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TEORIA E TÉCNICAS DE GRUPO Ricardo da Silva e Silva A questão da liderança Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Definir o que é liderança. � Apontar as características inerentes ao líder de equipe. � Identificar o que distingue o chefe do líder. Introdução Liderar envolve uma série de atividades, entre elas conduzir equipes para obter resultados. É necessário também que o líder possua uma série de características habilidades e competências desenvolvidas, ou que as tencione desenvolver, como visão sistêmica, boa capacidade de comuni- cação, autoconhecimento e empatia. O exercício da liderança possibilita que as organizações alcancem metas e objetivos. Dada a importância desse assunto, a temática já foi objeto de estudo de diversos teóricos, conceituando e apresentando diversas perspectivas sobre o tema. Neste capítulo, serão apresentadas diversas dessas teorias e você vai identificar as características que distinguem chefe e líder, conhecer e compreender as principais características do líder de equipe e ainda observar os principais conceitos sobre liderança. O que é liderança? Uma equipe de futebol é uma organização, e seu objetivo é alcançar o maior número de vitórias possíveis. Contudo, não basta apenas reunir talentos, se não houver um treinador preparado para trabalhar com planos estratégicos, não haverá êxito no alcance dos resultados esperados. Não é diferente na realidade das empresas; o investimento em modernos equipamentos e softwares, as modernas pesquisas em produtos ou serviços, nada faz sentido se o exercício de liderança não for sólido, de forma a permitir que os líderes impulsionem o alcance dos objetivos organizacionais. Principais conceitos de liderança Na trajetória da humanidade há diversos exemplos de líderes com importante papel no alcance real de objetivos e metas, desde Alexandre o Grande, um dos maiores conquistadores da Europa e Ásia na luta por conquistar mais territórios, passando por Martin Luther King, figura representativa e líder de luta das demandas pelo fim de desigualdade do povo negro norte-americano, até Bill Gates, que se tornou um dos maiores empreendedores do mundo e trouxe à sociedade a necessidade de utilizar os produtos e serviços que desenvolveu, entre tantos outros. A realidade é que todos esses exemplos citados têm algo em comum, inspiraram e influenciaram pessoas enquanto líderes. Ao longo da história houve diversos líderes, com qualidades, competências e habili- dades variadas. Vivemos atualmente um contexto de dinâmicas mudanças no cenário empresarial e os líderes devem estar à altura desse desafio. O link a seguir, apresenta uma palestra do filósofo Leandro Karnal, que reflete sobre a evolução da liderança ao longo dos anos e seus atuais desafios. https://qrgo.page.link/sYndm Mas o que é ser líder? Existem diversos conceitos, muitos deles convergindo em um mesmo caminho, contudo é importante compreender essas conceitua- ções no sentindo de perceber as sensíveis diferenças e semelhanças em cada um dos principais teóricos do tema. Os mais diversos autores já teorizaram sobre o tema. Yukl (2008) concei- tua a liderança, como o composto de ações, que permite influenciar pessoas para atingir objetivos em comum. Bass et al. (2003) aborda a importância do líder, sendo este o responsável por transmitir os norteadores organizacionais, direcionando o comportamento das pessoas. Para Chiavenato (2008), liderar é influenciar pessoas a fim de atingir determinados objetivos. O autor relaciona então o processo de liderança e o alcance de objetivos. Já para Nascimento (2008) liderar é um processo que deve ser acentuado de forma contínua; o A questão da liderança2 autor compreende que a liderança é uma busca contínua e, mesmo assim, jamais haverá um líder pronto. Conforme Bastos, Bergamini e Dalpia (2018), liderar é uma habilidade e está presente nas relações entre as pessoas, nas mais diversas situações e nos mais variados ambientes. E ainda a liderança efetiva tem o objetivo de estimular e motivar colaboradores, valorizando-os em cada etapa na busca de objetivos. A apresentação dos conceitos de liderança e suas mais diversas perspectivas traz maior entendimento sobre o assunto, além de uma importante afirmativa: a liderança é de vital importância no contexto organizacional, reunindo uma série de fatores que corroboram