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Curso_de_Gastronomia

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1 
Seja Bem Vindo! 
Curso 
Gastronomia 
Carga horária: 55hs 
www.certificadocursosonline.com
2 
 
Conteúdo Programático: 
 
Introdução 
Móveis, Equipamentos e Utensílios da Cozinha 
A Cozinha Profissional 
Hierarquia da Cozinha Profissional 
Higiene 
Técnicas Culinárias 
Bases da Cozinha 
Ervas e Agentes Aromáticos 
Molhos 
Ovos 
Grãos e Cereais 
Legumes 
Massas 
Carne Bovina 
Carne Suína 
Outras Carnes 
Aves 
Peixes e Frutos do Mar 
Bibliografia/Links Recomendados 
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3 
 
Introdução 
A Cozinha 
 
Por este nome é designado o local onde se confeccionam as 
iguarias culinárias. 
O 1º Cozinheiro foi o homem primitivo quando aproximando um 
bocado de carne das chamas da fogueira que tinha aceso para 
se aquecer, constatou que esta carne assim aquecida, tornava-se 
mais saborosa e a sua mastigação mais fácil. 
Na Grécia, os cozinheiros tinham grande destaque na sociedade. 
Em Atenas, inclusivamente eram considerados como mestres. 
Uma lei especial dava ao cozinheiro que inventava um prato 
novo, o privilégio exclusivo de o preparar e vender aos 
consumidores. 
Na Roma antiga, não existiam cozinheiros propriamente ditos, os 
padeiros substituíamnos e eram suficientes para exercer a 
profissão. 
Mas em determinada altura, começaram-se a dar festas de luxo, 
tendo como consequência a necessidade de existirem 
cozinheiros para as preparar. Desta forma o cozinheiro até então 
considerado como escravo começou a ter outra projeção. 
O que não era mais do que uma ocupação, passa a ser uma arte, 
de tal forma, que os cozinheiros romanos passaram a pertencer à 
alta sociedade. 
Na época de Luís Filipe, rei de França, foi fundado o Clube dos 
Gastrônomos, sendo a cozinha francesa, até aos nossos dias 
considerada a de maior reputação. 
No entanto existem outras, como as que contribuem para a 
cozinha denominada Internacional, como os pratos típicos da 
cozinha Italiana e as carnes preparadas á Inglesa. 
Dado as trocas comerciais existentes, a gastronomia ganha maior 
relevância, contribuindo para a divulgação das diversas culturas e 
hábitos que existem. 
Gastronomia 
A palavra gastronomia vem do grego gaster (ventre, estômago) e 
nomo (lei). Traduzindo, literalmente, “as leis do estômago”. 
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4 
O criador do termo foi o poeta viajante grego Arquestratus, no 
século IV a.C. Apreciador de boa mesa, ele percorreu vastos 
territórios, observando e provando as especialidades das 
cozinhas locais. O resultado de suas experiências foi compilado 
no Hedypatheia, um tratado dos prazeres da comida, com 
conselhos de como comer bem e a primeira definição de 
gastronomia. 
Muito tempo depois, no final do século XVIII, a palavra voltou à 
tona e o conceito se expandiu graças a um escritor apaixonado 
pelos prazeres da mesa, o francês Brillat-Savarin. Em A fisiologia 
do gosto, ele diz: 
“... gastronomia é o conhecimento fundamentado de tudo que se refere ao homem na 
medida em que ele se alimenta. Assim, é ela, a bem dizer, que move os lavradores, os 
vinhateiros, os pescadores, os caçadores e a numerosa família de cozinheiros, seja qual 
for o título ou a qualificação sob a qual disfarçam sua tarefa de preparar alimentos ... a 
gastronomia governa a vida inteira do homem”. (BRILLAT-SAVARIN, 1995, p. 
57-58).
Hoje a gastronomia continua se expressando por meio dos 
hábitos alimentares de cada povo, legado que passa de geração 
em geração desde a pré-história, quando os nossos 
antepassados partilhavam a comida que preparavam de acordo 
com os seus recursos alimentares disponíveis nas regiões onde 
viviam. Cada comunidade foi criando sua cozinha, cuja seleção 
de alimentos era ditada pela tradição e pela cultura. 
A gastronomia também está ligada as técnicas de cocção e ao 
preparo dos alimentos, ao serviço, às maneiras à mesa e ao ritual 
da refeição. 
MISE EN PLACE
É o primeiro passo para se obter sucesso na produção de 
preparações culinárias. O termo “mise en place” significa colocar 
no lugar, ou seja, organizar o trabalho antes de começar: apanhar 
o material necessário, separar os ingredientes que serão
utilizados, conhecer a receita em questão e ter em mente a
ordem de trabalho.
Sugere-se fazer uma ficha com os principais detalhes e
informações pertinentes ao trabalho com um dia de antecedência.
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5 
Móveis, Equipamentos e Utensílios da Cozinha 
Equipamentos de preparação 
São equipamentos manuais ou mecânicos que servem para 
cortar, bater, ralar etc. alimentos crus ou cozidos. Os mais 
utilizados na cozinha moderna são:
Moedor de carne 
Manual ou elétrico, tritura e mói todo tipo de alimento mole tipo 
carnes, legumes etc. após o uso deve ser lavado imediatamente 
evitando o ressecamento de resíduos em seu interior. Não 
introduzir alimentos duros para o corte. 
Triturador – Cutter 
Transforma em pasta todo tipo de alimento crus ou cozidos. 
Usado para patês, mousses de carnes e demais produções 
pastosas. Deve ser lavado após o uso. Afiar sempre as facas. 
Nunca introduzir as mãos sob a tampa ao operá-lo.
Cortador de frios 
Máquina elétrica usada para cortar alimentos semi-duros em 
fatias uniformes. Funcionam automaticamente ou com a ajuda de 
um braço movido manualmente. As lâminas devem sempre estar 
afiadas. Limpar após o uso.
Descascador de batatas 
Pode também ser usado para outros tubérculos e raízes. Possui 
um disco revestido por uma lixa. Os produtos são introduzidos 
com água para o descascamento e lavagem simultâneos. O 
interior da máquina, após o uso, de ser lavado com escova. 
Cortador de legumes 
Corta os legumes em diferentes formas. Apresentam-se em 
vários tamanhos e existem alguns tipos elétricos. Deve ser 
desmontado para a lavagem após o uso.
Batedeira 
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6 
Usada para misturar ou amassar diferentes alimentos: molhos 
friso, cremes, massas de cozinha, pastas, produtos de 
confeitaria etc. Possui um braço de 3 tipos: batedor é um 
conjunto de arames cruzados, misturador tem a forma de pá 
aberta e amassador, a forma de um gancho. Lavar após o uso 
com água e detergente. 
Serra mecânica 
Usada para cortar ossos e carnes congeladas, permitindo um 
corte uniforme e reto (corte americano). Cuidado com as mãos 
durante o manuseio. Manter sempre limpo após o uso.
Liquidificador 
Tritura e liquidifica os alimentos em alta velocidade. Nunca 
sobrecarregar com alimentos duros e em grande quantidade. 
Lavar o copo superior após o uso. Não introduzir as mãos ou 
qualquer objeto auxiliar durante a operação.
Espremedor de frutas 
Usado para retirar o suco de frutas cítricas. Existem vários 
tamanhos e podem ser manuais ou elétricos. Desmontar para 
fazer a limpeza correta. 
Balanças 
Mecânica ou eletrônica de alta precisão. Usadas para o controle 
de mercadorias e preparação das receitas, devem ser niveladas 
para o registro exato do peso. Manter sempre limpas. 
Precauções gerais 
• Verificar fios e tomadas elétricas se estão em bom estado para
evitar curto e choques;
• Montar todas as peças dos equipamentos antes de iniciar o uso;
Nunca introduzir as mãos nas partes móveis durante a operação;
• Evitar roupas que possam se prender nas peças móveis das
máquinas durante o uso.
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7 
 
Equipamentos de Cocção 
 
Princípios Gerais de Funcionamento 
 
São equipamentos em forma de móveis providos de queimadores 
ou outra fonte de calor, alimentada a gás, eletricidade, carvão, 
óleo ou lenha e servem para preparar alimentos e mantê-los 
quente. 
 
O calor é transmitido aos alimentos de duas maneiras: 
 
1. Por contato direto ou irradiação de um condutor metálico 
instalado sobre a fonte de calor (chapa, grelha, etc.); 
2. Por um transmissor auxiliar como água, vapor d‟água, gordura, 
ar quente etc. 
 
Bloco de Cozinha – Unidade de Cocção 
 
É o conjunto de equipamentos unidos em um só bloco. Localiza-
se no centro da área de trabalho e composto das seguintespartes: 
 
Fogão Central 
 
É o equipamento mais usado na cozinha. Podem ser elétricos ou 
a gás. Possuem suporte sobre os queimadores ou resistência 
para a sua utilização. Existem tipos que funcionam a carvão ou a 
lenha. Deve ser mantido sempre lavado com água e sabão após 
cada etapa de trabalho. 
 
Banho – Maria 
 
Usado para manter quente o alimento sob ação do calor 
transmitido pela água aquecida. Pode ser elétrico ou a gás. 
Grelhas e Chapas 
 
Possuem unidades de calor instaladas debaixo das chapas ou 
grelhas de metal que aquecidas assam ou frigem os alimentos. 
Raspar para a limpeza depois de cada uso. 
 
Fritadeiras 
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Preparam alimentos fritos em banho de óleo. 
 
Forno 
 
Usado para assar, estufar, guisar e cozinhar em banho-maria. O 
calor emitido age sobre os alimentos de maneira uniforme. A 
temperatura é regulada por termostato. Podem ser a gás, lenha, 
elétrico. Existem fornos a vapor que permitem a operação com 
vários tipos de alimentos simultaneamente. Os fornos que não 
possuem auto-limpante devem ser desmontados e limpos 
periodicamente. 
 
Caldeirão 
 
Usado para preparar alimentos em grande quantidade, em líquido 
ou vapor. O corpo é revestido de parede de aço por onde circula 
o vapor. Dispõe de tampa hermética provida de válvulas de 
segurança. Lavar apenas com água e detergente e não usar 
objetos que arranhem o seu interior. Deve ser feita a manutenção 
periódica por pessoal especializado. 
 
Salamandra 
 
Usada para gratinar os alimentos através da irradiação de calor 
de um metal quente sobre os alimentos. Fazer limpeza periódica 
desmontando as partes móveis. 
 
