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Farmacologia veterinaria II - Instagram @apostilasvet_danny_elis

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Nome Telefone E-mail 
 
FARMACOLOGIA VETERINÁRIA II DANNY ELIS SIMIONI 
 
0 
 
 
 
FARMACOLOGIA VETERINÁRIA II 
 
Danny Elis Simioni 
Monitora de Farmacologia Veterinária II em 2018-1 e 2018-2 
 
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FARMACOLOGIA VETERINÁRIA II DANNY ELIS SIMIONI 
 
1 
 
 
Datas de provas e saídas 
 
 
 
 
 
 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM 
07:30 
08:30 
09:30 
10:30 
11:30 
12:30 
13:30 
14:30 
15:30 
16:30 
17:30 
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FARMACOLOGIA VETERINÁRIA II DANNY ELIS SIMIONI 
 
2 
 
 
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FARMACOLOGIA VETERINÁRIA II DANNY ELIS SIMIONI 
 
3 
 
 
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FARMACOLOGIA VETERINÁRIA II DANNY ELIS SIMIONI 
 
4 
 
 
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FARMACOLOGIA VETERINÁRIA II DANNY ELIS SIMIONI 
 
5 
 
Sumário 
NORMAS PARA REALIZAÇÃO DOS SEMINÁRIOS E DA FICHA DE AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA ...................................................8 
SEMINÁRIOS ..................................................................................................................................................................................8 
FICHA DE AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA ..............................................................................................................................................10 
PLANEJAMENTO ACADÊMICO SEMESTRAL .....................................................................................................................................11 
ANTIMICROBIANOS .....................................................................................................................................................................15 
PRESCRIÇÃO ESCRITA .....................................................................................................................................................................16 
SELEÇÃO DOS AGENTES ANTIMICROBIANOS.........................................................................................................................................16 
PARÂMETROS FARMACOLÓGICOS ......................................................................................................................................................17 
CAUSAS DE INSUCESSO NA TERAPIA ANTIMICROBIANA ............................................................................................................................18 
MEDICAMENTOS COMUMENTE UTILIZADOS EM PEQUENOS ANIMAIS .........................................................................................................19 
CONSTITUIÇÃO GERAL DAS BACTÉRIAS ................................................................................................................................................20 
FÁRMACOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR BACTERIANA ................................................................................................21 
GLICOPEPTÍDEOS ..........................................................................................................................................................................29 
FÁRMACOS QUE INTERFEREM NA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA CELULAR BACTERIANA ..............................................................................32 
ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE DOS ÁCIDOS NUCLEICOS.........................................................................................................36 
ANTIBIÓTICOS BACTERICIDAS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE PROTEICA ........................................................................................................39 
ANTIBIÓTICOS BACTERIOSTÁTICOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE PROTEICA .................................................................................................44 
ANTIVIRAIS ..................................................................................................................................................................................60 
INTERAÇÃO VÍRUS-MEMBRANA CELULAR .............................................................................................................................................62 
GAMAGLOBULINA .........................................................................................................................................................................62 
AMANTADINA: .............................................................................................................................................................................62 
IMIQUIMOD .................................................................................................................................................................................62 
SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLEICOS .........................................................................................................................................................62 
ANTINEOPLÁSICOS .......................................................................................................................................................................64 
PRINCÍPIOS GERAIS DA QUIMIOTERAPIA ..............................................................................................................................................65 
OBJETIVOS DA QUIMIOTERAPIA: .......................................................................................................................................................65 
MODALIDADES DA QUIMIOTERAPIA: ..................................................................................................................................................65 
TOXICIDADE DA QUIMIOTERAPIA .......................................................................................................................................................65 
DOSES E DURAÇÃO DA QUIMIOTERAPIA ..............................................................................................................................................65 
CLASSIFICAÇÃO DOS QUIMIOTERÁPICOS ANTINEOPLÁSICOS......................................................................................................................66 
ANTIFÚNGICOS ............................................................................................................................................................................72 
POLIÊNICOS .................................................................................................................................................................................73 
NÃO POLIÊNICOS ..........................................................................................................................................................................74 
AZOIS OU AZÓLICOS .......................................................................................................................................................................74 
ALILAMINAS.................................................................................................................................................................................76 
EQUINOCANDINAS ........................................................................................................................................................................76 
CASPOFUNGINA, MICAFUNGINA, ANIDULAFUNGINA...............................................................................................................................76 
RESISTÊNCIA ................................................................................................................................................................................76 
AGENTES TÓPICOS .........................................................................................................................................................................76 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE ......................................................................................................................................................77HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELO HIPOTÁLAMO: ....................................................................................................................................78 
HORMÔNIOS SECRETADOS PELA ADENO-HIPÓFISE .................................................................................................................................81 
HORMÔNIOS SECRETADOS PELA NEURO-HIPÓFISE .................................................................................................................................84 
FÁRMACOS QUE ATUAM NO EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE .......................................................................................................................85 
FÁRMACOS UTILIZADOS NA REPRODUÇÃO: ................................................................................................................................86 
OCITÓCICOS E TOCOLÍTICOS ........................................................................................................................................................87 
OCITÓCICOS ................................................................................................................................................................................87 
TOCOLÍTICOS ...............................................................................................................................................................................89 
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FARMACOLOGIA VETERINÁRIA II DANNY ELIS SIMIONI 
 
6 
 
HIPOGLICEMIANTES .....................................................................................................................................................................90 
INSULINA EXÓGENA .......................................................................................................................................................................90 
ANÁLOGOS DE INSULINA .................................................................................................................................................................91 
EPIDEMIOLOGIA DA DIABETES ..........................................................................................................................................................91 
PONTOS CHAVES NO TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS DE CÃES E GATOS ...............................................................................................92 
HIPOGLICEMIANTES .......................................................................................................................................................................92 
CETOACIDOSE DIABÉTICA ................................................................................................................................................................93 
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DA INSULINOTERAPIA .................................................................................................................................93 
FÁRMACOS CA/P .........................................................................................................................................................................94 
HIPOCALCEMIA .............................................................................................................................................................................95 
HIPERCALCEMIA ...........................................................................................................................................................................95 
HIPOFOSFATEMIA .........................................................................................................................................................................95 
HIPERFOSFATEMIA ........................................................................................................................................................................96 
ANTI-HISTAMÍNICOS ....................................................................................................................................................................97 
REVISÃO HIPERSENSIBILIDADES I, II, III E IV. ........................................................................................................................................97 
HISTAMINA ..................................................................................................................................................................................99 
ANTAGONISTAS DA HISTAMINA....................................................................................................................................................... 101 
SERATONINA .............................................................................................................................................................................. 102 
EICOSANOIDES ........................................................................................................................................................................... 105 
TROMBOXANO A2 ...................................................................................................................................................................... 105 
PROSTACICLINA (PGI2) ................................................................................................................................................................ 105 
PROSTAGLANDINA E (PGE1) ......................................................................................................................................................... 105 
PROSTAGLANDINA-F2Α (PGF2-Α) .................................................................................................................................................. 106 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINE’S) .................................................................................................................... 107 
DERIVADOS DO ÁCIDO CARBOXÍLICO ................................................................................................................................................ 109 
DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓLICO ...................................................................................................................................................... 111 
INIBIDORES DA COX-3 ................................................................................................................................................................. 112 
OUTROS ................................................................................................................................................................................... 112 
ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDES (AIE’S) ............................................................................................................................... 113 
IMUNOMODULADORES ............................................................................................................................................................. 120 
FISIOLOGIA IMUNOLÓGICA ............................................................................................................................................................ 120 
TERAPIA IMUNOMODULADORA ...................................................................................................................................................... 120 
SNA: PARASSIMPÁTICO ............................................................................................................................................................. 124 
FISIOLOGIA DOS AGONISTAS E ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS ................................................................................................................ 124 
AGONISTAS COLINÉRGICOS ............................................................................................................................................................ 125 
FÁRMACOS ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS OU ANTIMUSCARÍNICOS.........................................................................................................130 
SNA: SIMPÁTICO ........................................................................................................................................................................ 132 
FISIOLOGIA DOS AGONISTAS E ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS ............................................................................................................... 132 
FÁRMACOS AGONISTAS ADRENÉRGICOS ............................................................................................................................................ 133 
FÁRMACOS ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS ....................................................................................................................................... 134 
FÁRMACOS QUE ATUAM SOBRE O SANGUE .............................................................................................................................. 135 
HEMATOPOIESE .......................................................................................................................................................................... 135 
SUBSTÂNCIAS SÃO NECESSÁRIAS PARA ERITROPOIESE EFICIENTE: ............................................................................................................. 135 
TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DE HEMATOPOIESE ............................................................................................................................. 136 
HEMOSTASE .............................................................................................................................................................................. 137 
FÁRMACOS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR ............................................................................................................................. 139 
CARDIOTÔNICOS DIGITÁLICOS ........................................................................................................................................................ 139 
OUTROS FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA CARDIOVASCULAR ........................................................................................................... 140 
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FARMACOLOGIA VETERINÁRIA II DANNY ELIS SIMIONI 
 
