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Ana Carolina Canêdo – XV Beta Fibras Musculares e Atividade Energética METABOLISMO ENERGÉTICO: - Constituído por vias bioquímicas (carboidratos, lipídios e proteínas) integradas - A principal função do metabolismo energético é manter a glicemia estável, pois a glicose é o substrato energético primário para a obtenção de energia em todos os tecidos - Neurônios, cardiomiócitos e hemácias (células vitais) usam prioritariamente glicose como fonte de energia - Para o músculo, o substrato energético principal para obtenção de energia seria a glicose, mas pensando em biodisponibilidade (reserva energética corporal) seriam os lipídios, pois: Carboidratos: 1% (GLICOGÊNIO) Lipídios: 85% (TRIGLICÉRIDES) Proteínas: 14% (AMINOÁCIDOS porém não existe uma reserva apenas para usar aminoácidos como fonte de energia) - Apesar de os lipídios estarem disponíveis em maior quantidade, durante o processo evolutivo de animais superiores, o carboidrato tornou-se mais viável para ser o substrato primário para geração de energia, uma vez que a energia necessária para oxidar uma molécula de ácido graxo é maior, tornando o lipídio menos vantajoso para ser usado como prioridade - À medida que a quantidade disponível de glicose vai diminuindo, o pâncreas começa a liberar glucagon (de forma endócrina) estimula mecanismos catabólicos (possui receptores no fígado, músculo e tecido adiposo) - No fígado o glucagon, estimula a glicogenólise (quebra da molécula de glicogênio) - Esse hormônio também estimula a quebra de moléculas de lipídios e proteínas - O mecanismo catabólico ocorre conforme a biodisponibilidade energética corporal - Jejum prolongado ou inanição indivíduo perde percentual de massa magra - A partir de 10h de jejum, em média, o organismo entra em mecanismo de cetogênese produção de corpos cetônicos, que passam a ser utilizados como fonte de energia - A produção desses corpos cetônicos acidifica o organismo (pH de 3 a 4) estudos indicam que pode estimular a proliferação de células tumorais, uma vez que elas “preferem” ambientes mais ácidos - No período do sono há uma menor atividade catabólica de substratos - O excesso de carboidratos é o principal fator de engorda pode aumentar a produção de colesterol “ruim” leva a uma lipogênese acelerada - EM JEJUM como já não tem carboidrato disponível, inicia-se a atividade física utilizando ácido graxo + pequena quantidade de proteínas como fonte de energia (produzir ATP) glicemia diminuída devido ao jejum entra em gliconeogênese (produção de glicose a partir de compostos que não são carboidratos, utilizando aminoácidos e glicerol) a partir de certo tempo, organismo entra em cetogênese para frear a proteólise (na cetogênese, ácidos graxos da lipólise são usados no fígado para a produção de corpos cetõnicos) não deixa faltar energia para as células vitais como o pH dos corpos cetônicos é ácido, são ativados mecanismos tamponantes a partir do bicarbonato para regular o pH sanguíneo indivíduo pode acabar perdendo massa magra - ALIMENTAÇÃO LEVE ingesta de carboidrato primário glicose está presente no sangue quando a glicose disponível começa a diminuir, é usado o glicogênio em seguida são utilizados ácidos graxos e proteínas para gerar ATP ao final do treino, não terá ocorrido gliconeogênese nem cetogênese reposição de glicose no pós treino para regular a glicemia - Hipercalórico glicose lactato hipotálamo IGF síntese proteica Ana Carolina Canêdo – XV Beta ESTRUTURA MUSCULAR: - O músculo é formado por fascículos musculares compostos por várias fibras - Essas fibras podem ter coloração avermelhada ou branca - Essa diferença na coloração ocorre devido à variação da quantidade de mioglobina (proteína que armazena oxigênio na fibra muscular, com função semelhante às hemoglobinas presentes nas hemácias) associada às mitocôndrias - Fibras vermelhas lentas possuem muitas mitocôndrias e mioglobinas utilizam mecanismos aeróbios a oxidação da glicose, de ácido graxo e de aminoácidos como fonte de energia leva uma produção maior de ATP quando comparadas às fibras rápidas, que utilizam mecanismos anaeróbicos, mas demoram um pouco mais para obter essa energia (contração lenta) saldo energético maior menor capacidade hipertrófica - Fibras brancas rápidas possuem muito poucas mitocôndrias e mioglobinas utilizam mecanismos anaeróbicos para geração de energia (sem necessidade de utilização de oxigênio) esses mecanismos são mais velozes na obtenção de energia (contração rápida) produzem energia a partir da proteína creatina (proteína de reposição de fosfato da mitocôndria para o citoplasma-), que tem curta duração de contração após esse curto prazo da contração (cerca de 30s), são utilizados mecanismos glicolíticos, láticos, (com produção de lactato) processo rápido saldo energético final é menor maior capacidade hipertrófica - A quantidade e distribuição de fibras vermelhas e brancas no indivíduo é determinada por fatores genéticos podem ser influenciadas por atividades físicas, que moldam essas fibras ORGANIZAÇÃO DO TECIDO MUSCULAR: - O músculo é formado por