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DIABETES MELLITUS -PARTE 2- DISCIPLINA – DIETOTERAPIA II PROFESSORA –GISLAINE BARBOSA BEZERRA TURMA : 6º PERIODO FASE/ SERGIPE FEVEREIRO DE 2016 4.0 TRATAMENTO TERAPIA A BASE DE INSULINA E HIPOGLICEMIANTES ORAIS Individualizada Levar em consideração . idade, saúde geral, fatores de risco e atividades na prescrição pelo Médico da insulinoterapia Os hipoglicemiantes orais :sulfoniluréias/ biguanidas/Glitazonas: As sulfoniluréias :Estimula células beta das ilhotas de Langerhans para a secreção de insulina : As sulfoniluréias são 2 tipos :1º Geração :Ação mais prolongada 12 a 24 hs , com risco de hipoglicemias caso haja ingestão alimentar insuficiente .2º Geração :10-20 vezes mais potentes, porém meia vida mais curta. Todas, com exceção da gliquidona, são eliminadas por via renal, e assim contraindicadas em pacientes urêmicos. Hipoglicemiantes orais – Indicado para paciente insulino independente. Hipoglicemiantes orais – classe sulfolinoréia 2º geração Vida média curtas (3 a 5 horas), os efeitos hipoglicêmicos perduram por 12 a 24 horas, permitindo administração diária. Risco de hipoglicemia principalmente em idosos 1º Geração Duração de até 3 dias Risco maior de hipoglicemia Efeito menor exige dose maiores As Glitazonas ou Tiazolidinedionas Diminui a resistência a insulina periférica por ativação receptores intercelulares nos músculos e tecido adiposo. Secundariamente , age diminuindo a produção de glicose pelo fígado.Estudos tem associando o uso de glitazona ao câncer de bexiga. Mecanismo de ação : < produção de glicose pelo fígado, aumenta transportadores de glicose no musculo e tecido adiposo, ativam genes que regulam o metabolismo dos ácidos graxos.> adinopectina < leptina e com isso diminui risco cardiovascular. Não causa hipoglicemia quando os pacientes não se alimentam regularmente Hipoglicemiantes orais – Indicado para paciente insulino independente. Hipoglicemiantes orais – classe das . Glitazonas ou Tiazolidinedionas Glinidas As glinidas, que são similares às sulfoniluréias, ajudam a diminuir taxas de glicose em elevação, estimulando as células beta do pâncreas a secretar insulina. No entanto, elas diferem das sulfoniluréias porque têm ação mais curta e começam a agir rapidamente para aumentar o nível de insulina, enquanto os alimentos estão sendo digeridos e a glicose está entrando na corrente sanguínea. Possuem meia vida curta, saindo rapidamente também da corrente sanguínea As glinidas devem ser tomadas imediatamente antes das refeições. Como elas agem rapidamente, possibilitam que o paciente varie a hora e a freqüência das suas refeições todos os dias. O medicamento é prescrito para ser usado 2,3,4 vezes ao dia em conjunto ou pouco antes das refeiçoes, risco de hipoglicemia é menor quando comparado as sufolinuréias Hipoglicemiantes orais – classe das Glinidas . As biguanidas: É proibido o seu uso nos USA/Reino Unido, mas comercializada no Brasil. –Principal risco – acidose lática, com estado de anóxia em pacientes pré dispostos .Ex : metformina ® Mecanismo de ação Principal : Age no fígado, diminuindo a produção hepática de glicose (gliconeogênese)- aumenta sensibilidade à insulina no músculo e tec. adiposo, diminui a absorção de glicose no intestino , diminui a produção de triacilglicerídeos, e dos ácidos graxos livres produzidos pela lipólise Hipoglicemiantes orais – Indicado para paciente insulino independente. Hipoglicemiantes orais – Exemplo da classe das biguanidinas. Muito usada em diabéticos obesos Inibidores de α-glucosidase-Representado pela arcabose Mecanismo de ação: age pela inibição da α-glucosidase intestinal, diminuindo a absorção de carbohidratos, bloqueia o aumento da glicose plasmática pós-prandial Uso terapêutico: Pacientes idosos