7 
 
ANTIARRÍTMICOS ........................................................................................................................................................................ 142 
DIURÉTICOS ............................................................................................................................................................................... 148 
ANTIPARASITÁRIOS ................................................................................................................................................................... 151 
CONCEITOS GERAIS ...................................................................................................................................................................... 151 
HELMINTOS ............................................................................................................................................................................... 153 
ANTINEMATÓDEOS, ANTICESTÓDEOS E ANTITREMATÓDEOS .................................................................................................................. 154 
ECTOPARASITICIDAS ..................................................................................................................................................................... 160 
ANTIPROTOZOÁRICOS .................................................................................................................................................................. 165 
FARMACOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO .............................................................................................................................. 172 
ESTIMULANTES DE APETITE ............................................................................................................................................................ 172 
DEMULDECENTES, PROTETORES DE MUCOSA, ADSORVENTES E ADSTRINGENTES.......................................................................................... 172 
CARMINATIVOS, ANTIFISÉTICOS, ANTIFLATULENTOS E ANTIESPUMANTES (SINÔNIMOS) ................................................................................ 172 
ANTIZIMÓTICOS OU ANTIFERMENTATIVOS ......................................................................................................................................... 172 
PRÓ-CINÉTICOS .......................................................................................................................................................................... 173 
ANTIÁCIDOS .............................................................................................................................................................................. 173 
BLOQUEADORES DA SECREÇÃO DE HCL ............................................................................................................................................ 174 
EMÉTICOS ................................................................................................................................................................................. 174 
ANTIDIARREICO OU CONSTIPANTES .................................................................................................................................................. 174 
CATÁRTICOS .............................................................................................................................................................................. 175 
DIGESTIVOS E EUPÉPTICOS............................................................................................................................................................. 175 
HEPATOPROTETORES ................................................................................................................................................................... 175 
FARMACOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO........................................................................................................................... 176 
EXPECTORANTES ......................................................................................................................................................................... 176 
ANTITUSSÍGENOS ........................................................................................................................................................................ 177 
EUTANÁSICOS ............................................................................................................................................................................ 180 
DIRETRIZES PARA EUTANÁSIA ......................................................................................................................................................... 180 
MÉTODOS DE EUTANÁSIA.............................................................................................................................................................. 180 
 
 
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8 
 
Normas para realização dos seminários e da ficha de avaliação farmacológica 
As atividades no decorrer do semestre deverão ser realizadas em grupos de 3 alunos, devendo permanecer o mesmo 
para a realização de todos os trabalhos. 
A nota de uma quarta atividade avaliativa é formada pela soma das notas dos seminários, da FAF, da participação e 
do cumprimento das tarefas propostas. A distribuição dos pesos é feita da seguinte maneira: 
➢ Seminários 1 + 2: peso 3 (cada um valendo 1,5); 
➢ FAF: peso 5 (3 pelo conteúdo da FAF impressa; 2 pela apresentação); 
➢ Comprometimento, participação e realização dos trabalhos autônomos: peso 2. 
Seminários 
Para cada seminário o grupo deverá elaborar uma apresentação para a turma (em PowerPoint). 
Não é necessário entregarresumo escrito/impresso. 
A apresentação deverá ser baseada na escolha de um artigo, TCC, relato de caso, caso clínico, revisão bibliográfica, 
etc. sobre o assunto proposto. Ao final, o grupo deve elaborar uma pergunta sobre sua apresentação para que os 
colegas respondam, com base nas informações apresentadas no seminário. Esta pergunta (junto com a resposta) 
deverá ser enviada ao monitor responsável pelo seminário, para que este reúna todo o material recebido e 
disponibilize antes da data da avaliação. As questões elaboradas pelos colegas podem cair em prova. 
Exemplo: 
 
Tempo de apresentação: 11 a 16 minutos; 
Critérios de avaliação: a avaliação será individual. Compõem a avaliação os itens a seguir: 
• Respeito aos prazos estabelecidos para entrega dos artigos; 
• Adequação à proposta; 
• Apresentação dentro do tempo estipulado; 
• Qualidade dos slides apresentados (quantidade de texto, tamanho da fonte, cor do fundo); 
• Ortografia e gramática; 
• Clareza, originalidade e objetividade; 
• Organização do grupo para a apresentação e para possíveis questionamentos; 
• Visão crítica do grupo sobre o assunto abordado. 
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9 
 
Primeiro seminário 
Prazo de entrega dos artigos (por e-mail): 
Enviar para monitor (a): 
E-mail de contato: 
Data das apresentações: Grupos 
 
 
 
 
 
 
Segundo seminário 
Prazo de entrega dos artigos (por e-mail): 
Enviar para monitor (a): 
E-mail de contato: 
Data das apresentações: Grupos 
 
 
 
 
 
 
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10 
 
Ficha de avaliação farmacológica 
Objetivo: relatar um caso clínico acompanhado por pelo menos um integrante do grupo. O 
caso não pode ser obtido de literatura, a menos que tenha sido publicado posteriormente. 
Não utilizar relatos de casos feitos por terceiros e/ou não acompanhado pelo grupo. 
Foco: fármaco(s) utilizado(s) para tratamento da causa principal que levou o paciente a ser atendido. 
Enviar a ficha (disponível no Moodle) por e-mail para o (a) monitor(a) __________________ fazer as correções 
necessárias. 
Prazo para envio: 
Prazo para entrega da FAF impressa ao professor: 
Datas das apresentações:* 
*A ordem das apresentações será definida aleatoriamente no dia 
Tempo de apresentação: no máximo 10 minutos. 
Critérios de avaliação: 
• Respeito aos prazos estabelecidos; 
• Adequação à proposta e cumprimento às regras; 
• Conteúdo, gramática e formatação da FAF impressa; 
• Tempo de apresentação adequado ao tema e dentro do tempo estipulado; 
• Qualidade da apresentação; * 
• Clareza, originalidade e objetividade; * 
• Organização do grupo para a apresentação e para possíveis questionamentos. 
*Avaliação individual 
 
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11 
 
Planejamento Acadêmico Semestral 
 
Mês 
 
Semana 
D
ia
 
1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
15 16 17 18 19 20 21 
22 23 24 25 26 27 28 
29 30 31 
Mês 
 
Semana 
D
ia
 
1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
15 16 17 18 19 20 21 
22 23 24 25 26 27 28 
29 30 31 
 Nome Telefone E-mail 
 
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12 
 
 
 
 
Mês 
 
Semana 
D
ia
 
1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
15 16 17 18 19 20 21 
22 23 24 25 26 27 28 
29 30 31 
Mês 
 
Semana 
D
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1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
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13 
 
 
 
 
Mês 
 
Semana 
D
ia
 
1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
15 16 17 18 19 20 21 
22 23 24 25 26 27 28 
29 30 31 
Mês 
 
Semana 
D
ia
 
1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
15 16 17 18 19 20 21 
22 23 24 25 26 27 28 
29 30 31 
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14 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15 
 
Antimicrobianos 
Considerações gerais: 
• Classificação: 
o Classe dos quimioterápicos; 
o Compreendem grande conjunto de 
grupos farmacológicos: 
▪ Antibacterianos; 
▪ Antiprotozoários; 
▪ Anti-helmínticos; 
▪ Antifúngicos; 
▪ Antivirais. 
 
o Quanto à ação: 
▪ Específicos: 
• Antibióticos; 
• Quimioterápicos; 
▪ Inespecíficos: 
• Antissépticos; 
• Desinfetantes. 
o Quanto à sua constituição: 
▪ Biossintéticos: derivados de substâncias produzidas por organismos vivos, em geral por 
fungos. Ex: Penicilina. 
▪ Semissintéticos: Possuem substâncias produzidas por organismos vivos e substâncias 
produzidas em laboratório para melhorar a ação do medicamento (aumentando espectro de 
ação ou reduzindo sua toxicidade). Ex: Ampicilina. 
▪ Sintéticos: Sintobióticos; todos os seus componentes são sintetizados em laboratório. 
• Utilização do fármaco em medicina veterinária: 
o Uso terapêutico: tratamento de doenças; 
o Uso profilático: para a prevenção de doenças em animais hígidos; evitar que uma determinada 
doença se instale (ex: antes de cirurgias para tratamento de tártaro, tratamentos de pele, etc.); 
o Uso metafilático: administração de um fármaco para um grupo de animais, no qual um dos 
indivíduos do grupo manifestou uma doença, prevenindo assim que outros também adoeçam (ao 
mesmo tempo em que o animal doente receberá tratamento terapêutico); 
o Uso como aditivo zootécnico (controverso): prevenção de doenças para melhor desenvolvimento 
dos animais; promotores de crescimento. 
▪ Problema: resíduo de fármacos na carne ou produtos derivados de origem animal (leite, 
ovos, queijo...), assim como no ambiente Surgimento de bactérias resistentes (humanos); 
• Uso racional de medicamentos: 
o Identidade do microrganismo e sua suscetibilidade com relação às diversas classes de 
antimicrobianos; 
o Sítio de infecção; 
o Características do fármaco (segurança e toxicidade); 
o Custo da terapia (sempre oferecendo mais de uma opção de terapia ao tutor do animal e alertando-
o da eficácia e riscos de cada uma); 
• Antimicrobiano ideal: 
o Atividade na presença de fluidos orgânicos; 
o Distribuir-se por tecidos e líquidos orgânicos em concentrações adequadas; 
o Pode ser administrado por diferentes vias; 
o Espectro-específico contra microrganismos patogênicos, evitando desequilíbrio da flora bacteriana 
natural do paciente; 
o Alto índice terapêutico (Concentração para efeito farmacológico/concentração para efeitos tóxicos). 
o Não provocar reações de sensibilização; 
o Não interferir na imunidade; 
o Não favorecer indução de resistência; 
o Preferir bactericidas ou fungicidas ao invés de bacteriostáticos e fungiostáticos; 
▪ Bactericidas: matam os microrganismos; 
▪ Bacteriostáticos: impedem a reprodução dos microrganismos, necessitando do bom 
funcionamento da imunidade do paciente para a eliminação da infecção. 
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16 
 
