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ENFERMIDADES ARTICULARES EM EQUINOS

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ENFERMIDADES ARTICULARES EM EQUINOS 
Tipos de articulações: 
1. Articulações que não apresentam movimento: Suturas-escamosas (entre o osso 
parietal e temporal), Sinartroses, fibrosas. Articulações com pouca amplitude 
de movimentos: Sínfise – Sínfise pélvica, chamadas de Anfiartorses, 
cartilaginosas. 
2. Articulações com ampla movimentação: Articulações sinoviais – do carpo, tarso, 
etc. Diartroses. Sendo ela que apresenta maiores enfermidades devido a grande 
movimentação. 
a. Composição da articulação sinovial: Ligamentos Peri – articulares 
colaterais (servem para proporcionar estabilidade da articulação), 
Cavidade articular (é preenchido com liquido sinovial), Cartilagem 
sinovial (recobre os ossos), Cápsula articular (envolve 360° recobrindo 
toda a articulação), Membrana sinovial (interna a cápsula articular, 
produz liquido sinovial), Periósteo (parte mais fina e externa do osso) e 
osso Subcondral (osso abaixo da articulação). 
b. Composição da cartilagem articular: Composto de células e matriz 
extra celular. Os elementos celulares envolvem os condrócitos 
(fibroblastos modificados) correspondendo 1-12% das células. Já Matriz 
extracelular é composta pelas fibras colágenas (80-90% tipo II) e das 
proteoglicanas (vários tipos). Sendo essa articulação a Hialina 
(cartilagem hialina). 
c. A parte mais superficial da superfície articular é chamada de zona 
tangencial, pois possuem condrócitos dispostos na horizontal, abaulados. 
A zona intermediária os condrócitos se encontram mais distanciados e 
em menor quantidade com uma característica arredondada. Após essas 
duas se encontram a zona radial e zona calcificada. Ou seja, à medida 
que vai se direcionando ao osso subcondral, existe uma calcificação 
aonde vai se transformando em osso, e essa disposição dos condrócitos 
associados à disposição das fibras colágenas, faz com que a proximidade 
do osso possua menor capacidade de reter impacto. 
d. PROTEOGLICANAS: Possui uma proteína central e várias 
glicosaminoglicanas, sendo as mais comuns Condroitina4 (sulfato), 
Condroitina6 (sulfato) e Sulfato de queratina. Essa queratina se liga ao 
ácido hialurônico (Hialuronan). Ficam aderidas as fibras colágenas tipo 
II, sendo produzidos pelos condrócitos. É nutrida pelo processo de 
diapedese. A membrana sinovial recobre a face interna e é responsável 
pela produção do líquido sinovial, possui dois tipos celulares, o 
sinoviócito tipo I (responsáveis ela defesa) e sinoviócito tipo II 
(responsáveis pela produção do líquido sinovial). A membrana sinovial é 
rica em vasos sanguíneos e por diapedese (transporte passivo) os 
nutrientes, proteínas etc. Vazam dos vasos da membrana sinovial para o 
espaço articular. 
e. A cartilagem articular não possui nervos, sendo o osso subcondral e 
cápsula articular os sensíveis a dor. 
 
 
 
 
 
