Buscar

Leucemias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Leucemias 
 
leucemia é um dos mais conhecidos. Tudo começa na medula óssea, líquido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos que produz os componentes do sangue: hemácias (ou glóbulos vermelhos, responsáveis pelo oxigênio de nosso organismo), leucócitos (ou glóbulos brancos, que combatem as infecções) e plaquetas (responsáveis pela coagulação do sangue, evitando hemorragias).
A leucemia acontece quando os glóbulos brancos perdem a função de defesa e passam a se produzir de maneira descontrolada. São várias as linhagens celulares que derivam da medula óssea, e baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam, as leucemias estão dividias em dois grandes grupos: mieloide e linfoide. As que afetam as células linfoides são chamadas de: leucemia linfoide, linfocítica ou linfoblástica. Já as que afetam as células mieloides são chamadas de leucemia mieloide ou mieloblástica. Elas também podem ser agudas, quando há o crescimento rápido de células imaturas, ou crônicas, caracterizadas pelo aumento das células maduras, mas anormais.
· As leucemias são neoplasias malignas derivadas das células hematopoiéticas.
Leucemia linfocítica aguda (LLA)
 
Tipo de câncer mais comum durante a infância, a leucemia linfoide aguda (LLA) não é uma doença hereditária e suas causas ainda não são conhecidas. A notícia boa é que, hoje, 90% das crianças em tratamento chegam à cura. Ela acontece quando as células-tronco, responsáveis por dar origem aos componentes do sangue (glóbulos brancos, que combatem as infecções; glóbulos vermelhos, que fazem oxigenação do organismo; e plaquetas, que impedem as hemorragias), sofrem alterações. Por ser uma leucemia aguda, células ainda muito jovens, também chamadas de imaturas, param de funcionar corretamente e começam a se reproduzir de maneira descontrolada. A LLA afeta a maior parte das células em formação, e por isso a produção de todas as células sanguíneas fica comprometida. Sua evolução é bastante rápida, tornando fundamental que o tratamento se inicie o quanto antes. Embora a maior parte dos casos aconteça em crianças, adultos também podem ser diagnosticados com a doença, e cerca de 50% dos que realizam o tratamento entram em remissão completa da doença. 
· Cerca de 70% das neoplasias de precursores linfoides são LLAB;
· 25% são LLA T;
· 5% são leucemia/linfoma de Burkitt(origem b) 
O Linfoma de Burkitt (anteriormente denominado Linfoma Não-Hodgkin de alto grau de pequenas células não-clivadas) é uma neoplasia de células B maduras altamente agressiva, sendo endémico nas regiões centrais da África. É entre duas e três vezes mais comum em homens
Na investigação laboratorial da doença, possui quatro meios de destaques: 
· MORFOLOGICO 
· Imunofenotípico 
· Citogenético 
· Molecular 
No hemograma estar presente:
· Anemia normocítica e normocrômica geralmente está presente.
· 60% dos pacientes com LLA apresentam leucocitose
· Mas cerca de 10 a 15% apresentam contagens leucocitárias superiores a 100.000/μL
Diagnóstico e prognóstico da doença:
· Em torno de 80% dos pacientes apresentam neutropenia (< 2.000/μL).
· 90% apresentam trombocitopenia (< 150.000/μL), sendo que contagens de plaquetas abaixo de 25.000/μL são vistasem um terço dos pacientes.
· É comum que, no esfregaço de sangue periférico, sejam encontradas células imaturas (linfoblastos) que caracterizam a doença.
Diagnostico usando o Mielograma:
 
Na leitura do exame avalia-se a quantidade de blastos presentes no tecido, sendo diagnosticada leucemia se estiver presente mais de 25% da concentração total.
A classificação morfológica em vigor utilizada foi desenvolvida por um grupo denominado Franco Americano-Britânico (FAB).
Os blastos possuem baixa quantidade de citoplasma com basofilia variada
Blastos 
Os blastos, em condições normais, amadurecem na medula óssea e são liberados (sob a forma de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) na corrente sanguínea para que exerçam as suas funções que são primordiais para a manutenção de um estado adequado de saúde.
Os blastos são classificados em três tipos distintos 
· L1: células pequenas, com morfologia regular, homogêneos, sem nucléolos, relação núcleo-citoplasma alta.
 