Precauções 
 
• Há perigo de explosões nos equipamentos a gás. Observar o 
funcionamento adequado das chaves de controle de gás; 
• Não avivar fogos de carvão ou lenha derramando combustíveis 
líquidos sobre eles; 
• Equipamentos elétricos podem causar curtos ou choques. Pedir 
manutenção periódica e observar fios condutores e interruptores 
de energia elétrica; 
• Equipamentos a vapor podem explodir. Certifique-se do bom 
estado para o funcionamento e limpeza das válvulas de 
segurança. 
 
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Equipamentos de refrigeração 
 
São móveis ou conjuntos de câmaras ligadas a um sistema de 
refrigeração e servem para conservar os alimentos sob a ação 
do frio. Existem dois tipos principais: geladeiras (de 0 a 12°C) e 
freezers (abaixo de -18°C ). Composto de 3 partes principais: 
 
1. O compressor ligado a um eletromotor 
2. O condensador 
3. As serpentinas 
 
O compressor e o condensador são sempre instalados fora dos 
recintos onde se guardam os alimentos refrigerados e têm a 
função de manter a refrigeração no ambiente interno. A 
manutenção destes equipamentos deve ser feita por técnicos 
especializados. Cuidado ao limpar para não ferir as serpentinas. 
Observar a temperatura interna dos equipamentos para a sua 
utilização adequada. Manter as serpentinas sempre livre de gelo. 
Abrir somente quando necessário e o menor tempo possível. Os 
mais usados são: 
 
Câmaras Frias 
 
Servem para armazenar alimentos em baixas temperaturas. 
Possuem câmaras refrigeradoras e congeladas. Para evitar que 
o ar externo penetre na câmara é comum instalar uma 
antecâmara. Recomenda-se dividi-las em secções isoladas com 
sua própria fonte de resfriamento. Deve ser localizado o mais 
longe possível de qualquer fonte de calor. A limpeza deve ser 
feita periodicamente com água e sabão após o desligamento 
completo do equipamento. Todo o gelo deve ser removido das 
paredes e serpentinas. 
 
Geladeiras 
 
Possuem características idênticas às câmaras, porém de 
tamanho menor e podem se apresentar como refrigeradores ou 
congeladores. Devem estar localizadas na área de conservação 
dos alimentos e a limpeza deve ser feita se necessário. 
 
Refrigeradores – Balcão 
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São dotados de vidros para a exposição de mercadorias com 
portas escorregadias para facilitar o serviço. 
 
Refrigeradores – Mesa 
 
Têm a altura de uma mesa, portas na frente e compartimentos 
internos para a colocação de recipientes. Devem ser mantidos 
limpos. 
 
Móveis de Cozinha 
 
São equipamentos sem funcionamento próprio usado para 
guardar as mercadorias e possibilitar a preparação dos alimentos 
sobre eles. São feitos de diversos materiais e podem ter 
prateleiras e gavetas. Os móveis de maior uso são: 
 
Mesas de trabalho 
 
Tem uma superfície lisa e horizontal montada sobre uma 
estrutura de base. Podem ser de aço inoxidável, mármore, 
madeira e outros materiais. Algumas possuem gavetas para 
ferramentas e condimentos. Servem também para a instalação de 
equipamentos. 
Prateleiras 
 
Podem estar adaptadas às mesas ou paredes. Estrutura 
metálica, alvenaria ou madeira. São muito úteis na cozinha para a 
colocação de utensílios, gêneros alimentícios etc. 
 
Balcões 
 
Parecidos com mesas de trabalho, porém possuem 
equipamentos de conservação tipo estufa para a utilização em 
copas e área de garçons. 
 
Carros-Estantes 
 
São mesas de trabalho e prateleiras providos de rodas para 
transportar materiais de cozinha e diversas mercadorias. 
 
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Todos os móveis acima mencionados requerem limpeza contínua 
para o uso apropriado. A moderna concepção higiênica 
desaconselha o uso de móveis de madeira. 
 
 
Recipientes de Cozinha para Cocção 
 
São utensílios que servem para receber os alimentos utilizados 
na cozinha. Servem para preparar, esquentar e conservar os 
alimentos. Podem ser feitos de vários materiais. Os mais usados 
são: 
 
Caçarolas 
 
Usados para a cocção dos alimentos e podem ser de diversos 
materiais. Variam de tamanho e formato e podem conter de 2 a 
30 litros. Podem ter duas asas ou cônicas com cabo. 
 
Caldeirões 
 
Tem forma cilíndrica, duas asas e de maior tamanho que as 
caçarolas, permitem preparações de maior quantidade de 
alimentos, 0 a 100 litros de capacidade. 
 
Frigideiras 
 
De aço, alumínio ou cobre, base redonda com bordas baixas e 
servem para a preparação de diversos alimentos, revestidos ou 
não de material antiaderente e devem ser cuidadosamente 
lavadas. 
 
Assadeiras 
 
Peças de metal, de base retangular ou ovalar e servem para a 
utilização em fornos. Podem servir de banho-maria para 
pequenas preparações. 
 
UTENSÍLIOS DE USO GERAL 
Copos e colheres de medidas; 
Balança; 
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Termômetro; 
Tesoura de cozinha; 
Descascador de legumes; 
Tábuas de cortes; 
Pegadores; 
Concha; 
Escumadeira; 
Ralador; 
Pinça; 
Boleador; 
Espátula de silicone; 
Espátula de confeitaria; 
Bicos e saco de confeitar; 
Fouet; 
Pincel; 
Mandolin; 
 
PRINCIPAIS FACAS E UTENSÍLIOS DE COZINHA 
 
 
A faca do Chef 
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A faca do chef é a faca básica. É uma faca multiuso, própria para 
cortar, fatiar e picar. A lâmina geralmente tem de 20 a 30 cm de 
comprimento. 
 
A Cozinha Profissional 
Para uma boa dinâmica na cozinha profissional é muito 
importante observar o seu porte e respeitar sua hierarquia. A 
conduta profissional da Brigada de Cozinha é primordial para a 
organização e fluidez do trabalho. 
A Brigada de uma cozinha é formada por um grupo de 
profissionais, sob comando de um chefe de cozinha, com o 
objetivo de preparar as iguarias a serem servidas no restaurante, 
nos banquetes e em outros pontos de venda. 
Além de observar as normas do estabelecimento em que 
trabalha, o profissional da cozinha não coleciona apenas técnicas 
e receitas. O bom cozinheiro utiliza seus cinco sentidos para 
transformar o ato de cozinhar em arte culinária. 
 
O bom profissional sabe que é necessário estar sempre 
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aprendendo, experimentando, corrigindo e principalmente se 
auto-aperfeiçoando. 
 
O bom profissional é aquele que promove seu próprio 
crescimento e o crescimentode toda a equipe em que trabalha. É 
aquele que trabalha observando a Ética. 
 
Cada estabelecimento cria e desenvolve suas próprias regras e 
normas para o bom desenvolvimento da cozinha, porém existe 
um consenso nos princípios básicos para manter a organização 
da cozinha, seja em seus aspectos físicos, seja em seus 
aspectos de organização da brigada de cozinha: 
 
* Limpeza – A cozinha deve ser mantida em ordem e limpa, 
durante toda a sua rotina de trabalho. Cada objeto, utensílio ou 
gênero deve ser mantido no seu devido lugar e conservado limpo. 
É importante lembrar que a cozinha representa um trabalho de 
equipe e que a limpeza do local de trabalho e a higiene pessoal 
são primordiais para a manutenção da saúde daqueles que 
manipulam e consomem os alimentos produzidos. Neste sentido 
existem normas legais dos organismos oficiais que regulamentam 
o funcionamento de uma cozinha profissional. 
 
* Planejamento – Todas as atividades a serem desenvolvidas na 
cozinha devem ser planejadas e distribuídas para toda a equipe. 
O planejamento da cozinha profissional deve compreender desde 
a programação de um cardápio, da definição dos cargos e 
atividades até a organização da limpeza, da manutenção e do 
abastecimento. Para a produção das receitas, planejamento 
significa providenciar, com antecedência todos os ingredientes, 
os utensílios e equipamentos necessários. 
Se a equipe de trabalho planeja suas atividades, 
consequentemente, o resultado será harmonia e profissionalismo, 
isto é, excelência na qualidade das produções culinárias, respeito 
mútuo e condições de desenvolver um trabalho cada vez melhor. 
 
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS UTENSÍLIOS DE 
COZINHA 
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Todos os recipientes de qualquer tipo, devem ser conservados 
limpos e secos. Só devem ser utilizados após comprovada a sua 
limpeza e quando se apresentem em bom estado de 
conservação. 
 
Precauções 
Guardar as facas e outros instrumentos de corte e pontiagudos 
de modo a poder pegar-lhes pelo cabo sem riscos de acidente. 
Nunca os deixar entre outros utensílios ou cobertos de 
alimentos. Os instrumentos de ponta e corte, devem ser 
passados para as mãos de outros, pegando-lhe pela ponta, 
mantendoos presos pela lâmina, com o lado cortante para fora 
dos dedos, dando o cabo para a outra pessoa agarrar em 
segurança. 
As facas e instrumentos de corte devem ser usados 
exclusivamente 
sobre uma tábua ou topo de madeira,(Pólietileno). Devem es
tar limpos e sem corrosões, assim como, bem amoladas antes 
do uso. 
Durante o trabalho, convém fazer uso do “fuzil”, para manter o fio 
da faca em condições de bom corte. 
Após a utilização deste devem ser lavados em solução 
desinfectante, 
em recipiente separado dos outros utensílios de cozinha, par
a assim evitar acidentes, durante a sua lavagem. Avisar se
mpre a pessoa encarregue da lavagem para o fazer. Caso 
contrario deve ser o próprio utilizador a proceder à lavagem e 
desinfecção dos mesmos. 
 
Inventários físicos 
É costume efectuar-
se periodicamente a inventariação física dos utensílios, 
bateria, etc., destinados à cozinha. 
Trata-se de fato, do registo por escrito do número de 
apetrechos destinados a este setor, com o fim de assim, poder 
saber-se na verdade, qual o efetivo de material em uso, qual o 
que se encontra em reserva e qual o que precisa de reparação 
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16 
 
ou substituição. Por este meio detectam-se também as faltas por 
extravio, roubo, etc.. 
 
Classificação e Organização da Cozinha Profissional 
 
 
A classificação e a organização da cozinha profissional 
dependem de vários fatores, como o tamanho do 
estabelecimento, a categoria e objetivo do restaurante. Esses 
fatores irão influenciar na concepção da cozinha e de suas 
instalações necessárias, tipo de organização da cozinha 
convencional (Hierarquia e organização clássica francesa) ou 
moderna (Hierarquia e organização simplificada), porte da 
brigada de cozinha, número de chefes de partida. A classificação 
que se segue foi concebida pelo ponto de vista de porte, tamanho 
da cozinha profissional. É importante observar que grande porte, 
não implica melhor qualidade. A qualidade está nos objetivos e 
manutenção dos mesmos por parte do estabelecimento e na 
escolha de seus profissionais. A apresentação da classificação e 
organização da cozinha profissional será através de 
organogramas. 
 
