Buscar

Prévia do material em texto

Victoria Karoline Libório Cardoso 
Pneumonia 
 
 
Definição 
 
Infecção dos alvéolos ou do 
espaço intersticial pulmonar, 
causada por vários 
microorganismos, reações 
alérgicas ou produtos tóxicos. 
 
Classificação: ​depende do local 
da contaminação. 
 
Quadro clínico 
 
Pode ser gradativa ou 
fulminante. 
 
Sinais e sintomas: 
 
● Febre, taquicardia, 
calafrios, sudorese, tosse 
seca ou produtiva, 
escarro, fadiga, cefaleia, 
mialgia, artralgia, dor 
torácica e dispneia. 
 
● Podem ocorrer sintomas 
gastrintestinais: 
náuseas, vômitos e 
diarreias. 
 
Exame físico 
 
Achados: 
 
● Auxílio dos músculos 
acessórios na respiração. 
 
● Frêmito tóraco vocal 
aumentado. 
 
● Macicez ou submacicez 
na percussão do tórax. 
● Ausculta com presença 
de estertores, sopros 
brônquicos e/ou atrito 
pleural. 
 
Idosos:  
 
● Sintomatologia comum: 
desorientação, 
alterações funcionais e 
descompensação de 
doenças antes estáveis, 
como diabetes mellitus, 
DPOC e IAM. 
 
● Sinais e sintomas 
incomuns/alerta: ​febre, 
tosse e dispneia. 
 
Diagnóstico 
  
Basicamente clínico e embasado 
na tríade: anamnese, quadro 
clínico e exame de imagem 
sugestivo. 
 
● Radiografia de tórax. 
 
○ Repetir após 6 
semanas, 
principalmente 
em fumantes 
com mais de 50 
anos (risco de 
carcinoma 
brônquico). 
 
Visualização no Raio-x: 
 
● Consolidações 
alveolares: 
broncopneumonia, 
pneumonia lobar e 
intersticial aguda 
  
Deve-se verificar a persistência 
dos sintomas ou achados 
anormais no exame físico, no 
exame de repetição após 6 
semanas. 
  
Exames laboratoriais: 
 
● Gasometria arterial. 
 
● Hemograma, identifica: 
leucocitose, neutrofilia e 
desvio a esquerda. 
 
● PCR: auxilia no 
diagnóstico de 
pneumonia bacteriana. 
 
● Hemocultura em casos 
mais graves. 
 
Menos comuns: 
  
● Tomografia de tórax: 
quando o quadro clínico 
é exuberante, mas a 
radiografia é normal. 
 
● Ultrassonografia de 
tórax (UST). 
 
● Avaliação de 
procalcitonina. 
  
Achados mais comuns:  
 
● Consolidações (100% de 
especificidade). 
  
● Padrão intersticial focal. 
  
● Lesões subpleurais. 
  
● Anormalidades na linha 
pleural. 
  
● Saturação periférica de 
oxigênio. 
 
 
  
Investigação etiológica 
  
Quando fazer: 
 
● PAC grave 
  
● Não responde à terapia 
empírica inicial. 
  
● Internados em UTI 
  
Como investigar:  
 
● Exame direto e cultura 
de amostras do escarro 
(ou de aspirado 
nasotraqueal, caso não 
expectore) 
  
● Testes moleculares: 
  
○ Teste rápido para 
influenza de alta 
acurácia. 
  
○ Teste molecular 
rápido para M. 
tuberculosis. 
 
○ Teste rápido para 
patógenos 
atípicos (M. 
pneumoniae, C. 
pneumoniae, 
Legionella ap., B. 
peetussis). 
  
Avaliação da gravidade  
 
Métodos: 
 
● PSI - CURB-65 - CRB-65 
- SMART-COP - SCAP. 
  
Objetivo dos escores 
prognósticos: 
  
● Dimensionam a 
gravidade da doença. 
  
● Predizem o prognóstico. 
  
● Guiam a decisão do local 
de tratamento. 
  
● Direcionam sobre a 
necessidade de 
investigação etiológica. 
 
● Direcionam na escolha 
do tratamento e na via 
de administração. 
  
Tratamento 
  
Geralmente não se sabe a 
etiologia da pneumonia, então o 
esquema terapêutico inicial é 
amplo, para cobrir os patógenos 
mais prováveis. 
 
Pacientes ambulatoriais: 
 
● Macrolídeos: 
 
○ Claritromicina, 
500 mg 2X/dia. 
 
○ Azitromicina, 
500 mg - dose 
única. 
 
○ Doxiciclina, 100 
mg 2X/dia. 
 
● Fluoroquinolonas 
respiratórias: 
 
Obs:​ essa classe é 
contraindicada para pacientes 
sem comorbidades e que fizeram 
antibioticoterapia nos últimos 3 
meses, pois podem estimular a 
resistência ao fármaco. 
 
○ Moxifloxacino, 
400 mg/dia. 
 
○ Gemifloxacino, 
320 mg/dia. 
 
○ Levofloxacino, 
750 mg/dia. 
 
● Para pacientes sem 
comorbidades e que 
fizeram 
antibioticoterapia nos 
últimos 3 meses: 
 
○ Betalactâmico 
(amoxicilina, 
clavulanato, 
cefuroxima) com 
macrolídeos. 
 
Pacientes hospitalizados: 
 
● Patógeno isolado: 
antibioticoterapia 
direcionada - 
fluoroquinolonas 
respiratórias ou 
beta-lactâmicos + 
macrolídeos. 
 
Pacientes em UTI: 
 
● beta-lactâmicos + 
macrolídeos. 
 
Tipos de Pneumonia 
  
PAH - Pneumonia Adquirida em 
Hospital 
  
● Quando adquirida após 
48h da admissão 
hospitalar. 
  
● Tratamento em 
enfermaria ou UTI. 
  
● Não relacionada a 
intubação endotraqueal e 
Ventilação Mecânica 
(VM). 
  
● Precoce:​ até 4 dias de 
internação. 
  
 
● Tardia: ​após 5 dias de 
hospitalização. 
 
PAVM - Pneumonia Associada à 
Ventilação Mecânica 
  
● Surge 48-72h após 
intubação endotraqueal e 
instituição de ventilação 
mecânica invasiva. 
  
● Precoce:​ até 4 dias de 
intubação. 
  
● Tardia: ​após 5 dias de 
intubação e VM. 
 
Pneumonia relacionada a 
cuidados de saúde 
 
● Residentes em asilos ou 
pacientes em sistema de 
internação hospitalar. 
 
● Uso de ATB endovenoso 
ou quimioterápicos nos 
30 precedentes à 
infecção atual. 
 
● Pacientes em terapia 
renal substitutiva. 
 
● Hospitalizados em 
caráter de urgência por 
dois dias ou mais nos 
últimos 90 dias 
precedentes à infecção 
atual. 
 
Traqueobronquite hospitalar 
 
● Sinais de pneumonia, 
mas sem a identificação 
de opacidade radiológica. 
 
● Antes são descartadas 
outras possibilidades que 
possam justificar os 
sintomas. 
 
● Faz-se isolamento de 
germes em cultura, para 
verificar se há associação 
ou não aos sinais 
clínicos.