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DISSAM – SOLUÇÃO EM DISSOLUÇÃO Gamal Ali Moussa O universo da dissolução Apresentação ✓ APAIXONADO pela dissolução ✓ Engenheiro Quimico ✓ 18 anos de indústria farmacêutica ✓ 3 anos no CQ; 5 anos no DA ✓ 7 anos estudando perfis de dissolução, comportamento e ajustes de formulações farmacêuticas e atuando com IVIVC e meios biorelevantes ✓ Desde 2015 como diretor na empresa Dissam especializada em dissolução e classificação fiscal (NCM) ✓ Diversos cursos de dissolução e NCM Objetivo geral “Apresentar de uma forma resumida o universo da dissolução” 1- Histórico da técnica Ano 1897 Monografias publicadas na USP ◆ 1970 – USP 18 publica 12 monografias contendo o teste de dissolução em sólidos no aparato cesto; ◆ 1980 – 60 monografias; ◆ 1990 – 462 monografias; ◆ 2007 - >600 monografias ◆ 2020 - ???? Cenário ANVISA para dissolução e MAPA ◆ Monografias oficiais aceitas: Brasileira, Americana, Europeia, Britânica, Japonesa, Alemã, Argentina, Francesa, Internacional (OMS), Mexicana e Portuguesa ◆ Antes de 2010 – Sem guias orientativos ◆ Ago/2010 – RDC 31 – alinhada aos preceitos do FDA e EMA ◆ 2018 – Guia 14 – revisa a RDC 31 com algumas correções e esclarecimentos ◆ Futuro – Uso da correlação Invitro Invivo para bioisenção Outras legislações usadas ◆ RDC 37 para Bioisenção ◆ NT 003 – Estudo de solubilidade – Documento anexo a RDC 31 ◆ MAPA - IN 23 de 12/2016 - sugestão: ◆ Adotar e/ou adaptar a RDC 31 para os medicamentos VET Quem faz dissolução na indústria? Quando devo fazer o teste de dissolução? ◆ Comprimidos: mastigável, desintegração oral, revestidos, sublingual, etc.. ◆ Cápsulas: duras, moles, com conteúdo líquido ◆ Suspensões, granulados para suspensões, sachês ◆ Supositórios e óvulos ◆ Adesivos transdérmicos ◆ Implantes ◆ Lipossomas, nanosferas, etc ◆ Gomas de mascar ◆ Sólidos feitos por impressão 3D - Novo Quando não devo fazer o teste de dissolução? ◆ I - pós, granulados e formas farmacêuticas efervescentes que ao serem reconstituídos tornam-se soluções; ◆ II - semi-sólidos, excetuando-se supositórios ou óvulos; ◆ III - sprays ou aerossóis nasais ou pulmonares de liberação imediata; ◆ IV - gases; ◆ V - líquidos, exceto suspensões. DISSOLUÇÃO Componentes de um dissolutor Programação Seringa de precisão Tubos de coleta Amostrador automático AquecedorAparatos Banho Cubas Processo de dissolução de um sólido Desintegração Precipitação Dissolução Permeabilidade Recomendações gerais ✓ Observar o passo-a-passo da desintegração da forma farmacêutica na cuba ✓ Fotografar e filmar ✓ Trocar as informações com o farmacotécnico ✓ Entender a relação alteração x perfil ✓ Avaliar o método de dissolução x resposta esperada ✓ Teste de desintegração no becker ✓ Descascar revestimento do REF Variabilidade no resultado da dissolução Analítico: ◆ Preparo do meio; ◆ Temperatura do banho e meio; ◆ Enchimento das cubas; ◆ Local da coleta; ◆ Filtração; ◆ Diluição – quando houver Formulação: ◆ dose não uniforme ◆ inconsistências no processo ◆ interação com excipientes ◆ revestimentos ◆ envelhecimento da cápsula Dúvida frequente: Dissolução > 100% - Certo? ◆ Dissolução > teor ? ◆ Possível ◆ Dissolução > UNIF ? ◆ Impossível ◆ Verificar cálculos do Padrão e amostra, e, ◆ Verificar a parte analitica – HPLC ou UV Artefatos no teste de dissolução ◆ Formação de cone ◆ Adesão da forma farmacêutica na cuba ◆ Flutuação ◆ Saturação do fármaco no meio CONE Formação de cone no fundo da cuba a 50 rpm. Cone pode ser reduzido aumentando a velocidade para 75 rpm, ou troca do aparato para cesto. Flutuação Adesão da forma farmacêutica Forma Farmacêutica Sem contato com o meio Efeitos: -DPR alto no perfil -Resultados OOS no CQ Desenvolvimento dos parâmetros de dissolução Método discriminativo Conceito ◆ Capacidade de detectar mudanças no produto ◆ Ideal - mudanças que afetam comportamento in vivo – IVIVC ◆ Ajuda a definir o Q e T especificados ◆ Testar