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1 7 - TN AIDS e DPOC 1 N2

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Fisiopatologia e Terapia Nutricional na Infecção HIV/SIDA e nas Doenças Respiratórias 
Nutrição no Adulto e no Idoso
AIDS - Acquired Immunodeficiency Syndrome
Síndrome da Imunodeficiência adquirida
2
SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida):
 
Descoberta em 1981;
Estima-se que 40 milhões de pessoas estão infectadas pelo mundo;
Doença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV — Human Immunodeficiency Virus);
Vírus invade a célula do hospedeiro e pela ação da enzima transcriptase reversa ocorre a transcrição do RNA viral em DNA  integrando ao genoma.
Intensa e contínua replicação viral, que resulta na destruição das células CD4 – levando a imunodeficiência  replicação viral é indispensável.
Células CD4 são um tipo de linfócito (célula branca do sangue). Eles são uma parte importante do sistema imunológico. Células CD4 são às vezes chamados de células T
A replicação viral é indispensável para que haja a destruição dessas cél, 
3
AIDS
2009
Esse mapa nos mostra a taxa de incidência em 100 mil habitantes/ ano (Rio gde do Sul, Sta Catarina, ES, 
4
AIDS - Estatísticas
UNAIDS, 2020
 38,0 milhões de pessoas viviam com HIV em todo o mundo (até o fim de 2019).
 1,7 milhão de pessoas se infectaram por HIV (até o fim de 2019).
 690.000 de pessoas morreram por causa de enfermidades relacionadas à AIDS (até o fim de 2019).
 75,7 milhões de pessoas se infectaram pelo HIV desde o começo da epidemia.
 32,7 milhões de pessoas morreram por causas relacionadas à AIDS desde o começo da epidemia. 
5
INICIAL:
Contagem de células CD4 > 500cel/mm³;
SINTOMAS: linfadenopatia, dermatites. 
INTERMEDIÁRIO:
Contagem de células CD4 entre 200 e 500 cel/mm³;
SINTOMAS: candidíase oral e vaginal, displasia cervical, neuropatia periférica, herpes zoster e febre.
FINAL:
Contagem de células CD4 < 200 cel/mm³;
SINTOMAS: doenças neurológicas, infecções oportunistas, tumores.
Classificada em 3 estágios segundo o CDC (Center of Disease Control) 1987/ 1993:
CDC = Centro de Controle e Prevenção de Doenças
Células CD4 são um tipo de linfócito (célula branca do sangue)
6
Sexo sem camisinha;
Uso de seringa por mais de uma pessoa;
Transfusão de sangue contaminado;
Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
Instrumentos perfurocortantes não esterilizados.
CAUSAS:
Perfurocortantes = seringas, agulhas, escalpes, ampolas, vidros de um modo em geral ou, qualquer material pontiagudo ou que contenham fios de corte capazes de causar perfurações ou cortes
7
CONSEQUÊNCIAS:
Imunodeficiência (perda de imunidade celular);
Linfopenia: CD4 < 200 cél./mm³;
Infecções oportunistas: BCP (broncopneumonia), tuberculose, toxoplasmose, candidíase, herpes, enteropatias);
Neoplasia (Sarcoma de Kaposi, Linfomas);
Doenças neurológicas: citomegalovírus, neuropatias.
Infecções oportunistas são doenças que se aproveitam da fraqueza do sistema imunológico, que cuida da defesa do organismo.
Sarcoma de Kaposi é um tipo de câncer que acomete as camadas mais internas dos vasos sanguíneos. Além das lesões na pele, podem surgir outras semelhantes nos gânglios, no fígado, nos pulmões e por toda a extensão da mucosa intestinal (provocando sangramentos digestivos) e dos brônquios. É comum também elas se instalarem na parte interna das bochechas, gengivas, lábios, língua, amídalas, olhos e pálpebras. A doença é rara em pessoas com o sistema imunológico íntegro, mas é uma complicação comum na AIDS.