Cozinha de Pequeno Porte 
 
 
Cozinha de Médio Porte 
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Cozinha de Grande Porte 
 
 
 
 
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18 
 
Hierarquia da Cozinha Profissional 
Georges-Auguste Escoffier (1847-1935) é considerado o maior 
chef de sua época e ainda é reverenciado por culinaristas de todo 
o mundo como o pai da cozinha do século XX. Uma das 
principais contribuições de Escoffier foi simplificar o local de 
trabalho e apresentar o sistema de “brigada”. Ao introduzir uma 
hierarquia na equipe, acabou com o caos da cozinha e atribuiu 
responsabilidades claras para cada membro. 
Pode-se definir a hierarquia e a disciplina profissional, como o 
estado de ordem num centro de trabalho onde se encontra
m, logicamente, superiores e subordinados. Neste caso, na 
cozinha, são os profissionais que 
compõem a brigada, ocupando os postos existentes na mes
ma. Devem os profissionais, dentro das suas respectivas 
categorias, ser dotados de um alto grau de sacrifício, espírito de 
entreajuda e compreensão, respeitando 
sempre as normas de higiene, assim corno os horários que 
 lhes são 
estipulados. Aqueles que ocupam cargos de menor responsa
bilidade, respeitarão os seus superiores imediatos, acatando as 
suas diretrizes, pois só assim poderão adquirir os conhecimentos 
necessários para a sua formação profissional, duma forma 
evolutiva e consciente. 
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19 
 
 
O “chef” de Cozinha, além de planejar e supervisionar os 
trabalhos, exerce a atividade de um cozinheiro. É um cozinheiro 
que conhece todas as produções clássicas da cozinha 
internacional e todas as funções de toda a hierarquia da cozinha. 
A presença de um “Chef” de Cozinha ocorre em restaurantes e 
hotéis que apresentam cardápios com maior elaboração. 
Outras funções do chef de cozinha: 
• Responsável pelo planejamento, direção e supervisão dos 
demais colaboradores. Conhece e domina a grande maioria das 
produções clássicas de uma cozinha; 
• Assegurar a qualidade na execução dos pratos e supervisionar 
a qualidade da apresentação dos mesmos; 
• Supervisionar os produtos estocados, observando, qualidade de 
conservação e as necessidades de compra; 
• Organizar manual de controle higiênico sanitário; 
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20 
 
• Estar aberto a novos aprendizados, corrigir imperfeições, 
experimentar e etc; 
• Manter e aumentar o nível de motivação e comprometimento da 
equipe. 
 
1º Cozinheiro e/ou Sub-chefe 
É o cozinheiro que conhece todas as funções de toda a 
hierarquia da cozinha. Pode ser o único responsável em 
pequenas cozinhas e no caso de cozinhas de maior porte e 
sofisticação, o 1° cozinheiro, neste caso sub-chefe, assiste 
diretamente o “Chef” de Cozinha. No caso de ser o único 
responsável na cozinha, absorve as funções de um “Chef” de 
Cozinha. 
 
Funções principais de Sub-chefe: 
 
- Substituir o “chef”, na sua ausência. 
- Dar assistência ao “chef” de cozinha. 
- Receber e controlar as mercadorias solicitadas. 
- Supervisionar a higiene pessoal da equipe e dos locais de 
trabalho. 
- Supervisionar a qualidade da alimentação dos empregados. 
- Preparar a cozinha para o início e encerramento das atividades. 
- Responsável pelo controle das produções das praças. 
 
Chefe Garde-Manger 
 
É o cozinheiro especializado em pratos frios: carnes, 
charcutarias, saladas, mousses, molhos frios e reaproveitamento 
dos alimentos cozidos. Responsávelpela preparação inicial dos 
alimentos, mise-en-place (pré-preparo de utensílios e 
ingredientes para produção dos alimentos e apresentação dos 
pratos) e pela conservação dos alimentos que necessitem de 
refrigeração e dos cozidos. 
 
Funções principais de um Chefe Gard-Manger 
 
- Supervisiona e treina sua equipe. 
- Prepara a lista de compras para o setor. 
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- Estocar e conservar os produtos de seu setor. 
- Preparar o setor para o início e fim dos serviços. 
- Escalfar (termo técnico de método de cocção) pescados que 
necessitem para o seu processo de conservação. 
- Preparar marinados, salmouras e molhos emulsionados. 
- Preparar ingredientes para recheios. 
- Montar saladas, sanduíches, canapés e similares. 
- Abrilhantar (técnica de “embelezar” pratos) e apresentar pratos 
frios. 
- Montar e decorar mesas de buffet com arranjos de flores, de 
frutas, etc. 
 
Chefe Rotisseur 
É o cozinheiro responsável pela preparação de todos os pratos 
assados no forno, na grelha ou na chapa e responsável também 
pelas frituras. 
 
Funções principais de um Chefe Rotisseur: 
 
- Supervisiona e treina sua equipe. 
- Prepara a lista de compras para o setor. 
- Estocar e conservar os produtos do seu setor. 
- Preparar o setor para o início e fim dos serviços. 
- Cortar e tornear legumes para fritar ou assar, no caso da 
ausência do Chefe Legumier. 
- Assar carnes no forno, na chapa ou na grelha. 
- Assar massas no forno. 
- Guisar e brasear alimentos. 
- Montar e apresentar pratos quentes 
 
Chefe Entremetier 
 
Especializado em legumes e guarnições quentes como arroz, 
cereais, sopas e ovos e suas derivações, inclusive agri-doces. 
 
Funções principais de um Chefe Entremetier 
 
- Supervisiona e treina sua equipe. 
- Prepara a lista de compras para o setor. 
- Estocar e conservar os produtos do seu setor. 
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- Preparar o setor para o início e fim dos serviços. 
- Cortar e tornear legumes e verduras, no caso da ausência do 
Chefe Legumier. 
- Preparar purês de legumes. 
- Cozinhar ovos e suas produções básicas. 
- Preparar sopas e guarnições para pratos quentes. 
 
Chefe Saucier 
 
Especializado em molhos quentes, caldos básicos e pratos com 
carnes, aves ou peixes, guisados ou braseados, cozidos em 
molhos. 
 
Funções principais de um Chefe Saucier: 
 
- Supervisiona e treina sua equipe. 
- Preparar a lista de compras para o setor. 
- Estocar e conservar os produtos de seu setor. 
- Preparar o setor para o início e fim dos serviços. 
- Guisar e brasear alimentos. 
- Preparar fundos e caldos. 
- Cozinhar molhos básicos e derivados 
- Preparar molhos emulsionados 
- Montar e apresentar pratos quentes 
 
Chefe Patissier 
 
É o chef especializado em produtos de confeitaria. Seu local de 
trabalho, ou melhor, sua cozinha é independente das demais 
praças. Ao chefe Patissier subordina-se o confeiteiro. 
 
Funções principais de um Chefe Patissier 
 
- Supervisionar e treinar sua equipe. 
- Preparar a lista de compras para o setor. 
- Estocar e conservar os produtos da confeitaria. 
- Preparar o setor para o início e fim dos serviços. 
- Preparar as massas doces e salgadas para as diversas 
produções na cozinha e na confeitaria. 
- Modelar, montar e rechear massas. 
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- Assar massas. 
- Preparar recheios, cremes e coberturas de confeitaria. 
- Abrilhantar e decorar massas de confeitaria. 
- Preparar doces. 
- Preparar massa de sorvetes. 
- Montar mesa de buffet de sobremesas 
- Flambar, fritar e gratinar sobremesas. 
- Elaborar e criar receitas doces 
 
Padeiro – Masseiro 
 
É um técnico especializado em massas e produtos de padaria. 
Sua função existe em grandes cozinhas e é subordinado ao 
Chefe Patissier. 
 
Principais funções de um Padeiro: 
 
- Determinar a lista de compras e estocar e conservar os 
produtos. 
- Preparar massas em geral para a cozinha e confeitaria. 
- Produzir e rechear massas italianas, pães e pizzas. 
- Assar as produções de massas. 
 
Açougueiro – Boucher 
 
É o técnico especializado nas preparações de carnes para o 
cozimento. Sua função é subordinada ao Chefe Garde-Manger e 
ao Chefe Rotisseur. 
 
Principais funções do Boucher: 
 
- Controlar e conservar todas as carnes. 
- Limpar, cortar e porcionar as carnes, miúdos, ossos, peixes, 
moluscos, crustáceos e aves. 
 
Ajudante de Cozinha 
 
Sua função é acompanhar e dar assistência ao chefe e aos 
cozinheiros de seu setor. Desempenha as tarefas mais simples 
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na preparação dos alimentos. Trabalha com supervisão de seus 
chefes. Limpa móveis, equipamentos e utensílios e a cozinha. 
 
Aboyeur 
 
Sua função é receber as comandas e “cantar” os pedidos para as 
diversas praças da cozinha. A saída dos pedidos também se 
encontra sob seu controle. O aboyeur é encontrado em cozinhas 
de grande porte. Para médio e pequeno porte, esta função é 
absorvida pelo 1º Cozinheiro ou Chefe de Cozinha. 
 
Tournant 
 
Sua função é de substituir chefes de partida (Chefe de partida – É 
o responsável pela manutenção, organização e produção da área 
da cozinha, na qual é especializado), durante o período de férias, 
folgas semanais e doenças. 
 
Copeiro – Lancheiro 
 
É o cozinheiro da copa central de um hotel. 
 
Principais funções do Copeiro: 
 
- Preparar a lista de compras para o setor. 
- Estocar e conservar os produtos da copa. 
- Preparar o setor para o início e fim dos serviços. 
- Cortar frios e charcutarias. 
- Preparar conservas de legumes e carnes. 
- Preparar sucos e vitaminas, mingaus e mamadeiras. 
- Fritar alimentos. 
- Preparar sanduíches e aperitivos. 
- Preparar molhos emulsionados. 
- Cozinhar ovos e derivados. 
- Montar pequenas saladas e sobremesas. 
- Preparar café, chás e leites, inclusive café da manhã em hotéis. 
 
 Peão de Cozinha – Stuart 
 
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O Stuart desempenha exclusivamente as atividades de limpeza e 
lavagem na cozinha. Lava móveis, equipamentos, utensílios 
internos de uso da cozinha, copos e utensílios de apresentação 
dos pratos. Sua função também inclui a manutenção da limpeza 
de pisos, janelas e bancadas. 
 