formulações fabricadas com parâmetros diferentes: ◆ fármaco ◆ formulação ◆ processo de fabricação ◆ Ver Guia 14 da ANVISA para mais detalhes Método discriminativo Invitro Lote modificado OK 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 5 10 15 20 % D is s o lv id a Tempo (min) Aprovado Modificado Especificação em 15 minutos Método discriminativo Invivo ◆ Cmax – 85% (71 – 101) – T<R 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 % D is s o lv id a Tempo (min) R T Perfil de dissolução Objetivos 1. Avaliar o perfil para viabilidade regulatória – EF e RDC 31 2. Avaliar o perfil para fins de BE: aspectos de absorção da droga Perfil de dissolução Viabilidade regulatória Desenvol. de dissolução – RDC 31 BCS I e III – Alta solubilidade Perfil de dissolução rápido ou muito rápido em todos os pHs sem o uso de tensoativos Lote modificado deve existir Avaliar formulação, processo, TP ativo, presença de tensoativo ou agentes solubilizantes Avaliar composição qualitativa do T e REF BCS II e IV – Baixa solubilidade Lote modificado difícil de ser obtido Baixa solubilidade em todos os pHs – requer uso de tensoativo – titular a conc. e tipo Perfil de dissolução pode ser rápido ou muito rápido em um ÚNICO meio, ou, Perfil de dissolução É a % dissolvida ao longo do tempo Tempo A1 A2 A3 A4 Média %DPR 0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3 40,8 43,2 46,2 41,3 42,9 5,7 5 67,5 75,6 55,5 71,2 67,5 12,8 7 82,8 92,7 71,2 90,0 84,2 11,4 10 94,1 99,2 83,5 98,4 93,8 7,7 15 100,5 101,8 94,8 102,5 99,9 3,5 30 107,8 105,7 108,0 109,0 107,6 1,3 Perfil de dissolução Viabilidade bioequivalencia Desenvol. dissolução – visão BIO Solubilidade do fármaco Formulação T x REF Composição Processo TP Avaliar parâmetros de dissolução: Velocidade Aparato Volume Tempo Condição de estudo Bio Tmax %CV Efeito alimento Perfil de dissolução em TP 4,5, 6,8 FESSGF e FESSIF Perfil de dissolução em HCL ,TP 4,5, FASSGF e FASSSIF Jejum Alimentado Informações ◆ Avaliação de perfil comparativo para Bio não precisa atender critérios da RDC 31 ◆ Uso de meios biorelevantes é recomendável ◆ Utilizar informações farmacocinéticas (Tmax) ◆ Variabilidade Invivo ◆ Tipo de estudo e analito qtf (lista 1 e 2 da ANVISA) ◆ Entender o sistema gastrointestinal Algumas regras ◆ Normalmente é conduzido com a maior dosagem quando existirem varias ◆ A faixa de aceitação para a razão T/R tanto para Cmax como para ASC é: 80 – 125% ◆ N=12 é o mínimo de voluntários aceitos pela ANVISA como estudo oficial ◆ Liberação imediata - 95% em jejum ◆ Liberação modificada – sempre em jejum e alimentado PH fisiológico – Jejum e alimentado Da administração até o efeito Curiosidades fisiológicas ◆ Esvaziamento gástrico inicia entre 15 a 30 minutos ◆ Estomago em jejum contem 50mL de fluído gástrico ◆ Nem todo mundo possui o estômago ácido – Acloridria ◆ Tempo de residência gástrica pode chegar a 12hs ◆ A motilidade gástrica exerce uma pressão de 300mbar e força de 1,89 N na forma farmacêutica ◆ Um volume de 200mL é suficiente para transportar um comprimido até o estômago ◆ A velocidade de trânsito é de 50 cm/s Formas Farmacêuticas de liberação Retardada (Gastro resistentes) Processo ◆ O principal componente da formulação é o revestimento, que normalmente é a base de ácido metacrílico (Eudragit®) com propriedades diferentes quanto ao pH de abertura, podendo variar de 4,5 a 6,5 ◆ A dispersão e aplicação deste revestimento é feito sob ambiente orgânico (álcool), porém existe alguns que são por via aquosa ◆ Após a fabricação do núcleo, é aplicada uma camada (pré capa) para proteger o fármaco do revestimento final que contém ácido e pode degradar o ativo, para então aplicar o revestimento final Perfil das 3 etapas de fabricação 0 20 40 60 80 100 120 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 % D is s o lv id a Tempo (min) NucleoPre capa Capa Formas Farmacêuticas de liberação imediata Processos ◆ Normalmente utiliza-se 