Linfoma é um câncer que começa nas células do sistema linfático. Existem dois tipos de linfomas, linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin
O citomegalovírus (CMV) pertence à família do herpesvírus, a mesma dos vírus da catapora, herpes simples, herpes genital e do herpes zoster. As manifestações clínicas da infecção pelo CMV variam de uma pessoa para outra e vão desde discreto mal-estar e febre baixa até doenças graves que comprometem o aparelho digestivo, sistema nervoso central e retina. O citomegalovírus nunca abandona o organismo da pessoa infectada. Permanece em estado latente (adormecido) e qualquer baixa na imunidade do hospedeiro pode reativar a infecção.
 Neuropatia ou transtorno/distúrbio neurológico é um termo geral que se refere a doenças ou problemas no funcionamento dos nervos (patologias)
8
AIDS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
DESNUTRIÇÃO: >90% dos casos
``WASTING SYNDROME´´ Síndrome Consumptiva: caracterizada por perda ponderal involuntária (>10% do peso habitual), acompanhada de enfraquecimento, febre (> 30 dias) e diarreia. 
Desde 1996 a AIDS sofreu mudanças.
Hoje, por desfechos terapêuticos da Terapia Anti-retroviral altamente ativa (HAART), observa-se diminuição da incidência de infecções oportunistas, controle da multiplicação da carga viral e da desnutrição.
Pode estar associada a febre por mais de 30 dias, fraqueza e diarreia.
Desde 1996 a AIDS vem sofrendo mudanças devido a terapia anti retroviral – que vem mostrando diminuição da incidência 
9
AIDS
ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS:
DESNUTRIÇÃO associada a vários mecanismos:
Baixa ingestão calórico-proteica: disfagia, náuseas, vômitos e diarreia;
Alterações metabólicas: 
Hipermetabolismo: aumento do gasto energético (↑9 a 12% em condições estáveis e 29% em casos de infecções);
Alterações proteicas (↓síntese proteica e dificuldade de mobilização de PTN para síntese de MM);
Alterações lipídicas (↑lipogênese, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, diminuição da lipase lipoproteica e hiperglicemia).
QUAIS SÃO AS ALTER NUTRIC NESSES PCTES?
Eles apresentam desnut...
MM: massa magra
lipoproteína lipase (LPL) é uma enzima da família de lipases com função conhecida de hidrolisar moléculas de triglicérides.
Invasão das células gliais do sistema nervoso central, levando a demência ou a neuropatia. Estas interferem com a ingestão alimentar via anorexia e disfagia. Podem também ocorrer lesões anatômicas, como monilíase oral, que dificulta a mastigação, além de esofagites ou monilíase esofágica e, ainda pode haver infecção da mucosa
intestinal causada por agentes oportunistas, como E.coli e C.difficile, diminuindo a absorção de nutrientes e provocando diarreia.
10
AIDS
ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS:
DESNUTRIÇÃO associada a vários mecanismos:
Diarreia: etiologia multifatorial e inclui infecções por agentes oportunistas, má absorção e hipoalbuminemia;
Infecções oportunistas: 
Aumentam as necessidades metabólicas e conduzem a uma rápida depleção nutricional, redução da ingestão calórica.
Fatores psicológicos: 
Depressão e ansiedade, isolamento social  anorexia.
A depleção grave da MCC (massa celular corporal) é fator capaz de predizer mortalidade, independente do peso corporal, do CD4 e da carga viral.
Além da desnutrição por baixa ing calórica ou alter metabólica, acontece tb por.... 
Diarreia – antiretrovirais 
Hipoalbuminemia : <3,5
11
DESNUTRIÇÃO associada a vários mecanismos:
Interação droga nutriente: tratados com múltiplas drogas, influenciam a ingestão alimentar e afetam o apetite e/ou absorção digestiva;
Deficiência de vitaminas: 
Apresentam anormalidades séricas de: vitamina A, C, E, B6, B12 e minerais como zinco e selênio.