com hiperglicemia pós-prandial-Devem ser ingeridos no inicio das refeições Hipoglicemiantes orais – Indicado para paciente insulino independente. HIPOGLICEMIANTES ORAIS DPP4 faz com que o pâncreas aumente a produção de insulina e reduza a produção de glucagon INSULINOTERAPIA INSULINA REGULAR AÇÃO ULTRA RÁPIDA NPH - LEVEMIR –ANÁLOGO DE INSULINA LENTA GLAGIRNA –ANÁLOGO DE INSULINA LENTA GRÁFICO DE INICIO , PICO E FINALIZAÇÃO DO USO DE DIVERSOS TIPOS DE INSULINAS A insulina humana (NPH e Regular) utilizada é desenvolvida em laboratório, a partir da tecnologia de DNA recombinante. A insulina chamada de ‘regular’ é idêntica à humana na sua estrutura. Insulina NPH é associada a duas substâncias (protamina e o zinco) que promovem um efeito mais prolongado. Administração via intra dérmica . Expectativa de insulina administrada por via inalada. As insulinas mais modernas, chamadas de análogas (ou análogos de insulina), produzida a partir da insulina humana e modificada para várias respostas Análoga de insulina ação curta Analoga de insulina ação mais prolongada (Lispro (Humalog®), Aspart (NovoRapid®) ou Glulisina (Apidra®)) Glargina (Lantus®), Detemir (Levemir®) e Degludeca (Tresiba®). Insulina pré misturas tipos Apresentação e Administração Insulina NPH + insulina Regular, na proporção de 70/30, Frasco 10 ml para uso com seringas de insulina e refil com 3ml usado em canetas Análogos de ação prolongada + Análogos de ação rápida (Humalog® Mix 25 e 50, Novomix®30). Canetas Aplicação descartável Aplicação com refil Bomba de insulina Unidades de insulina - A insulina identificada com U-100 significa que existem 100 unidades de insulina por mililitro (mL) de líquido no frasco. No Brasil todas as insulinas comercializadas são U-100 Insulina basal e bolus Secreção constante de insulina que permanece em baixos níveis no sangue, produzida de forma contínua, mantendo a liberação de glicose para células do organismo. A insulina de dação intermediária (NPH) e lenta (análogos) atuam de forma semelhante ao fornecimento basal e são aplicadas em 1 ou 2 aplicações diárias (Glargina, Levemir e NPH), ou até 3 vezes ao dia (NPH), a fim de proporcionar o componente “basal” da insulinização. . ADMINISTRAÇÃO DA INSULINA Insulina em bolus- Quantidade maiores de insulinas liberadas na corrente sanguínea em horários de maior necessidade exemplo: após as refeições , ou quando há hiperglicemia .Insulinas de ação ultra-rápida assemelha-se ao bolus FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE INSULINAS Caneta Seringa Extraído: http// www.sbd.org.br – uso de insulina TRATAMENTO NUTRICIONAL PARA O DIABETES MELLITUS OBJETIVOS : Melhorar o controle glicêmico de jejum e pós prandial Reduzir em 1 a 2% os níveis de HbAc1 Prevenir complicações tardias associadas ao diabetes como DAC Contribuir para adoção de um estilo de vida saudável 1º passo – Estabelecer as NEE do paciente Proporção entre Tecido gordo /magro Circunferência da cintura IMC VET – manter peso corporal adequado . Pacientes obesos: Redução energética para perda de peso ponderais 0,5 kg a 1 kg/ semana . Evitar dietas com < 800 cal .!! VET diabéticos é igual VET de pessoas normais sem a doença 23 Antropometria Consumo alimentar Exames bioquímicos e complementares 2º passo – Proporção entre os nutrientes HC – 45 a 60% VET – FIBRAS : 14 g para 1000 cal ou 20 gr/dia Dividido em quantidades fixas por refeições, quando em uso de antidiabéticos orais e ou doses constantes de insulina e por contagem de carboidratos quando em insulinização intensiva. Sacarose até 10 % do VET “( só para pacientes com bom controle glicêmico)” Uso de alimentos integrais com fontes de amido, lentifica a absorção de glicose, aumenta saciedade, melhora sensibilidade a insulina. Estratégias de uso de HC – alimentos