▪ Normalmente a diferença entre fármacos bactericidas e bacteriostáticos é a concentração 
atingida no tecido alvo. 
• Cuidados na utilização de antimicrobianos: 
o Presença de pus: contém fagócitos, restos de fibrina e proteína, os quais ligam-se aos 
aminoglicosídeos e reduzem a atividade antimicrobiana; 
o Hematomas infectados: consiste em um acúmulo de hemoglobina, podendo haver ligação com as 
penicilinas e tetraciclinas, reduzindo a eficácia desses fármacos; 
o Abcessos: apresentam pH baixo, meio no qual os Antimicrobianos são inativados: primeiro tratar o 
abcesso e local da lesão, depois iniciar a terapia com os antimicrobianos. 
Prescrição escrita 
• Sucinta e inteligível; 
• Terminologia técnica. 
• Informações complementaresfornecidas à parte, como esclarecimentos. 
• Constituição de uma receita: 
o Cabeçalho ou superscrição: 
▪ Contém os dados do profissional; 
▪ Obrigatoriamente devem constar o nº de inscrição no CRMV e endereço, podendo ser 
acrescidos outros dados como especialidade do profissional e outros; 
o Identificação: 
▪ Paciente e tutor. 
o Inscrição: 
▪ Indica a droga com sua concentração e quantidade prescrita. 
• Sempre grifada. 
• Opcionalmente pode ser precedida de termos que indicam a via de administração, 
também grifados: 
o Uso interno, uso parenteral, uso tópico e outros. 
o Subscrição: 
▪ Presente quando se prescreve um medicamento magistral, sendo o local onde se informa a 
forma farmacêutica e a quantidade a ser aviada; 
o Instrução/indicação: 
▪ Informa ao proprietário sobre a maneira de se administrar o medicamento. 
▪ Aconselha-se sempre o uso do tempo verbal imperativo nas instruções de uma prescrição; 
o Assinatura: 
▪ Parte final da prescrição. 
▪ Caso o cabeçalho não identifique o profissional, esta assinatura deve ser obrigatoriamente 
seguida de carimbo com o nome e CRMV do mesmo. 
Seleção dos Agentes Antimicrobianos 
▪ Terapia específica: 
o Em casos em que o agente é conhecido; 
o A escolha do antimicrobiano se orienta por cultura e antibiograma dos microrganismos isolados do 
paciente, utilizando-se assim um fármaco que certamente tem efeito sobre o microrganismo 
causador da doença. 
▪ Terapia empírica: 
o Em casos em que não se sabe qual o agente causador da doença; 
o Administração do antimicrobiano sem o isolamento dos microrganismos e da descrição de sua 
sensibilidade; 
o Normalmente fármacos de amplo espectro de ação. 
 
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Parâmetros farmacológicos 
▪ Para que a administração de cada fármaco tenha eficácia antimicrobiana, é necessário que este atinja 
concentrações plasmáticas mínimas na corrente sanguínea do paciente: 
o Avaliada em mg/L, μg/ml ou UI/ml; 
o Concentração inibitória mínima (CIM): é a menor concentração capaz de inibir a multiplicação de 
bactérias (efeito bacteriostático); 
o Concentração bactericida mínima (CBM): é aquela capaz de inibir/matar as culturas já existentes. 
▪ Espectro de ação dos antimicrobianos: 
o Curto: 
▪ Atuam em um tipo ou um grupo limitado de microrganismos. 
▪ Exemplo: isoniazida (ativa somente contra micobactérias). 
o Estendido: são eficazes contra bactérias Gram (+) e contra um significativo número de Gram (- 
▪ Exemplo: ampicilina: age contra Gram (+) e alguns Gram (-). 
o Amplo espectro: afetam uma ampla variedade de espécies microbianas, patogênicos e não 
patogênicos Problema: podem alterar a microbiota bacteriana normal e causar superinfecção por 
outro microrganismo oportunista; 
▪ Em mulheres é comum favorecer o crescimento de Candida albicans. 
▪ Área sobre a curva (ASC): 
o Concentração do fármaco no soro do paciente. 
o A CIM define qual a menor concentração do fármaco deve estar presente no sangue para que ele 
tenha a ação esperada frente aos microrganismos patogênicos, logo concentrações plasmáticas 
inferiores promovem ineficácia no tratamento (dose insuficiente ou administrada em intervalos 
muito longos). 
 
▪ Parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos 
o Fármacos dose-dependentes: quanto mais alta a concentração plasmática (mais elevado o pico da 
curva), melhor o efeito do fármaco; 
▪ ASM/CIM ou Cmax/CIM indicam a eficácia do fármaco (concentração do fármaco acima da 
curva/concentração inibitória mínima); 
▪ O intervalo entre as administrações é menos importante, uma vez que esses fármacos 
apresentam efeito remanescente; 
▪ Efeito pós-antibiótico: antibióticos com alta relação Cmax/CIM inibem a multiplicação 
bacteriana mesmo após a concentração plasmática ficar abaixo da CIM (aminoglicosídeos e 
fluoroquinolonas). 
o Fármacos tempo-dependentes: quanto maior a duração da concentração plasmática acima da CIM, 
melhor a ação do fármaco, mesmo que o pico de concentração plasmática não seja tão elevado; 
▪ T > CIM; 
▪ Nesse caso deve-se tomar muito cuidado com o intervalo entre doses, pois uma vez que 
esses fármacos não apresentam efeito remanescente, não se deve deixar que a 
concentração plasmática se torne inferior à CIM: 
• Perda do efeito farmacológico 
▪ Antibióticos tempo-dependentes (como os Betalactâmicos) são desprovidos de efeito pós-
antibiótico. 
▪ Efeito do local da infecção sobre a terapia medicamentosa: 
o Barreira hematoencefálica (BHE): 
▪ Tratamento das meninges e tecidos nervosos depende da capacidade do fármaco de 
alcançar o líquido cefalorraquidiano (LCR); 
▪ A presença de inflamação facilita a penetração dos fármacos, pois a permeabilidade dos 
vasos sanguíneos aumenta; 
▪ A maioria dos antimicrobianos não são capazes de atingir o LCR pois não são capazes de 
atravessar a BHE; 
o Próstata: 
▪ Epitélio prostático dificulta a penetração de fármacos nesta glândula, dificultando o 
tratamento de prostatites bacterianas; 
▪ O pH prostático é ácido, aumentando ainda mais a dificuldade de ação de fármacos básicos 
(como o trimetroprim); 
o Placenta; 
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Causas de insucesso na terapia antimicrobiana 
▪ Tratamento de infecções não sensíveis (viroses, bactérias não-suscetíveis, etc.); 
▪ Tratamento de febre de origem desconhecida (não infecciosa); 
▪ Erro na escolha do medicamento ou na posologia utilizada: 
o Dose; 
o Intervalo; 
o Duração; 
o Principal causa de insucesso terapêutico; 
▪ Presença de pus, necrose, corpos estranhos, cálculos; 
▪ Atraso no início do tratamento; 
▪ Persistência: 
o Tratamento realizado em fases do ciclo do microrganismo em que este não é mais suscetível; 
▪ Infecções em tecidos não atingidos não atingidos pelo antimicrobiano; 
▪ Resistência bacteriana: 
o Natural: 
▪ Utilização de fármacos que não possui ação sobre a bactéria causadora da infecção; 
o Adquirida. 
▪ Surgimento de cepas resistentes: 
• Por mutações bacterianas (cromossômicas); 
• Aquisição de componentes genéticos que causam resistência (extracromossômicas); 
o Causa mais comum. 
• Redução da permeabilidade: 
o Fármaco deixa de ser capaz de penetrar na bactéria); 
• Bomba de efluxo: 
o Fármaco consegue entrar na bactéria, mas esta desenvolveu um mecanismo 
de expulsar o medicamento, impedindo sua atuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Medicamentos comumente utilizados em pequenos animais 
 
Associação de medicamentos 
• Vantagens: 
o Redução de doses e toxicidade; 
o Mais eficaz contra infecções mistas; 
o Reduz risco de resistência (diferentes 
mecanismos de ação); 
o Aumento do efeito terapêutico; 
o Mais eficaz em infecções graves de etiologia 
desconhecida; 
o Indicada para pacientes 
imunocomprometidos; 
o Obtenção de sinergismo; 
• Desvantagens: 
o Interações antagônicas. 
Período de carência dos medicamentos 
• Fatores que contribuem para determinar o período de carência: 
o Constituintes da fórmula farmacêutica; 
o Dose e via de administração; 
o Espécie animal. 
• Medicamentos proibidos para animais de produção: 
o Adamantane e inibidores da 
neuraminidase: 
▪ Galinhas, perus e patos; 
o Glicopeptídeos; 
▪ Vancomicina; 
o Clembuterol; 
o Cloranfenicol; 
o Dietilestilbestrol; 
 
 
o Fenilbutazona; 
▪ Vacas leiteiras com menos de 20 
meses; 
o Fluoroquinolonas: 
▪ Uso extrabula; 
o Furazolidona; 
o Ipronidazol (e outros nitroimidazóis); 
o Nitrofurazona (e outros Nitrofuranos); 
o Algumas sulfonamidas: 
▪ Vacas leiteiras em produção. 
 