Higiene 
A boa apresentação do profissional é fator indispensável, pois 
reflete sua preocupação e seus cuidados com a higiene. O 
uniforme deve estar completo, bem conservado e limpo, com 
troca diária e sua utilização deve ser somente nas dependências 
internas do estabelecimento. O profissional deve exercer suas 
atividades dentro da cozinha sempre respeitando horário e as 
seguintes normas: 
• Tomar banho diariamente; 
• Manter os cabelos limpos e protegidos com rede para cabelo e 
toque de chef; 
• Fazer e/ou aparar barba e bigode diariamente; 
• Manter as unhas curtas, limpas, sem esmalte ou base; 
• Usar o uniforme completo; 
• Lavar as mãos sempre que se ausentar da cozinha ou após 
tossir, tocar no cabelo, no nariz, espirrar etc; 
• Não é permitido o uso de maquiagem; 
• Não é permitido o uso de adornos (colares, amuletos, pulseiras 
ou fitas, brincos, relógios, anéis, aliança, piercing). 
 
Além dessas recomendações, é preciso evitar: 
• Falar, cantar, assobiar, tossir ou espirrar perto dos alimentos; 
• Mascar goma, palito, chupar balas ou comer durante as 
produções; 
• Experimentar alimentos com as mãos, somente com colher 
descartável; 
• Tocar o corpo; 
• Enxugar suor com as mãos, panos ou qualquer peça da 
vestimenta; 
• Manipular dinheiro. 
 
Todo profissional de cozinha deve sempre ter em mente que seu 
trabalho envolve a elaboração de alimentos e, por isso, o 
cuidado com a higiene deve se tornar um hábito constante. 
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Para manter uma boa saúde é necessário conservar o corpo 
limpo, adquirir bons hábitos e manter uma atitude mental sã. 
Todas as pessoas que têm contato com os alimentos devem 
efetuar um exame médico completo no início da sua 
atividade profissional.Devem repeti-lo periodicamente e sempre 
que existam razões que justifiquem a realização de novos 
exames. 
O manipulador de alimentos deve saber que existem 
determinadas doenças que podem ser transmitidas através dos 
alimentos contaminados, designadamente as infecções 
alimentares. As pessoas que trabalham com alimentos não 
podem sofrer de qualquer doença infecto-contagiosa como 
por exemplo a tuberculose ou a hepatite. 
 
Algumas situações podem justificar o afastamento 
temporário das pessoas que manipulam os alimentos: 
• Dores abdominais, diarreia, febre, náuseas e vômitos; 
• Anginas, tosse ou corrimento nasal; 
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• Processos inflamatórios da boca, olhos e ouvidos; 
• Lesões da pele como erupções, furúnculos, feridas infectadas. 
 
NORMAS DE HIGIENE 
 
As principais normas de higiene para o pessoal que trabalh
a na cozinha são: 
- Higiene do corpo - banho ou ducha 
- Higiene da boca e dentes 
- Limpeza e corte das unhas 
- Barba feita 
- Cabelos devidamente arranjados 
- Lavagem das mãos. 
 As mãos são uma importante fonte de contaminação para o
s alimentos. Devem estar sempre limpas, as unhas curtas e 
 de preferência sem esmalte. 
Nas mãos ásperas, com fissuras, cortes ou feridas os 
microrganismos podem instalar-se e constituir um perigo para os 
consumidores, se não forem tomadas as devidas precauções. 
Se usar luvas para a manipulação dos produtos alimentares 
estas devem ser mantidas em boas condições de higiene. 
A higiene das mãos deve constituir um ponto importante na 
 educação sanitária daqueles que manipulam os alimentos. 
 
Hábitos de Higiene 
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Vestuário: 
O manipulador de alimentos deve iniciar o seu dia de trabalho 
com o vestuário/farda/avental de proteção limpo e deve manter-
se assim, tanto quanto possível, ao longo de toda a tarefa. 
O vestuário deve ser confortável e adequado ao trabalho a 
realizar. 
- Proteger devidamente o cabelo com barrete ou toca. O cabelo 
deve estar limpo e sempre que a tarefa o justifique bem 
protegido. O cabelo pode ser portador de agentes patogênicos e 
contribuir para a contaminação dos alimentos. 
 
CUIDADOS A TER COM AS MÃOS 
 
Recomenda-se o uso de sabonetes anti-sépticos e cremes 
amaciadores. As escoriações ou cortes de pouca importância 
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devem ser tratados e protegidos com curativos impermeáveis 
e de cores vivas. 
Quando deve lavar as mãos 
• Antes de iniciar, durante e no fim de qualquer tarefa 
• Depois de usar as instalações sanitárias 
• Quando mexer no cabelo no nariz ou noutra parte do corpo; 
• Sempre que considere necessário. 
• Depois de utilizar os sanitários. 
 
DURANTE O SERVIÇO: 
Hábitos que se deve evitar quando manipula alimentos: 
• Colocar os dedos na boca e nariz, olhos e ouvidos 
• Mexer no cabelo 
• Roer as unhas 
• Fumar 
• Comer 
• Mascar chicletes 
• Meter as mãos nos bolsos 
• Mexer em dinheiro, jornais, etc.. Se tal acontecer lavar 
imediatamente as mãos. 
• Tossir ou espirrar. Quando não seja possível, proteger a 
conspurcação da tosse ou espirro com o lenço. Lavar as mãos 
em seguida. 
• Provar o que está sendo cozinhado com os dedos. Para 
isso utilizar uma colher ou provete, que em seguida será lavada. 
Duma maneira geral, sempre que seja necessário manusear 
utensílios em estado higiênico deficiente, lavar as 
mãos imediatamente. 
 
COMO SE DEVE LAVAR AS MÃOS 
1. Molhar as mãos; 
2. Ensaboar bem, de preferência com sabão líquido; 
3. Escovar as unhas com escova própria; 
4. Passar por água corrente para retirar o sabão; 
5. Desinfectar com solução desinfectante própria para mãos; 
6. Secar, de preferência com toalhas de papel ou secador. 
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As pessoas que estão em contato com produtos alimentares 
devem manter um elevado nível de higiene pessoal e bons 
hábitos de higiene durante todo o período de trabalho. 
 
Técnicas Culinárias 
Métodos de Cocção 
 
São técnicas utilizadas no preparo dos alimentos crus sob a ação 
de calor. Os comestíveis são cozidos com a finalidade de torná-
los aptos para serem consumidos, facilitando a digestão, 
adquirindo sabor especial e melhor apresentação. Existem regras 
padronizadas para a cocção dos alimentos que constituem a 
essência do trabalho do cozinheiro. Classificam-se de três 
formas: 
 
 Calor seco – desidratar o alimento – método concentrante 
 Calor úmido – hidratar o alimento – método dissolvente 
 Calor misto – Concentrar e dissolver o sabor 
 
Calor seco 
 
Usa-se esse método para alimentos tenros, compostos de fibras 
macias para a rápida penetração do calor seco, acentuando o 
sabor devido à cocção simultânea do seu suco natural. Os 
métodos clássicos são: 
 
Assar ao forno 
 
É um método pelo qual se aplica ar quente nos alimentos. Assar 
no forno é um método direto de cocção, sem adição de líquidos. 
Os alimentos são temperados previamente com ervas, vinha 
d'alhos, sal grosso. Os alimentos podem ser regados com 
gordura. As carnes assadas no forno podem apresentar as 
seguintes características: 
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O calor seco pode ser utilizado na cocção de outros alimentos. 
Conforme a constituição do alimento e estrutura do ingrediente, 
existem temperaturas (médias) que são exigidas para alcançar 
bons resultados de cozimento e aparência: 
Assar na chapa ou grelha 
 
Método de cocção, o qual permite o cozimento do alimento, 
mantendo o seu sabor e os seus sucos internos. É um método 
que cozinha rapidamente o ingrediente. A temperatura inicial é de 
220/250ºC, selagem do alimento, continuando com temperaturas 
mais baixas, 180/200ºC, até ponto desejado. 
Gratinar 
 
É um método que tem como objetivo irradiar calor sobre a 
superfície do alimento. A temperatura é alta, 250ºC a 300ºC. O 
objetivo é colorir o alimento. Usa-se um equipamento especial 
chamado salamandra e a exposição ao calor é muito rápida. 
Saltear 
 
É um método de cocção rápida do alimento, de pequeno porte, 
cujo procedimento é realizado através da fritura do alimento em 
pouca gordura, com fogo alto, conservando sabor e textura. O 
objetivo deste método é colorir e agregar sabores rapidamente. 
Se o ingrediente for uma proteína animal, os resíduos formados 
no fundo da panela (roti) podem ser utilizados para preparar 
molhos. O método utilizado para a formação do molho é chamado 
de “deglacear o roti”, o qual consiste em agregar água à panela 
para soltar todos os resíduos da fritura. 
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Fritar 
 
É o método que consiste em imergir o alimento em gordura 
quente, formando uma crosta ao redor de todo o alimento. Nesse 
método, pode-se utilizar frequentemente o empanamento. 
Existem quatro formas tradicionais de empanamento: 
 
- Empanar a milanesa 
 
Consiste em passar o alimento na farinha de trigo, no ovo batido 
inteiro e na farinha de rosca. 
 
- Empanar a dorê 
 
Consiste em passar o alimento na farinha de trigo e no ovo 
batido. 
 
- Empanar a Orly 
 
Consiste em cobrir o alimento com uma massa feita de farinha, 
ovos e líquido (água, leite, vinho ou cerveja). 
- Empanar a inglesa 
 
Consiste em passar o alimento na farinha de trigo, no ovo batido 
inteiro e na farinha feita de pão fresco. 
 
Abafar 
 
Cocção muito rápida do alimento no seu próprio teor de umidade 
(180ºC). 
 
Refogar 
 
Cocção do alimento aquecido em gordura (180ºC). 
 
Poêler 
 
Método de cocção que se utiliza o forno, em temperatura 
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moderada, o que permite um cozimento brando no próprio suco 
do alimento. 
 