com baixos índice glicêmico e ou carga glicêmica,aporte adequado de fibras Índice glicêmico (IG)– Velocidade que o alimento é digerido e absorvido pelo organismo. Padrão – curva de glicose de absorção pão branco ou glicose . Carga glicêmica CG - Impacto glicêmico da dieta. Considera a quantidade ingerida de alimento na refeição X seu índice glicêmico CG= IG X teor de carboidratos disponível na porção / 100 2º passo – Proporção entre os nutrientes- índice e carga glicêmica INDICES GLICÊMICOS PADRÃO PÃO PADRÃO GLICOSE ALTO IG > 95 >70 MÉDIO IG 56-69 BAIXO IG < 75 < 55 INDICES GLICÊMICOS PADRÃO GLICOSE ALTA CG >20 BAIXA CG < 10 2º passo – Proporção entre os nutrientes – Prós e contras do uso de estratégias do IG e CG Prós Contras IG e CG Melhora glicêmia pós prandial, podendo ser usado quando viabiliza melhor resposta pós prandiais Não é efetivo no controle da glicemia, não deve ser usado como estratégia primária FIBRAS Redução da glicemia pós prandial Redução de marcadores inflamatórios Melhora a função endotelial Diminui o triacilglicerol e lipoproteínas aterogênicas 2º passo – Proporção entre os nutrientes – Proteínas PROTEINAS – 15 A 20 % DO VET Não há evidências de que dieta hiperproteica e hipoglicidica melhore a glicêmica de diabéticos Pacientes com extensa perda de peso , alterações metabólicas podem precisar de mais proteínas do que a recomendado pela RDA vide idosos diabéticos e com sarcopenia por exemplo. Pacientes com alterações da função renal, pode ser necessário a diminuição da proteína. Uso de alimentos proteicos com baixo teor de gordura 2º passo – Proporção entre os nutrientes – LIPIDEOS ATÉ 30% DO VET ÁCIDOS GRAXOS TRANS – Evitar ao máximo , 1 gr por dia ou menos . ÁCIDOS GRAXOS MONOINSATURADOS (MUFA) : O óleo oleico protege as células beta, o aumento das MUFA e diminuição dos SFA (acido graxos saturados) aumenta a resposta Insulinêmica pós prandial .Completar de forma individualizada ÁCIDOS GRAXOS POLINSTAURADOS (PUFA) aproximadamente 10% VET Ω-3 , beneficia o Tratamento de hipertrigliceridemia grave, recomenda-se portanto uso de peixes 2-3 vezes na Semana. A recomendação de Ω-3 (EPA e DHA) deve ser de 500 mg para prevenção primária, 1 g/dia para prevenção secundária e, sob supervisão médica. Colesterol Gordura saturada 2º passo – Proporção entre os nutrientes – LIPIDEOS PERFIL LIPIDÊMICO QIANTIDADE DE COLESTEROL ACEITÁVEL Se LDC- < 100 Mg /dl Ou seja igual população saudável. < 300 mg/ dia Se LDC > 100 mg /dL. < 200 mg/dia PERFIL LIPIDÊMICO QIANTIDADE DE GORDURA SATURADA Se LDC- < 100 Mg /dL Ou seja igual população saudável. < 10% do VET Se LDC > 100 mg /dL. 7% do VET ** Perda de peso < redução ainda de gordura saturada Os esteróis e estanóis de plantas - também chamados de fitoesteróis - são compostos presentes em pequenas quantidades em muitos alimentos vegetais, como frutas, verduras e óleos . Em portadores de DM. Recomenda-se a ingestão de 2 g/dia de esteróis de plantas e ésteres de estanol mostra redução nas concentrações plasmáticas colesterol total e LDC colesterol. (Sociedade Brasileira de diabetes, diretrizes 2015) Principais fontes : óleos de canola (500 a 1100 mg/ de esteróis por 100 gr óleo), óleo soja (327 mg/ 100 gr) ,nozes, amendoins, sementes de gergelim 2º passo – Proporção entre os nutrientes – LIPIDEOS F 2º passo – Proporção entre os nutrientes – LIPIDEOS 2º passo – Recomendações de vitaminas Deficiência de vitaminas e minerais é frequente Perda urina Diminuição absorção intestinal Baixa ingesta dietética Plano alimentar variado : Mínimo 2 a 4 porções de frutas, sendo pelo menos uma rica em vitamina C (frutas cítricas) 3 a 5 porções de hortaliças cruas e cozidas. Variar tipo e cores dos vegetais Idosos, gestantes, vegetarianos A suplementação terapêutica talvez possa ser necessária . Deficiência de vitamina B12 esta associada a neuropatia diabética em associação com uso prolongado de metformina sendo necessário suplementação com dose terapêutica. Deficiência de vitamina D em diabético é associado com mau controle glicêmico, porém ainda não esta estabelecido a sua suplementação. 