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Constituição geral das bactérias 
• DNA; 
• Ribossomos; 
• Plasmídeos; 
• Citoplasma; 
• Membrana plasmática; 
• Parede celular; 
o Componentemais externo; 
o Responsável pela proteção, sustentação e manutenção do que entra e sai; 
o Tamanho e formato da célula 
o Dois tipos de paredes celulares: 
▪ Gram +; 
▪ Gram -; 
Bactérias gram positivas: 
• Parede celular com apenas uma camada; 
o 90% peptideoglicanos e fosfolipídios; 
o Quando presentes, as betalactamases se encontram na porção mais externa da parede; 
o Se coram de roxo (coloração hematoxilina eosina); 
Bactérias gram negativas: 
• Parede celular com duas camadas: 
o Uma delas com 10% de peptideoglicanos e fosfolipídios; 
▪ Interna. 
o Outra com espessa camada de lipopolissacarídeos e lipoproteínas. 
▪ Externa. 
o Se coram de rosa/vermelho; 
o A camada lipídica impede a entrada de substâncias hidrossolúveis: 
▪ Presença de porinas ou aquaporinas que permitem a passagem de substâncias hidrossolúveis de 
pequeno diâmetro. 
o Quando presentes, as betalactamases se encontram entre as duas paredes. 
 
 
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Fármacos que interferem na síntese da parede celular bacteriana 
Síntese da parede celular bacteriana 
• Fase citoplasmática: 
o Formação dos precursores (sacarídeos) constituintes dos peptídeoglicanos no citoplasma bacteriano: 
▪ N-acetilglucosamina (NAG); 
▪ N-acetilmurâmico (NAM); 
• Fase membranar: 
o Precursores vão até a membrana; 
o Se ligam ao carreador undecaprenol; 
o São transportados para o lado de fora da membrana citoplasmática pelo carreador undecaprenol. 
• Fase parietal: 
o Ligação entre NAM e NAG formam os peptideoglicanos; 
o Estes se ligam a 4 ou 5 aminoácidos, formando um peptídeo. 
o A enzima transpeptidase faz ligações cruzadas entre peptídeos adjacentes, formando a estrutura 
tridimensional da parede celular. 
Betalactâmicos 
• Possuem anel β-lactâmico; 
o Responsável pelo efeito farmacológico da molécula. 
o As estruturas ligadas a este núcleo podem variar. 
• Impedem a síntese da parede celular bacteriana; 
• Efeito bactericida; 
o Morte bacteriana por aumento da pressão interna. 
• Espectro: 
o Gram positivas; 
▪ Maior efeito nessas bactérias, devido à ausência de camada lipídica externa. 
o Gram negativas; 
• Fazem parte deste grupo de fármacos: 
o Penicilinas; 
o Cefalosporinas; 
o Carbapenêmicos; 
o Monobactâmicos. 
Mecanismo de ação 
Cada grupo de fármaco desta classe atua inibindo a formação da parede celular em diferentes fases: 
• Fosfomicina: inibe a formação dos precursores dos proteoglicanos; 
• Bacitracina: impede que o carreador undecaprenol “solte” os precursores (NAG e NAM) do lado externo na 
membrana celular; 
• Glicopeptídeos (vancomicina): inibem a ação das transaminases (formação das cadeias de peptideoglicanos); 
• Betalactâmicos: inibem as transpeptidases (ligação entre as cadeias de peptideoglicanos formadas); 
Penicilinas 
• Derivadas do fungo Penicillium; 
• Antibiótico betalactâmico tempo-dependente; 
o Apresenta efeito pós-antibiótico/ 
o Residual em bactérias gram positivas; 
 
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Espectro de ação 
• Melhor ação sobre bactérias gram positivas, assim sua CIM para gram + é menor que para gram -; 
o Para ter ação sobre Gram (-), além de atingir a bactéria o fármaco precisa atravessar a barreira 
lipídica que essas bactérias apresentam, logo as concentrações plasmáticas necessárias para que 
haja efeito sobre o agente são maiores; 
o Para que haja efeito bactericida é necessário que as concentrações plasmáticas fiquem 40% acima 
da CIM para Gram (+) e 80% acima da CIM para Gram (-); 
▪ Ideal: utilizar concentrações que mantenham as concentrações plasmáticas sempre 50% 
acima da CIM; 
▪ No caso do imipeném e do meropeném que por apresentarem maior efeito bactericida, 
podem ser utilizadas concentrações plasmáticas de até 30% acima da CIM; 
Mecanismo de resistência contra penicilinas : 
• Produção de betalactamases: quebra do anel β-lactâmico: 
o Penicilinases: penicilina; 
o Cefalosporinases: cefalosporinas; 
o Acetiltransferases: cloranfenicol; 
o Existem 190 tipos de betalactamases; a capacidade de produzi-las pode: 
▪ Ser transferida de uma bactéria para outra por meio de plasmídeos ou transposons; 
▪ Ou a bactéria pode sofrer mutações em seus cromossomos; 
• Alteração dos locais de ligação dos fármacos: 
o Aminoglicosídeos; 
o Eritromicina; 
o Penicilina; 
• Redução da captação do fármaco pela bactéria: 
o Tetraciclinas; 
• Alterações enzimáticas: 
o Trimetoprim; 
Penicilinas naturais : 
• Penicilina G (benzilpenicilina); 
o Uso parenteral, pois é desativada no estômago antes mesmo de ser absorvida (somente 15% chega 
a ser absorvida); 
o Não atravessa BHE; 
o 60% ligada às proteínas; 
o Não é biotransformada; 
o Eliminação renal: 
▪ 90% secreção tubular (inibida pela probenecida); 
▪ 10% filtração glomerular. 
o Benzetacil: via IM, muito dolorosa. 
Níveis terapêuticos Cristalina sódica ou 
potássica 
Procaína Benzatina 
Latência 30 minutos 1 a 3 horas 8 horas 
Duração 4 a 6 horas 12 a 24 horas 3 a 30 dias 
Via IM, SC, IV IM, SC IM, SC 
Observações Única usada IV Muito insolúveis; longa duração. 
 
 
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Órgão Distribuição Penicilina G 
Sangue ++++ 
Cérebro +/- 
Pulmão +++ 
Coração + 
Fígado +++ 
Rim ++++ 
Pele +++ 
Ossos + 
Leite + 
Meio intracelular - 
 
• Penicilina V (fenoximetilpenicilina) 
o Adição de ácido fenoxiacético; 
o Vantagem: pode ser administrada via oral; 
o Desvantagem: a eficácia não é a mesma; 
o Eliminação completa em aproximadamente 6 horas; 
Penicilinas resistentes às penicil inases: 
• Só devem ser utilizadas quando os patógenos alvos produzirem de fato betalactamases: 
o Sempre como segunda opção; 
o Evitar o desenvolvimento de resistência pelo uso exacerbado. 
• Antiestafilocócicas (semissintéticas): 
o Espectro superior; 
o Mastite estafilocócicas bovina; 
• Oxacilina: 
o Via oral; 
o Parcialmente biotransformada; 
o Eliminação renal; 
o Picos dos níveis plasmáticos são observados por 4 a 6 horas; 
• Meticiclina: 
o É ácido sensível; 
o 20% sofre biotransformação; 
o Tem eliminação renal; 
o Relatos de Staphylococcus aureus resistente (cães e cavalos); 
• Nafcilina: 
o Pouca absorção via oral: 10 a 20%; 
o 60% biotransformada; 
o 10% eliminada via bile; 
o 30% eliminada via renal. 
 
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Penicilinas de largo espectro de ação: aminopenicilinas: 
• Destruídas pelas betalactamases; 
• Ampicilina: 
o Amplo espetro; 
o Boa absorção oral; 
o Eliminação via renal e hepática. 
• Amoxicilina: 
o Semelhante a ampicilina; 
o Mais de 90% de absorção via oral; 
• O maior espectro de ação desta classe de penicilinas se deve ao fato de que estes medicamentos são 
capazes de penetrar nas porinas/aquaporinas presentes nas bactérias gram negativas. 
Penicilinas antipseudomonas → carboxipenicilinas: 
• Carbenicilina: 
o Via parenteral; 
o 95% eliminada via renal; 
• Ticarcilina: 
o Via parenteral; 
o Infecções graves por bactérias gram negativas; 
• Piperacilina; 
• Sensíveis à ação das betalactamases e incapazes de utilizar as aquaporinas para penetrar nas células. 
 