· L2: células de tamanhos variáveis, heterogêneos, possuem nucléolos grandes e visíveis, podendo apresentar irregularidade no contorno.
· L3: células grandes, basofilia citoplasmática, apresentam imunofenotipo B, é considerada sendo uma forma mais agravante da patologia.
 
Imunofenotipagem 
 A imunofenotipagem é uma técnica utilizada para se identificar qual o tipo exato de célula que compõe um determinado tecido, quando há dúvida diagnóstica na análise de biópsias.
 
· Técnica de citometria de fluxo (CMF).
· Tem a capacidade de determinar o perfil antigênico celular expresso por meio de anticorpos monoclonais e, dessa forma, a linhagem (diferenciação de linhagens B e T) e o grau de maturação de determinada célula clonal.
A identificação do imunofenótipo de células neoplásicas é importante não só para o diagnóstico, mas também para a posterior monitorização da doença residual mínima durante o tratamento.
Leucemia Mieloide aguda ( LMA)
Leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer nas células do sangue e na medula óssea, região em que as células do sangue são produzidas. Esse tipo de leucemia ataca as células mieloides, que normalmente se desenvolvem formando alguns tipos de glóbulos brancos, que funcionam na defesa do nosso corpo, principalmente contra infecções. Na leucemia mieloide aguda, as células mieloides se desenvolvem de forma anormal, formando células malignas que não cumprem sua função de defesa do organismo e se acumulam na medula óssea, atrapalhando a produção das outras células sanguíneas. O quadro é chamado de agudo por ter uma progressão muito rápida dessas células sanguíneas imaturas, logo atingindo outras estruturas como os nódulos linfáticos, fígado, baço, cérebro, medula espinhal e testículos.
· O diagnóstico da LMA também é feito a partir do aspirado de medula óssea
· Os problemas com sangramentos são mais frequentes nos pacientes com LMA do que com LLA.
O diagnostico da doença é partir do HEMOGRAMA:
· Reticulocitopenia é bastante comum.
· Eritroblastos circulantes podem ser encontrados eventualmente.
· O número total de leucócitos varia bastante.
· Aumentado em mais de 50% dos pacientes.
· Contagens muito elevadas (> 100.000 leucócitos/μL), vistas em até 20% dos casos.
· Neutropenia é encontrada na Vasta maioria dos pacientes.
· A trombocitopenia em até 75% dos casos têm menos de 100.000plaquetas/μL
· Mieloblastos são vistos no sangue periférico em quantidades variáveis.
O mielograma também entra no diagnóstico da doença:
 
· A medula óssea mostra-se infiltrada por células leucêmicas que comprometem as linhagens de células sadias.
· O percentual de mieloblastos que define a LMA é de 20% ou mais conforme a classificação atual da OMS (o limiarera de 30%).
Imunofenotipagem 
· As técnicas empregadas na imunofenotipagem podem ser a citometria de fluxo ou a imunocitoquímica.
· O padrão específico de expressão de antígenos de superfíciedifere para cada subtipo de LMA.
· é realizada em suspensões de células do sangue periférico e da medula óssea
· cortes histológicos.
A citometria de fluxo é realizada com maior frequência para distinção entre as leucemias mielóide e linfoide.
 As colorações citoquímicas usadas no diagnóstico e na classificação das leucemias podem ser aplicadas tanto à medula óssea quanto ao sangue periférico.
As principais colorações em uso são:
· fosfatase alcalina; 
· mieloperoxidase (MPO)
· sudão negro B (sudan black B [SBB]); 
· naftol AS-D; 
· cloroacetato esterase (CAE);
Esterases inespecíficas, como:
· alfa-naftil acetato esterase (ANAE); 
· reação do ácido para-aminossalicílico (ácido periódico de Schiff [PAS]) 
· fosfatase ácida.
A mieloperoxidase ou SBB POSITIVA confirma a natureza mielóide dos blastos e revela os bastonetes de Auer em aproximadamente 65% dos casos.
É específicapara as linhagens de granulócitos, eosinófilose monócitos.
Leucemia Linfocítica Crônica ( LLC)
 
