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➢ Breve história (Evolução da gestão de qualidade desde o Japão) Os primeiros conceitos sobre controle de gestão de qualidade surgiram durante o período da Segunda Guerra Mundial dentro do setor bélico na produção de armamentos em larga escala para os exércitos que participavam da guerra. Logo após a Segunda Guerra começaram a surgir as primeiras associações sobre Gestão de Qualidade, podemos citar a Society of Quality Engineers e a Society of Quality Control, ambas nos Estados Unidos. Assim como ocorreu nos Estados Unidos, o Japão durante o período pós-guerra cria a sua primeira associação de Gestão de Qualidade, conhecida como Associação Japonesa de Cientistas e Engenheiros. Foi também nesse período, por volta da década de 1950, que nasceram nos Estados Unidos os primeiros conceitos de Gestão de Qualidade como o “Total Quality Control” que no futuro veio a influenciar o modelo da série ISO 9000. O Japão, bem como os Estados Unidos, são os grandes expoentes na criação dos primeiros conceitos em Gestão de Qualidade. Na década de 1960 o modelo de qualidade japonês começa a se destacar pelo forte aspecto relacionado a participação dos trabalhadores e alta gerência no processo de gestão, podemos citar o trabalho desenvolvido no sistema de produção da Toyota, que ficou conhecido mundialmente pelo sistema de produção enxuta ou Lean Production, que busca combater o desperdício de tempo e material em sua linha de produção. Outro ponto importante do processo de gestão de qualidade japonês se dá através da conscientização dos trabalhadores em produzir produtos de alta qualidade, anulando assim a função de inspetores e supervisores de produção. O modelo japonês não se limita somente na linha de produção individual de uma empresa, mas também na sua relação com fornecedores que devem compartilhar da mesma filosofia. Ao final da década de 1980 é criado o sistema normativo de Gestão de Qualidade, o ISO 9000. Essa norma facilitou o processo de exportações global, bem como a relação entre clientes e fornecedores em escala mundial. O sistema ISO 9000 rapidamente se propagou pelo mundialmente devido a adesão do setor automobilístico. O sistema ISO passou por uma série de revisões ao longo dos anos até chegar aos dias atuais, deixando de ser somente um sistema de gestão de qualidade, mas também incorporando gestão de processos, diretrizes e foco em clientes. Outros sistemas de normas surgiram juntamente com o ISO, podemos citar o caso do Seis Sigma que nasce através do modelo de Gestão de Qualidade da empresa Motorola. ➢ O princípio básico da melhoria contínua (PDCA) O PDCA atua como uma ferramenta de gestão que visa melhorar o controle e processos de uma organização, tal ciclo foi criado pelo físico americano Shewhart partindo da premissa de que o planejamento empresarial não é absoluto, mas sim um processo contínuo em constante mudança. O modelo PDCA consiste em quatro etapas específicas conhecidas como PLAN (Planejamento), DO (Execução), CHECK (Verificação) e ACT (Ação). Entre os princípios fundamentais do método PDCA está a Interação ou Repetição, pois uma vez que a hipótese é confirmada ou o inverso, a execução repetida novamente irá ampliar o conhecimento sobre o problema, ou seja, a repetição do ciclo nas etapas mencionadas pode trazer grandes benefícios no correto funcionamento dos processos e no resultado final esperado. Analisando as etapas do PDCA individualmente definimos: Planejamento: Etapa que estabelece os objetivos para a obtenção dos resultados desejados pela empresa. Consiste em identificar, observar e analisar eventuais problemas que precisam ser sanados pela empresa. Nessa fase é importante salientar a importância do planejamento geral, visando minimizar eventuais falhas. Execução: Nessa etapa temos como ponto importante o constante acompanhamento das ações definidas no processo de planejamento. Assim, a pessoa que irá executar o acompanhamento deverá treinar o método e executá-lo. Nessa fase o mesmo poderá fazer alterações quando necessário. Faz-se necessário seguir a risca o que fora planejado na etapa anterior, visando evitar desvios em sua condução. Verificação: Nessa etapa podem ser identificadas eventuais falhas e brechas no processo. Os resultados alcançados são definidos através da coleta de dados. A etapa de verificação pode ser executada separadamente à execução ou ao final da mesma. Ação: Por fim encontramos a última etapa do PDCA, onde serão aplicadas todas as medidas corretivas buscando a solução do problema. Esse processo deve ser feito sempre aprimorado, buscando se ajustar com a chegada de novos problemas.
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