para o sucesso. Há ainda um importante ponto, quando o assunto é liderança. As diferentes perspectivas epistemológicas indagam-se sobre o processo de liderança ser nato ou poder ser desenvolvido. As buscas de respostas por esse questionamento são variadas e amplas. Conforme citado por Nascimento (2008), o processo de liderar é de aprendizado contínuo, e Vergara (2007) afirma que a liderança não é um processo acabado, que está em constante mudança e aprendizado no tempo e espaço do atual cenário, fundamentando-se no aprendizado con- tínuo. Mesmo sendo possível desenvolver a liderança, existem uma série de características que são natas ao processo de liderar e possibilitam tornar a arte de liderar mais rica. A arte de liderar pode ser desenvolvida por quem quer que seja, desde que haja disposição por parte de quem pretende desenvolver-se. Um importante elemento relativo à questão da liderança é identificar quais demandas envolve esse processo. Está muito além de comandar pessoas e motivá-las. Algumas das demandas do processo de liderar, são: � gerenciar conflitos; � desenvolver pessoas; � dar feedbacks sempre que necessário; � desdobrar os planos e estratégias da organização para todos os níveis da empresa; � avaliar desempenhos. 3A questão da liderança Características de um líder de equipe O resultado do exercício da liderança tem relação direta com como as equipes são gerenciadas pelos seus líderes. Para Ivancevich (2008), equipes podem ser consideradas como arranjos de indivíduos que executam atividades diversas e com responsabilidades isoladas, trabalhando de forma eficaz. O importante papel do líder está relacionado à capacidade de gerenciar equipes e conduzir grupos de pessoas para o alcance de metas organizacionais. É imprescindível ao exercício da liderança a capacidade de comunicar a equipe sobre os planos estratégicos, manter as pessoas motivadas e desenvolvê-las em relação ao potencial individual de cada uma, oportunizando crescimento aos indivíduos e, por consequência, ao grupo. Conhecer a equipe de liderados faz-se necessário para estimular e motivar uma equipe para obter os resultados esperados. Equipes integradas e cooperativas, demonstram confiança em seus líderes, por entenderem que líder e liderados trabalham juntos em prol dos mesmos resultados. No cenário atual, de alta competitividade no âmbito empresarial, contar com equipes organizadas e que tenham foco nos resultados é imprescindível, mas muito além de motivar e inspirar, o líder deve estar atento à formação dos grupos (ROBBINS, 2002). Liderar é o processo de motivar pessoas para atingir um determinado resultado es- perado. Esse processo reúne um conjunto de conhecimentos teóricos e habilidades desenvolvidas e também algumas características natas. Em matéria da Revista Exame (YAMAOKA, 2015), são elencadas as principais características, apresentadas a seguir, para ser um bom líder. � Assumir responsabilidade: o líder é um tomador de decisões é a pessoa que deve tomar a frente na resolução de possíveis problemas e dos caminhos a serem tomados no alcance dos objetivos. � Liderar pelo exemplo: muito mais que palavras, as ações devem nortear o processo de liderança, um bom líder lidera pelo exemplo. � Reconhecer seus limites: um líder deve compreender que não sabe tudo e ter a capacidades de pedir ajuda quando necessário. A questão da liderança4 Além das habilidades relativas à gestão de equipes, pode ser elencada também como características de um líder de sucesso a empatia; um líder deveter a capacidade de colocar-se no lugar do próximo, entendendo que há limites dentro de potencialidade de cada um. Saber delegar também é uma outra importante característica; um líder precisa demandar responsabilidades de sua equipe. Autoconhecimento é de grande relevância; um líder precisa saber quais são seus pontos fortes e pontos a melhorar, elemento fundamental no processo evolutivo de liderança. Saber trabalhar em equipe é outra carac- terística muito relevante nesse contexto. Teoria dos traços de liderança Existem outras características e peculiaridades que definem as características e o perfil para liderar. Uma das formas de definir e compreender as características de um líder é a teoria dos traços de liderança. Conforme Robbins (2002), os traços de liderança representam um padrão de características pessoais, que diferenciam líderes de não líderes, sendo tais