 
ARTRITES - CLÍNICA CIRÚRGICA DE GRANDES ANIMAIS 
Artrite traumática: Batidas suscetivas na articulação, treinos pesados e seguidos, etc. 
Sinovite e Capsulite; Luxação/Subluxação; Entorse; Fraturas intra-articulares; 
enfermidades do menisco. 
DAD (Osteoartrite, Doença Articular Degenerativa): Pode ocorrer em animais 
idosos que foram expostos a muitos treinos e animais adultos jovens devido a uma 
sequela de outras enfermidades. A DAD precisam possuir alterações radiográficas para 
sua confirmação, como por exemplo: Diminuição do espaço articular, presença de 
proliferações ósseas periarticulares, diminuição de mobilidade, alterações do liquido 
sinovial (características). 
 Artrite séptica: Processo infeccioso. 
SINOVITE/CAPSULITE 
 Acomete animais que são muito exigidos, alta performance com várias 
motilidades, pois respondem ao treinamento. Envolvem as articulações do carpo mc/mt-
falângica (principais, porém podem acometer outras). Traumas constantes e agudos, 
animais jovens e quando associado com aprumos incorretos o risco de desenvolver é 
ainda maior. Encontra-se uma compressão vertical, principalmente do aspecto dorsal da 
articulação do carpo. Os aprumos incorretos permitem que quando o animal se 
encontra em repouso (estação) já há uma força não fisiológica atuando na articulação, 
sendo o normal não existir força atuando no animal em repouso. 
 FISIOPATOLOGIA: Traumas repetidos associados à hiperextensão de carpo e mc/mt 
falângica fazem uma compressão constante e causam sinovite e capsulite. Essa 
inflamação leva ao aumento da produção do líquido sinovial (aumento da 
permeabilidade da membrana) que aumentam também a quantidade de proteínas e 
aumento da produção do líquido (perdendo sua viscosidade). Grandes quantidades de 
liberação de enzimas que provocam desequilíbrio e causam a destruição da cartilagem 
(DAD). Isso gera uma instabilidade e como mecanismo o corpo começa a produzir osso 
na inserção/origem da cápsula articular (podendo ocorrer também em inserção/origem 
de ligamentos e tendões), esse osso produzido se chama de entesófitos, sendo 
proliferações ósseas nestes locais específicos. 
SINAIS CLÍNICOS: Aguda - Claudicação evidente com diminuição da fase cranial 
do passo, distensão articular flutuante (toda a articulação), o animal permanece com o 
carpo levemente flexionado quando em repouso (quando for o carpo acometido). 
Crônica - Claudicação não evidente descoberto nas provas de flexão e após realização 
de exercício, distensão articular manos intensa com consistência fibrosa e pode haver 
sinais radiográficos de alterações ósseas com presença de exostoses (palpação). 
Alterações radiográficas: Diminuição do espaço interfalângica, exostose, esclerose 
óssea do osso hipocondral e proliferação óssea (entesófito). 
DIAGNÓSTICO: Com base nos sinais clínicos e nos exames radiográficos. Análise do 
líquido sinovial (artrocentese) é necessário diferenciar de fraturas intra-articulares. 
TRATAMENTO: O objetivo é retornar a sua fisiologia articular o mais cedo possível, 
antigamente se deixava o animal em repouso absoluto, porém acabava com o 
fibrosamento da articulação. Nos dias atuais sabe-se que o animal deve realizar 
movimentos e caminhadas leves para o fibrosamento não se instalar. Tratamento para a 
diminuição de dor e processo inflamatório (eliminar substâncias e mediadores 
inflamatórios na cavidade sinovial). 
 Repouso de 30-60 dias com caminhadas leves; Primeiras 48h realizar 
crioterapia; Após 48h realizar terapia com calor, termoterapia; Ideal a realização de 
natação sendo excelente para tratamento de articulações; DMSO tópico, tendo cuidado 
com a utilização de luvas. Realizar a lavagem articular sem a necessidade de antibiótico, 
aplicação de corticoide associado a ácido hialurônico IA e DAINE’s (fenilbutazona e 
flunixina meglumina). 
 Corticoide (metilprednisolona, 40mg/ml), deve realizar de 2-3 ml por articulação 
com um tempo de ação aproximado de 1 mês. O Ácido Hialurônico é realizado em 
40mg IV ou IA, totalizando a dose total, independentemente do peso do animal. 
Glicosaminoglicanas polissulfatadas na dose de 500mg IM. Se caso não for realizado o 
corticoide IA, utilizar o ác. Hialurônico IV para evitar os riscos de contaminação e 
artrite séptica. Em articulação mc/mt falângica pode ser realizado a bandagem para 
apoio/sustentação tem efeito positivo na recuperação. 
 