Aumenta o estresse oxidativo
e
Depressão do sistema imunológico
ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS:
A desnutrição pode estar associada ainda à outros mecanismos como:
Zn e Se participam como co-fatores enzim que atuam na diminuição do estresse oxid 
12
ALTERAÇÕES METABÓLICAS:
Aumento no tamanho da circunferência da cintura e afinamento nas extremidades;
Mudança na face incluem perda de gordura lateral e dobra nasolabial;
Aumento da gordura dorsocervical (lipodistrofia);
Nas mulheres: aumento das mamas e diminuição das coxas;
Aumento do LDL, VLDL e TG;
Alteração do metabolismo de glicídios e resistência periférica à insulina, DM.
13
LIPODISTROFIA:
 Braços, pernas, nádegas e rosto perdem gordura a ponto de, no caso das nádegas, o paciente sentir dor para se sentar. 
 Veias ficam aparentes e o abdômen passa a acumular gordura. 
 Homens e mulheres ganhamgrandes papadas e, em palavras simples, uma corcunda logo abaixo do pescoço denominada gibosidade dorsal  Região cervical= gibas
 Homens: ginecomastia = crescimento das mamas. 
Oq acontece com esses pctes quando desenvolvem a Lipodistrofia... 
14
TERAPIA NUTRICIONAL
OBJETIVOS:
Evitar ou reverter a desnutrição, fornecendo níveis adequados de macro e micronutrientes;
Minimizar os sintomas de desnutrição e má absorção;
Minimizar os efeitos da terapia antirretroviral;
Manter a composição corporal;
Promover melhor qualidade de vida. 
OMS preconiza que as intervenções nutricionais façam parte de todos os programas de controle e tratamento da AIDS  dieta e nutrição podem melhorar a adesão e a efetividade da terapia antirretroviral, além de contribuir com a melhoria das anormalidades metabólicas. 
Porém, não há consenso sobre o efeito da terapia nutricional em pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) em uso de TARV (terapia antiretroviral)
15
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Pessoa com HIV/AIDS
Medida de peso/altura
Avaliação da composição corporal (se possível)
Consultoria para nutrição, exercícios e adequação da ingestão energético proteica
Diagnóstico e tratamento para infecção oportunista
Prescrição apropriada da terapia antirretroviral 
Monitoração cuidadosa para perda de peso não intencional (5 a 10%)
Monitoração cuidadosa para ganho de peso e das medidas antropométricas (ex.: Circunf. abdominal)
Avaliação do CD4 e carga viral
Verificação das complicações metabólicas e morfológicas
Acompanhamento nutricional
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Importante distinguir a Lipodistrofia da Síndrome Consumptiva  ambas podem estar combinadas.
Diagnóstico da lipodistrofia consideram-se fatores físicos: lipoatrofia na região da face, dos membros superiores e inferiores e uma proeminência das veias superficiais associadas ou não ao acúmulo de gorduras na região do abdome, da região cervical (gibas) e das mamas. 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Síndrome Consumptiva: caracterizada por perda ponderal involuntária (>10% do peso habitual), acompanhada de enfraquecimento, febre (> 30 dias) e diarreia. 
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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
	SINAL DE ALERTA	PARÂMETRO	CAUSAS POSSÍVEIS	CONSEQUÊNCIAS 
	Rápida perda de peso	Qualquer perda de peso não intencional.
Perda de peso >10% em 6 meses ou >5% em 3 meses	Baixa ingestão calórica proteica. Absorção diminuída. Aumento dos requerimentos nutricionais. 	Desnutrição. Maior susceptibilidade à infecções. Intolerância ao tratamento clínico.
	Problemas gastrointestinais 	Perda de fluidos e nutrientes por vômitos e diarreia	Infecção oral/intestinal. Interação com medicamentos. Desnutrição. Má absorção.	Desidratação. Má absorção. Desnutrição. Desequilíbrio eletrolítico.
	Ingestão inadequada	Consumo reduzido de macro e micronutrientes	Anorexia. Disfagia. Diarreia. Fraqueza.	Perda de peso. Desnutrição. Intolerância aos medicamentos.
	Interação droga-nutrientes	Alterações nos parâmetros nutricionais. Sintomas relacionados à nutrição	Absorção de nutrientes. Competição droga-nutriente.	Desnutrição. Intolerância aos medicamentos.