características: � Ambição e energia: desejo de realizar e conquistar; � Desejo de liderar: necessidade de se colocar em posição de comando; � Honestidade: postura e posicionamento que a liderança tem, que des- perta a admiração e o respeito dos liderados; � Autoconfiança: capacidade da tomada de decisão e de assumir riscos; � Inteligência: inteligência e capacidade de trabalhar de forma estratégica na organização de processos. Há ainda uma série de características, divididas em três dimensões, que demonstram se uma pessoa tem ou não capacidade de liderar. As dimensões são Personalidade, que representa como um líder se relaciona com outras pessoas, Aspectos Físicos, elementos como força e aparência também são levados em conta, e, por fim, as Habilidades Intelectuais são também levadas em conta, entre elas a inteligência e a capacidade de comunicação. Nos dias de hoje, leva-se em conta a capacidade de desenvolver líderes, muito mais do que características que nasçam com o indivíduo. Entretanto, no momento de desenvolver lideranças, as organizações, acabam levando em conta algumas características distintas relacionadas à teoria dos traços de liderança. 5A questão da liderança Os líderes, as equipes de liderados e o perfil geracional O grande desafio dos líderes nas organizações é gerenciar grupos de pessoas com características e objetivos muito distintos. Cada indivíduo carrega suas vivências, perspectivas e visões de mundo, e o líder precisa alinhar as ações de tais indivíduos para que sejam atingidos os objetivos organizacionais. Para Chiavenato (2006), o papel do líder é indispensável, e é necessário, ainda, que este conheça as características da natureza humana, para conduzir pessoas no processo de liderar. As características de grupos de pessoas dentro das organizações vão além dos gostos pessoais; muitos autores frisam a dificuldade de gerenciamento do capital humano dentro das organizações, abordando e conceituando os perfis geracionais, apresentando características distintas de grupos de indivíduos, conforme a geração de cada grupo de pessoas. Umas das definições de grupos geracionais é abordado por Lombardia, Stein e Pin (2008), que divide os indivíduos em veteranos, nascidos até meados de 1950, os babyboomers, nascidos entre 1951 a 1964, a geração X, nascida entre 1965 a 1983 e a geração Y, nascida entre 1984 a 1990. Ainda há um outro grupo geracional, denominado de geração Z, que, segundo Celestino (2011), compreende os indivíduos nascidos entre 1990 a 2009. Esses grupos possuem características muito peculiares, e os indivíduos desses grupos têm formas muito distintas de enxergar o mundo, a hierarquia e sua relação com o trabalho. A seguir, são apresentadas as principais diferenças entre esses grupos. � Veteranos: Pessoas que presenciaram a grande guerra mundial e tam- bém passaram por grandes crises econômicas e transformações políticas. Esteves (2012) conceitua que esse grupo de pessoas tem afeição por hie- rarquias inflexíveis e possuem muitas restrições ao uso das tecnologias. Em geral, são profissionais que tendem a trabalhar em um único local, compreendendo que deve haver lealdade à organização que o contrata. � Baby boomers: tem esse nome, pois é a geração nascida após a grande guerra, quando, após o retorno dos soldados, houve a chamada explosão de bebês devido ao grande número de nascimentos. Esteves (2012) caracteriza essa geração, como aquela que deixou a família de lado para se preocupar com a carreira, seu crescimento profissional e financeiro e com o ideal de construir carreiras sólidas, sempre baseadas no respeito aos superiores hierárquicos. A questão da liderança6 � Geração X: geração que nasceu no período durante ou próximo ao fim da ditadura militar. Para Oliveira (2010), é uma geração muito prática e em busca de minimizar desigualdades sociais, uma geração apegada a cargos e às relações de poder. � Geração Y: geração já nascida com mais recursos tecnológicos. Esteves (2012) frisa essa geração como aquela nascida em um país de governo democrático; outro importante ponto foi a internet, que introjetou nessa geração a capacidade de sonhar. A geração Y é mais individualista e afeita a desafios e facilmente troca uma oportunidade de trabalho por outra, muitas vezes pelo simples fato de enxergar maior desafios ou reconhecimento. � Geração Z: geração já nascida com o advento da internet. São