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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE PROCESSAMENTO DE CONSERVA DE CENOURA Discentes: Jéssica Oliveira da costa João Paulo Nascimento dos Santos Mateus Roberth Moura Hiert Relatório de aula prática, ministrada pela Docente Dra. Luciana da Conceição Castello Branco, como parte de requisitos para composição de nota da disciplina de Processamento de Produtos Agropecuários. Rio Branco – AC, 17 de Novembro de 2020 Sumário INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3 MATERIAIS ............................................................................................................................. 4 METODOLOGIA ..................................................................................................................... 4 CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 7 REFERÊNCIAS........................................................................................................................ 8 3 RESUMO De acordo com a Resolução nº 13, de maio de 19771, da Comissão Nacional de Normas e Padrões de Alimentos, “hortaliça em conserva” é o produto preparado com as partes comestíveis de hortaliças, envasadas praticamente cruas, reidratadas ou pré-cozidas, imersas ou não em líquido de cobertura apropriado, submetidas a adequado processamento tecnológico antes ou depois de hermeticamente protegidas nos recipientes utilizados, a fim de evitar sua alteração. Podem ser consideradas hortaliças em conserva, os tubérculos e alguma partes de das plantas como: as raízes, rizomas, bulbos, talos, brotos, folhas, inflorescências, pecíolos, frutos, sementes e os cogumelos comestíveis cultivados. (KROLOW, 2006) As hortaliças em conserva classificam-se em: • Simples – quando preparadas com uma única espécie vegetal. • Mista – quando preparadas com duas espécies vegetais. • Miscelânea, jardineira, salada ou seleta – quando preparadas com mais de duas espécies vegetais. O tratamento de conservas baseia-se na variação de vários fatores que impedem o desenvolvimento dos microrganismos, principalmente quando se encontram na forma vegetativa, a maior ou menor disponibilidade de oxigênio elimina a ação de microrganismos anaeróbios ou aeróbios, a quantidade de água, a presença de sal ou de açúcar, de aditivos, as fermentações e o pH do meio, constituem fatores que, nas circunstâncias devidas, dificultam ou até mesmo obstruem a sobrevivência dos microrganismos contaminantes. INTRODUÇÃO Por bastante tempo se buscamos formas para conservar nossos alimentos, através de processos antigos como conservação pelo frio, pela salga, pela defumação, pelas fermentações e pela secagem ao sol, sendo este ainda bastante usados para a preservação de alimentos. A conservação de alimentos com qualidade e segurança, independentemente se o processamento for artesanal ou industrial, ele baseia-se em três fatores principais: o qualidade da matéria-prima, uso de tecnologia adequada e manipulação correta. Na elaboração de conservas vegetais, devem ser tomados todos os cuidados para que o produto final não apresente riscos de deterioração ou perigo à saúde do consumidor. De tal forma, é fundamental a importância da utilização de matérias-primas de qualidade e adoção de 4 boas práticas de fabricação (BPF), além da estrita cuidado e obediência à todas as etapas de elaboração do produto. O termo processamento é empregado de forma genérica para designar uma série de operações, cuja finalidade é prevenir alterações indesejáveis que podem ocorrer em hortaliças após colheita, aumentando assim o seu período de conservação. Tais alterações podem ser causadas pela invasão e crescimento de microrganismos ou por reações químicas, físicas e bioquímicas dos compostos naturalmente presentes nestes alimentos. OBJETIVO Realizar o processamento de conserva de cenoura. MATERIAIS Utilizou-se na realização da aula prática: Cenoura Frasco de vidro com tampa de ro sca Metálica Facas Tábua de corte Hipoclorito Bacias Fogão Sal Vinagre Pegador de inox Luvas térmicas Peneira Panela Balança Termômetro METODOLOGIA A prática foi realizada na cozinha da Docente Dra. Luciana da Conceição Castello Branco, em Rio Branco – Acre. Todo o processamento das hortaliças foi realizado sob condições higiênicas em temperatura ambiente. Todos os materiais e equipamentos foram previamente higienizadas, e feita a desinfecção dos vegetais com água clorada (15 ml para 1 litro). Deixada de molho por 15 minutos. 5 As cenouras foram descascadas manualmente, pós efetuou-se o corte manual em forma de tiras, para facilitar o acondicionamento nos vidros de conserva. Na etapa seguinte, as cenouras foram submetidas à fervura por 3 minutos em água em ebulição remove-se da água e foram mergulhadas imediatamente em água resfriada. Posteriormente efetuou-se o acondicionamento dos vegetais nos vidros, enquanto a salmoura era preparada. A salmoura foi aquecida á 85°C e colocada nos vidros cobrindo os vegetais e preenchendo os espaços livres, sendo deixado apenas 1 cm de espaço livre até a tampa para formação de vácuo. Os vidros com a salmoura, e os vegetais foram levados ao fogo com água quente (85°C) por 20 minutos. Após esse período os vidros foram retirados e efetuou-se o fechamento com as tampas. Posteriormente efetuou-se a pasteurização levando-se