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INTRODUÇÃO A DM aumenta o risco de um paciente desenvolver outras doenças em 30-50%. Definição: distúrbio de metabolismo intermediário (digestão) caracterizado por hioperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos. A glicose não consegue entrar na célula para a produção de energia. O paciente se "mantêm em estado de jejum". • Anabolismo - Catabolismo- 2 grupos de hormônios são responsáveis por esses dois mecanismos: Insulina- Hormônios contrainsulínicos- FISIOLOGIA Insulina e estado pós-prandial• A insulina é produzida pelas células Beta pancreáticas. A glicose entra no pâncreas através dos receptores GLUT-2 estimulando a secreção de insulina. - Formação de Incretinas (2 peptídeos gastrointestinais: GLP-1 e GIP) que aumentam a atividade pancreática, liberando mais insulina. - A insulina se liga ao seu receptor nas células do corpo, induzindo a translocação de vesículas contendo proteínas GLUT-4 para a MP para que ela sirva de canal para a glicose entrar na célula. - Finalidade: Glicólise e Gliconeogênese. Glicose em excesso gera Lipogênese. Contrainsulínicos e estado em Jejum• Hormônios: Glucagon (células alfa do pâncreas), Adrenalina (medula da suprarrenal), Cortisol (córtex da suprarrenal) e GH (adenohipófise). O glucagon é um hormônio Hiperglicemiante, em estado de Jejum ele atua para aumentar a glicose sanguínea: Glicogenólise e Glicogeogênese. Lipólise. - Para o funcionamento adequado de nossos neurônios necessitamos manter o nível de glicose no sangue sempre constante. - CLASSIFICAÇÃO DM tipo 1 • 5-10% dos casos.- Doença autoimune- Os linfócitos TCD8 invadem as ilhotas pancreáticas e atacam as células beta (produtoras de insulina). - Pré-disposição genética.- DM tipo 1A: detectação de autoanticorpos no sangue. - DM tipo 1B: não são detectados autoanticorpos no sangue. - DM tipo 2• 90-95% dos casos.- Pré-disposição genética e fatores ambientais. - Deficiência de secreção insulínica ou resistência insulínica. - Associação a obesidade visceral - hipertrofia das ilhotas e exaustão das células beta. - DM gestacional• A placenta produz uma série de hormônios hiperglicemiantes. - Associação a outros fatores de risco: - Idade materna avançada, história familiar de DM, história de abortamento, ovários policísticos, sobrepeso/ obesidade, crescimento fetal excessivo, hipertensão/ eclâmpsia, baixa estatura. DM Mody• Doença genética de herança autossômica dominante (não é autoimune). - Classificada em 6 grupos: Mody 1 - mody 6. - Genes: HNF4A, GCK, HNF1A, IPF1, HNF1B, NEUROD1. - FATORES DE RISCO Não modificáveis: não caucasiano/ asiático, idade > 45 anos, parente de primeiro grau com DM. • Modificáveis: IMC > 25, obesidade central, sedentarismo. • Doenças: HAS, doença cardiovascular, ovários policísticos, HDL < 35 ou TG > 250. • Resistência insulínica: acantose nigricans, pré-diabetes. • QUADRO CLÍNICO DM tipo 1• Geralmente aparece cedo, crianças ou adolescentes entre 10-15 anos. - Raramente desenvolve em fase adulta, mas acontece. - Pacientes geralmente magros.- Quadro agudo e clássico (4 P's):- POLIÚRIA: aumento do volume de urina. 1) POLIDIPSIA: aumento da sede.2) POLIFAGIA: aumento da fome.3) PERDA PONDERAL: leva a lipólise.4) Destruição grande e rápida de células beta. - Cetoacidose diabética: hipocalemia, hálito de acetona, manifestações respiratórias e gastrointestinais. - Apresentam glicemia > 200mg/dL.- Não respondem aos medicamentos orais, necessitam de insulina. - Peptídeo C (resutante da quebra da insulina) <0,1 ng/dL ou ausente. - DM tipo 2• Geralmente o paciente apresenta sobrepeso/ obesidade. - Diagnóstico geralmente tardio.- Apresentam os 4P's.- Complicação comum: estado hiperosmolar não cetótico (EHHNC): baixo nível de consciência, desidratação. - Glicemia < 200 mg/dL.- Sem autoanticorpos.- Com Peptídeo C > 0,1 ng/dL.- Respondem bem a medicamentos orais. - Dificilmente entram em acidose metabólica. - DM tipo MODY• Casos raros.- Se mostra como uma mistura entre DM tipo 1 e 2. - Ausência de autoanticorpos.- Pacientes geralmente jovens e magros. - DIAGNÓSTICO Procura dos 4 P's.- Procura de fatores de risco, como erro alimentar e sedentarismo. - Se o paciente já foi diagnosticado, questionar sobre a história da doença, início, tratamento utilizado, hábitos de vida. - EXAMES LABORATORIAIS Para fechar o diagnóstico- Glicemia de Jejum1) O paciente deve ficar em jejum de 8h e assim será colhido uma amostra sanguínea para avaliar o nível glicêmico. Ideal: <100 mg/dL Pré-diabetes: 100-125 mg/dL Diabetes: >126 mg/dL Teste oral de Tolerância à Glicose (TOTG) 2) 3 etapas: realização da glicemia em jejum, ingestão oral de 75g de glicose, coleta após 2h para medir a glicemia. Ideal: <140 mg/dL Pré-diabetes: 140-199 mg/dL Diabetes: > 200 mg/dL Hemoglobina Glicada (HbA1c)3) Tem menor sensibilidade, mas mostra o controle glicêmico do paciente nos últimos 2-4 meses. 2-4 meses é o tempo de vida das hemácias. - Hemácias associadas à glicose.- Ideal: < 5,7% Pré-diabetes: 5,7-6,4% Diabetes: > 6,5% Observações importantes: São necessários pelo menos 2 exames alterados para assim confirmar o diagnóstico de DM. - Para pré-diabéticos no primeiro exame, o ideal no segundo é pedir o TOTG. - 4 P's + Glicemia > 200 mg/dL, pode ser fechado o diagnóstico sem fazer exames laboratoriais. - RASTREIO Ter 1 dos critérios: Idade > 45 anos - Obesidade + 1 fator de risco (mínimo). - Diabetes Melitus segunda-feira, 24 de agosto de 2020 10:16
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