vários fascículos (também chamado de feixes de fibras) - Esses fascículos se dividem em membranas chamadas de epimísio, perimísio e endomísio AMINOÁCIDOS: - Estruturas básicas que dão origem às proteínas quando se polimerizam - Compõem grande parte da estrutura muscular - São assim chamados por serem compostos por um grupamento amino, um grupamento carboxila, um carbono quiral e um radical que pode variar (faz com que a estrutura dos aminoácidos diferencie esses aminoácidos entre si) - As proteínas se comportam de acordo com a necessidade de sua função no organismo - Por isso, os aminoácidos podem ser polares, apolares, aromáticos, polares positivamente carregados, polares negativamente carregados - A característica dos aminoácidos formadores de proteínas Ana Carolina Canêdo – XV Beta - São aqueles que “obrigatoriamente” devem ser ingeridos em nossa dieta. Metionina; Treonina; Isoleucina; Leucina; Lisina; Valina; Histidina Arginina*; Triptofano; Fenilalanina; * essencial para crianças e não para adultos (na fase adulta o corpo já consegue produzir) - 1/3 das proteínas do músculo são compostas pelos aminoácidos essenciais de cadeia ramificada formam a maioria das proteínas musculares - Carnes, ovos e leite são alimentos fundamentais para obter esses aminoácidos essenciais - A grande maioria das proteínas ingeridas são absorvidas (uma pequena parte é perdida na excreção) - O corpo humano possui capacidade de sintetizá-los pelo fígado por meio de mecanismos de desaminação associados a transaminação: Glutamato; Aspartato; Serina; Cisteína; Glutamina; Prolina; Glicina; Asparagina; Tirosina; Alanina - Importantes para a geração de energia e produção de glicose (principalmente glutamato, aspartato e alanina) - Alanina é o aminoácido mais importante no mecanismo de gliconeogênese (esse mecanismo ocorre em situações de jejum maior que 8h ou em exercício físico intenso) OBS: na gliconeogênese, os aminoácidos são quebrados os pedaços são aproveitados pelo corpo no ciclo de Krebs AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA (BCAAs): -São essenciais -Os aminoácidos BCAA (cadeia ramificada) são: Leucina Isoleucina Valina - Representam 1/3 das proteínas do tecido muscular; - Efeitos positivos na regulação da saciedade (aumentam a secreção de grelina), na síntese proteica muscular e na homeostase da glicose (participam de vias glicogênicas e cetogênicas); - Essenciais para a construção dos músculos e para a manutenção deenergia nas células musculares (podem ser usados como fonte de energia) - Por meio de mecanismos de biossinalização, a síntese proteica é estimulada pelos BCAAs Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Insulina e IGF-1 estimulam os mesmos receptores, que estimulam o mTOR - mTOR é um fator transcricional regulador de genes associados à síntese proteica - Regulação positiva do mTOR faz com que a célula produza mais proteína (aumento da expressão de genes que estimulam a síntese proteica) - Leucina pode regular positivamente o mTOR para síntese proteica, demonstrando que aminoácidos também são fatores regulatórios positivos - Prática de exercício de força produção de lactato na via glicolítica hipotálamo estimula neurohipófise produção de IGF-1 estimula mTOR expressão gênica da síntese proteica - Leucina, isoleucina e valina sofrem ação de enzimas transaminases liberam cadeias carbônicas a partir desses compostos carbônicos, ocorrem mecanismos que produzem intermediários que entram no ciclo de Krebs: Valina produz Propionil CoA e Succinil CoA Isoleucina produz Acetil CoA Leucina produz Acetoacetato - Propionil CoA gera Succinil CoA, que entra na via glicogênica: Ciclo de Krebs VALINA (aminoácido glicogênico, pois entra na via glicolítica) - Acetil CoA e Acetoacetato entram na via cetogênica, para produção de corpos cetônicos LEUCINA E ISOLEUCINA - Isoleucina também pode atuar na via glicogênica, produzindo Propionil CoA, - Aminoácidos de cadeia ramificada, além de comporem os músculos, estão associados à regulação metabólica do músculo, inclusive ofertando estruturas energéticas FIBRAS MUSCULARES: tipo I (vermelhas devido à grande quantidade de mioglobinas) - Contração lenta se encurtam lentamente e demoram mais a produzir energia - Possuem grande quantidade: Mitocôndrias e mioglobinas; Enzimas aeróbias; Capilares sanguíneos (irrigação) aumenta a oxigenação (pois essas fibras utilizam O2) - Devido a isso, têm capacidade para metabolismo oxidativo dentro das mitocôndrias, há oxidação de ácidos graxos, da glicose e de aminoácidos (leva um tempo maior) - Baixa capacidade hipertrófica (não são fibras de força nem de velocidade) e alta resistência (capacidade de contração a longo prazo demoram a se fadigar) - Saldo energético maior tipo II (brancas) - Metabolismo anaeróbico – atividades rápidas e intensas - Produção de energia é mais rápida - Fibras IIA: possuem características contráteis rápidas, metabolicamente mista (intermediárias) coloração rosada, pois possuem uma quantidade moderada de mitocôndrias e mioglobinas que possibilitam geração de energia aeróbia e