multico- nectados, multitarefas e apegados à tecnologia. É uma geração que não tem apego a hierarquias e regras rígidas em excesso. Celestino (2011) define a geração Z como aquela capaz de realizar muitas atividades distintas e ao mesmo tempo. Lidar com esses grupos geracionais, com características tão distintas, é mais um grande desafio para as lideranças na atualidade: como potencializar as qualidades de cada indivíduo para que seja possível atingir os resultados organizacionais: Tais desafios podem ser observados no link abaixo, onde é apresentada uma reportagem que mensura os desafios do convívio geracional no âmbito organizacional. Um dos grandes desafios de líderes na atualidade é a possibilidade de gerenciar equipes de gerações muito diferentes. As alterações nas regras no mercado de trabalho possibilitam que pessoas próximas à aposentadoria e outras muito jovens compartilhem os mesmos espaços nas empresas, cada perfil geracional com sua diferente forma de enxergar o mundo, de se relacionar com as tecnologias e de enxergar o trabalho e as relações hierárquicas. O link apresenta uma reportagem que aborda os maiores desafios de lidar com os diferentes perfis geracionais no âmbito organizacional. https://qrgo.page.link/QfuQT 7A questão da liderança Distinções entre o líder e o chefe O processo de liderança envolve um conjunto de habilidades, conhecimentos e práticas, objetivando que sejam alcançados resultados esperados. Liderar, então, envolve uma série de tarefas, rotinas e processos que possibilitam que equipes, conduzam as organizações ao alcance de metas e objetivos definidos anteriormente. Para Vergara (2007), o ato de liderar possibilita influenciar indivíduos, de maneira que rotinas, tarefas e missões sejam realizadas e os objetivos, alcançados. Liderar envolve diversos elementos inerentes à condução de equipes de pessoas, como relacionamento interpessoal, comunicação, tomada de decisão e a ênfase que é dada pelo líder ao processo de recompensas ou punições. Dadas e observadas essas características, é possível compreender que há diferentes tipos de líderes, com peculiaridades e características distintas. Há inclusive autores que apresentam a diferença entre chefes e líderes, sendo o primeiro, aquele com tendências mais autoritárias, que apresenta grandes dificuldades para motivar pessoas e possuidor de decisões tomadas de forma mais centralizada. Já o líder exerce seu processo de liderança mobilizando pessoas através da motivação, descentralizando o processo decisório de forma mais democrática, valorizando e potencializando as habilidades individuais. Vergara (2007) aborda esses doisconceitos, apresentando o chefe como aquele que prioriza sistemas e estruturas para ser obedecido por grupos, usando muitas vezes a coerção; o líder, por sua vez, através de sua influência, motiva para o alcance dos objetivos. Evolução dos perfis de liderança: Teoria X e Teoria Y Para compreender melhor as diferenças entre chefe e líder, é preciso compre- ender que o processo de liderança evolui ao longo do tempo. Uma das teorias que aponta para as diferentes formas de liderar é a teoria X e Y de Douglas McGregor. Essa teoria aponta diferentes visões dos líderes sobre as pessoas que compões os grupos de liderados. A questão da liderança8 As teorias X e Y são muito distintas e apresentam diversas características em relação à percepção dos líderes de como as pessoas agem no trabalho. Segundo Oliveira, Souza e Calvo (2012), os dois estilos, X e Y, são formas opostas de liderar: de um lado uma teoria mais tradicional, estática e mecânica, e, de outro, um estilo baseado na inovação, tratando a pessoa como um ser importante nesse processo. O Quadro 1 apresenta as diferentes visões nos estilos gerenciais das Teorias X e Y. Fonte: Adaptado de Rchristanelli (2013). Teoria X Teoria Y Vigilância e fiscalização das pessoas Autocontrole e autodireção Desconfiança das pessoas Confiança nas pessoas Imposição de regras e regulamentos Liberdade e autonomia Descrédito nas pessoas Delegação de responsabilidade Centralização das decisões na cúpula Atividades criativas para as pessoas Autocracia e comando Democracia e participação Pessoas como recursos produtivos Pessoas como parceiras da organização Quadro 1. Características Teoria X e Y Há uma evolução no processo de liderar, decisões descentralizadas, maior delegação, e um maior envolvimento por