os vidros de conserva já fechados novamente a panela com água quente controlada a 85°C por 20 minutos. Finalizada a pasteurização os vidros foram resfriados com troca de água quente por fria, retirados verificou-se possíveis vazamentos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os tratamentos baseados na variação de vários fatores que impedem o desenvolvimento dos microrganismos, principalmente quando se encontram na forma vegetativa, a maior ou menor disponibilidade de oxigênio, que elimina a ação de microrganismos anaeróbios ou aeróbios, a quantidade de água, a presença de sal ou de açúcar, de aditivos, as fermentações e o pH do meio constituem fatores que, nas circunstâncias devidas, dificultam ou até mesmo obstruem a sobrevivência dos microrganismos contaminastes. Muitas vezes, a aplicação de um único processo de conservação, não assegura produtos alimentícios seguros e, portanto, não demonstra a eficiência que se deseja, em termos de sanidade e vida de prateleira. O emprego associado de vários métodos de conservação, ou seja, a aplicação da teoria dos obstáculos, pode garantir a segurança alimentar de tais alimentos. Segundo Pinto et al. (1998) a teoria da estabilidade de um produto é conferida por dois ou mais fatores (obstáculos, contra o desenvolvimento microbiano), que isoladamente não seriam capazes de produzir o mesmo efeito. No caso da conserva vegetal, o produto é acidificado com sal, favorecendo o desenvolvimento de bactérias láticas, acidificando o produto naturalmente a um pH desfavorável ao 6 crescimento de microrganismos proteolíticos e deterioradores. (BENEVIDES et al., 1998) A presença de bactérias láticas inibe o desenvolvimento das bactérias patogênicas. Concentrações salinas de 10% favorecem a fermentação lática. A fermentação lática é largamente utilizada na preservação dos produtos de origem vegetal. Pepinos são submergidos em salmoura contendo de 2,5 a 6,0% de cloreto de sódio, para inibir o crescimento das bactérias responsáveis pela putrefação. Para que ocorra a fermentação, elimina-se o ar do recipiente, onde o processo pode ser concluído quando a acidez total atingir de 0,5 a 1,0%, em ácido lático. A conserva de cenoura ao ser aberta, deverá ser refrigeradapara não alterar o meio. O produto fora de refrigeração por vários dias e também com presença do oxigênio, poderá sofrer contaminação, pois a aplicação de um único processo de conservação, não assegura a estabilidade microbiológica desse produto. Para obtenção de um produto final de boa qualidade, observamos cuidados valiosos, como realização de todos os procedimentos necessários especificados no fluxograma do processo, cuidados com a higiene pessoal dos operadores, cuidados especiais com a lavagem, sanificação, enxágue dos vegetais e cuidados com as embalagens utilizadas para o envase, empregando para este procedimento embalagens atrativas e previamente pasteurizadas. O mesmo procedimento foi adotado para as tampas, onde observamos que estas devem ser utilizadas uma única vez, não podendo ser reaproveitadas. As embalagens têm função primordial na hora da aquisição do produto, pois é ela que induz o consumidor a comprar sem deixar de lado a proteção que deve oferecer. Para obtermos um produto livre de contaminação e atrativo, focamos esforços no controle de qualidade dos produtos colocados em cada embalagem, visando com isso, uniformidade do nível de enchimento, adotando procedimento onde respeitamos um espaço livre nas embalagens para formação de vácuo, fator muito importante para garantir a hermeticidade do produto, onde a presença de vácuo em um recipiente é indicadora de sanidade do produto. 7 CONCLUSÃO Os produtos em conserva mantêm as propriedades nutricionais dos alimentos e facilitam a vida do ser humano. Podemos dizer também que os vegetais em conserva são seguros, pois os mesmos são submetidos a tratamentos térmicos e depois adicionados de líquido de cobertura, que os permitem serem conservados sem qualquer tipo de conservante durante um bom período de tempo. 8 REFERÊNCIAS 10 verdades sobre os vegetais em conserva. Nós Mulheres, 2008. Disponível em: <Http://www.nosmulheres.firumeiros.com/t3944-10-verdades-sobre-os-vegetais- emconserva>. Acesso: 16 de nov. de 2020. BENEVIDES, Clícia Maria de Jesus; FURTUNATO, Dalva Maria da Nóbrega. Hortaliças acidificadas. Food Science and Technology, v. 18, n. 3, p. 271-274, 1998.. KROLOW, A. C. R. Hortaliças em conserva. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2006., 2006. Legislação. Engetecno Oline. Disponível em: <http://www.engetecno.com.br/port/legi- lacao/>. Acesso: 16 de nov. de 2020. OLIVEIRA, Emanuel Neto Alves de; SANTOS, Dyego da Costa. Tecnologia e Processamento de Frutos e Oortaliças. 2015. PINTO, Marcos Franke et al. Controle de Staphylococcus aureus em charques (jerked beef) por culturas iniciadoras. Food Science and Technology, v. 18, n. 2, p. 200-204, 1998. Solução da Diretoria Colegiada – RDC nº 352, de 23 de dezembro de 2002. Publicada no D.O.U de 08/01/2003. Disponível em: <http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125403/4209024/RDC3522002agua.pdf>. Acesso: 16 de nov. de 2020. VIEIRA, Adriana Carvalho Pinto et al. Instituição e segurança dos alimentos: construindo uma nova institucionalidade. 2009.
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