Grupo Fármacos Espectro Via Dose 
Intervalo 
(horas) 
Observações 
Penicilina G Cristalinas Gram 
positivas 
IM, IV 20000 a 
40000 UI 
4 a 6 
Procaína IM 12 a 24 
Benzatina IM 40000 72 
Penicilina V Penicilina V Oral 10 mg/Kg 6 a 8 
Resistente às β-
lactamases 
Oxacilina Gram 
positivas + 
pouca 
atividade 
contra gram 
negativas 
Oral, IM 40 a 60 
mg/Kg 
8 Resistente às 
betalactamases 
Meticilina 
Nafcilina 
Largo espectro Ampicilina Amplo IV, IM 10 a 20 
mg/Kg 
6 a 8 Sensíveis às 
betalactamases 
Oral 20 a 30 
mg/Kg 
Amoxicilina Oral, IM 20 a 30 
mg/Kg 
8 
Amoxicilina + 
clavulanatoOral 14 mg/Kg 12 
Antipseudomonas Carboxipenicilinas Atividade contra 
Pseudomonas 
aeruginosa 
Ureidopenicilinas 
 
Penicilinas Carência para carne (dias) Carência para Leite (horas) 
Amoxicilina 25 96 
Ampicilina 6 48 
Benzatínica 14 a 30 
Procaína 5 a 10 48 a 72 
 
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Toxicidade e efeitos adversos promovidos pelas penicilinas 
• Em geral são pouco tóxicas, pois atuam sobre a parede celular bacteriana, estrutura ausente nas células dos 
animais. 
• Podem causar reações alérgicas: 
o Desde reações cutâneas até choque anafilático; 
o Formação do radical peniciloil (em casos de segunda exposição); 
o Ocorre principalmente com benzetacil (testar hipersensibilidade antes de utilizar); 
• Podem causar anemia hemolítica e trombocitopenia. 
Cefalosporinas 
• Derivadas de substância produzida pelo fungo Cephalosporium acremonium; 
• Mecanismo de ação semelhante aos das penicilinas, pois também possuem anel betalactâmico; 
• São fármacos tempo-dependentes; 
Gerações 
• Existem 4 gerações destes fármacos, sendo que cada geração amplia seu espectro de ação: 
• Primeira geração: 
o Fármacos: cefaloridina, cefalotina, cefapirina; 
▪ Administração via parenteral. 
o Fármacos: cefalexina, cefadrina, cefadroxila; 
▪ Administração via oral e parenteral. 
o Espetro de ação estreito: principalmente gram positivas; 
o Ativas contra estafilococos produtores de penicilinases; 
o Funcionam razoavelmente para enterobactérias; 
▪ São sensíveis ás suas betalactamases (maioria). 
• Segunda geração: 
o Fármacos: cefoxitina, cefaclor; 
▪ Via oral e parenteral; 
o Betalactamases resistentes, principalmente a cefoxitina; 
o Menor atividade sobre bactérias gram positivas, mas possuem maior atividade contra bactérias 
gram negativas; 
• Terceira geração: 
o Fármacos: ceftriaxona, ceftiofur; 
▪ Administração via parenteral; 
▪ Betalactamases resistentes; 
o Fármacos: cefixima, cefetamet; 
▪ Administração via oral; 
▪ Betalactamases resistente; 
o Fármacos: cefoperazona, ceftazidima; 
▪ Administração via parenteral; 
▪ Betalactamases resistentes; 
▪ Ativos contra Pseudomonas aeruginosa; 
o Ativos contra bactérias gram positivas e negativas. 
▪ Ótima ação em patógenos gram negativos. 
• Quarta geração: 
o Fármacos: cefepima e cefpiroma; 
▪ Administração via parenteral; 
▪ Betalactamases resistentes: 
• Staphylococcus; 
• Enterobacter; 
• Pseudomonas aeruginosa. 
 
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Geração Fármaco Via Dose (mg/Kg) Intervalo (horas) 
Primeira Cefalexina Oral 10 a 30 6 a 8 
Cefalotina IV, IM 20 a 40 
Cefazolina 15 a 30 8 
Segunda Cefoxitina 20 a 40 6 a 8 
Terceira Ceftiofur IM 1 25 
Ceftriaxona IV, IM 25 a 50 12 
 
Órgão 
Distribuição 
Penicilinas 
Distribuição Cefalosporinas Observações 
Sangue ++++ ++++ 
Cérebro +/- +/-* *Ceftriaxona e cefepima 
Pulmão +++ +++ 
Coração + + 
Fígado +++ +++ 
Rim ++++ ++++ 
Pele +++ +++ 
Ossos + + 
Leite + + 
Meio intracelular - - 
 
Cefalosporinas 
Carência para 
carne (dias) 
Carência para 
leite (horas) 
Cefalexina 
Cefalotina 
Cefazolina 30 
Cefoxitina 
Ceftiofur (ác. Livre cristalino) Não há 
Ceftiofur (cloridrato) 3 
Ceftriaxona 
 
Indicação 
• Profilaxia cirúrgica, principalmente em tratamentos dentários; 
o Rilexine 300. 
• Doenças de pele: 
o Lesões com pus; 
▪ Geralmente causadas por Staphylococcus aureus. 
o Cefa-cure, 200mg. 
• Infecções cutâneas e pulmonares; 
• Tratamentos de cascos. 
 
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Outros antibióticos β-lactâmicos 
Inibidores de β-lactamases 
• Precisam de associação com algum antibiótico: 
o Sozinhos não possuem ação bacteriostáticas ou bactericidas; 
o Apenas inativam as betalactamases, com isso acabam com um dos seus mecanismos de resistência à 
fármacos betalactâmicos. 
Ácido clavulânico: 
• Produzido a partir do Streptomyces clavuligerus; 
• Possui anel betalactâmico; 
• Capaz de inibir as betalactamases produzidas por diversos microrganismos: 
o Amplia o espectro de ação de outros fármacos; 
• Farmacocinética semelhante à da amoxicilina; 
• Boa absorção oral; 
• Boa associação com ampicilina, amoxicilina, ticarcilina e cefpiroma. 
• Uso terapêutico: 
o Ácido clavulânico + amoxicilina: 
▪ Proporção 1:2 ou 1:4; 
▪ 14 mg/Kg, BID, VO; 
▪ Cães, gatos e bezerros; 
o Ácido clavulânico + ticarcilina: 
▪ Proporção 1:15; 
▪ 14 mg/Kg, BID, VO; 
▪ Cães, gatos e bezerros; 
▪ Ação bactericida. 
Sulbactam e tazobactam 
• Possuem ação semelhante à do ácido clavulânico, 
• Sulbactam sozinho é pouco absorvido via oral; 
o Junto com ampicilina é bem absorvido. 
Carbapenemas 
• Atuam contra as betalactamases; 
• Atividade contra bactérias gram positivas e negativas; 
Imipeném: 
• Recomendado apenas em casos de infecções graves, ou em bactérias resistentes ao demais fármacos (2ª 
opção); 
• Forma um metabólito tóxico após biotransformado; 
• Uso terapêutico: imipeném + cilastatina: 
o Proporção 1:1; 
o Evita biotransformação renal. 
Meropeném ertapeném: 
• Não formam metabólitos tóxicos. 
Monobactâmicos 
• Betalactâmico monocíclico; 
• Aztreonam: 
o Não é absorvido via oral; 
▪ Administração IM ou IV; 
o Espectro parecido com as cefalosporinas de terceira geração; 
o Atuam somente contra as bactérias gram negativas; 
o Usado em substituição aos aminoglicosídeos; 
o Não são nefrotóxicos nem ototóxico. 
Sempre utilizar os antibióticos menos comuns e mais potentes em último caso, evitando o 
aumento da taxa de resistência. 
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Bacitracina 
• Substância produzida pelo fungo Bacillus licheniformis; 
o Fungo capaz de sentir a presença da amônia no ambiente onde se encontra. 
• Melhor ação sobre bactérias gram positivas; 
• Inibe a síntese da parede bacteriana por impedir que os precursores dos proteoglicanos se desliguem do 
carreador que os transporta do meio intracelular para o meio extracelular. 
o Bactericida 
• Rara ocorrência de resistência bacteriana: 
o Muito tóxico se utilizado de forma sistêmica, levando a pouca exposição bacteriana a esse fármaco. 
▪ Efeitos colaterais: 
• Nefrotoxicidade: albuminúria, cilindrúria, azotemia; 
• Utilizada em associação com outros fármacos para ampliar espectro de ação (para atingir bactérias gram 
negativas): 
o Bacitracina + polimixina B; 
o Bacitracina + neomicina. 
• Não possui absorção oral, então a administração por esta via é para atuação na luz do TGI; 
o Presente em fármacos de uso tópico e aditivos alimentares de frango e suínos contra 
enterobactérias 
o Formas apresentadas: 
▪ Metileno dissalicilato de bacitracina; 
▪ Bacitracina de zinco; 
▪ Geralmente utilizados para prevenção e tratamento de Clostridium perfringens em animais 
de produção, sendo misturada na ração. 
o Posologia: 
▪ Frangos de corte: 5 a 50 ppm; 
▪ Poedeiras: 10 a 25 ppm; 
▪ Perus: 4 a 50 ppm; 
▪ Suínos: 10 a 40 ppm; 
▪ Bovinos: 30 a 70 ppm. 
• Utilização tópica em ferimentos superficiais da pele, 
o Tratamento de mastite; 
o Auxilio na cicatrização de feridas; 
o Não usar em cortes profundos, pois pode ocorrer absorção sistêmica; 
 