parte dos colaboradores no processo de gestão. O processo de liderança no contexto atual, as teorias X e Y, apre- sentam uma importante dicotomia, e é possível relacionar os gestores que compreendem seus liderados conforme as características da teoria X como chefes e aqueles que compreendem suas equipes conforme as características da teoria Y como líderes de fato. 9A questão da liderança Os tipos de líderes Cada líder possui características relacionadas ao seu tipo de gestão. Muitos teóricos apresentaram conceitos sobre os tipos de líderes e a forma como eles lidam com sua forma de gerenciar. Segundo Maximiano (2000), estilo de liderar é a forma como o líder se relaciona com sua equipe; ainda define os estilos: autocrático, democrático ou liberal. As principais características de cada estilo estão listadas abaixo. � Autocrático: líderes que possuem postura centralizada e autoritária, sem abertura no processo de gestão. Bonome (2008) caracteriza a liderança autocrática, como uma supervisão cerrada, com a chefia determinando para os liderados aquilo que devem fazer. � Democrática: estilo de liderança mais democrático, onde o processo de gestão é aberto à participação dos líderes e o processo de decisão pode ser por muitas vezes compartilhado. Bonome (2008) aborda a liderança democrática como aquela onde o processo decisório ocorre em grupo e as demandas e rotinas são definidas de forma prévia e comunicadas de forma assertiva ao grupo. � Liberal: este estilo de liderança parte do princípio de que o grupo é maduro, pois o processo decisório é totalmente compartilhado, valendo- -se da autogestão. Maximiano (2000) conceitua o estilo liberal como a liderança onde o líder transfere sua autoridade aos liderados e confia a eles a tomada de decisão. Compreendido os estilos de liderança, é necessário fazer uma reflexão: cada um deles tem características positivas e negativas, e é fundamental haver uma mescla de estilos. O melhor estilo de liderança tem relação com a equipe de liderados, suas características e peculiaridades. É ideal mesclar elementos dos diversos estilos de liderança, a fim de potencializar o capital humano das organizações. Para Blanchard (2011), a liderança situacional ocorre quando o líder transita pelos quatro estilos de liderança, de acordo com as necessidades da equipe (Figura 1). A questão da liderança10 Figura 1. Como adequar o estilo de liderança ao nível de desenvolvimento do colaborador. Fonte: Adaptada de Blanchard (2011). Comportamento diretivo D4 D3 D2 D1 Desenvolvido Em desenvolvimento Nível de desenvolvimento do colaborador AltoBaixo De le ga çã o Ap oi o Coaching Direção E1 E2E3 E4 Como adequar o estilo de liderança ao nível de desenvolvimento Alto Co m po rt am en to d e ap oi o O Quadro acima apresenta o Mapa da Liderança Situacional. O mapa apresenta a relação de envolvimento entre líderes e liderados. Tal relação está diretamente ligada à maturidade dos liderados, sendo necessário, por vezes, que o líder precise agir de forma difernete conforme cada membro da equipe. O mapa relaciona a maturidade do colaborador e seu comportamento de apoio em relação às tarefas desenvolvidas; a partir daí é definida a forma como o líder situacional deve agir, delegando mais ou menos, entre outros elementos. 11A questão da liderança A liderança situacional mescla características dos principais estilos de gestão. Esse estilo de liderar é muito benéfico para as organizações, pois possibilita que o líder se adeque as demandas organizacionais e das equipes de trabalho. Podem ser definidas como vantagens do líder situacional: � capacidade de perceber e diagnosticar a situação atual da equipe de colaboradores; � capacidade de se comunicar de forma assertiva com o grupo de colaboradores; � capacidade de se adaptar à realidade e às necessidades da organização e da equipe de trabalho; � capacidade de desenvolver as potencialidades dos colaboradores do grupo de trabalho. BASS, B. M. et al. Predicting unit performance by assessing transformational and transac- tional leadership. Journal of Applied Psychology, v. 88, n. 2, p. 207−218, 2003. Disponível em: http://dr-hatfield.com/Download/Leadership/apl882207.pdf. Acesso em: 18 jun. 2019. BASTOS, C. R.; BERGAMINI, G. B.; DALPIA, É. C. Os pilares da liderança e sua influência sobre o desempenho do profissional contábil. 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