2 tipos de processos para a fabricação de medicamentos: Via seca e úmida ◆ Estes processos tem maior impacto nos medicamentos de liberação imediata já que o tempo de liberação deve ser rápido Via seca – influência na dissolução ◆ Para as misturas por via seca, temos pouquíssimas barreiras para retardar a dissolução, ficando assim o tempo de desintegração e a solubilidade do fármaco como principal fator limitante para a dissolução e absorção. Via úmida – influência na dissolução Para diminuir perfil de dissolução: ◆ Maior ponto de granulação ◆ Maior qtd de aglutinante ◆ Pouca qtd de desintegrante (INTRA) ◆ Qtd de excipientes insolúveis e hidrofóbicos OBS.: em G.U. tempo de desintegração do cpr não é limitante para a dissolução Queda de dissolução na estabilidade O que devo avaliar? ◆ Desintegração - T.desint diss ◆ Dureza - dureza diss ◆ Umidade - umidade aglutinação do pó diss ◆ Verificar comportamento do cpr na cuba x histórico ◆ Queda de teor ◆ Formação de produto de degradação Formas Farmacêuticas de liberação modificada Sistema matricial ◆ São sistemas de dosagens desenhados para modular a absorção e/ou alterar o sítio de liberação do ativo a fim de obter objetivos clínicos específicos impossíveis de alcançar com formas de dosagem convencionais. ◆ Normalmente são pHs independentes. ◆ Realiza perfil de dissolução sempre nos extremos dos pHs (1,2 e 6,8) Tipos de matrizes EROSÃO DIFUSÃO Tipos de perfis Correlação Invivo Invitro Exemplos Comprimido de liberação imediata ◆ XYZ é uma droga de BCS II e a sua solubilidade independe do pH ◆ O estudo de BE foi negativo e apresentou uma biodisponibilidade menor que o REF ◆ testes no meio USP, FASSIF, aparato 4 – não mostraram correlação ◆ meio FASSGF com tween – correlação com a Bio, lembrando que: ◆ Perfil ideal para correlação T<REF Exemplo Via úmida – 1ª Bio - Negativa Causas: 1- Retardo na abertura do grânulo 2- TP ativo Ajustes necessários: 1- Aumento de desintegrante intragrânulo 2- Diminuição do TP ativo Meio USP – T>R -10,0 10,0 30,0 50,0 70,0 90,0 110,0 0 5 10 15 20 25 30 35 Tempo (min) % D is s o lv id a Teste REF FASSIF – T=R 40,0 50,0 60,0 70,0 0 5 10 15 20 25 30 % D is s o lv id a Tempo (min) FASSGF – T<R – Meio de correlação e ajuste -10,0 20,0 50,0 80,0 0 5 10 15 20 25 30 % D is s o lv id a Tempo (min) Fórmula ajustada – T=R 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 0 5 10 15 20 25 30 % D is s o lv id a Tempo (min) 2ªBio + Cursos oferecidos ◆ Curso online marcado para o dia 08/03/21 – perspectiva analítica das formulações farmacêuticas – 8hs - Participem ◆ https://www.linkedin.com/events/cursodedissolu-o- perspectivaana6742542092188319744/ ◆ Curso Problemas e soluções na dissolução – 8hs ◆ RDC 31,37 e NT 003 – 4hs ◆ Curso de dissolução – módulo básico – 6hs ◆ Curso de dissolução – módulo avançado – 8hs ◆ Curso de classificação fiscal com foco farmacêutico – 5hs ◆ Realizamos curso online, presenciais e incompany https://www.linkedin.com/events/cursodedissolu-o-perspectivaana6742542092188319744/ Links úteis ◆ http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res003 1_11_08_2010.html ◆ http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/res003 7_03_08_2011.html ◆ www.dissolutiontech.com.br ◆ www.biorelevant.com ◆ https://www.in.gov.br/materia/- /asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/24791912/do1- 2016-12-23-instrucao-normativa-n-23-de-22-de-dezembro-de- 2016-24791887 ◆ Sites como Pubchem, sciendirect e outras fontes para artigos cientificos http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0031_11_08_2010.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/res0037_03_08_2011.html http://www.dissolutiontech.com.br/ http://www.biorelevant.com/ https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/24791912/do1-2016-12-23-instrucao-normativa-n-23-de-22-de-dezembro-de-2016-24791887 APOIO OBRIGADO! 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