A leucemia linfocítica crônica, também conhecida como leucemia linfoblástica crônica, é um tipo de câncer das células brancas do sangue (linfócitos B) e da medula óssea, local do organismo em que as células do sangue são produzidas. Os linfócitos B são células envolvidas no combate às infecções, pertencentes, portanto, ao sistema imunológico. Na leucemia linfocítica crônica a doença progride mais lentamente do que em outros tipos de leucemia. O termo "linfocítica" vem do fato de as células afetadas pela doença serem glóbulos brancos, ou linfócitos.
Atinge quase que EXCLUSIVAMENTE pacientes adultos, sendo considerada o tipo mais comum nesta faixa etária nos países ocidentais.
A média de idade dos pacientes acometidos é de 60 anos com uma discreta PREDOMINÂNCIA no gênero MASCULINO.
O diagnostico da doença é feita com um hemograma e outros exames complementares.
· A alteração mais característica da LLC é a leucocitose à custa de linfócitos
· O limiar estabelecido é de mais de 5.000 linfócitos/μL em sangue periférico.
Embora o mieolograma e a biópsia de medula óssea não sejam essenciais ao diagnóstico de LLC, podem exibir características típicas e implicação prognóstica. De forma rotineira, OBSERVA-SE INFILTRAÇÃO medular por linfócitos, perfazendo mais de 30% das células nucleadas.
Os padrões de infiltração na biópsia são divididos em:
· nodular, intersticial, misto (nodular e intersticial) e difuso.
IMUNOFENOTIPAGEM
· Ferramenta-chave para o diagnóstico de LLC devido ao seu fenótipo característico.
· Normalmente, o linfócito neoplásico expressa marcadores B (CD19, CD20 [em geral fraco], CD21, CD23, CD24, CD27, CD43 e CD79b) e um marcador T (CD5).
O diagnóstico definitivo de LLC se dá pela observação de linfocitose acima de 5.000/μL associada à demonstração ode uma população clonal de linfócitos
Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
A leucemia mieloide crônica (LMC) é um tipo de câncer não hereditário que se desenvolve na medula óssea e, na maior parte dos casos, ocorre em adultos na faixa etária dos 50 anos (apenas 4% dos pacientes são crianças).Ainda não se sabe ao certo o motivo para o seu surgimento, mas os médicos afirmam que é uma doença adquirida, que não está presente no momento do nosso nascimento, e não é hereditária.A LMC se distingue dos outros tipos de leucemia pela presença de uma anormalidade genética nos glóbulos brancos, denominada cromossomo Philadelphia (Ph+). Os cromossomos das células humanas compreendem 22 pares (numerados de 1 a 22 e dois cromossomos sexuais), num total de 46 cromossomos. Nos pacientes com a doença, estudos mostraram que existe uma translocação (fusão de uma parte de um cromossomo em outro cromossomo) em dois cromossomos, os de número 9 e 22, caracterizando assim a leucemia mieloide crônica.Hoje, mais de 70% dos pacientes conquistam a remissão completa da doença (quando nos exames não consta mais nenhum sinal da doença).
O diagnostico da doença é feita por um hemograma. O achado característico dessa mieloproliferação é a leucocitose, geralmente em níveis extremos (em média, 100.000 leucócitos/μL).
· A quantidade de metamielócitos relativamente pequena em relação aos mielócitos e neutrófilos é característica da doença e chamada de hiato leucêmico.
· Trombocitose acima de 600.000 plaquetas/μL pode ser vista em 15 a 30% dos pacientes, e anemia normocrômica normocítica,em 45 a 60% dos pacientes
A medula óssea se mostra caracteristicamente hipercelular à custa de hiperplasia mieloide com representantes de todas as fases de maturação. Blastos são observados em alguns casos e podem classificar as fases da doença em crônica, acelerada ou crise blástica.
ANÁLISE CITOGENÉTICAE MOLECULAR
A demonstração da presença do cromossomo Filadélfia, t (9;22) (q32;q11.2), ou de uma de suas variantes (dentro de translocações complexas), é de fundamental importância para o diagnóstico de LMC.

Continue navegando