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Aterosclerose-Alina Villela

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S2 Medicina Alina Villela 
 
 
Aterosclerose 
 
 
Arteriosclerose 
“Endurecimento das artérias” 
Afeta pequenas artérias e arteríolas, e pode 
causar lesão isquêmica distal; 
Espessamento hialino homogêneo e rosa com 
estreitamento da luz associado ao 
extravasamento de proteínas plasmáticas 
através das células endoteliais lesadas e o 
aumento da síntese da matriz pelas células 
musculares lisas – resposta a HAS-. 
Aterosclerose 
Base da patogenia das doenças vasculares 
periféricas, cerebrais e coronarianas; 
Fatores de risco adquiridos, como: tabagismo, 
HAS, níveis de colesterol... e hereditários, 
como: mutações de genes receptores de LDL... 
 
 
 
 
 
 
Fisiopatologia 
Diante dos fatores de risco 
para essa doença, que serão 
elucidados a seguir, ao longo 
dos anos ocorre o depósito de 
colesterol do tipo LDL no 
subendotélio de vasos 
arteriais. Em associação com 
macrófagos, formam as 
chamadas células espumosas, 
quadro esse que configura a 
formação de um ateroma, o 
qual consiste em uma 
estrutura com core lipídico 
localizada na região 
subendotelial do vaso, 
recoberta por uma capa 
fibrosa. Os fatores de risco 
para a doença aterosclerótica 
se relacionam com a presença 
de um endotélio mais 
inflamado, o qual acaba por 
expressar moléculas de 
adesão, como VCAM. 
 
 
 
 
Tais moléculas atraem elementos 
presentes no plasma, com ênfase 
nos monócitos, os quais, ao 
entrarem em contato com essas 
proteínas de adesão, se 
internalizam na camada 
subendotelial, local onde essas 
células se diferencial em 
macrófagos. Uma vez instalados, 
os macrófagos subendoteliais 
fagocitam moléculas de gordura, 
principalmente colesterol do tipo 
LDL, de modo a gerar as chamadas 
de células espumosas, os 
quais se acumulam na camada 
subendotelial ao longo do tempo, 
comprimindo o endotélio contra a 
luz do vaso. Toda essa lesão gera 
uma capa fibrótica que recobre 
essas células, em decorrência da 
migração de células da camada 
muscular lisa do vaso, que pode se 
calcificar ao longo do tempo. 
 
 
 
S2 Medicina Alina Villela 
 
Classificação 
 Basicamente, tem-se a placa estável, 
que possui capa fibrótica mais espessa 
e menor core lipídico, e a placa 
vulnerável ou instável, a qual possui 
maior core lipídico e uma capa fibrótica 
mais delgada. 
 
 Essa última é mais suscetível à 
ocorrência de rotura e erosão de sua 
capa, o que pode levar a um processo 
inicial de agregação plaquetária pela 
exposição do core lipídico, processo 
esse que gera o chamado trombo 
branco, o qual pode evoluir para um 
acúmulo de trombina e por 
consequência, de eritrócitos, o 
chamado trombo vermelho, que leva à 
trombose. 
 
Resumindo... 
 A formação da placa aterosclerótica inicia-se 
com a agressão ao endotélio vascular devida a 
diversos fatores de risco como dislipidemia, 
hipertensão arterial ou tabagismo. Os vários 
fatores de risco modificam a funcionalidade do 
endotélio, tornando-o mais permeável e ativo, 
facilitando a entrada de LDL oxidada para o 
espaço subendotelial, dando origem ao 
processo aterosclerótico. 
 Disfunção endotelial ↑ permeabilidade da 
íntima às lipoproteínas plasmáticas, retendo-as 
no espaço subendotelial. LDL retido sofre 
oxidação, causando a exposição de diversos 
neoepitopos e tornando-o imunogênico. 
 O depósito de lipoproteínas na parede 
arterial, processo-chave no início da 
aterogênese, ocorre de maneira proporcional à 
concentração dessas lipoproteínas no plasma!!! 
 Depois, ocorre o surgimento de moléculas de 
adesão leucocitária (processo estimulado pela 
presença de LDL oxidada); 
 As moléculas de adesão são responsáveis pela 
atração de monócitos e linfócitos para a 
intimidade da parede arterial. Os monócitos 
migram para o espaço subendotelial, onde se 
diferenciam em macrófagos, que por sua vez 
captam as LDL-ox. 
 Os macrófagos repletos de lípides são 
chamados de células espumosas e são o 
principal componente das estrias gordurosas, 
lesões macroscópicas iniciais da aterosclerose. 
 
 Uma vez ativados, os macrófagos são 
responsáveis pela progressão da placa 
aterosclerótica mediante a secreção de 
citocinas, que amplificam a inflamação, e de 
enzimas proteolíticas, capazes de degradar 
colágeno e outros componentes teciduais 
locais. 
 Os linfócitos T, embora menos numerosos 
que os macrófagos no interior do ateroma, são 
de grande importância na aterogênese. 
Mediante interação com os macrófagos, as 
células T podem se diferenciar e produzir 
citocinas que modulam o processo inflamatório 
local. 
 Alguns mediadores da inflamação estimulam a 
migração e proliferação das células musculares 
lisas da camada média arterial. Estas, ao 
migrarem para a íntima, passam a produzir 
matriz extracelular, que formará parte da capa 
fibrosa da placa aterosclerótica. 
 
 
 
S2 Medicina Alina Villela 
 
 As placas estáveis caracterizam-se por 
predomínio de colágeno, organizado em capa 
fibrosa espessa, escassas células inflamatórias 
e núcleo lipídico e necrótico de proporções 
menores. 
 As instáveis apresentam atividade inflamatória 
intensa, com grande atividade proteolítica, 
núcleo lipídico e necrótico e capa fibrótica 
tênue. A ruptura desta capa expõe material 
lipídico altamente trombogênico, levando à 
formação de um trombo sobrejacente. Este 
processo, também conhecido por 
aterotrombose, é um dos principais 
determinantes das manifestações clínicas da 
aterosclerose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO ATEROSCLERÓTICO 
Estresse mecânico e 
Oxidação LDL
Lesão do endotélio 
Aumento da 
permeabilidade ao LDL-
c
Oxidação e aumento da 
concentração de LDL-c 
Adesão de moléculas 
na superfície 
endotelial, 
Interleucinas, TNF
Recrutamento de 
células do sistema 
imune
Processo inflamatório 
Monócitos -> 
macrófagos -> englobas 
LDL oxidadas ->células 
espumosas 
Estrias gordurosas 
(Primeira lesão 
reconhecível de 
aterosclerose) 
S2 Medicina Alina Villela

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