Calor úmido 
 
O objetivo de se utilizar um método de cocção com calor úmido é 
o de amolecer os alimentos. Nesse método o vapor de água 
penetra nas fibras e quebra sua consistência. Os comestíveisperdem em parte o sabor e o valor nutritivo. As substâncias 
aromáticas naturais dos alimentos passam para o líquido. De 
cozimento, o qual é um importante componente da produção 
alimentar. 
Branquear 
 
Cocção de alimentos delicados, através de líquido quente. O 
tempo de cocção é de alguns minutos, o que possibilita firmeza 
do alimento e seu pré-preparo para congelamento, conservas e 
frituras. 
Ferver 
 
Consiste em cozinhar o alimento, completamente, mediante 
aplicação direta do calor através de líquido em ebulição. 
À vapor 
 
Consiste em cozer os alimentos rapidamente, com aumento da 
temperatura do recipiente de cozimento, através do aumento da 
pressão interna do mesmo. 
Calor misto 
 
O calor misto compreende método de cocção em que é utilizado 
o calor seco e úmido, de forma alternada ou em conjunto. 
Estufar 
 
É um procedimento que se emprega pouco ou nenhum líquido na 
cocção. O cozimento é lento (100ºC/120ºC) e se mantém a 
panela tampada para manter o calor e impedir a evaporação. 
Brasear 
 
Serve para grandes peças de carnes. Faz-se como o estufar, 
com pouco líquido e cozimento lento. 
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Guisar 
 
É um método de cocção em que se refoga o alimento, mexendo-o 
sempre. Pode-se adicionar líquido se necessário, porém o 
alimento deve se manter úmido, contudo sem molho. Não usar a 
panela tampada para guisar um alimento. 
 
TIPOS DE CORTES 
 
 
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Bases da Cozinha 
Bases da cozinha são preparações compostas por diferentes 
ingredientes, utilizadas para facilitar a confecção de determinadas 
produções culinárias; sevem também para modificar ou melhorar 
o sabor, a textura, a cor e o aroma dos alimentos. 
 
- Ligações – são ligas que proporcionam o adensamento de 
líquidos como fundos, molhos, cremes, etc. Exemplo: cereais e 
derivados tubérculos e derivados, legumes e frutas ricas em 
amido. 
 
- Aromáticos – ingredientes com propriedade de realçar o sabor e 
aroma de alimentos, geralmente legumes, ervas e especiarias. E 
importante observar sempre as proporções de ingredientes 
aromáticos já que cada proporção irá conferir uma característica. 
- Fundos – são preparações líquidas, aromáticas, ligeiramente 
concentrada que se obtém fervendo em água dois tipos básicos 
de ingredientes: 
 
a. Ingredientes que darão a característica básica ao fundo – ave, 
peixe, vitela, etc. 
b. Ingredientes que compõe a guarnição aromática – mirepoix, 
bouquet garni, cebola, louro, alho, etc. 
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- Embelezadores e Melhoradores – ingredientes que ao serem 
adicionados aos fundos, sopas, molhos, etc., proporcionam 
melhor aparência (cor, por exemplo) e sabor. 
 
 
Diagrama de Bases de Cozinha e suas ramificações 
 
 
- Bases de Cozinha 
 
 
- Ligações 
 
- Féculas – liga protéica de origem vegetal – para engrossar 
caldos e molhos. 
- Roux – liga cozida de farinha de trigo ou amido e gordura. Pode 
ser Branco, amarelo, escuro e negro dependendo da 
permanência do amido no calor. A proporção para confecção do 
roux e 50% gordura + 50% amido 
 Roux branco consistência aveludado e homogêneo, tempo 
de permanência em fogo brando 3 minutos, poder de 
espessamento 100%. 
 Roux Amarelo consistência aveludada e coloração amarelo 
brilhante, permanência em fogo 3 a 5 minutos em fogo brando, 
poder de espessamento 80%. 
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 Roux escuro consistência levemente aveludada com 
coloração marrom, tempo de permanência 5 a 8 minutos em fogo 
brando, poder de espessamento 50%, o roux nesta coloração 
confere não somente o espessamento, mas coloração ao molho, 
caldo, sopa e etc... 
 Roux negro consistência flocada com coloração de torrado, 
permanência acima de 8 minutos em fogo brando, poder de 
espessamento 20 a 30%, o roux nesta coloração confere não 
somente o espessamento, mas coloração ao molho, caldo, sopa 
e etc... 
 
- Beurre Manié – liga crua de farinha de trigo e manteiga – Para 
engrossar caldos e molhos ferventes. Proporção igual a do Roux 
50%¨de gordura + 50% de amido (farinha de trigo). Utilizado em 
preparações que estão prontas e precisam de espessamento 
imediato, adicionado ao liquido quente e batido com o auxilio de 
um fouet, ate atingir a consistência desejada. 
 
- Ovos – liga protéica de origem animal – ovos inteiros para dar 
firmeza em produções da confeitaria; gemas emulsionam a parte 
de lquido com a gordura das preparações quentes ou frias 
(maionese molho frio e holandês molho quente). 
 
- Gelatina – liga e estabilizante de origem animal, colágeno 
extraído de tecidos conjuntivos e ossos. Utilizada para dar 
consistência a líquidos e preparações que serão servidas frias, 
dependendo da quantidade de açúcar ou teor ácido a quantidade 
de gelatina aumenta. 
 
- Agar-Agar – liga e estabilizante de origem vegetal extraída de 
algas marinhas. 
 
- Sangue – liga de origem animal – quando adicionado a líquidos 
ácidos e aquecido, proporciona adensamento dos mesmos. 
Utilizado em molhos e embutidos. 
 
- Slurry - liga homogênea de líquido com amido, geralmente 
água e amido de milho mas pode ser caldo ou leite e farinha de 
trigo, araruta ou féculas. Mistura feita com o farináceo 
adicionando o liquido até que torne homogêneo e depois 
acrescenta a mistura a preparação que deve ser espessada. 
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Proporção 1 parte de amido para 2 partes de água. Exemplo: 10 
g de amido para 20 ml de água. 
 
- Liason - liga protéica de origem animal com baixo poder de 
espessamento, utilizado para agregar sabor e espessamento. O 
creme de leite confere textura a molhos e caldos deixando com 
consistência aveludada e brilhante a gema por sua vez ajuda no 
espessamento e coloração de molhos. Proporção 25% de gemas 
+ 75% de creme de leite. 
 
- Manteiga - ingrediente usado para finalização em molhos, 
usado em líquidos quentes para emulsionar e dar brilho ao 
molho, neste caso a manteiga tem que ser gelada para garantir 
uma emulsão uniforme e não separe o molho (talhar), não a 
necessidade de fervura. 
 
- Creme de leite – ingrediente que atua como espessante assim 
que colocado em redução. 
 
Aromáticos 
 
São composições à base de legumes, ervas e especiarias que 
são adicionados a fundos, sopas, molhos com a finalidade de 
realçar e acentuar o sabor. 
 
Salmora – o sal pode ser aplicado de diversas formas seja para 
marinar o alimento ou temperá-lo na hora do cozimento – 
polvilhado (sal fino e grosso), esfregado (sal grosso). 
 
Vinha d’alhos – marinada com elemento diluente de vinho ou 
vinagre, acrescido de salmora e aromatizado com alho, cebola, 
pimenta em grãos, etc. 
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Vegetais – são utilizados vegetais aromáticos que proporcionam 
sabor, cor e melhor apresentação nas produções culinárias. 
 
Purês – vegetais e legumes aromáticos e coloridos reduzidos a 
purês e agregados nos alimentos para realçar e melhorar aspecto 
e sabor. 
 
Mirepoix - vegetais aromáticos cortados em cubos pequenos 
usados para realçar o sabor de fundos, sopas, molhos: Composto 
de 50% de cebola, 25% de cenoura e 25% de salsão. 
Mirepoix branco - É a mirepoix retirando-se a cenoura e 
adicionando-se o alho porro e/ou nabo. Utiliza-se para aromatizar 
molhos claros e fundos. 
 
Outras combinações de ervas aromáticas: 
 
Matignon - É o mirepoix com gordura, adicionando-se bacon ou 
presunto. 
 
Bouquet Garni - Composto basicamente de salsão, cenoura, 
salsinha, tomilho, louro e funcho (erva doce) amarrados. Retira-
se após fornecer ao fundo, molho ou sopa, o sabor desejado. Os 
ingredientes do bouquet podem variar de acordo com a região. 
 
Sachet d’épices - Dente de alho (opcional), folha de louro, 
pimenta em grão, cravo da Índia (opcional), ramo de tomilho e 
talo de salsinha envoltos em pano fino ou étamine. Igualmente ao 
bouquet, é retirado apósa utilização. 
 
Cebola Brulée - Cebola cortada ao meio e tostada na chapa ou 
frigideira. Além de aromatizar, acentua a cor de fundos e molhos 
escuros. 
Cebola Piquée - Cebolas descascadas e cortadas ao meio. Leva 
uma folha de louro espetada em um pequeno corte lateral e dois 
cravos da Índia, um de cada lado do corte. 
 
- Duxelles - mistura de cogumelos bem picados e salteado em 
manteiga, cebola, alho poró, vinho branco, utilizado para conferir 
sabor e textura em molhos e preparações diversas. 
 
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Fundos 
 
- Fundo Claro de Carne – aparas e ossos de carne, alho, 
mirepoix, bouquet garni ou sachet d‟épices e água. 
 
- Fundo Claro de Aves – aparas e ossos de aves, alho, mirepoix, 
bouquet garni ou sachet d‟épices e água. 
 
- Fundo Claro de Peixe - aparas e ossos de peixes, alho, 
mirepoix, bouquet garni ou sachet d‟épices e água. 
 
- Fumet - aparas e ossos de peixes, vinho branco, alho, mirepoix, 
bouquet garni ou sachet d‟épices e água. 
 
- Court – Bouillon – vegetais e ervas aromáticas, especiarias e 
um ácido (vinho, vinagre, suco de frutas ácidas, etc.). 
 
- Fundo claro de vegetais – vegetais, alho, mirepoix, bouquet 
garni ou sachet d‟épices e água. 
 
 
Embelezadores e Melhoradores 
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- Ligas finas – Ingredientes que têm a capacidade de adensar 
suavemente os preparados. Gemas, féculas, etc.. 
- Gorduras – Ingredientes que pelo seu teor de gordura, suavizam 
ou espessam os alimentos em que serão adicionados. Manteiga, 
iogurte, requeijão, etc.. 
- Corantes – Ingredientes cujo colorido irão proporcionar mais 
vida às produções culinárias. Podem ser igualmente 
aromatizantes. Páprica, mostarda, açafrão, etc. 
 