Sugestões para verificar os sinais de alerta na avaliação nutricional
18
Incluir o mínimo de testes bioquímicos, como albumina, contagem total de linfócitos, CD4, CD8, carga viral, dosagem de testosterona, determinar a função da tireoide, avaliação das funções renal e hepática, concentração sérica de eletrólitos, zinco, selênio, vitamina A e vitamina B12 estão associados com a progressão da doença.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Considerar os métodos tradicionais para avaliação do estado nutricional (avaliação global subjetiva, antropometria, parâmetros bioquímicos e impedância bioelétrica)
ENERGIA:
	ESTÁGIO	ENERGIA
	Estágio A – assintomático, peso estável	30 a 35 kcal/kg de peso atual/dia
	Estágio B – sintomático com complicações do HIV, necessidade de ganho de peso	35 a 40 kcal/kg de peso atual/dia
	Estágio C – infecção oportunista e/ou AIDS 
(CD4 <200mm³)	40 a 50 kcal/kg de peso atual/dia
	Estágio C – com desnutrição grave	Iniciar com 20 kcal/dia de peso atual/dia, aumentando gradativamente para evitar a síndrome de realimentação
	Obesidade	20 a 25 kcal/kg de peso ajustado/dia
Adaptado de CFNI, 2009; Polo et al., 2007
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
os sintomas da SR (sínd da realim) ocorrem a partir de desequilíbrios de fluidos e eletrólitos resultantes da suplementação nutricional via oral, enteral ou parenteral após um período de jejum prolongado ou desnutrição. Caracteriza-se clinicamente por alterações neurológicas, sintomas respiratórios, arritmias e falência cardíaca, poucos dias após a realimentação. Sua causa é decorrente da sobrecarga na ingestão calórica e reduzida capacidade do sistema cardiovascular.
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RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
PROTEÍNAS:
	ESTÁGIO	ENERGIA
	Estágio A – assintomático, peso estável	1,1 a 1,5g/kg de peso atual
	Estágio B – sintomático com complicações do HIV, necessidade de ganho de peso	1,5 a 2g/kg de peso atual
	Estágio C – infecção oportunista e/ou AIDS 
(CD4 <200mm³)	2 a 2,5g/kg de peso atual
	Estágio C – com desnutrição grave	Aumentar a oferta gradativamente, conforme a evolução das calorias
	Obesidade	Utilizar o peso ajustado para cálculo das necessidades proteicas
Adaptado de CFNI, 2009; Polo et al., 2007
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RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
DISTRIBUIÇÃO DOS MACRONUTRIENTES:
Carboidratos: 60 a 70% do VET
Proteínas: 10 a 20% do VET
Lipídeos: 20 a 35% do VET
Gordura saturada: <10%
Gordura monoinsaturada: <10%
Gordura polinsaturada: <10%
Colesterol: <300mg/dia
Cuppari, 2005; Paula et al, 2010, Projeto Diretrizes, 2011.
Ingesta de líquidos:
30 - 35ml/kg.
Líquidos – utilizar quantidades adicionais quando vômitos, diarreia, suores noturnos e febre prolongada
PUFA- ác gr poliins (3-6)
MUFA – ác gr monoins (9)
22
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
VITAMINAS E MINERAIS:
Não há recomendação específica para suplementação: não devem ser inferiores a 100% das DRIs.
SUPLEMENTAÇÃO ORAL:
Indicada quando o paciente se alimenta por via oral, mas não o suficiente para manter suas necessidades energéticas.
Para doentes sem complicações, em que se deseja aumentar o peso  pode ajudar muito a ampliar a ingestão alimentar.
Suplementação oral também é benéfica em períodos de maior necessidade energética, quando o metabolismo basal está aumentado. Ex: episódios de algumas infecções oportunistas.
Pacientes com intolerância a lactose e gorduras: fórmulas isentas de lactose e enriquecidas com TCM.
