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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD 
Avaliação a Distância 1 (AD1) – 2020.1
Disciplina: Educação e Trabalho 
Coordenador (a): Carlos Soares Barbosa
Questão 1: 
Assim como a educação, o trabalho é atividade essencialmente humana, pois só os seres humanos (dotados da racionalidade) são capazes de executá-lo. É por meio do trabalho, da ação transformadora sobre a natureza e não de simples adaptação a ela, que os seres humanos produzem /reproduzem a sua existência. Com base no texto de Demerval Saviani (aula1), responda: 
a) Trabalho é a mesma coisa que emprego? Por quê? (1 ponto) 
As pessoas imaginam trabalho e emprego a mesma coisa e não são porque possuem significados bem distintos. 
Trabalho: é o esforço humano dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza através do dispêndio de capacidades físicas e mentais.
Emprego: é a relação, estável, e mais ou menos duradoura, que existe entre quem organiza o trabalho e quem realiza o trabalho. É uma espécie de contrato no qual o possuidor dos meios de produção paga pelo trabalho de outros, que não são possuidores do meio de produção.
b) Em que momento histórico a unidade existente entre trabalho e educação foi rompida? (1 ponto) 
Trabalho e educação, o que antes era identificado como um mesmo processo onde os homens eram educados concomitantemente ao trabalho produtivo, se transformam em processos distintos na medida em que a educação se divide entre a do trabalho manual e uma educação escolar destinada ao trabalho intelectual. No primeiro, aprendiam-se ofícios na medida em que se trabalhava com eles e no segundo (que era destinada aos futuros dirigentes políticos e militares), o domínio da arte da palavra, regras de convivência e conhecimento dos fenômenos da natureza. Essa divisão consolidou-se no capitalismo, principalmente com o advento da Revolução Industrial e a mecanização dos trabalhos manuais, onde as classes dirigentes (burguesia) têm a educação pautada no domínio dos fundamentos teóricos amplos e a preparação para as profissões intelectuais, ao passo que às classes dominadas é reservada a educação para formação prática para os trabalhos manuais. 
c) Quais as consequências desse rompimento para a educação? (1 ponto) 
Após o rompimento, a relação entre trabalho e educação assume uma dupla identidade. As consequências para educação são “De um lado, continuamos a ter, no caso do trabalho manual, uma educação que se realizava concomitantemente ao próprio processo de trabalho. De outro lado, passamos a ter a educação de tipo escolar destinada à educação para o trabalho intelectual.” (Saviani, 2007, p. 157)
d) É possível encontrar resquícios dessas consequências na sociedade brasileira atual? Justifique sua resposta fornecendo um ou mais exemplos. (2 pontos) 
Sim, porque a educação regular atual é voltada para educação de tipo escolar, sem nenhuma formação profissionalizante. Uma consequência é o desemprego no Brasil, atingindo 11% no último trimestre de 2019, a exigência de experiências no primeiro emprego é o maior empecilho.
Questão 2: 
2) Sbardelotto e Nascimento (2008), autoras do texto da aula 2, retratam as principais ideias defendidas pelo pensador italiano Antonio Gramsci, sobretudo a concepção de escola que defendia para os trabalhadores. Com base nas referidas autoras, responda: A) Quais as críticas feitas por Gramsci ao sistema educacional de sua época? 
Gramsci denunciava o aspecto elitista da escola tradicional italiana e o aspecto preconceituoso da proposta reformista feita por Giovanni Gentile, pois entendia que a divisão da escola em Clássica e Profissional que tinha a função apenas de manter as relações de desigualdade social já existentes, com “falsos princípios democráticos” (NASCIMENTO e SBARDELOTTO, 2008, p. 281), perpetuando as diferenças entre classes, onde o aluno já possuía seu destino pré determinado.
B) Quais as características da escola/formação defendida por Gramsci?
A formação defendida por Gramsci é a escola onde todas as pessoas tenham acesso, que não seja o reflexo da hierarquização social e onde todos tenham as mesmas oportunidades profissionais e de preparo para a vida em sociedade. Ele traz a proposta de uma escola “desinteressada” (NASCIMENTO e SBARDELOTTO, 2008, p. 282), que é uma escola onde o educando conheça toda a cultura do seu antepassado que originou a sociedade em que vive, dando uma formação humanista geral, que o capacite a se tornar crítico, reflexivo, capaz de tomar suas próprias decisões, sem ser conduzido por ninguém. Somado a isso, ele diz que nessa proposta de “escola unitária” (NASCIMENTO e SBARDELOTTO, 2008, p. 282) deveria haver toda uma transformação nas escolas desde os espaços físicos, qualidade dos professores, organização de espaço, conteúdos, metodologias e até organização dos períodos escolares, onde os alunos desenvolveriam sua disciplina intelectual e autonomia, buscando a emancipação humana e a maturidade intelectual para deliberarem sobre suas escolhas profissionais.

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