Ervas e Agentes Aromáticos 
ERVAS 
 
 
São fundamentais na cozinha. Elas tanto temperam e aromatizam 
as bases quando formam um fundo de aroma especial, mas 
indistinguível – quanto podem ser o toque final de um prato. 
Por terem propriedades muito peculiares devem ser usadas com 
muito cuidado. 
Quando falamos em ervas, não há regras. O importante é ter bom 
senso e provar cada uma delas, observe suas características e 
crie suas próprias combinações. 
As ervas mais utilizadas na cozinha são: 
- Coentro, hortelã, sálvia, salsinha, alecrim, tomilho, orégano 
fresco, manjericão, manjericão roxo, louro e etc. 
As ervas, em primeiro lugar, devem ser escolhidas de acordo 
com o ingrediente principal do prato e seu sabor. Por último 
devemos observar seu efeito visual. Devemos nos aliar às ervas 
e aos condimentos, utilizados na receita, para decorar o prato e 
realçar o sabor. A salsinha, em especial a salsinha japonesa, é 
um coringa para enfeites de pratos salgados. Mas devemos usá-
la com muita criatividade para não se obter uma decoração 
comum. 
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As ervas aromáticas 
No seu conjunto geral, são substâncias que desprendem um 
aroma mais ou menos suave. A maior parte dos aromáticos são 
fornecidos por vegetais oriundos dos países quentes, 
especialmente da Arábia. 
A cozinha atual possui um grande número de aromáticos. Estão 
entre os mais utilizados: a canela, o cravo da Índia, louro, a 
mostarda, a pimenta, o tomilho, os coentros. 
Entre os aromáticos mais empregados para perfumar os pre
parativos, citamos: o anis, o tomilho, o funcho, o gengibre, o 
rábano, a mangerona, a salva, etc. 
Certas plantas aromáticas, são utilizadas em estado fresco na 
cozinha, como o estragão, o cerefólio, a salsa, etc. 
Utilizam-se também os perfumes extraídos da casca da laranja e 
do limão. 
A pastelaria e confeitaria, empregam aromas como a baunilha, o 
chá, o chocolate e o café. 
Citamos também, o alho, a cebola a as raízes aromáticas, 
como: a cenoura e o aipo, sendo neste caso, mais legumes do 
que aromáticos. 
 
Sugestões do uso de temperos, ervas e especiarias para pratos 
salgados encontram-se no quadro abaixo. 
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Ervas e especiarias para produções culinárias doces 
 
 
As ervas e especiarias para a elaboração da sobremesa devem 
ser usadas com parcimônia, principalmente para decorar a 
sobremesa. Recomenda-se a utilização da erva ou especiaria 
que se encontra na receita. O Importante é realçar o sabor. 
 
Sugestões do uso de ervas e especiarias para sobremesas 
encontram-se no quadro abaixo. 
 
 
 
AGENTES AROMÁTICOS 
 
São misturas de ingredientes (normalmente legumes, ervas e 
especiarias) utilizadas para dar sabor às receitas. É importante 
observar a proporção de cada ingrediente na combinação, já que 
o objetivo é realçar o sabor das preparações, e não dominar. 
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As combinações clássicas são: mirepoix, bouquet garni, sachet d’ 
épices, cebola piqué, cebola brûlé e matignon. 
Caso necessário, estes complementos podem ser retirados após 
terem liberado o sabor desejado à produção. 
 
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Molhos 
Os molhos são frequentemente considerados uma das melhores 
provas de talento de um profissional. Molhos não são uma 
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solução de última hora e desempenham uma função especial na 
composição de um prato. A percepção de nuances nas 
combinações de um molho com determinado tipo de alimento é 
algo que um profissional desenvolve no decorrer da carreira. 
 
História 
Molho é um meio líquido utilizado para adicionar sabor, umidade, 
aparência e ajustar o sabor e a textura de preparações culinárias. 
Pode ser quente, frio, doce, salgado, liso ou com pedaços. A 
palavra molho, que deriva do latim salsus (salgado), nasceu da 
necessidade de salgar, temperar por igual um alimento. Depois o 
molho passou apenas a umedecer e complementar as 
preparações, chegando até a ser mais importante que o próprio 
alimento. 
Deve-se observar os seguintes aspectos em um bom molho: 
 
- Sabor; 
- Umidade; 
- Riqueza (proteína, sais, etc.); 
- Apelo visual atraente. 
 
Com raras exceções, o preparo dos molhos se baseia em alguns 
preceitos importantes: 
 
1. Uso de equipamentos adequados, como panelas de fundo 
grosso para garantir a distribuição uniforme de calor e evitar que 
o molho queime ou talhe; 
2. Uso de fundos de boa qualidade; 
3. Uso dos agentes espessantes apropriados para se obter boa 
textura, sabor e aparência; 
4. Temperar corretamente, buscando um sabor adequado. 
Além disso, os molhos devem ser compatíveis com o prato, com 
o estilo de serviço, com o método de cocção e com o sabor final 
da preparação. 
 
Classificação dos molhos 
O francês Antoine Carême foi o responsável pela criação da 
metodologia de classificação dos molhos. Os molhos mãe e os 
molhos compostos são as principais categorias. Há também os 
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molhos contemporâneos, que incluem uma série de molhos 
variados, como os relishes, as salsas, as compotas, etc. 
 
Molhos Mãe 
Um molho é considerado molho mãe quando puder ser preparado 
em grandes quantidades, e depois aromatizado, finalizado e 
guarnecido de inúmeras maneiras, produzindo os famosos 
molhos compostos. Tem sabor básico, possibilitando adição de 
outros ingredientes e possui durabilidade. 
 
Os 5 molhos mãe são: 
- Béchamel (leite + roux branco + cebola piquée); 
- Velouté (fundo claro + roux amarelo); 
- Espanhol (fundo escuro + roux escuro + mirepoix); 
- Tomate (tomate + roux/opcional) 
- Holandês (manteiga + gemas). 
 
Béchamel 
Com textura cremosa e sabor suave, é base para diversas 
preparações na cozinha, como recheios e molhos. É um molho 
de grande importância devido a seu caráter neutro. Se preparado 
corretamente, o resultado do béchamel deve ter um sabor suave 
e uma coloração clara, que reflita seu ingrediente principal, o 
leite. Deve ser cozido durante o tempo necessário, em fogo 
brando, para não ficar com gosto de farinha ou grumos. Embora 
setrate de um molho opaco, o béchamel deverá ter uma 
coloração final brilhante e ligeiramente marfim. 
 
Molhos derivados do béchamel 
Para cada litro de béchamel, adicione: 
 
 
- Molho Creme – 250 a 360 ml de creme de leite + gotas de 
limão; 
- Molho Mornay – 120 gr de gruyère ralado + 30 gr de parmesão 
ralado + 60 gr de manteiga; 
- Molho Nantua – 120 ml de creme de leite + 180 gr de manteiga 
de lagostim; 
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- Molho Soubise – 500 gr de cebola picada suada em 30 gr de 
manteiga; 
- Molho Mostarda – 80 gr de mostarda de dijon ou mostarda 
escura inglesa; 
- Molho Aurora – 60 gr de purê de tomate ou purê de tomate seco 
+ 60 gr de manteiga Velouté na hora de servir. 
O nome deste molho, que é a base para inúmeros molhos, é 
traduzido do francês como “aveludado, suave e macio ao 
paladar”. O velouté é feito à base de fundo claro, roux amarelo e 
ingredientes aromáticos, e deve seguir alguns padrões de 
qualidade: 
- Seu sabor deve refletir o sabor do fundo utilizado, ou seja, 
quase neutro; 
- Deve ter coloração pálida em tons marfim, nunca acinzentada; 
- Sua aparência deve ser translúcida e brilhante; 
- A textura deve ser aveludada, sem grumos ou traços de farinha 
de trigo; 
- O molho deve ser encorpado, ter consistência de nappé leve. 
 
Derivados do Velouté 
Para cada litro de velouté, adicione: 
- Molho Bercy – 60 gr de échalotes salteadas na manteiga + 250 
ml de vinho branco + 250 gr de fundo de peixe; 
- Molho Cardinal – 250 ml de fundo de peixe + 1 lt de velouté de 
peixe reduzido a metade + 500 gr de creme de leite + Q.b de 
pimenta caiena (leve para ferver) + 45 gr de manteiga de 
lagostim; 
- Molho Normandy – 120 gr de cogumelos + 120 ml de fundo de 
peixe + 1 lt de velouté de peixe (reduzir) + gema de ovos e liason. 
 
Molho Espanhol 
É o molho base para o preparo de todos os molhos escuros 
clássicos. Não costuma ser servido em seu formato original, mas 
sim empregado como base para molhos derivados. É usado para 
preparar demi-glace e tem como característica um sabor 
encorpado e intenso devido à caramelização do mirepoix e ao 
pinçage com o purê de tomate. 
Derivados do Espanhol 
 
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O demi-glace e o jus lie são dois molhos derivados do espanhol 
que produzem muitos outros molhos. 
Para cada litro de espanhol, adicione: 
- Molho Bordelaise: 250 ml de vinho tinto seco + 60 gr de 
échalotes picadas + 1 folha de louro + Q.b de pimenta preta + 60 
gr de manteiga derretida; 
- Molho Chateaubriand: 500 ml de vinho branco + 60 gr de 
échalotes picadas + gotas de limão + pimenta caiena + 120 gr de 
manteiga + estragão picado; 
- Molho Madeira: ferver demi-glace (reduzir) + 120 ml de vinho 
madeira. 
Demi-glace: Molho feito com partes iguais de molho espanhol e 
fundo escuro, reduzido à metade. O mais utilizados dos derivados 
do espanhol. Um bom demi-glace deve ter um sabor rico, aroma 
de “assado”, coloração escura, aparência translúcida e brilhante e 
consistência nappé. 
 
Molho de Tomate (Débora ou italiano) 
De todos os molhos mãe, é o único que não obedece a “fórmulas” 
e quantidades pré-estabelecidas, existindo assim, várias formas 
de produzi-lo. 
 
Em algumas versões, utiliza-se o azeite de oliva como gordura 
(cozinha italiana do Sul), em outras, banha de porco (cozinha 
clássica francesa). Sua textura é menos aveludada e mais rústica 
do que os outros molhos mãe e quando cozido apropriadamente 
apresenta coloração vermelha intensa e um leve brilho. 
Apresenta sabor forte de tomate, sem acidez excessiva e pode 
ser acrescido de outros ingredientes para que haja uma 
complementação de sabor, dando sempre ênfase ao tomate. 
 
Derivados do Tomate 
Para cada litro de tomate, adicione: 
- Molho Creole: 170 gr de cebola em cubos pequenos + 120 gr de 
salsão fatiado + 5 gr de alho + 30 ml de óleo molho de tomate + 
louro + cravo + 120 gr de primenta verde picada + molho picante 
de pimenta; 
- Molho Milanaise: 140 gr de cogumelos fatiados + 15 gr de 
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manteiga + molho de tomate + 140 gr de presunto cozido cortado 
em julienne + 140 gr de língua cortada em julienne. 
 