LUXAÇÃO E SUBLUXAÇÃO - ENTORSE 
 A Entorse é definida como a perda temporária, repentina do contato entre as 
superfícies articulares, dificilmente com lesões de rompimento e prolongadas. Já a 
luxação é uma perda permanente de contato total entre as superfícies articulares 
enquanto a subluxação é a perda permanente de contato parcial entre superfícies 
articulares. 
ENTORSE 
 Teoricamente pode acometer qualquer articulação, mas as principais são a 
Mt/Mc falângica e interfalângica proximal. Geralmente os animais que permanecem ou 
se exercitam em terrenos muito irregulares e ocorrem acidentes. Os sinais clínicos 
envolvem um início súbito com claudicação, que dependeda intensidade do trauma, e 
pode ter efusão articular e sinais inflamatórios. Diagnóstico baseado na anamnese e nos 
sinais clínicos com auxilio de exame radiográfico, que deve ser feitos em posição 
anatômica e flexionada, o US demonstra se há efusão articular e hemartrose 
(celularidade), também proporciona o grau de lesão da lesão dos tecidos periarticulares 
(ligamentos, tendões e cápsula sinovial). O tratamento da entorse é realizado com 
crioterapia (48h), imobilização com bandagem, DAINE’s (fenilbutazona ou flunixina 
meglubina) e repouso. 
LUXAÇÃO/SUBLUXAÇÃO 
 Assim como a entorse, qualquer articulação pode sofrer com a luxação e 
subluxação porem as mais acometidas são: 
a. Interfalângica proximal: Pode ocorrer decorrente de fratura da 2ª falange, onde 
há perda da estabilidade articular e pode ocorrer a ruptura total ou parcial das 
estruturas periarticulares. O mais comum é uma luxação/subluxação dorsal ou 
palmar/plantar, medial (lateral é raro) e com a etiologia de trauma. Seu 
tratamento de envolve a imobilização da articulação acometida com a técnica de 
Artrodese da articulação IFP, sendo indolor. 
b. Mc/Mt falângica: Frequentemente ocorre medial, lateral palmar/plantar e dorsal, 
sendo o mais comum a causa por trauma. Seu principal sinal clínico é a falta de 
alinhamento da articulação no plano sagital, com efusão articular e pode ter 
presença de dor e claudicação em variados graus. Diagnóstico radiográfico, onde 
é descartado fraturas, pois em potros é importante a fratura da DMC, e palpação. 
O Raio-X deve ser feito em dois planos diferentes. Seu tratamento deve ser 
drenado se houver hematomas, redução da luxação e imobilização com gesso 
por seis semanas. 
c. Outras articulações que podem ser afetadas: Articulações do tarso; Femorotibial 
e Coxofemoral. 
 