anaeróbia Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Fibras IIB: verdadeiras fibras de contração rápida e de força (consideradas fibras ultrarrápidas): 40-90 milisegundos (Anaeróbio alático) - Possuem um metabolismo glicolítico (alático e lático) - Alta capacidade hipertrófica (fibras de força e velocidade) - Fadigam rápido - Saldo energético menor METABOLISMO ENERGÉTICO MUSCULAR: - Fonte primária de energia das células (ATP – adenosina trifosfato): Respiração celular e fermentação - Para obter ATP, são necessários substratos formados de cadeia carbônica fonte primária dos substratos é a glicose fonte secundária de reserva são os lipídeos - Reposição imediata de ATP: Creatina-P (proteína com função de transporte rápido de fosfato da mitocôndria das fibras musculares para o citoplasma) - Reserva energética primária: Glicogênio - Reserva energética secundária: Lipídeos - Mecanismos de oxidação de glicose e triglicérides (ácidos graxos) geram ATP, que fornece energia útil às céluas - No caso dos músculos esqueléticos mecanismos glicolíticos láticos a partir de fermentação entre piruvato e lactato são alternativas usadas quando ocorre diminuição da oferta de oxigênio - Oxidação de carboidrato ou lipídio necessita de oxigenação para que as mitocôndrias possam oxidar esses substratos - Durante uma atividade muscular contrátil, há uma demanda maior que a oferta de oxigênio possibilidade do organismo utilizar vias anaeróbicas de obtenção de energia (utilizadas especialmente por fibras brancas do tipo IIB) VIA GLICOLÍTICA LÁTICA indivíduo estimula mecasnismos de glicólise utilizando a glicose como fomento energético piruvato não é quebrado e transformado em Acetil CoA, ele entra em uma conversão direta para lactato, que é usado como fonte de energia CREATINA-P proteína com função de transporte rápido de fosfato oruindo de ATPs mitocondriais das fibras musculares para o citoplasma (principalmente durante períodos de repouso, pois os ATPs ficam mais viáveis) função específica das células musculares esqueléticas reposição imediata de ATP gera energia - Em uma situação extrema de demanda energética, também ocorre proteólise muscular aminoácidos advindos da proteólise geram cadeias carbonicas (cetoácidos) que entram diretamente no Ciclo de Krebs, contribuindo para a geração de energia na presença de oxigênio Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Nos primeiros 20 a 30s, as fibras rápidas (principalmente IIB), usam Creatina-P como forma de obtenção e reposição de fosfato - Após esse tempo, o mecanismo anaeróbico lático (produção de lactato) é a forma satisfatória de obtenção de energia, apesar de ela não ser duradoura (geralmente de 3 a 5 min) mecanismo de contração rápida - Durante esse processo, o mecanismo aeróbico (oxidativo) começa a gerar energia útil demora em torno de 3 a 5 min para que se tenha uma quantidade significativa de ATP produzido mecanismo de contração lenta (fibras vermelhas) processo de oxidação de substratos energéticos é mais demorado do que os mecanismos anaeróbios - As fibras intermediárias (fibras brancas do tipo IIA utilizam os dois mecanismos para geração de enegia) - Via glicolítica-láctica e fosfocreatina são mecanismos apenas existentes no citoplasma da célula muscular na ausência de oxigênio - Processo que utiliza a reposição de fosfato que estaria nas mitocôndrias em repouso (já que elas armazenam pequenas quantidades de ATP nesse estado de repouso) - A enzima Creatina Quinase (CPK) fosforila a creatina vira fosfato de creatina pega o fosfato mitocondrial do ATP e leva até o citoplasma, onde a CPK fosforila o ADP (que tem baixa quantidade de energia) utilizando esse fosfato transformaó em ATP (alta quantidade de energia) - É um processo rápido (realizadas por fibras rápidas do tipo II) mas não é duradouro, uma vez que a quantidade residual de ATP na mitocôndria em repouso é muito baixa (dura cerca de 30s) - Esse ATP residual poderia ser utilizado em um processo em que ele começaria um processo de contração rápida OBS: O substrato energético mais utilizado pelo músculo para obtenção de energia é o ácido graxo (biodisponibilidade maior) Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Em um primeiro momento, a glicose é transformada em ácido pirúvico (ou piruvato) essa conversão ocorre em 10 reações (5 reações preparatórias iniciais e 5 reações de pagamento) - Durante as 5 primeiras reações preparatórias, há um gasto de 2 ATPs e produção de 2 NADHs - Os 2 ATPs podem ser utilizados pela fibra muscular como fonte de energia rápida, oruindo a partir da glicose para a atividade contrátil - Na 5 reações de pagamento, há um saldo positivo produção de 4 ATPs - A partir do ácido pirúvico, para obtenção de ácido lático, ocorre um processo de oxidação do NADH (libera hidrogênios que vão para o piruvato, se tornando lactato) a enzima lactato-desidrogenase, que transforma piruvato em lactato, realiza mecanismos de oxirredução (redução do NADH em NAD) - Saldofinal de 2 ATP - Ácido lático ou lactato cai no sangue e pode chegar ao fígado e ser usado como fonte de glicose na gliconeogênese durante o processo de contração