Molho Holandês 
 
Molho clássico Francês elaborado com manteiga clarificada, 
gemas, ácido, sal e pimenta. Este molho transformou os pratos 
cozidos à base de ingredientes como vegetais e peixes em algo 
especial. O molho holandês pertence ao grupo de molhos 
emulsionados (emulsão é a mistura mecânica de dois líquidos 
que não se misturam naturalmente, como por exemplo água e 
óleo), e é um molho bastante frágil por não se tratar de uma 
verdadeira mistura, podendo separar-se facilmente. O molho 
deve ter uma mistura aveludada e macia, coloração ligeiramente 
amarelada e sabor marcante de manteiga, levemente ácido. 
 
Derivados do Holandês 
Para cada litro de holandês, adicione: 
- Molho Béarnaise: 60 gr de échalotes picadas + 75 gr de 
estragão picado + 5 gr de pimenta branca + 250 ml de vinagre de 
vinho branco + gemas (processo do molho holandês) + coe e 
termine temperando com sal e pimenta caiena; 
- Molho Grimrod: molho holandês + açafrão; 
- Molho Mousseline: 250 ml de creme de leite batido em chantilly 
(junte ao holândes na hora do serviço). 
 
Molhos Contemporâneos 
 
Estes molhos não pertencem nem à categoria de molhos mãe, 
nem a categoria de molhos compostos, e costumam ser 
preparações que exibem uma variedade muito grande de 
ingredientes, possibilitando uma série de novas criações. 
A função dos molhos contemporâneos, entretanto, é a mesma 
dos molhos mãe e seus compostos – dar sabor, textura, umidade 
e cor às preparações. 
Distinguem-se dos molhos mãe nos seguintes aspectos: 
- Demoram menos tempo para serem preparados; 
- São específicos para algumas preparações e/ou técnicas 
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específicas; 
- Podem ser engrossados e finalizados mediante o uso de 
emulsões, amidos ou reduções; 
- Não permitem derivações. 
 
Os molhos comtemporâneos incluem: 
Jus lié; 
Beurre blanc; 
Manteiga composta; 
Coulis: purê de legumes de frutas, aquecido em banho-maria ou 
cozido em fogo lento, que, no final, pode ou não receber 
manteiga ou creme de leite. 
Compota: preparação à base de legumes ou frutas inteiras, 
geralmente banhados em uma calda, azeite ou vinagre, com 
ervas e/ou especiarias. 
Relish: preparação de origem indiana que se assemelha ao 
chutney, mas é mais condimentada. Trata-se de um purê 
agridoce feito de frutas e vegetais ao qual se adicionam 
condimentos e especiarias. 
Vinagrete: emulsão temporária de ácido e óleo, originalmente 
preparada com vinagre, azeite, sal e pimenta. Pode-se produzir 
inúmeras variedades de vinagrete, dependendo do tipo de 
ingrediente adicionado à composição inicial. 
Infusão de óleos: óleos aromatizados com ervas, especiarias, etc. 
A maioria dos molhos, tanto mãe quanto seus derivados e os 
contemporâneos, podem ser preparados com antecedência, 
resfriados e armazenados adequadamente. Na hora de servir, 
basta apenas esquentá-los sob fogo direto. Entretanto, alguns 
molhos mais delicados, como os à base de creme de leite devem 
ser aquecidos em banho-maria. 
Por mais simples que pareça a preparação de um molho, o chef 
que os prepara deve ser extremamente habilidoso e seguir os 
princípios básicos de preparo e de armazenamento, o que 
resultará em molho perfeito. 
 
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Ovos 
Os ovos são um dos ingredientes mais úteis e valiosos na 
cozinha – muitas receitas não seriam possíveis sem suas 
qualidades de aerar, engrossar e emulsificar. 
Como saber se o ovo está fresco: 
Primeiro cheque a data de validade. Se não houver data de 
validade, faça o teste de flutuação, colocando o ovo em um copo 
de água. Quanto mais velho, mais leve é o ovo, pois perde água 
através da casca, aumentando a bolsa de ar. 
 
Ovos do tipo caipira 
 
 
Hoje a maioria dos ovos (cerca de 85%) é produzida em 
incubadeiras ou métodos artificiais.Para que os ovos sejam do tipo caipira, as galinhas devem poder 
correr livremente e ter um variedade de vegetação para comer, 
como grama e milho. Embora sejam mais livres, essas galinhas 
são mais vulneráveis às condições climáticas e a predadores e, 
por isso, os ovos custam um pouco mais caro. 
 
As cores das cascas 
A cor da casca do ovo é determinada pela raça da galinha e sua 
dieta. A cor varia desde casca com pintas (ovo de codorna) até 
azulada (ovo de pata). Os ovos de galinha, brancos, vermelhos, 
são os mais utilizados – têm o mesmo gosto, pois a diferença de 
cor não afeta seu sabor. 
 
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Segurança em primeiro lugar 
 
- Use ovos com data de validade; 
- A bactéria salmonela pode entrar nos ovos, através de 
rachaduras na casca, portanto, só compre ovos com cascas 
limpas e perfeitas; 
- Lave as mãos antes e depois de pegar na casca dos ovos; 
- Os idosos, pessoas doentes, mulheres grávidas, bêbes e 
crianças são mais vulneráveis aos riscos de salmonela. Eles 
devem evitar comer ovos crus ou pratos que os contenham. 
 
Gema 
Porção amarela do ovo, constitui apenas um terço deste, mas 
contém três quartos de suas calorias, a maior parte dos minerais 
e vitaminas, além de toda a gordura. Também contém lecitina, 
complexo responsável pela emulsificação em produções como a 
sauce hollandaise e a maionese. 
A gema se solidifica em temperaturas enre 75°C e 80°C, e sua 
cor pode variar de acordo com a alimentação da galinha. 
 
Clara 
Constitui dois terços do ovo e contém água e albumina. Esta é a 
proteína responsável pela retração de ar em cápsulas quando as 
claras são batidas. A albumina se coagula, tornando-se firme e 
opaca em temperaturas entre 65°C e 70°C. 
 
COMO GUARDAR OVOS 
 
• Colocar os ovos na geladeira logo que os comprar. 
• Conserve os ovos na caixa longe dos alimentos com cheiro 
forte. 
• Guarde os ovos com a ponta para baixo para manter a gema 
centralizada. 
• Claras e gemas separadas ou ovos inteiros, mas sem casca 
devem ser guardados na geladeira em recipientes 
hermeticamente fechados. As claras conservam-se até uma 
semana, gemas e ovos inteiros apenas dois dias. 
• Um alimento que contenha ovos crus, além de estar na 
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geladeira deve ser consumido no prazo de dois dias. 
• Ovos cozidos com casca duram até uma semana. 
 
Grãos e Cereais 
Leguminosas, Cereais e Derivados 
 
 
São comestíveis de origem vegetal usado como 
acompanhamento ou elementos de ligação de pratos, 
apresentados em estado natural ou refinados (farinhas ou 
sêmolas). No beneficiamento dos grãos, perde-se grande parte 
do valor nutritivo pela retirada de uma película que cobre a polpa. 
As farinhas integrais são produtos descascados em que se 
conservam estas películas. Os produtos mais utilizados são: 
- Trigo cereal cultivado no mundo inteiro, em regiões de clima 
temperado, de uso milenar. A farinha é mais utilizada na cozinha. 
Podem ser de grão duro (massas de levedura e pastifício) ou 
mole (ligação de molhos, sopas e massas de pastelaria); 
- Milho originário da América do Sul, cultivado em clima 
temperado e quente. Usado verde em grão debulhado ou seco, 
triturado e transformado em farinhas. Muito comum em pratos 
regionais; 
- Centeio proveniente de climas frios, usado na panificação em 
forma de farinha; 
- Aveia cereal de clima temperado usado em flocos ou farinhas 
na confeitaria; 
- Cevada utilização restrita na cozinha, mais usada para bolos, 
panquecas (blinis); 
- Arroz originário da Ásia, de clima subtropical, é o alimento 
básico do mundo, usado na cozinha internacional e regional para 
sopas, entradas, saladas, pratos fortes e sobremesas; 
- Feijão é uma leguminosa que cresce em todos os climas, 
apresenta-se preto, roxo, pintado, amarelo, braço etc. as 
sementes são consumidas extraídas de vagens. Também 
consumido em pratos internacionais e regionais. 
- Ervilha é um grão obtido da vagem de ervilha cultivada em 
hortas. Pode ser consumida em vagens inteiras (ervilha torta) ou 
em grãos frescos, conservas ou secos para os mais diversos 
pratos; 
- Grão-de-bico grão de vagem da Ásia, usado seco e cozido em 
pratos regionais; 
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- Lentilha planta rasteira da família das leguminosas de uso 
difundido na cozinha européia; 
- Soja leguminosa muito nutritiva originando vários subprodutos: 
farinha, óleo, proteína texturizada (carne de soja) etc. 
Derivados 
 
Farinha 
 
Substância finamente moída obtida de grãos de cereais. 
Utilizadas como elementos de ligação, massas, sopas, pudins 
etc. podem ser fortes (integrais) ou suaves (refinadas). 
Sêmola 
 
É o grão seco, moído grosseiramente e serve para massas de 
cozinha, confeitarias e sopas. 
Fécula 
 
Extraído de cereais e legumes de raiz e tubérculos. É um pó 
amido, resultado da trituração a seco, eliminada a água. 
Insolúvel na água engrossa a partir de 60°C. As mais usadas na 
cozinha são: milho, arroz, mandioca (polvilho), sagu etc. Produtos 
muito usados na confeitaria e em cozinhas regionais, de alto 
poder de brilho e transparentes. 
 
Existem outros subprodutos de importância na cozinha como: 
glicose, óleos, álcool, corn flakes etc. 
Observações gerais 
 
- Separar as impurezas dos alimentos antes de prepara-los; 
- Colocar de molhos na água fria os grãos inteiros antes de 
cozinha-los; 
- Os grãos frescos são conservados sob refrigeração; 
- Os grãos secos são conservados em ambiente naturais e 
ventilados por muito tempo; 
- Os grãos frescos devem ter cor intensa e polpa rugosa; 
- Os grãos secos se apresentam sem cheiro, bem secos e com a 
polpa lisa, livres de pós que indicam a presença de bichos; 
- As farinhas possuem data de validade de acordo com o 
processo de refinamento. 
- Observar as embalagens. 
 
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GRÃOS E CEREAIS 
 
Por sua característica neutra e por seus subprodutos, os grãos 
são muito importantes quando falamos de acompanhamentos. 
 