ARTRITE SÉPTICA 
 Consequências desastrosas, em ovinos e caprinos com o tratamento um pouco 
mais simples e pode não perder o animal, em bovinos e equinos é complicado com até 
mesmo descarte do animal, mesmo após a resolução do problema o processo 
degenerativo da articulação continua, impossibilitando o animal de realizar as 
atividades. É definido como um processo infeccioso/séptico em uma articulação. 
 Acontece com uma infecção por um microrganismo, sendo que o mesmo pode 
ter um desenvolvimento (chegada) por três vias: 
1. Via hematógena: mais comuns em potros, bezerros, cordeiros, etc. Chega à 
articulação pelo sangue. Os animais jovens desenvolvem processos infecciosos 
em locais distantes, em casos de onfalite (e estruturas anexas), pneumonia, 
enterite. Por uma pré-disposição, nos animais jovens, os microrganismos 
alcançam mais facilmente as articulações, desenvolvendo uma artrite séptica. 
2. Traumática: Ocorre em casos de feridas em geral com comunicação articular, 
em torno de 36,5% das artrites sépticas existentes são por via traumática. 
3. Iatrogênica: Artrocentese (34,1%) ou cirurgia (1%). 
Em feridas lacerantes, deve-se realizar artrocentese com todos os procedimentos 
necessários para que, caso não haja uma artrite séptica, não se desenvolva uma por erro 
de procedimento. Realizar do lado oposto da ferida, puncionar a articulação e injetar 
solução estéril e caso haja artrite séptica, vai ser visualizado do lado da lesão (saída de 
solução). A via mais comum é a hematógena, principalmente em potros, com agentes 
etiológicos mais comumente isolados Staphylococcus (G-), Salmonella (G-) e E. coli 
(G-). 
O mecanismo etiológico da artrite séptica se inicia com a bactéria entrando na 
articulação, que causa inflamação e sinovite, com capacidade de causar osteomielite 
séptica. Essa sinovite não vai ser diferente das enzimas que ocorre em 
sinovite/capsulite, com a liberação de enzimas lisossômicas da membrana sinovial que 
contém Protease (quebra proteína e causa a diminuição das glicosaminoglicanas levando 
a perda da característica da cartilagem) e Colagenase (causa a destruição da cartilagem). 
SINAIS CLÍNICOS: Claudicação caso seja um animal adulto, com distensão articular 
como um todo (devido ao acometimento da cápsula articular) e dor a palpação articular. 
Em animais jovens é comum se observar poliartrite, além dos sinais anteriormente 
citados, irão possuir decúbito prolongado devido à dor e podem apresentar enfermidades 
concomitantes como, por exemplo: onfalite, pneumonia, enterite, colite. Sendo essas as 
prováveis causas da artrite séptica. 
DIAGNÓSTICO: Anamneses bem feita, com histórico de doença concomitante, sinais 
clínicos, exame físico geral (todos os sistemas), exame do onfalo (onfalite), respiratório 
(presença de secreção, US pulmonar), digestivo (enterite, colite, tiflite...) e devem ser 
palpadas todas as articulações. Padrão ouro e exame definitivo é Análise do Líquido 
Sinovial. O RX é utilizado para descartar fraturas e observar se existe Osteomielite 
(tratamento complicado) e outras enfermidades concomitantes, realizada no mínimo em 
três projeções (DP, LM e OQ). A artrite séptica pode levar a DAD, proliferações ósseas 
na tentativa de dar estabilidade a articulação. 
 O certo seria encaminhar o animal para um centro de referência, onde se deve 
tratar a causa primordial, se houver, e após isso tratar a atrite séptica, considerada uma 
emergência. 
TRATAMENTO: Primeira atitude, se possível fazer uma artroscopia, que proporciona 
lavagem articular e a visualização podendo avaliar as condições articulares. Caso não 
tenha artroscopia realizar a lavagem articular com a técnica “through and through”, 
onde entra por um lado da articulação e saindo por outro, movimenta as partículas e 
remove fisicamente os mediadores inflamatórios. Se conseguir realizar 2-3L de solução 
estéril morna. 
 Administrar antimicrobiano sistêmico, sendo inicialmente com Penicilina G 
potássica 22.000 UI/kg/IV QID + Gentamicina 6,6 mg/Kg/IV, SID (não realizar IV se 
não for a penicilina potássica). Antes de realizar o antibiótico, realizar cultura e 
antibiograma, se for resistente deve-se mudar o antb. Podendo adm Ceftiofur ou antb 
local. Não adm enrofloxacina em potros, pois atrapalha o desenvolvimento e qualidade 
das articulações. Os antbs interarticulares mais utilizados são gentamicina 
(150mg/articulação/dia), amicacina (500mg/art/dia) e ceftiofur (150mg/art/dia), além do 
tratamento sistêmico, ao longo do tratamento se realiza de 3-4 aplicações. 
 O tratamento antimicrobiano local ou perfusão regional ou antibiose, pela via 
intravenosa ou intraóssea. Na IV, usa-se um garrote acima da articulação, não tendo 
acesso ao resto do organismo, tendo uma concentração de antb no local de necessidade, 
tendo uma utilização de antb em menor quantidade e maior abrangência no local da 
artrite. Deixa-se por 30-40 min e causa dor, sendo então adequado adm anestésico local 
após a realização do antb. Na intraóssea, se utiliza quando a doença progrediu e tem 
osteomielite, sendo adm na medula óssea com materiais ortopédicos em ambiente estéril 
e anestesia geral. 
 DAINE’s, fenilbutazona e flunixina meglubina, que diminui a dor e o processo 
inflamatório. Em animais jovens devem-se possuir cuidados extremos de enfermagem, 
nutrição, hidratação, limpeza e cama (macia). 
ANÁLISE DO LÍQUIDO SINOVIAL 
 É um líquido que lubrifica e nutri a cartilagem, sendo ultrafiltrado que também 
possui função de proteção mecânica. Sempre quando for coletar o líquido deve-se 
possuir um ambiente asséptico, tricotomia, antissepsia, material estéril... É coletado 
através da ARTORCENTESE. 
 Colheita cem dois frascos, um com EDTA, para a realização de citologia, e o 
outro sem o anticoagulante, pra cultura, isolamento de bactéria e antibiograma. Avalia-
se a coloração (amarelo palha-transparente), viscosidade (altamente viscoso), 
quantidade do líquido, células nucleadas (total e porcentagem de neutrófilos/linfócitos) 
e proteína total. Não coagula devido à ausência de fibrinogênio, se coagular é porquepossui os elementos da cascata de coagulação e infecção intensa. Pode ser que tenha 
hemartrose (sangue na articulação), em grande quantidade é enfermidade e pode ser 
que em pouca quantidade é devido à colheita. Seu sobrenadante quando há sangue, 
possui uma coloração amarelo escuro ou laranja (xantocromia) é devido à degradação 
da hemoglobina que pode ser devido à artrite traumática crônica que leva a 
derramamento de sangue. A 
turbidez pode estar mais turva 
por causa de celularidade alta 
(inflamação). A proteína total 
pode estar aumentada devido a 
algumas condições, como a 
inflamação intensa que aumenta 
a permeabilidade vascular da 
membrana sinovial (formação 
do líquido). 
 