muscular, em que há gasto energético, a glicose pode começar a cair e o corpo usa substratos que não são carboidratos para produzir glicose (gliconeogênese), dentre eles: lactato, glicerol e aminoácidos (principalmente alanina) - Ácido lático também pode se converter em piruvato novamente (reação reversível) pode se transformar em glicose ou em Acetil CoA nesse último caso, o Acetil CoA entra no Ciclo de Krebs e auxilia na produção de energia de forma oxidativa Ciclo de Krebs é uma forma de oxidação (necessita de oxigênio) - Esse mecanismo da via glicolítica-láctica é realizado preferencialmente por fibras rápidas (brancas) não há presença de oxigênio - É um processo mais rápido que o processo oxidativo como um todo - Conversão de piruvato em lactato ocorre no músculo - Conversão de lactato em piruvato ocorre no fígado (gliconeogênese) piruvato vira glicose - O fígado libera essa glicose no sangue e os outros tecidos e células vitais podem utilizar essa glicose como fonte de energia - Na via glicolítica, é utilizado bastante NAD cada vez que a célula processa a glicólise, há um gasto significativo de NAD chega um momento em que a célula pode perder a capacidade de realizar glicólise por falta de NAD o processo de formação do lactato (transformação de piruvato em lactato por meio da redução do NADH em NAD) facilita uma reobtenção de NAD para a célula continuar realizando a glicólise - FUNÇÃO DO LACTATO: sua principal função é dentro do Ciclo de Cori quando é convertido em glicose no fígado - Saldo energético da via glicolítica-láctica: 2 ATP (para cada molécula de glicose) - As fibras rápidas fadigam rápido porque esse mecanismo produz pouca energia - Musculação altas repetições musculares com pausas curtas utilização de fibra rápida fomento energético: glicogênio, na forma de glicose, com produção de lactato alta produção de lactato estimula o hipotálamo estimula adeno-hipófise produção de GH estimula fígado e tecidos periféricos a produzirem IGF-1 (fator de crescimento) agonista Ana Carolina Canêdo – XV Beta que estimula mTOR estimula síntese proteica para as fibras musculares aumenta a capacidade hipertrófica - Via lática é um mecanismo rápido de produção de energia, porém com uma quantidade pequena de energia produzida - Ácido lático (pH=3,2) e lactato (pH=7) serão utilizados no fígado para a produção de glicose. A diferença entre eles é que o ácido lático está na sua forma ácida e o lactato é a forma ionizada (quando o ácido perde um H e fica com uma carga negativa) - Quanto maior a quantidade de lactato produzido, maior é a possibilidade de acúmulo de ácido lático na fibra muscular pode interferir no processo de contração devido ao pH baixo - Durante um processo de atividade contrátil de forma rápida e repetitiva, a fibra muscular começa a sofrer desidratação, há deficiência de cálcio dentro da fibra (↓ velocidade de entrada de cálcio) também pode ocorrer uma dificuldade de manutenção da produção de energia, acúmulo de ácido lático e desgaste mecânico da fibra são fatores que levam à fadiga muscular - No Ciclo de Cori, o glicogênio, na sua forma de glicose, é convertido em piruvato para a geração de lactato lactato vai para o sangue e cai no fígado lá é convertido em piruvato e, em seguida, em glicose essa glicose pode ser disponibilizada no sangue para ser utilizada pelos músculos e para a geração de energia a partir de células vitais (neurônios, cardiomiócitos e hemácias) - Gliconeogênese mecanismo de transformação de compostos que não são carboidratos (lactato, glicerol e aminoácidos) em glicose - Oxidação de glicose, ácido graxo e utilização de cetoácidos dos aminoácidos formam acetil CoA - De forma aeróbica: glicose piruvato acetil CoA (de forma anaeróbica, há transformação do piruvato em lactato) - Principal gordura de armazenamento nos tecidos adipócitos: triglicérides (ou triglicerídeos) - Na quebra de triglicérides (hidrólise das ligações), são liberadas moléculas de ácidos graxos + glicerol - Glicerol entra na via glicolítica, gerando piruvato, que gera acetil CoA Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Ácidos graxos sofrem beta oxidação no fpigado e também geram acetil CoA depois se transformam em corpos cetônicos - Principais corpos cetônicos produzidos durante a cetogênese: acetoacetato, β-hidroxibutirato e cetona (molécula volátil em casos de jejum prolongado ou diabetes descompensada, o indivíduo elimina essa cetona no hálito hálito cetônico) - Ou seja, a gordura em si também gera acetil CoA - Proteínas: quando ocorre proteólise muscular, as proteínas liberam aminoácidos desaminação desses aminoácidos alanina pode virar piruvato, glicina pode virar acetil CoA e o glutamato pode ser desaminado e entrar no Ciclo de Krebs na forma de α- cetoglutarato (aminoácidos podem entrar diretamente no Ciclo de Krebs ou gerar piruvato ou acetil CoA) - Intermediário energético mais importante das três vias nos processos oxidativos: acetil CoA - Função do processo oxidativo (principalmente de glicose, gorduras e aminoácidos importantes): produção de acetil CoA - ↑ gasto energético - ↓ glicose - ocorre gliconeogênese - ↓ gasto energético – glicose não diminui de forma considerável – uso de substratos para produção de (pouca) energia - Células vitais utilizam principalmente glicose para produção de energia podem utilizar também corpos cetônicos, mas em uma situação extrema - Acetil CoA ,a presença de oxigênio, mobiliza a mitôcondria (no interior da matriz mitocondrial) e, através de transformações, gera ATP e forma as coenzimas reduzidas NADH e FADH2 essas coenzimas reduzidas são reoxidadas na matriz mitocondrial da Cadeia Respiratória para produção de ATP posteriormente 1° momento: FASE PREPARATÓRIA fosforilação da glicose (fosfato proveniente do ATP) e sua conversão para gliceraldeído-3-fosfato 2° momento: FASE DE PAGAMENT0 conversão do gliceraldeído-3-fosfato para piruvato e transformação acoplada de ATP - 1ª e 3ª reações atuação de enzimas de natureza QUINASE (reações de fosforilação) quinases podem promover gasto ou ganho de energia - As duas principais enzimas que agem no metabolismo são de natureza quinase e desidrogenase - A primeira etapa da via glicolítica é chamada de preparatória pois ela “prepara” para que ocorra a produção de energia não há saldo positivo de energia (só houve gasto de ATP) - Ao final da fase preparatória, são formadas uma molécula de gliceraldeído-3-fosfato e uma molécula de diidroxiacetona fosfato intermediários formados no final da fase preparatória - 1 molécula de glicose, no final da glicólise, gera 2 piruvatos - Da 5ª para a 6ª reação: enzima isomerase converte diidroxiacetona fosfato em gliceraldeído-3-fosfato Ana Carolina Canêdo – XV Beta no final há um saldo de duas moléculas de gliceraldeído- 3-fosfato, uma vez que a via glicolítica só dá continuidade às reações com essas moléculas - A partir da fase de pagamento, existem 2 gliceraldeídos promovendo duas vias diferentes no final há obtenção de 2 piruvatos (todos os produtos são em dobro) - 6ª reação: atuação de uma enzima desidrogenase atua realizando ações de oxirredução e promovendo a oxidação do gliceraldeído em 1,3-bifosfoglicerato (libera um próton) e redução do NAD em NADH (recolhe o próton) - 7ª reação: 1,3-bifosfoglicerato em 3-fosfoglicerato fosforilação do ADP ganho de energia (formação de 2 ATP) saldo energético positivo - 10ª reação: fosfoenolpiruvato perde um fosfato, que vai parao ADP, geranto 2 ATP - Etapa Preparatória: Produção = ---; Consumo = 2 ATP; - Etapa de Pagamento: Produção = 4 ATP + 2 NADH; Consumo = ---; - Lucro: 2 ATP + 2 NADH; - Via glicolítica evolui para o Ciclo de Krebs, onde o piruvato é convertido em acetil CoA, que é oxidado para a geração de mais energia 1ª reação – fosforilação da glicose - Fosforilação do 6° carbono da glicose fosfato proveniente do ATP - Nessa fase houve gasto de energia para que pudesse ocorrer a fosforilação 2ª reação – isomerização (reversível) - Altera a estrutura da glicose, transformando-a em frutose (estrutura com menos carbonos) - Mantém a fosforilação no 6° carbono 3ª reação – fosforilação (gasto de ATP) - Enzima: Fosfofrutoquinase-1 adiciona fosfato no primeito carbono - É uma enzima alostérica ajuda na regulação da via glicolítica e no equilíbrio do processo pode inibir ou estimular a via, dependendo da necessidade das células - Fosforila a frutose no 1° carbono (essa frutose já estava fosforilada no 6° carbono) 4ª reação – clivagem da frutose Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Enzima aldolase promove a hidrólise da molélula de frutose quebra a molécula em duas, liberando uma molécula de diidroxiacetona-fosfato e uma molécula de gliceraldeído-3-fosfato - Diidroxiacetona não dá continuidade à via glixcolítica, por isso ela é convertida em gliceraldeído3 5ª reação – transformação - Apenas o gliceraldeído-3-fosfato pode ser degradado - A diidroxiacetona-fostato é convertida reversivelmente em duas moléculas de gliceraldeído-3- fosfato pela enzima triose-fosfato-isomerase - A partir dessa etapa, a via glicolítica ocorre de forma duplicada 2 gliceraldeídos formam 2 piruvatos ao final da fase preparatória 6ª reação – redução de NAD+ em NADH - Ocorre através da enzima desidrogenase, que oxida o gliceraldeído, removendo um hidrogênio (que vai para o NAD, formando NADH) no lugar desse hidrogênio, entra um fosfato inorgânico que estava no citoplasma celular - O NAD+ é um transportador de energia, e é reduzido a NADH ao receber dois elétrons e um próton - Gliceraldeído é convertido em 1,3-bifosfoglicerato (possui fosfato nos carbonos 1 e 3) 7ª reação – fosforilação ADP - Ação da enzima fosfoglicerato-quinase - Há produção de ATP pela fosforilação e ADP - O fosfato do primeiro carbono do 1,3-bifosfoglicerato vai para o ADP forma ATP útil para as células (energia) 8ª reação – rearranjo do PO4 - Enzima fosfoglicerato-mutase muda a fosforilação do 3° para o 2° carbono - 3-fosfoglicerato 2-fosfoglicerato 9ª reação – desidratação - Desidratação do 2-fosfoglicerato pela enzima enolase e se torna fosfoenolpiruvato (estrutura carbônica ainda fosforilada no 2° carbono) Ana Carolina Canêdo – XV Beta 10ª reação – transferência do PO4 - Fosfoenolpiruvato