Maior Deficiência de Zinco, Selênio, Vitaminas A, E e B12
TCM= triglicérides de cad média
23
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL:
Mesma indicação para outras doenças;
Digestão e absorção comprometidas por diarreia: fórmulas que contenha peptídios e TCM;
Imunomoduladores (glutamina, ômega-3).
TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL:
Falência da VO e Enteral, ou diarreia intratável, obstrução intestinal, vômitos incoercíveis.
CUIDADO!!
> Chance de Infecção de cateter
Glutamina - Segundo a diretriz, apenas 1 estudo demonstrou que a suplementação com 30g de glutamina por 1 mês reduziu a diarreia associada ao tratamento com inibidor de protease, porém sem associação com melhora da composição corporal.
W3 - estudo comparou a utilização de uma fórmula semi elementar com ômega 3 por 3 meses  bem tolerado, apresentou ganho de peso e aumento do CD4.
Incoercíveis O mesmo que: irrefreáveis
24
MEDICAMENTOS
25
Interação Droga Nutriente
Ministério da Saúde, 2006
26
Interação Droga Nutriente
Ministério da Saúde, 2006
27
Interação Droga Nutriente
Ministério da Saúde, 2006
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Interação Droga Nutriente
Ministério da Saúde, 2006
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Interação Droga Nutriente
Ministério da Saúde, 2006
30
DICAS ÚTEIS PARA ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
PERDA DE APETITE:
Orientar refeições fracionadas (a cada 2 a 3 horas);
Comer mais alimentos no período da manhã quando o apetite está melhor;
Consumir os alimentos que mais preferir;
Comer alimentos com alta densidade energético-proteica (vitaminas, mingaus);
Tomar sopas, caldos, mingau e vitaminas engrossados commódulos específicos de energia e proteína.
31
DICAS ÚTEIS PARA ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
NÁUSEAS E VÔMITOS:
Preferir alimentos salgados e secos;
Fracionar as refeições (5 a 6/dia);
Alimentos de fácil digestão: arroz, batata cozida, frango, iogurte e aveia;
Preferir algumas frutas: maçã, pera, banana-maçã;
Sucos e vitaminas;
Mastigar bem os alimentos.
32
DIARREIA:
Evitar leite e derivados??
Evitar alimentos fontes de fibras insolúveis: folhas, frutas com bagaço e casca, cereais;
Preferir fibras solúveis: gomas e mucilagens;
Utilizar probióticos;
Evitar leguminosas;
Preferir carnes magras e brancas (aves e peixes), cozidas, grelhadas ou assadas;
Ingerir bastante líquido: água, água de coco, suco diluídos.
Restrição de lactose e glúten não apresentam comprovação de melhora do quadro de diarreia que muitas vezes, são inerentes à própria doença. Avaliar cada caso (Projeto Diretrizes 2011)
DICAS ÚTEIS PARA ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
Fibras solúveis: retardam o esvaziamento gástrico e o tempo do trânsito intestinal
PROBIÓTICOS - Pacientes que receberam fórmula suplementada com probióticos apresentaram melhora da função imunológica, havendo também reabilitação da microbiota intestinal, aumento na contagem de células CD4 “naives”, permitindo assim a recuperação parcial da função imunológica e favorecendo
a melhora da absorção intestinal . Dose??? Bifidobacterium bifidum com Streptococcus thermophilus por 2 meses.
33
HIPERCOLESTEROLEMIA:
Tratamento deve seguir as mesmas recomendações para indivíduos saudáveis.
DIABETES MELLITUS:
Tratamento deve seguir as mesmas recomendações para indivíduos saudáveis:
 
Manter o controle da glicemia no jejum e após alimentação;
Controlar os níveis de TG e colesterol (LDL e HDL).
DICAS ÚTEIS PARA ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
Hipercol : Gordura total 20-35% das calorias totais Ácidos graxos saturados ≤ 7% das calorias totais Ácidos graxos poli-insaturados ≤ 10% das calorias totais Ácidos graxos monoinsaturados ≤ 20% das calorias totais Carboidratos 50-60% das calorias totais Proteínas 15% das calorias totais Colesterol ≤ 200 mg por dia Fibras 20-30 g por dia Calorias Ajustado ao peso desejável
34
DIABETES MELLITUS + DISLIPIDEMIA:
Lipídios: até 30% do VET 
<10% AG saturados; 
8% PUFA; 
Restante de MUFA;
HIPERTRIGLICERIDEMIA GRAVE (1000 a 2000mg/dL):
Ingestão de gorduras deve ser restrita a no máximo 10 a 20% do VET.