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Glicopeptídeos 
• Inibem a ligação dos peptideoglicanos entre si, impedindo a formação das cadeias que formariam a parede 
celular bacteriana; 
• Efeito bactericida; 
 
Vancomicina 
• Obtida através de substância produzida pelo fungo Streptomyces orientalis; 
• Melhor ação contra bactérias gram positivas; 
o Especialmente utilizada contra cocos resistentes aos betalactâmicos ou em pacientes alérgicos às 
penicilinas; 
o Efeito bactericida contra Staphylococcus e Streptococcus; 
o Efeito bacteriostáticocontra Enterococcus; 
Farmacodinâmica e farmacocinética 
• Fármaco tempo-dependente e dose-dependente; 
• Vias de administração: 
o Não apresenta absorção via oral: 
▪ Utilizado por esta via para infecções no TGI; 
o Contraindicado IM, pois causa irritação tecidual; 
o Administrar IV lento, sempre diluído em solução fisiológica. 
• Boa distribuição tecidual; 
• Meia vida: 
o Humanos: 6 a 8 horas; 
o Cães: 2 horas; 
o Equinos: 3 horas; 
• Excreção renal; 
Resistência: 
o Alguns patógenos já apresentam resistência contra esse fármaco: 
▪ Enterococcus faecium; 
▪ VRE (Enterococcus resistentes à vancomicina); 
▪ Aumento contínuo de cepas de MRSA resistentes à vancomicina; 
• Em alguns casos ainda pode funcionar. 
o Crescimento contínuo da resistência bacteriana à vancomicina se deve: 
▪ À utilização incorreta do fármaco (doses, intervalos, tempo de tratamento, indicação, etc.); 
▪ Ao aumento da sua utilização (principalmente pelo crescimento de cepas resistentes às 
penicilinas); 
▪ À sua utilização como aditivo alimentar na ração de animais desde a década de 90; 
• Atualmente a utilização deste fármaco como promotor de crescimento é proibida. 
▪ Apesar de existir a resistência, sempre tentar utilizar vancomicina para tratamento de 
pacientes com Staphylococcus ou Streptococcus resistentes, ou como primeira opção 
quando o paciente estiver correndo risco de vida (quando não há tempo de avaliar 
suscetibilidade de cepas bacterianas), principalmente para o tratamento de pneumonias, 
endocardite e osteomielite. 
▪ Apesar de a utilização de antibióticos como aditivos na ração animal ter diminuído, ocorreu 
aumento da utilização na forma terapêutica devido a aumento do número de animais 
doentes. 
 
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Posologia: 
• Cão: 15 mg/Kg, TID ou QID; 
• Gato: 12 a 15 mg/Kg, TID; 
• Equinos: 4,3 a 7,5 mg/Kg, TID; 
o Pode ser usada também para realização de bloqueios regionais nesta espécie: 
▪ Maior concentração local do fármaco e menor toxicidade sistêmica; 
Efeitos adversos: 
• Ototoxicidade e nefrotoxicidade: 
o Efeito exacerbado quando associado com aminoglicosídeos; 
Associações com efeito sinérgico: 
• Vancomicina + aminoglicosídeos; 
• Vancomicina + rifampicina. 
Teicoplanina 
• Excelente atividade contra: 
o Staphylococcus aureus; 
o Streptococcus sp; 
o Listeria; 
o Clostridium difficile e C. perfringens; 
o Enterococcus faecalis (efeito bacteriostático); 
• Não é absorvido via oral; 
• Ampla distribuição pelo organismo; 
• Superior à vancomicina: 
o Administração IM; 
o Meia vida de 45 a 70 horas (humanos); 
o Menor toxicidade; 
• Pouco utilizada devido ao alto custo. 
 
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Fosfomicina 
• Substância produzida pelo fungo Streptomyces fradiae; 
• Inibe a síntese da parede celular impedindo a produção dos precursores dos peptideoglicanos no citoplasma 
bacteriano: ação bactericida; 
• Ação razoável em bactérias gram positivas e negativas; 
o Opção de tratamento para estafilococos e bacilos gram negativos. 
Principais usos: 
• Infecções por enterobactérias, como Escherichia coli; 
• Maior eficácia no tratamento de cistite bacteriana (não complicada): 
o Via oral; 
o 96% cura; 
o Dose única; 
o Impede a ligação das bactérias à mucosa da bexiga. 
• Utilizado também para frangos (de corte, matrizes e poedeiras); 
o Promotores de crescimento; 
o Tratamento de curta duração para profilaxia de infecções agudas; 
o 40 mg/Kg ração ou água; 
o Período de carência: 
▪ Carne: 24 horas; 
▪ Ovos: 10 dias. 
Administração: 
• Via oral; 
• Via parenteral; 
Resistência 
• Incomum o aparecimento de cepas resistentes, pois a concentração plasmática utilizada é muito superior à 
CIM do fármaco (350 vezes maior), mas quando ocorrem são por aquisições de plasmídeos ou mutações 
cromossômicas. 
o Exceção: Pseudomonas aeruginosa: RESISTENTE!!! 
 
 
 
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Fármacos que interferem na permeabilidade da membrana celular bacteriana 
A permeabilidade seletiva: 
• Propriedade da membrana celular externa de lipopolissacarídeos das bactérias gram negativas; 
• Se deve à presença de porinas: 
o Canais específicos pelos quais as substâncias podem passar para o para o interior da célula. 
Principais funções: 
• Transporte de nutrientes; 
• Equilíbrio osmótico; 
• Processos de conservação de energia. 
Mecanismo de ação e resistência 
• Os antimicrobianos que alteram a permeabilidade celular bacteriana causam desequilíbrio osmótico, 
fazendo com que a célula “exploda”. 
• As bactérias utilizam esta estratégia na aquisição de resistência: 
o Uma alteração na porina específica da membrana celular externa pela qual o fármaco geralmente se 
difunde pode impedir a chegada do antimicrobiano ao seu alvo de ação, tornando o patógeno 
resistente ao medicamento. 
 
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Polimixinas 
• Substância produzida pelo fungo Bacillus polymyxa; 
o Vários subtipos desta substância: 
▪ Mais eficazes: 
• Polimixina B; 
• Polimixina E (colistina); 
o Menos tóxica. 
• Deixaram de ser usadas pelo desenvolvimento de outros agentes antimicrobianos com toxicidade inferior; 
o Na década de 90 ressurgiu o interesse pelas polimixinas com o aparecimento de bactérias 
multirresistentes, inclusive à β-lactâmicos, aminoglicosídeos e quinolonas, causando infecções 
hospitalares, principalmente em UTI’s. 
• Melhor ação sobre bactérias gram negativas; 
o Atua alterando a permeabilidade da membrana celular bacteriana: 
▪ Ligam-se aos LPS; 
▪ Causa “explosão” da célula: 
▪ Efeito bactericida. 
o Usadas para neutralizar ou absorver endotoxinas produzidas por bactérias gram negativas: 
▪ Toxina Shiga de Escherichia coli, por exemplo; 
• Fármacos dose-dependentes, com efeito pós antibiótico; 
Administração: 
• Não tem absorção via oral; 
o Usada por essa via para tratar infecções no TGI; 
• IM, IV; 
o Pouco usada via sistêmica (última alternativa); 
▪ Geralmente quando tem resistência a ela, nenhum outro fármaco funciona. 
o Polimixina E (colistina) é menos tóxica: SEMPRE optar por ela quando for necessária administração 
parenteral. 
Posologia: 
Polimixina Espécie Dose (mg/Kg) Via Intervalo (horas) 
B Cão/gato 2 IM 12 
Cavalo (endotoxemia) 1 Oral 6 
Bovino 
(mastite coliforme) 
1 IV 8 
E (colistina) Cão 
(endotoxemia) 
0,6 IM 12 
 
 
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Eliminação: 
• Via renal: 
o Filtração glomerular; 
o Forma ativa: 
▪ Se acumula em pacientes com insuficiência renal. 
• Caráter lipofílico: 
o Grande facilidade em atravessar barreiras orgânicas: 
▪ NEUROTÓXICAS! 
• Sinais clínicos: 
o Fraqueza, parestesias periféricas e faciais, oftalmoplegia, dificuldade de 
deglutição, ataxia, ptose palpebral, bloqueio muscular com insuficiência 
respiratória e necessidade de suporte ventilatório. 
• O quadro reverte com a suspensão da droga. 
▪ NEFROTÓXICAS! 
• O mecanismo de lesão renal é semelhante ao efeito do antibiótico na membrana 
externa bacteriana. 
o Aumento de permeabilidade celular, facilitando o fluxo de cátions, ânions e 
água, provocando edema e lise das células epiteliais dos túbulos. 
o Dependente da concentração e da duração da exposição ao antibiótico. 
• É importante utilizar todos os mecanismos disponíveis de proteção renal nos 
pacientes que utilizam esses antibióticos: 
o Manutenção da volemia; 
o Cuidados na administração de outras drogas potencialmente nefrotóxicas; 
o Monitorizar rigorosamente a função renal. 
▪ Polimixina E (colistina)é menos tóxica: SEMPRE optar por ela quando for necessária 
administração parenteral. 
Sinergismos: 
• Sulfas e trimetoprim; 
• Rifampicina; 
• Cefalosporinas. 
Associações: 
• Outros fármacos a fim de aumentar seu espectro de ação, atuando contra bactérias gram positivas e gram 
negativas; 
o Polimixina B + neomicina + hidrocortisona (Otospam); 
o Colistina + ampicilina + dexametasona: (Agroplus); 
• Podem estar associadas a anti-inflamatório não esteroidal (AINE’S); 
o Normalmente em apresentações tópicas. 
 