perde seu fosfato (que é jogado para o ADP) e se transforma em piruvato - Atuação da enzima piruvato quinase, que fosforila o ADP para formação de ATP Saldo final: 2 ATP + 2 NADH - Os piruvatos formados nessa reação serão convertidos em acetil CoA para entrar no Ciclo de Krebs e obter mais energia a partir de mecanismos oxidativos intramitocondriais - Fibras lentas (vermelhas) e fibras rápidas IIA (intermediárias) estão associadas aos mecanismos aeróbios de obtenção de energia - Sinonímia: Ciclo do ácido cítrico, de Krebs, dos ácidos tricarboxílicos, do citrato - Sequência de eventos dependentes da presença de O2 - Via final do metabolismo de carboidratos, aminoácidos e ácidos graxos - Ocorre na matriz mitocondrial - Reações cíclicas, utilizando indermediários que são oxidados e geram energia - Piruvato desidrogenase (Piruvato – Acetil CoA) - Principais enzimas: 1. Citrato sintase – Citrato 2. Aconitase – Isocitrato 3. Isocitrato desidrogenase – α cetoglutarato 4. α cetoglutarato desidrogenase – SuccinilCoA 5. Succinato tioquinase – Succinato 6. Succinato desidrogenase – Fumarato 7. Fumarase – Malato 8. Malato desidrogenase – Oxalacetato - Presença de uma quinase e quatro enzimas desidrogenases processos que envolvem o Ciclo de Krebs são de oxirredução (oxidação de intermediários liberam prótons para reduzir as moléculas de NAD e FAD podem ser reoxidados na matriz mitocondrial para geração de ATP) - Quanto mais acetil CoA produzido durante o processo oxidativo, mais “voltas” o Ciclo de Krebs dá e maior é a quantidade de energia gerada - Ao final da via glicolítica, há formação de 2 piruvatos geram 2 moléculas de acetil CoA 2 voltas no Ciclo de Krebs - Oxidação de um ácido graxo de 16 carbonos produção de 2 moléculas de acetil CoA 2 voltas no Ciclo de Krebs Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Assim, o processo de formação de energia por vias oxidativas pelos ácidos graxos gera mais energia porém gera um desgaste maior da célula, além de demorar mais tempo carboidrato é a 1ª opção da célula para obtenção de energia - PROCESSO QUIMIOSMÓTICO: todos os NADH e FADH2 serã reoxidados na matriz mitocondrial para formação de ATP posteriormente – - Associada à membrana interna da mitocôndria - Onde: Um NADH → síntese de 3 ATP Um FADH2 → síntese de 2 ATP - O fluxo de elétrons e prótons liberados a partir do processo de reoxidação retorna pela molécula de ATPase quando esses prótons retornam para o interior da mitocôndria, acionam essa proteína, que fosforila ADP em ATP - Quanto mais H liberados, maior o acionamento da proteína, que aumenta a produção de ATP - A oxidação completa de 1 mol de GLICOSE a CO2 e H2O produz aproximadamente 38 moles de ATPs - Total produzido: 4 ATP; 10 NADH; 2 FADH2; - Cada NADH = 3 ATP; - Cada FADH2 = 2 ATP; - Total de ATP = 38 ATP fibras lentas - Intracelular - hidrólise de TG → AG + glicerol - Controlada principalmente pelo AMPc dos tecidos - A lipólise é executada para disponibilizar ácido graxo para que ele seja oxidado nas células musculares para obtenção de energia para a fibra lenta - Ação hormonal estimulatória: Adrenalina, Glucagon, Noradrenalina OBS: Glucagon indivíduo em jejum ou em atividade física intensa quando não há mais insulina sendo secretada, o hormônio do estímulo catabólico (quebra de glicogênio, lipídeos e proteínas) é o glucagon. Quando o indivíduo está há mais de 4h sem se alimentar ou há mais de 40min fazendo atividade física principalmente aeróbia, já houve gasto de glicogênio glucagon já estimulou mecanismos de glicogenólise, lipólise e proteólise. Glucagon é importante para que haja o estímulo da quebra do triglicerídeo intra- adipócito, para que o ácido graxo gerado seja usado como fonte de energia - Ação hormonal inibitória: Insulina e Prostaglandinas OBS: insulina é secretada principalmente no período pós-prandial (quando o indivíduo acabou de comer) Fibras lentas utilizam glicose da corrente sanguínea (a partir dos alimentos) Fibras rápidas utilizam glicose obtida a partir do glicogênio Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Ingestão do alimento: na boca, entra em contato com a lipase salivar hidrolisa ligações entre um ou dois ácidos graxos (não tem capacidade de hidrolisar toda a molécula de triglicéride) - A lipase salivar hidrolisa parcialmente o triglicerídeo - Ácidos graxos e triglicerídeos passam pelo ácido do estômago e chegam ao duodeno (parte mais proximal do intestino delgado) lá, entram em contato com a BILE (formada por bilirrubinas diretas, moléculas hidrossolúveis, colesterol e sais) - Bile tem função de emulsificar (solubilizar) moléculas - Sais biliares bicarbonato, sódio, cloro - Os sais biliares associados ao colesterol e à bilirrubina direta originam uma molécula anfipática (polar e apolar) - Quandoos ácidos graxos e o triglicéride parcialmente hidrolisado chega no intestino delgado (duodeno), eles entram em contato com o suco pancreático, constituído por amilase e lipase - Sais biliares emulsificam as gorduras, formando micelas (parte interior da micela é formada por colesterol –lipossolúvel– e a externa é