Arroz 
Assim como a batata, o arroz é uma alimento bastante versátil. 
Seu sabor suave possibilita a criação de uma variedade de 
pratos, podendo ser ingrediente principal, acompanhamento ou 
até componente de outras preparações. 
De maneira geral, pode-se classificar o arroz em duas 
variedades: grão longo e grão duro. Dessa maneira, conhecendo 
a reação desses grãos à cocção, podemos sempre avaliar a 
maneira mais adequada de preparar o arroz, visando o resultado 
desejado. 
O arroz de grão longo, quando cozido, fica leve, macio e solto, e 
o de grão curto fica úmido e ligado. Os grãos também se 
diferenciam segundo o tipo de processamento recebido. Assim, 
temos: 
Arroz basmati: grão longo e perfumado (cresce nos arrozais aos pés 
do Himalaia), que fica bem solto depois de cozido. É muito 
utilizado na culinária indiana. 
Arroz branco (arroz polido): passa por um processo que remove a casca, 
o germe e, consequentemente, muitos de seus nutrientes. O 
polimento muda a aparência, suaviza o sabor e amacia os grãos. 
Esse arroz também recebe a adição de ferro e vitaminas durante 
o processo de polimento. 
Arroz integral: é o grão descascado não-polido, que preserva os 
nutrientes. Tem sabor amendoado e textura fibrosa e requer uma 
cocção mais longa. 
Arroz italiano: grãos curtos, ricos em amido e muito utilizados na 
produção de risottos. Entre eles estão as variedades arborio, 
carnaroli e vialone nano. 
Arroz jasmine: grão longo, cristalino e muito aromático, cultivado nos 
planaltos da Tailândia, é muito utilizado na culinária do Sudeste 
Asiático. 
Arroz parboilizado: grãos uniformes que, ainda com casca, são 
submetidos a um processo de pré-cozimento em água e posteior 
pressão de vapor a altas temperaturas para que as vitaminas e 
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sais minerais contidos em sua casca e germe penetrem e se 
fixem em seu interior. O grão é então descascado. Esse processo 
altera a estrutura do amido contido no grão,conferindo uma 
textura mais compacta. 
Arroz selvagem: não é variedade de arroz, mas sim uma gramínea 
cujo formato e modo de cocção são semelhantes aos do arroz. 
Tem cor marrom escura, sabor forte e acastanhado e requer um 
tempo de cocção prolongado. 
 
Feijão 
Muito rico em proteínas, é o ingrediente principal de um dos 
pratos mais consumidos em nosso país, para o qual é cozido, 
com caldo e temperos. 
O feijão cozido pode entrar na preparação de saladas, 
acompanhamentos, purês ou como ingredientes em sopas e 
cozidos. 
As variações mais facilmente encontradas no Brasil são o 
carioca, o preto, o roxinho, o fradinho, o feijão-de-corda, o 
mulatinho, o branco, o jalo, o rosinha, o rajado (feijão verde) e o 
canário. 
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Trigo 
O trigo é muito utilizado na cozinha na forma de farinha, no 
preparo de pães e massas. O trigo integral aparece cozido em 
saladas, granolas e mingaus. Seus principais subprodutos são: 
 
Grão de bico 
Leguminosa de grãos arredondados, é rica em amido e proteínas. 
Encontrada apenas seca, deve ser colocada de molho por 
algumas horas e cozida por tempo suficiente para que fique 
macia. É ingrediente importante na cozinha árabe. 
 
Lentilha 
Leguminosa de sabor marcante, rica em amido, a lentilha pode 
ser consumida em sopas, cozidos, saladas ou caldos, como 
acompanhamento e no preparo de purês. 
 
Milho 
Grão que pode ser consumido fresco, seco, ou na forma de seus 
muitos derivados: farinha de milho, fubá, farinha flocada, quirela, 
canjiquinha etc. 
 
Quinoa 
Considerada um pseudocereal, possui valor protético 
incomparável ao da caseína do leite e não contém glúten. Pode 
ser encontrada em grãos, flocos e farinha. 
 
Soja 
Assim como o trigo, a soja produz muitos derivados, seu 
consumo é mais disseminado que o do grão inteiro. Muito 
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presente na cozinha vegetariana, os principais subprodutos da 
soja são o leite, o óleo, a proteína texturizada (ou carne de 
soja), a farinha, o queijo (tofu) e o molho de soja. 
 
Legumes 
Tipos de Legumes 
 
Legumes de raiz 
 
Crescem debaixo ou à flor da terra. As variedades de maior uso 
na cozinha são: batata, cenoura, beterraba, aipo (salsão), 
rabanete, nabo, mandioca, inhame etc. 
 
Legumes de bulbo 
 
Crescem à flor da terra e como trepadeira. As folhas externas são 
a capa protetora dos vegetais. Muito usados como ingredientes 
aromáticos e componentes de sopas, molhos, saladas. Os mais 
conhecidos são: cebola, alho, alho porro, echalote (cebola suave) 
etc. 
 
Legumes de fruto 
 
Crescem em forma de trepadeira ou à flor da terra. A polpa é a 
principal parte comestível. Podem ser comidos com sementes e 
cascas. Os principais são: tomate, pimentão, pepino, abóbora, 
berinjela, chuchu, quiabo, jiló, maxixe etc. 
Legumes de talo 
 
A parte comestível é o talo. Muito usado na cozinha. Os mais 
conhecidos são: aspargos, palmito, aipo, funcho etc. 
 
Legumes de flor 
 
Crescem destacados da terra e as partes comestíveis são os 
botões ou fundos. São preparados cozidos em sopas, purês, 
entradas ou acompanhamentos. Come-se também as folhas 
tenras. Os mais usados são: couve-flor, alcachofra, brócolis etc. 
 
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Legumes de folhas 
 
Produtos de hortas e compostos de raiz, talo e folha. Come-se as 
folhas e os talos tenros. Os mais usados são: repolho, alface, 
almeirão, couve de Bruxelas, endivias, espinafre, acelga, agrião, 
chicória frise etc. 
 
Cogumelos 
 
São considerados legumes por apresentarem características 
similares. Crescem nos bosques ou podem ser cultivados. 
Possuem talo, cabeça e raiz. Os talos e as cabeças são 
comestíveis. Os mais conhecidos são: trufa, champignon, 
morriles, shiitake, shimedji, porcini etc. 
 
 
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Uma vez limpos os legumes devem ser utilizados no menor 
espaço de tempo possível. Embrulhar em pano umedecido em 
água, em caso de demora. 
O processo de execução segundo os casos é o seguinte: 
- Lavar os legumes. 
- Lave os legumes imediatamente antes de os descascar ou 
cortar. Depois de os ter lavado, sacuda o excesso de água. «Se 
esta for absorvida, poderá prolongar o tempo de cozedura». 
Nunca deixe os legumes dentro de água, pois as vitaminas 
dissolver-se-ão nela. 
Descascar os legumes 
 Do ponto de vista da nutrição, é preferível cozinhar e comer 
legumes com casca. A maior parte da fibra que contêm está na 
casca, e logo por baixo, encontra-se uma grande quantidade de 
vitaminas. A casca também contribui para evitar que vitaminas e 
minerais se dissolvam na água. No entanto, os nabos e as 
cenouras velhas têm cascas grossas, sendo preferível descascá-
los. 
O processo de execução segundo os casos é o seguinte: 
Para tubérculos, bolbos e frutos de sementes e similares 
(batatas, nabos, cenouras, pimentões etc.: 
• Retirar as partes amachucadas e podres. 
• Retirar as raízes de talos, os “olhos” e as partes floridas. 
• Lavar em água abundante. 
• Mudar a água repetindo a operação conforme a necessidade. 
• No caso de legumes de casca fina, usar o descascador ou 
raspar com a faca. 
• No caso de legumes de casca grossa, retirar com a faca. 
• Retirar sementes se necessário. 
• Cortar os alimentos em metades. 
• Raspar as sementes com uma colher. 
As raízes, tubérculos e bolbos conservam-se sem serem limpos, 
à temperatura ambiente. 
Os legumes de folhas, devem ser conservados em invólucros 
para não perderem a umidade. 
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Na utilização dos legumes em “stock”, estabelecer uma troca 
com os mais antigos, mantendo os recém-chegados sob 
refrigeração. 
 
Massas 
 
A massa de macarrão é feita de farinha de trigo misturada a 
algum elemento líquido, que pode ser água ou ovos, a massa de 
melhor qualidade é aquela feita a partir da farinha do trigo de 
grão duro. 
Há duas categorias de massas: as industrializadas e as feitas à 
mão (fresca). 
Industrializada 
A massa industrializda é feita com a farinha de trigo duro ou 
semolina e água, ou trigo comum e ovos. Também podem ser 
coloridas com purê de vegetais (espinafre, tomate, beterraba 
etc.). Ambas são comercializadas secas, em diferentes formatos. 
Fresca 
A massa feita à mão é sempre feita com farinha e ovos e pode 
também ser colorida ou conter um pouco de óleo ou azeite. Em 
geral, usa-se 100g de farinha para cada ovo inteiro. É possível 
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também substituir o ovo inteiro por 50ml de água ou duas gemas, 
diminuindo progressivamente até chegar a 1kg de farinha para 7 
ovos. A massa é feita manualmente, aberta à mão (com rolo de 
macarrão) ou no cilindro, cortada e recheada, se necessário. 
Prato muito comum em diversos países, a massa é muito 
consumida e apreciada. Em países como a Itália, onde o 
consumo ocorre em larga escala, muitas variações foram criadas 
através do incremento de outros ingredientes, tais como a farinha 
de semolina, o trigo de grano duro e o trigo-sarraceno. 
 
As massas italianas podem ser divididas em quatro grupos: 
- Longas (tiras): fettuccine, spaghetti, capellini, lasagna, tagliatelle 
etc. 
- Curtas (tubos): rigatoni, manicotti, ziti, penne, spira etc. 
- Formas: conchiglie, farfalle, fusilli, rotelle, orzo etc. 
- Recheadas: ravioli, capelletti, cannelloni etc. 
 
Molho 
A escolha do tipo de molho é fundamental para o sucesso da 
massa. Prefira sempre um molho que complemente o sabor da 
massa escolhida, evitando grandes contrastes ou molhos que 
roubem o seu sabor. 
Massas longas pedem molhos de textura leve, pois este adere 
melhor à massa, massas e tubos curtos pedem molhos mais ricos 
e “pedaçudos”, que entram nas cavidades e podem ser 
espetados com o garfo. 
 
Para cozinhar a massa deve-se: 
 
1. Usar 1 litro de água

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