 
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Antibióticos que interferem na síntese dos ácidos nucleicos 
Rifamicinas 
• Substância produzida pelo fungo Streptomyces mediterranei; 
• Vários subtipos: A, B, C, D, E.... 
o B é o mais utilizado (mais ativo e menor toxicidade): 
▪ Produzido naturalmente pelo fungo; 
▪ Utilizado para produzir derivados semissintéticos: 
• Rifamicina SV; 
• Rifamida (rifamicida M); 
• Rifampina (rifampicina); 
• Rifamicina SV e rifamida (rifamicina M) **: 
o Tem ação contra bactérias gram positivas: 
• **somente em altas concentrações. 
▪ Staphylococcus, Streptococcus, Listeria, Mycobacterium, Etc. 
o Via parenteral; 
• Rifampina (rifampicina): 
o Além de ter ação contra bactérias gram positivas e Mycobacterium tuberculosis, também atua contra 
bactérias gram negativas: 
▪ Escherichia coli, Neisseria, Haemophilus e Klebsiella. 
▪ Administrado via oral; 
o Tratamento da tuberculose em humanos. 
▪ Atualmente utilizada somente com este fim, para reduzir a indução de resistência. 
Mecanismo de ação 
• Impedem a síntese proteica: 
o Inibem a enzima RNA-polimerase-DNA-dependente: 
▪ Fármaco se liga de forma irreversível a essa enzima; 
• Impossibilita a formação de RNA’s a partir do DNA; 
• Bactéria se torna incapaz de se reproduzir/multiplicar; 
▪ Efeito bactericida. 
Espectro de ação 
• Atuam em bactérias intracelulares (interior de macrófagos) e extracelulares; 
o Ação intracelular inferior à da vancomicina, gentamicina e enrofloxacina; 
o Muito utilizadas contra Brucella, Mycobacterium e Rhodococcus; 
o Maior ação contra bactérias gram positivas: maior capacidade destes fármacos em atravessar a 
parede celular (comparado às gram negativas); 
▪ Dose para tratamento de infecções por bactérias gram positivas é menor que para 
tratamento de infecções por bactérias gram negativas. 
Diretrizes para o tratamento da tuberculose humana 
• 1º fase: ataque: 
o 2 meses com rifampicina, isoniazida, prazinamida e etambutol; 
• 2ª fase: manutenção: 
o 4 meses com rifampicina e isoniazida. 
• Problema: 
o Muitos pacientes abandonam o tratamento antes do fim, com isso é necessário entrar com o 
sistema de multirresistência/falência: 
▪ 18 meses de tratamento e maior quantidade de fármacos utilizados. 
 
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Resistência às rifamicinas 
• Relativamente fácil, principalmente na forma cromossômica; 
• Fundamentalmente por mutações que originam uma enzima RNA-polimerase refratária à inibição pelas 
rifamicinas; 
• Resistência cruzada entre rifamicinas e outros antimicrobianos, por isso se utiliza associada à outros ATB: 
o Rifamicina + eritromicina 
Farmacocinética 
• Rifamicina SV/rifamida: 
o Apenas via parenteral; 
• Rifampicina: 
o Via oral; 
• Lipossolúveis: atravessam todos os tecidos; 
o Em roedores é teratogênico; 
▪ Evitar em animais prenhes; 
• Biotransformada em 25-desacetil-rifampicina (metabólito ativo); 
• Eliminada via bile/fezes; 
o Ciclo êntero-hepático: parte é reabsorvido. 
• Deixam fezes, urina, saliva, lágrimas e suor com coloração vermelho-alaranjado; 
• Fazem indução das enzimas hepáticas: 
o Pode alterar a biodisponibilidade de: 
▪ Barbitúricos; 
▪ Corticoides; 
▪ Ciprofloxacino; 
▪ Trimetoprim; 
▪ Itraconazol; 
▪ Cetoconazol; 
▪ Teofilinas; 
▪ Contraceptivos; 
o É biotransformada mais rapidamente, assim como os fármacos utilizados concomitantemente: 
▪ Aumentar doses! 
• Rifotrat: 
o Uso tópico; 
o Sem efeitos adversos. 
Toxicidade 
• Rara; 
• Atenção especial a pacientes hepatopatas; 
• Atenção especial à utilização em potros: cuidar a maturidade hepática: 
o Atraso na eliminação: 17 horas. 
• Pode ocorrer: 
o Anemia hemolítica; 
o Anorexia; 
o Vômitos; 
o Diarreia; 
 
 Espécie Via Dose (mg/Kg) Frequência (horas) 
Rifampicina SV Tópico 
Rifampicina 
Cão/gato 
VO 
10 a 20 8 a 12 
Equino* 5 a 10 12 
Bovino 20 24 
 
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Novobiocina 
• Antimicrobiano aminocumarínico obtido através do fungo Streptomyces spheroides e Streptomyces niveus. 
• Utilização atual: 
o Laboratorial: distinção de espécies de Staphylococcus aureus coagulase negativo/positivo; 
o Uso tópico em aplicadores intramamários em mastites; 
o Via oral/parenteral não é mais utilizado: 
▪ Altas taxas de hipersensibilidade. 
Mecanismo de ação: 
• Inativação da DNA girase; 
o Causando consequentemente a inativação da ATPase: enzima responsável pelo super enovelamento 
do DNA; 
• Inibição da síntese da parede: 
o Pela inibição da síntese dos precursores dos peptideoglicanos. 
• Inibição do ácido teicoico; 
o Parede de gram positivas; 
• Inibição da síntese de DNA e RNA, síntese proteica, respiração e fosforilação oxidativa. 
• Bacteriostática. 
Espectro de ação: 
• Gram positivas e gram negativas, mais ativas contra as gram +; 
• Principalmente contra Staphylococcus aureus (alternativa terapêutica para tratamento de S. aureus 
resistentes às penicilinas); 
• Também são sensíveis Neisseria, Haemophilus, Brucella e Proteus. 
Resistência: 
• Ocorre principalmente em S. aureus, por isso é importante fazer associações: 
o Sinergismo: 
▪ Bom com tetraciclina; 
▪ Moderado com penicilina G para S. aureus; e Streptococcus de bovinos. 
• Uso restrito: mais utilizado para tratamento de mastites em aplicações 
intramamárias com penicilina; não é mais utilizado via sistêmica. 
 
 
 
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Antibióticos bactericidas que interferem na síntese proteica 
 