DICAS ÚTEIS PARA ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
PUFA- ác gr poliins (3-6)
MUFA – ác gr monoins (9)
35
Pacientes devem ser avaliados nutricionalmente (riscos de desnutrição, obesidade e distribuição da composição corporal);
Meta principal da terapia nutricional consiste em minimizar as perdas de massa corpórea magra e evitar deficiências nutricionais;
Prevenir e tratar os efeitos colaterais da terapia anti-retroviral (diabetes mellitus e dislipidemias);
CONSIDERAÇÕES FINAIS
36
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Alimentação oral é a primeira opção para fornecer nutrição adequada, quando não for possível utilizar a nutrição enteral;
Todos os instrumentos antropométricos (peso, altura, circunferência abdominal) e BIA são recomendados à avaliação nutricional e à monitoração da terapia nutricional;
Parâmetros metabólicos (dislipidemia), como as alterações na redistribuição de gordura corporal (lipodistrofia), devem ser avaliados.
37
DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
1. Quais os fatores de risco para DPOC
2. Qual o perfil nutricional desses pacientes.
3. Como se desenvolve esse perfil.
Pontos Abordados
4. Avaliação nutricional: o que avaliar
5. Terapia Nutricional
6. Estratégias Nutricionais
Perda de Peso
Perda progressiva de peso: achado comum nesta doença  identificada em até 50% dos pacientes, especialmente naqueles com predomínio de enfisema pulmonar.
Fator prognóstico negativo, independente do grau de obstrução  associado com aumento da morbidade e mortalidade.
Desequilíbrio energético, causado por redução no consumo e aumento no gasto energético basal, parece estar associado à perda de peso. 
Perda ponderal: acompanhada de redução da massa muscular esquelética devida à inflamação sistêmica 
altos níveis de TNF-∝ e IL-6 (podendo estes estar envolvidos com a anorexia destes pacientes), 
hipóxia (contribuindo para uma baixa oxigenação periférica com consequentes efeitos negativos sobre a estrutura e função muscular esquelética), 
dispneia (levando à diminuição na ingestão alimentar)
 inatividade física. 
Própria desnutrição leva à metabolização proteica como forma de obtenção de substrato 
Os pctes com DPOC tem uma perda progressiva de peso, e isso é visto em cerca de 50% dos pctes, principalmente nos que tem enfisema pulmonar (doença respiratória na qual os pulmões perdem a elasticidade devido à exposição constante a poluente ou tabaco, principalmente, o que leva à destruição dos alvéolos, que são estruturas responsáveis pela troca de oxigênio)
Esses pctes tem um prognóstico bem negativo e tá muito associado ao aumento de morbidade e mortalidade.
A perda ponderal pode acontecer devido à altos níveis de TNF e IL-6... , 
Fatores de Necrose Tumoral Alfa (sigla em inglês: TNF-α) refere-se a um grupo de citocinas capaz de provocar a morte de células (apoptose) tumorais e que possuem uma vasta gama de ações pró-inflamatórias. O TNF-α é secretado principalmente por macrófagos.
IL-6 é secretada por células T e macrófagos para estimular a resposta imune, por exemplo, durante a infecção e depois do trauma
Além disso a própria desnut
40
Hipermetabolismo
Inflamação sistêmica
Medicação
41
Gasto energético aumentado:
GEB aumentado em 15 a 17%
Hipermetabolismo
Mediadores inflamatórios
Uso de medicamentos
Alteração do metabolismo da leptina
Perda de peso
Desnutrição
Depleção do Sistema Imune
> Chance de infecções pulmonares
Hipermetabolismo=> trabalho dos músculos respiratórios
Alteração do metabolismo de leptina -favorece perda de peso
42
GEB : uso da equação de Harris-Benedict;
Conduta Nutricional na DPOC
GET= TMB x FA x FI
GEB aumentado ocorre pelo hipermetabolismo decorrente de um aumento do trabalho dos músculos respiratórios  leva a uma maior necessidade de oxigênio pelos mesmos. 