formada por bilirrubina – hidrossolúvel–) - Lipase pancreática, ao interagir com os triglicérides emulsificados, tem uma ação melhor essa enzima hidrolisa todas as moléculas de triacil e diacilglicerol - No intestino delgado: há moléculas de ácidos graxos e de glicerol - ORLISTATE (XENICAL) inibe a lipase pancreática grande parte da gordura ingerida não é absorvida ajuda no emagrecimento. Pode gerar esteatorreia (diarreia gordurosa) por causa da diminuição da absorção de gordura - Enterócito (célula intestinal) absorve as moléculas de ácido graxo e glicerol (essa célula não consegue absorver o triglicerídeo porque ele é muito grande - Quando o enterócito absorve essas moléculas, há um estímulo para que ocorra uma esterificação (formação de triglicéride novamente) ligação de ácido graxo + glicerol - Quilomícron: lipoproteína de transporte de gorduras produzida pelo enterócito formado por apolipoproteína C (molécula proteica) + triglicérides, ou sejam formado por proteína e gordura transporta triglicérides do intestino para o tecido adiposo e fígado a partir de vasos sanguíneos e vasos linfáticos - Adipócito não consegue absorver triglicérides lipase lipoproteica (presente nos vasos sanguíneos e linfáticos) hidrolisa esses triglicérides dentro dos quilomícrons, permitindo a absorção de ácidos graxos e gliceróis pelo tecido adiposo - Posteriormente, há uma segunda reação de esterificação para formar novamente triglicérides que ficarão armazenados - Glucagon interage com um receptor metabotrópico (ligado à proteína G) mobiliza a enzima adelinato ciclase converte ATP em AMPc AMPc ativa a proteína quinase A, que ativa a lipase lipase hidrolisa os triglicérides liberação de ácidos graxos e glicerol livres Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Glicerol entra na via glicolítica é convertido em diidroxicetona, depois em gliceraldeído e gera piruvato - Ácido graxo cai no sangue, transportado pela proteína albumina até o miócito (célula muscular) ácido graxo sofre mecanismos de oxidação dentro do miócito para geração de acetil CoA e energia no Ciclo de Krebs - Produção de energia pelo ácido graxo é maior do que a produção de energia por glicose e glicerol (↑calorias) - Tecido adiposo ácido graxo - Ácido graxo chega no citoplasma do miócito precisa ir para dentro da mitocôndria para ser oxidado e formar moléculas de acetil CoA e, depois, energia - Para que o ácido graxo entre na mitocôndria, ocorrem algumas fases de transformação: - Enzima acil CoA sintetase modifica a molécula de ATP e libera dois fosfatos e uma molécula de AMP - AMP se liga ao ácido graxo acil adenilato - Essa mesma enzima transforma o acil adenilato em acil CoA (ácido graxo ligado à coenzima A) - Coenzima A é importante para adaptar o ácido graxo como substrato da enzima carnitina acil transferase I necessita da coenzima A para que haja translocação do ácido graxo para dentro da mitocôndria - Essa enzima interage com acil CoA, substituindo a coenzima A pela carnitina, formando acil carnitina - Carnitina aciona a translocase para translocar o ácido graxo para dentro da mitocôndria na forma de acil carnitina - Acil carnitina interage com a carnitina acil transferase II, que retira a carnitina e realoca a coenzima A mitocondrial ao ácido graxo (acil), formando novamente acil CoA (posteriormente será oxidado para formação de acetil CoA) OBS: acetil CoA é produto de beta oxidação de acil CoA OBS2: NAD, FAD e coenzima A são provenientes de vitaminas do complexo B - A partir do momento em que o acil CoA está dentro das mitocôndrias, ocorre a beta oxidação - 1ª e 3ª reações utilizam enzimas desidrogenases - No processo de beta oxidação da ácido graxo, são gerados NADH e FADH2 (a partir de um ácido graxo de 16 carbonos ácido palmítico, produzido pelo fígado é um dos principais ácidos graxos oxidados para geração de energia) - Para produção de uma molécula de acetil CoA, utiliza- se uma dupla de carbonos de acil CoA - Acil CoA doa uma dupla de carbonos, sofre desidrogenação e libera molécula de FADH2 - Posteriormente, sofre um processo de hidratação pela hidratase e gera hidroxiacil CoA desidrogenado novamente gera molécula de NADH - Essa desidrogenação gera o beta-cetoacil CoA, que perde a coenzima A e libera uma molécula de acetil CoA (molécula intermediária energética que entra no Ciclo de Krebs) Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Os quatro últimos carbonos são mobilizados uma vez apenas 1 processo de desidrogenação e 1 processo de hidratação - Uma molécula de 16 carbonos gera 8 moléculas de acetil CoA, mas como os 4 últimos carbonos passam por apenas um processo de oxidação, tem-se a geração de 7 NAD e 7 FAD - Jejum ou atividade física: glucagon e noradrenalina estimulam as células a promoverem a quebra de substratos maior atividade catabólica do que anabólica - Ácido graxo é o substrato mais importante para a manutenção da atividade energética dos músculos - Glucagon interage com as células do fígado, promovendo glicogenólise, com os adipócitos, promovendo lipólise e com células musculares, estimulando mecanismos de proteólise - Hidrólise das proteínas (proteólise) produto: aminoácidos sofrem reação de desaminação (liberação de cadeias carbônicas transferência do grupo amina para outra estrutura, gerando um aminoácido diferente) e transaminação - O grupo amino dos aminoácidos é removido pela passagem desde para o α-cetoglutarato, formando glutamato - Glutamato desaminado libera α-cetoglutarato, que pode ser utilizado como fonte de energia no Ciclo de Krebs, assim como o aminoácido secundário pode ser convertido em piruvato e, posteriormente, em glicose (situação extra-energética) - Esse processo é catalisado por aminotransferases - A produção de glicose deve ser mantida estável para fomentar órgãos vitais em situações extremas, aminoácidos podem ser convertidos novamente em piruvato e, em seguida, glicose - O glutamato atua como reservatório temporário de grupamentos amino, provenientes de diferentes aminoácidos - Existem inúmeras aminotransferases, específicas para cada aminoácido - Glutamato é um reservatório de aminas - Ex: aspartato sofre uma desaminação doa uma amina para o α-cetoglutarato produção de glutamato. Quando o aspartato perde o grupamento amina, libera a cadeia carbônica (oxalacetato), que entra no Ciclo de Krebs para geração de energia - Os aminoácidos que sofrem desaminação liberam suas cadeias carbônicas Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Cetogênese: é quando o organismo para ou diminui muito a quebra de proteína para geração de glicose e passa a utilizar ácidos graxos e alguns aminoácidos para produção de corpos cetônicos ocorre quando a glicose começa a cair muito e o gasto de proteína para produção de glicose se torna muito alto tentativa de manter a glicemia próxima do normal, porém produzindo um segundo substrato chamado acetoacetato (corpo cetônico) para manter a atividade energética de células vitais - Aminoácidos cetogênicos: leucina e lisina - Após a proteólise muscular, são liberados aminoácidos desaminados - Glutamato desaminado gera α-cetoglutarato e faz a transaminação desse grupamento amina para o piruvato forma alanina, que cai no sangue e chega até o fígado, onde ela sofre outra transaminação, em que perde sua amina para o α-cetoglutarato, formando glutamato - Alanina desaminadaé o piruvato, que, no fígado, volta a ser glicose na via de gliconeogênese (processo realizado em situações extremas) - A utilização de aminoácidos é pequena (< 2%), pois o uso excessivo pode ter efeitos deletérios, trazendo danos ao corpo QUESTÕES COMPLEMENTARES – METABOLISMO ENERGÉTICO MUSCULAR 1. FIBRA E CONDIÇÃO QUE UTILIZA GERAÇÃO DE ENERGIA PELA VIA GLICOLÍTICA LÁTICA. Fibra do tipo II A utilizam a via glicolítica lática em contrações pouco duradouras 20s – 3min (em caso duradouro conseguem utilizar acido graxo por meio de vias oxidativas) 2. DURANTE A GLICONEOGÊNESE PELA VIA DA GLICOSE- ALANINA, QUAL A AENZIMA PARTICIPA DO PROCESSO E QUAL O OBJETIVO FINAL DESTA VIA? Alanina Aminotransferase, seu objetivo é produzir glicose. Entrega a amina da alanina para o α- cetoglutarato e transforma alanina em piruvato e o α- cetoglutarato em glutamato 3. DURANTE A LIPÓLISE, QUAL HORMÔNIO ESTIMULA A VIA E QUAL SUABSTÂNCIA REGULA A ATIVIDADE DA LIPASE? Glucagon, e a substância que regula é o AMPc 4. QUAL (IS) O (S) SUBSTRATO (S) UTILIZADO (S) PELAS FIBRAS LENTAS DURANTE SITUAÇÕES DE ATIVIDADE FÍSICA OU JEJUM EXTREMO? Ana Carolina Canêdo – XV Beta Fibras lentas utilizam glicose do sangue, ác. graxo e proteínas . Em caso de jejum extremo o corpo fará gliconeogênese 5. QUAL A FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS CREATINA E CARNITINA? Creatina tem como função levar o fosfato da mitocôndria até o citoplasma, onde a creatina quinase vai fosforilar o ADP e obter ATP que será utilizado pelas fibras do tipo 2B. Carnitina é acionadora da translocase para que ocorra a translocação do ácido graxo para dentro da mitocôndria 6. FUNÇÕES DOS AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA? 1/3 das proteínas do tecido muscular, efeitos positivos na regulação da saciedade, síntese proteica muscular e homeostase da glicose. Essenciais para a construção do smúsculos e para a manutenção de energia nas células musculares 7. FIBRA COM GRANDE QUANTIDADE DE MITOCÔNDRIAS UTILIZAM QUAIS PROCESSO DE OBTENÇÃO DE ENERGIA APÓS ATIVIDADE FÍSICA NO PERÍODO POS ABSORTIVO? Glicose sanguínea 8. FIBRA BRANCA DURANTE A ATIVIDADE FÍSICA PROLONGADA, SOFRE COM PROCESSOS QUE FADIGAM A ATIVIDADE MUSCULAR, EXPLIQUE. Menos mitocôndria, menor atividade oxidativa, dificuldade de manter a atividade energética por muito tempo 9. QUAL O MOMENTO QUE TEREMOS UMA PRODUÇÃO ELEVADA DE LACTATO POR FIBRAS MUSCULARES PODENDO CAUSAR EFEITOS COLATERAIS PELA ACIDIFICAÇÃO DAS FIBRAS? Atividade anaeróbica prolongada, muitas repetições 10. A PARTIR DE AMINOÁCIDOS DE QUE FORMA PODEMOS UTILIZA-LOS PARA OBTER ENERGIA E PRODUZIR GLICOSE? Proteólise - desaminação e transaminação - glicose- alanina Fibras lentas – glicose sanguínea ou AC graxo e proteína, não utiliza glicogênio Fibras rápidas - glicogênio
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