Aminoglicosídeos 
• Substâncias produzidas por diversos fungos: 
o Streptomyces griseus, S. kanamyceticus, S. fradiae, Micromonospora purpurea, Micromonospora 
inyoensis; 
• Compostas por: 
o Hexose; 
o Grupamento amino. 
• Fármaco bactericidas; 
• Fazem parte deste grupo: 
o Estreptomicina, neomicina, amicacina, paramomicina, canamicina, espectonomicina, gentamicina, 
tobramicina, sisomicina, ribostamicina e netilmicina. 
o Nem todos os fármacos terminados em “micina” são aminoglicosídeos. 
• Grupamentos amina são tóxicos: 
o Quanto maior a quantidade desse grupamento, mais tóxico é o fármaco; 
o Quanto maior a quantidade desse grupamento, maior o espectro de ação. 
Espectro de ação 
• Maior ação em bactérias gram negativas: 
o Fármacos pouco lipossolúveis; 
o Maior facilidade em entrar nos patógenos gram negativos pelos canais de aquaporinas; 
o Fármacos possuem carga positiva e interior da membrana bacteriana apresenta caráter negativo, 
com isso são atraídos para dentro da célula; 
o Sua entrada é possibilitada pela passagem de oxigênio pelas porinas, pois estas moléculas levam o 
fármaco “de carona” para dentro da célula; 
Mecanismo de ação: 
• Fármaco se liga à porção 30S do ribossomo responsável pela síntese de mRNA, impedindo a síntese desta 
molécula ou fazendo com que sua síntese seja defeituosa; 
• Sem mRNA (ou com mRNA defeituoso) não ocorre síntese proteica (adequadamente): 
o Origem às proteínas defeituosas; 
o Bloqueio total da síntese proteica; 
• Com falhas na síntese proteica, a membrana plasmática perde sua permeabilidade seletiva: 
o Perde íons e aminoácidos (aa) para o meio externo; 
o Desequilíbrio hidroeletrolítico celular. 
o Efeito BACTERICIDA a longoprazo: 
▪ Primeiramente o metabolismo celular fica comprometido; 
▪ Com a continuidade do tratamento, todos os mecanismos e rotas metabólicas da célula 
ficam comprometidos, fazendo com que a célula entre em colapso: morte bacteriana! 
Limitações: 
o Estes medicamentos não possuem ação em bactérias anaeróbicas obrigatórias ou em anaeróbicas 
facultativas em condições de anaerobiose; 
o O fármaco utiliza a passagem do oxigênio para atravessar a membrana plasmática. Se não ocorre 
entrada de oxigênio, o princípio ativo não consegue atingir seu alvo terapêutico. 
• Esta classe de medicamentos não possui ação sobre células de quaisquer mamíferos: 
o Ribossomos de células de mamíferos apresentam as porções 40S e 60S; 
o Ribossomos de células bacterianas possuem as porções 30S e 50S: 
▪ Aminoglicosídeos não possuem alvo de ação em células eucariotas. 
 
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Espectro de ação: 
• Melhor ação em patógenos gram negativos. 
o Muito utilizadas no tratamento de infecções por Treponema pallidum, mas também usadas em 
tratamentos contra Staphylococcus; 
o Amicacina e tobramicina: excelente atividade contra Pseudomonas; 
o Estreptomicina e di-hidroestreptomicina são mais usadas contra espiroquetas, Mycobacterium e 
Mycoplasma; 
o Estreptomicina + penicilina são utilizadas em associação no tratamento de leptospirose e mastites; 
• Não têm ação para tratamento de patógenos intracelulares (macrófagos), pois são pouco lipossolúveis: 
Ineficaz contra Salmonella e Brucella. 
• A fim de aumentar espectro de ação: associação com β-lactâmicos. 
• Quanto menor o ph do meio, menor o espectro de ação dos aminoglicosídeos: baixíssima eficiência na 
presença de pus. 
• Ordem crescente de espectro: 
o Estreptomicina → neomicina → canamicina → gentamicina → tobramicina → amicacina. 
o Sempre começar utilizando os de menor espectro para evitar o desenvolvimento de resistência e 
inviabilização dos outros fármacos desta classe. 
 
Resistência: 
• Resistência cruzada entre componentes deste grupo: 
o Quando um patógeno de maior espectro não é suscetível a um fármaco de maior eficácia, 
possivelmente os de menor espectro também não funcionarão. 
• Enterococcus são resistentes à essa classe: 
o Capacidade de fosforilação, acetilação, etc. 
Farmacodinâmica e farmacocinética : 
• Não apresentam absorção VO, mas são ativos no TGI; 
o Em casos de enterites com necrose de mucosa pode ocorrer absorção sistêmica do fármaco, 
podendo causar toxicidade. 
• Para efeito sistêmico administrar IV ou IM; 
• Boa distribuição pelos tecidos e líquidos orgânicos: 
o Moléculas grandes e pouco lipossolúveis; 
o Ocorre um pouco de absorção na administração intramamárias e intrauterina, mas não chega a 
causar efeito tóxico decido à baixa concentração sérica do medicamento. 
• Ligam-se de forma seletiva aos tecidos: 
o Preferência pelo tecido renal: 
▪ Bom funcionamento para tratamento de infecções renais/urinárias (órgãos com muita 
água); 
▪ Pode ocorrer nefrotoxicidade, especialmente em pacientes com nefropatia. 
• Excreção renal: 
o Filtração glomerular: 
▪ Em pacientes com doenças renais o fármaco tende a se acumular, causando efeitos tóxicos; 
• Fármaco dose-dependente: 
o Efeito pós-antibiótico: melhor é dar a maior dose possível em uma única administração; 
▪ Repetições de doses aumentam os riscos de nefro e ototoxicidade, causando lesões 
permanentes nesses tecidos. 
 
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Efeitos colaterais , contraindicações e toxicidade: 
• Aminoglicosídeos ultrapassam a barreira placentária e resultam em nível sérico fetal de 30 a 50% do nível 
sérico materno (humanos), representando risco de danos vestibulares e cocleares, além de outras 
malformações congênitas (fissuras palatinas, malformações esqueléticas, defeitos oculares, anormalidades 
do sistema cardiovascular, geniturinário e gastrointestinal). 
• Altamente nefrotóxicos: 
o O fármaco liga-se ao túbulo proximal: 
▪ Em receptores específicos no túbulo proximal, onde ocorre endocitose do aminoglicosídeo 
(pela mesma via por onde são absorvidos aminoácidos, pequenos peptídeos, etc.). 
• Uma vez ligado a esse receptor, é transportado para dentro da célula e se une ao 
lisossomo, onde irá fundir-se com estruturas preexistentes, causando progressiva 
deposição de lipídeos polares, formando o chamado corpo mielóide. Além disto, 
ocorrem várias outras alterações em organelas e enzimas, como nos ribossomos, 
nas mitocôndrias e na bomba Na/K-ATPase. 
• Os aminoglicosídeos se acumulam nos lisossomos e induzem alterações 
morfológicas: os lisossomos “explodem” liberando enzimas lisossômicas, causando 
digestão total da célula tubular, levando à necrose tubular aguda. 
▪ Dietas ricas em cálcio diminuem a afinidade dos aminoglicosídeos pelas células tubulares; 
o Altamente ototóxicos: 
▪ A ototoxicidade dos ocorre pelo mesmo mecanismo descrito para a nefrotoxicidade. Foi 
demonstrado que existe acúmulo dos aminoglicosídeos na perilinfa e endolinfa da orelha 
interna, podendo afetar audição e o equilíbrio, devido à destruição das células sensoriais da 
cóclea e do vestíbulo. 
▪ A presença de aminoglicosídeos nestes órgãos faz a quelação do ferro e produz radicais 
livres. Com a continuidade da terapia a longo prazo e/ou em altas doses/frequência, ocorre 
depleção dos antioxidantes locais, causando lesões celulares de diversos tipos. 
▪ A ototoxicidade pode ser irreversível. 
▪ Cães: danos cocleares são mais comuns, os animais deixam de escutar; 
▪ Gatos: mais comuns danos vestibulares, causando perda de equilíbrio; 
o Fatores predisponentes para o aparecimento de efeitos tóxicos: 
▪ Tratamento com duração superior a 7~10 dias; 
▪ Múltiplas doses diárias; 
▪ Exposição prévia aos antimicrobianos; 
▪ Distúrbios eletrolíticos (hipocalemia e hiponatremia); 
▪ Associação com outros medicamentos nefrotóxicos; 
▪ Doença renal pré-existente; 
▪ Idade; 
▪ Desidratação/desnutrição; 
▪ Via de administração: 
• IV exacerba o aparecimento de efeitos adversos: 
o Bradicardia e queda de pressão arterial; 
o Bloqueio neuromuscular por ligação aos receptores nicotínicos; 
• Forma tópica evita o aparecimento desses efeitos: pouca ou nenhuma absorção 
sistêmica. 
o Nebacetin: bacitracina + neomicina; 
• Atualmente, é comum empregar aminoglicosídeos em dose alta e uma punica vez ao 
dia no tratamento de infecções sensíveis, por serem antimicrobianos concentração-
dependente e com efeito pós-antibiótico, reduzindo os efeitos tóxicos das 
medicações. 
▪ Otoprotetores: 
• Dentre todas as drogas testadas até o momento, as que possuem maiores 
evidências de otoproteção são os tióis que são compostos sulfurados, quelantes de 
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metais que atuam como carreadores de radicais livres intracelulares. Os 
representantes desta categoria de drogas com as maiores evidências de ação efetiva 
são o tiossulfato de sódio e a d-metionina. 
• Podem ser classificados como otoprotetores endógenos ou exógenos. A cóclea 
apresenta mecanismos que são ativados para atuar contra a formação de radicais 
livres, mas que são de atuação limitada. 
• Estratégias de otoproteção a drogas ototóxicas: 
o Fosfomicina: um antibiótico derivado do ácido fosfônico, já testado para a 
otoproteção a antibióticos aminoglicosídeos, mostrando que houve uma 
certa proteção que é dose-dependente ou dose limitante aos efeitos 
ototóxicos e nefrotóxicos. 
o Salicilato de sódio: uma droga sabidamente ototóxica, dose-dependente, na 
dose de 100 mg/kg subcutânea, atenuou a ototoxicidade da gentamicina em 
80% com relação à perda de células ciliadas externas cocleares. Acredita-se 
que esta medicação protegeria estas células da gentamicina por dois 
fatores: primeiro, por ser um quelante

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