FIXAÇÃO DORSAL DE PATELA “LUXAÇÃO DE PATELA” 
 A patela se torna imóvel devido ao aprisionamento do ligamento patelar medial 
na crista troclear medial do osso fêmur. O ligamento fica preso atrás da crista troclear 
medial que é maior que a crista do aspecto lateral. 
 
 Isso ocorre devido a vários fatores, dentre eles estão: a conformação, onde o 
ângulo da articulação Femorotibial é maior, sendo mais reto, ou seja, a todo o momento 
em extensão. Isso pode causar o aprisionamento do ligamento. Perca de tônus muscular 
e rigidez das estruturas, pode ser devido a repouso de outras doenças prévias que 
necessitam repouso, essa redução do tônus predispõe a fixação dorsal de patela, isso se 
dá, pois, a inserção do músculo quadríceps femoral na patela, devido a diminuição do 
tônus, faz movimentos que normalmente não alcançaria, causando o aprisionamento do 
ligamento. 
SINAIS CLÍNICOS: O membro permanece em extensão, pois a patela 
fica impossibilitada de realizar flexão, pode ocorrer a ‘liberação’ da 
patela ou permanecer por horas (dias), necessitando para desaprisionar 
manualmente de médico veterinário. Pode confundir com ARPEJO. Pela 
impossibilidade de flexão, o animal arrasta a pinça ocorrendo um 
desgaste maior. 
DIAGNÓSTICO: Anamnese com episódios, ou doenças que tiveram tratamento em 
baia. RX, pois podem levar a alteração radiográfica da patela. Se chegar o animal 
normal, pode-se fazer a fixação dela fechando o diagnóstico, palpação para avaliar a 
distensão da patela. Subir e descer rampas e círculos fechados (ao passo) induz a 
fixação. 
TRATAMENTO: Se conseguir liberar a patela temporariamente, o andar pra trás induz 
a liberação e manualmente através da palpação. Destravar a patela e realizar exercícios 
que melhoram um tônus muscular, caso isso seja a causa. Se for a conformação 
melhorar o ângulo e com um bom ferreiro e casqueador. Em ultimo caso o tratamento 
cirúrgico que é a Desmotomia Ligamento patelar, tira o ligamento, se não existe não se 
aprisiona.

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