2º passo – Recomendações de vitaminas 2º passo – Recomendações de MINERAIS ZINCO, CROMO, MAGNÉSIO E POTASSIO -Homeostase da glicemia, deficiência leva a intolerância a glicose. seguir as RDA´s -SÓDIO – 2000 mg /dia –( SBD, 2015). ANTIOXIDANTES – SEM ESTUDOS CONCLUSIVOS !!! CONSIDERAÇÕES GERAIS : Fracionar as refeições em 5 a 6 refeições ao dia de acordo com ação e dose de medicação e atividade física Incluir 2-4 porções de frutas por dia sendo uma rica em vitamina C. Incluir 3-5 porções de verduras e legumes ao dia. Dar preferência aos alimentos integrais Substituir os queijos amarelos e gordos por queijos brancos como cottage, ricota. Substituir as preparações fritas por assados, grelhados ou cozidos no vapor. Trocar leite integral por desnatado e semi desnatado Incluir equivalente a 1 colher de sopa ao dia de azeite de oliva. Evitar o consumo de alimentos industrializados: molhos, enlatados, caldos prontos Evitar o consumo de embutidos Incluir uma oleagionosa ao dia exemplo: 1 unidade de castanha Bebida alcoólica - Não recomendar o uso. Restringir em gestantes, pacientes com Triaciglicerois Elevados, pacientes com neuropatia avançada, pancreatite . Em pacientes dm com bom controle No máximo pode ser permitido 1 dose para mulheres 2 doses para homens semanalmente. Consumo de álcool deve ser em conjunto com alimento para evitar hipoglicemia CONSIDERAÇÕES GERAIS : Definição : Método no qual são contados gramas de carboidratos consumidos nas refeições , ajustando a dose de insulina de ação ultra rápida ou rápida, administrada naquela refeição. Vantagens : Glicemias estáveis em 24 horas Maior flexibilidade na escolha e quantidade de consumo alimento Melhora na correção das glicemias pré –prandiais por bolos de correção Desvantagens : É necessário um bom nível de escolaridade e esclarecimento pelo paciente TERAPIA DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS: TERAPIA DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS: MÉTODO DE TERAPIA DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS GRAMA DE CARBOIDRATO - HC no alimento é medido em grama, conforme tabela de composição de alimentos SUBSTITUIÇÃO DE CARBOIDRATO – Lista de alimentos com quantidade média de HC de cada grupo nas porções apresentadas , permitindo a troca de troca alimentares nas diversas refeições , os valores de HC são aproximados facilitando os cálculos . Uma substituição considera que os alimentos contenham 8 a 22 gr de HC. TERAPIA DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS: Bolus de Alimentação (BA) É a quantidade de insulina rápida ou ultrarrápida que o organismo necessita para metabolizar a quantidade de carboidratos consumida em uma refeição. Bolus de Correção (BC) É a quantidade de insulina rápida ou ultrarrápida necessária para a correção da glicemia antes das refeições, calculada de forma individual por meio do fator de sensibilidade (FS). Glicemia do momento – meta de glicemia FS Definindo a dose de insulina às refeições Ao se definir a dose (ou bolus) de insulina antes da refeição, deve-se considerar dois componentes principais, o bolus de alimentação e o bolus de correção. Fator Sensibilidade (FS) Estima o quanto 1 unidade de insulina rápida ou ultrarrápida diminui a glicose no sangue. O médico determina estes fatores TERAPIA DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS: TERAPIA DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS:
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