: limpeza da genitália (expulsão da placenta até 2 h) - Descarte Principais causas: problemas reprodutivos = não-concepção doenças podais (pernas e pés) mastite = alta contagem de células somáticas problemas na conformação do úbere baixa produção de leite Manejo e sistemas de ordenha - Objetivos e metas: Estimular ejeção do leite Ordenha completa, rápida e sem lesões Reduzir riscos de infecções Garantir qualidade do leite - Estimulos para ordenha: precedido de estímulo do SNC = processo ligado ao ato da ordenha; estímulo das terminações nervosas dos tetos = sensíveis ao tato, à pressão e ao calor ação exercida pelo bezerro = estímulo primário mais eficiente bons estimulantes = massagens do úbere e a limpeza com água morna - A duração do hormônio ocitocina que provoca a liberação do leite é limitada, durando no máximo 1 minuto, a ordenha deve ser concluída em mais ou menos 8 minutos para a remoção de todo leite. - Vacas de alto potencial de produção 2 a 3 ordenhas diárias para que se mantenha sempre a pressão intramamária baixa pressão intramamária aumenta logo após o término de uma ordenha se tornando máxima cerca de 8 à 12 horas depois intervalo recomendado entre ordenhas é de 8 - 12 horas - Intervalo e frequência de ordenhas influencia a secreção ideal entre 8-12 horas de uma a duas ordenhas diárias (20 a 30% aumento de produção) de 2 a 3 ordenhas diárias (15 a 20% de aumento na produção) - Planejamento de sequencia de ordenha organização entre grupos: 1ª lactação, já tratadas e em tratamento condições das vacas (para reduzir estresse. Estresse faz produzir menor leite) + sala de espera adequada, confortável (sombra/ventilação) + ter bezerro ao pé, senão o volume total do leite diminui. - Ordenha retirada dos primeiros jatos (3-4) em caneca telada ou de fundo preto, para estimular a descida do leite, detectar mastite clinica (floculação, alteração de cor e consistência) e para limpar o leite residual do canal mastite aumenta CBT (contagem bacteriana total) se o leite passar no teste da caneca preta, periodicamente o proprietário deve fazer testede mastite subclínica (que aumenta CCS – contagem célula somática – quanto mais célula somática mais denso o leite fica no teste). Não se ve mastite subclínica e ela vai passando para outras . Lavagem dos teto deve ser evitada (úbere também) Imersão dos tetos em solução pré-dipping para matar patógenos ambientais que causam mastite clinica, aumentqando CBT. Secagem com papel toalha descartável individualmente, limitando contaminação Ordenha Solução pós-dipping para evitar mastite contagiosa (subclínica) e aumento de CCS) Evitar que vacas deitem por pelo menos 1h após a ordenha, para evitar infecção. Mastite: Inflamação da glândula mamária: causada principalmente por bactérias (fungos,algas) - o propósito da resposta inflamatória no úbere é neutralizar ou destruir os agentes infecciosos e suas toxinas = permitindo o retorno da glândula mamária à sua função normal. Fatores que predispõe a mastite: Falta de higiene durante a ordenha; Defeitos nas ordenhadeiras; Má administração do sistema de ordenha; Ferimentos nos tetos; Irritação dos tetos Prejuizos: Danificação do tecido secretor = podem ser reversíveis ou NÃO; Obstrução dos ductos. - Alimentação de vacas Sempre terá mais volumoso que concentrado, para manter o teor de gordura no leite Quanto mais leite produz, mais concentrado come e menos volumoso. Gado de corte: - Para se trabalhar com gado de corte é importante ter um alto índice de fertilidade, alto índice de natalidade, baixo índice de mortalidade, boa habilidade materna (para desmamar mais cedo) e índice elevado de kg de bezerro por vaca ao ano (elevada quantidade de bezerro por mãe/ ao ano). - Os ciclos dentro de gado de corte, são ciclos parciais (trabalha com uma fase ou duas Ex: só cria e recria, ou engorda, ou terminação). O setor de cria (ate o período de desmame), trabalha a seleção, manejo, cuidado da gestante e aleitamento natural - Fase da CRIA: Uma vaca bem qualificada: emprenha na primeira tentativa pari um bezerro saudável na primeira gestação consegue lactar para alimentar o bezerro tem habilidade maternal emprenha enquanto estiver lactando (é muito difícil. É mais fácil para as vacas mais velhas que já emprenharam mais vezes) Fatores que afetam a fertilidade: temperatura muito alta amamentação (pois quando a vaca esta amamentando ela libera endorfina, que causa atraso no cio da vaca) escore abaixo 4 e acima de 7 (o escore ideal garante uma taxa maior de sucesso na fertilidade). Escore: O tempo certo de avaliação do escore de uma vaca gestante é no terço final da gestação, pois se a vaca estiver com escore 4 (que é o limite) ainda é possivel recuperar para o escore ideal, para que ela possa parir de forma saudável. O escore alto, significa muita gordura corporal e isso pode causar cetogenese e distocia (dificuldade no parto) Quando a vaca pari ela esta com balanço energético negativo, e se o escore está inferior a 5-7 demora mais para normalizar Estação de monta (dura 90 dias): A vaca tem que emprenhar Estação concentrada: vacas entram em cio, engravidam e parem no mesmo período, facilitando o manejo e possibilitando um melhor controle. Por ser setores