GEB AUMENTADO 15% a 17%
43
Conduta Nutricional na DPOC
Características da Dieta
ENERGIA
Terapia Nutricional na DPOC
45
Características da Dieta
Terapia Nutricional na DPOC
ENERGIA
- DPOC provoca aumento do gasto energético e desnutrição.
Adequar para perda de peso
Reduzir 500kcal em relação ao consumo usual ou VET
Adequar para perda de peso, diminuindo o valor energético em 500 kcal/dia em relação ao gasto energético total.
46
Características da Dieta
DISTRIBUIÇÃO ENERGÉTICA
Varia conforme o perfil ventilatório do paciente;
Realização constante de gasometria (VO2 e VCO2);
Verificação de hipoxia e/ou Hipercapnia/Hipercarbia (CO2)
		Hipoxia: baixa concentração de oxigênio
		Hipercapnia:  CO2 no sangue arterial
Terapia Nutricional na DPOC
Gasometria arterial refere-se a um tipo de exame de sangue colhido de uma artéria e que possui por objetivo a avaliação de gases (oxigênio e gás carbônico) distribuídos no sangue, do pH e do equilíbrio ácido-básico.
47
Fase “COMPENSADA” ausência de crise respiratória:
Alimentação via oral (geralmente);
Fracionamento 4 a 6 refeições/dia;
Normoglicídica: 50-60% (evitando excessos);
Normolipídica: 25 a 30%;
Normo a hiperproteica: 15 a 20% ou 1 a 2g/kg/dia.
Terapia Nutricional na DPOC
48
Fase “DESCOMPENSADA”:
Apresenta dificuldades respiratórias;
Paciente está em ventilação mecânica (geralmente);
Após a recuperação, a dieta volta às características anteriores.
Terapia Nutricional na DPOC
49
Fase “DESCOMPENSADA”:
NE: posicionamento da sonda no duodeno (evitar a aspiração);
NE: preferencialmente infusão contínua;
NORMOGLICÍDICA, evitando excesso (50-60%);
NORMOLIPÍDICA (25 a 30%);
NORMO OU HIPERPROTEICA (15 a 20% ou 1 a 2g/kg/dia).
Terapia Nutricional na DPOC
50
Fase “DESCOMPENSADA”:
NE: produtos
Terapia Nutricional na DPOC
Hiperproteica e hipolipidicacontém Aplex – combinação exclusiva de macro + carotenoides e antioxidantes vit c e selênio e zinco
R$12,33
51
Fase “DESCOMPENSADA”:
NE: produtos
Terapia Nutricional na DPOC
Hipercalórica, hipoglicídica (27%)
Hiperlipídica (55%)
Hiperproteica
52
Fase “DESCOMPENSADA”:
Consistência e fracionamento
Após a retirada dos tubos, DIETA LÍQUIDA deve ser “espessada” para evitar aspiração (produtos como Thicken up Nestlé, Thick & Easy Fresenius)
Evoluir conforme limitações e aceitação;
FRACIONADA de 6 a 8 refeições/dia;
Evitar grandes volumes
Terapia Nutricional na DPOC
https://www.youtube.com/watch?v=rQ8rRxwT2no
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Cuidados Nutricionais Gerais
Evitar líquidos durante as refeições;
Evitar alimentos que fermentam para evitar distensão abdominal;
Evitar alimentos “quentes”  maior tempo do alimentos na cavidade oral e maior risco de aspiração;
Descansar entre as refeições;
Usar broncodilatadores antes das refeições;
Liberar secreções antes das refeições;
Ingerir alimentos vagarosamente.
Terapia Nutricional na DPOC
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Associação Brasileira de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: www.dpoc.org.br
ENTIDADES DE APOIO
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