específicos facilitam a estação concentrada. A estação de monta mais utilizada no brasil, é de novembro a janeiro. Período das aguas é de: setembro e termina em março Período das secas é de: março e termina em setembro Estação de monta (nov. dez e jan) Época de nascimento (ago. set. out.) Época de desmame (fev. março, abril) Pontos positivos Por ser época das aguas é bom para o pasto. A vaca se alimenta melhor, sendo bom para manter ou recuperar escore. - meses de inicio da primavera: bom para a imunidade do bezerro - inicio da época das aguas ao pé da mãe, ajudando a ter familiaridade com outro alimento. - época das aguas é bom para a vaca recuperar o escore - o bezerro ganha mais peso para a engorda (o pasto está em boa qualidade) Pontos negativos - o trimestre final é na época de seca, e é a época onde ela mais mobiliza energia para o feto: dificuldade para manter o escore. - Se o bezerro nasce em novembro, dezembro ou janeiro (época de chuva) tem risco de endoparasitose - Por ser no final do período das aguas, a vaca terá dificuldade de recuperar o escore, tendo o aumento de intervalo entre partos. Periodo de desmame 6-8 meses Creep feeding: O bezerro acessa ao cocho privativo antes da mãe. Para o bezerro ganhar mais peso, indo mais gordo para a engorda, mamando menos na mãe e exigindo menos dela, para que ela consiga se recuperar mais rápido, diminuindo o intervalo de partos. Gera mais gastos pela alimentação ser rica em proteína, o investimento no cocho, etc. Creep grazing: os bezerros tem acesso a um pastejo rotacionado (maior quantidade e melhor qualidade), antes da mãe. Quando nascem femeas no setor de cria, a fazenda fica com ela e fazem a fase de recria somente para femeas (com foco em reprodução) Quando nascem os machos a fazenda os vende desmamados para outra fazenda fazer a recria (preparo para fase da engorda) O setor de cria o foco é desmame por idade e não por peso, pois a fase da recria que uniformiza o peso para engorda. - Fase da RECRIA: Recebe os bezerros e a saída é marcada por peso (não mais por idade) o objetivo principal é que os bezerros cheguem ao peso meta o mais rápido possível Cada criador estipula seu peso meta 350 a 400kg peso de saída da recria (para macho virando boi magro) 350 a 400kg para femea peso de maturidade sexual (femeas vão para fase de cria, sendo matrizes de reprodução). No sistema extensivo: o boi que vai para o abate é mais velho (diminuindo a qualidade de carcaça junto com o @) e quando é vaca ela entra no primeiro parto velha (tendo um período curto de vida, não sendo rentável) No sistema intensivo é o oposto Fase da engorda (machos): O preparo do animal para o abate (450-520kg) Se for no sistema intensivo (a pasto) a fase de engorda dura 8 meses, se for confinamento o período de engorda dura 3 meses. Quando é pequeno ruminante, ele tem o ciclo completo, porque não tem produtor suficiente para partilhar as funções. Frigorifico: um dos processos requeridos na produção de carne é a padronização e a qualidade, isso se consegue nas aves a suínos. Já nos bovinos é mais complicado, pois não tem padrão na produção. O mercado requer mais essa padronização e qualidade e para conseguir precisa manter a organização e especificidade de todas as fases/setores. A maioria dos produtores que conseguem manter essa padronização são produtores que tem a marca própria de carne, eles tem parceria com frigoríficos para o abate dos animais. PERGUNTAS: Porque é bom a vaca estar 5-7 de ECC no parto? R: o escore 5-7 é importante, porque assim a vaca resistirá ao esforço do parto. Até porque os 45kg que ela ganha no terço final da gestação não são dela, sendo assim ela não precisara utilizar nenhuma reserva e nem mobilizar nenhuma gordura dela, ela perde ao parir o feto, e se o escore dela estiver inferior, dificulta a refertilização seguinte. Sendo assim, é importante que ao parir ela volte a ter um escore saudável. Quando é usado o sistema semi-confinamento e confinamento? R: semi-confinamento: usado nos 60 dias de inicio da época seca (pois ainda tem quantidade de pasto e de qualidade não totalmente inferior) ou para boi magro mais pesado (em média). Sendo assim o boi que sai da fase da recria pode pastar, por estar com 400kg, pois ele não precisa engordar tanto para chegar a fase de boi gordo (450 – 520kg). A alimentação do semi-confinamento 50% TMR e 50% pasto (75% volumoso e 25% concentrado). Ganha em media de 600-700g/dia. Confinamento: é usado na época da seca em que o pasto perdeu qualidade e quantidade. Já a alimentação é 100% TMR (dieta total no cocho) - (50% concentrado e 50% volumoso). Um dos objetivos do confinamento é o ganho de peso mais rápido (1kg por dia). Para femeas adiantar a idade do primeiro parto (que é de acordo com o peso) e para o macho(chegar ao peso de abate). O que faríamos na dieta de recria para chegar logo na prenhez (em 3/2 anos)? R: No período de 3 anos entrar com a suplementação de sal proteico, que é apenas proteína. Já no período de 2 anos, usar a suplementação mistura múltipla, que é composta por proteínas e energia, já que espaço de tempo é menor, e essa suplementação a fará ganhar peso mais rápido.
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