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Sabores do Sertão Episódio 1: Bolinho de mandioca e coco com umburana WEBSÉRIE 2Episódio 1: Sabores do Sertão - Bolinho de mandioca e coco com umburana Imersão Online Se você teve acesso a este conteúdo, significa que assistiu ao primeiro vídeo da série Sabores do Sertão e decidiu entrar no Grupo de Estudos do WhatsApp. Quer dizer que você está em busca não apenas da sua evolução na cozinha, mas também de conhecer mais sobre a tradição sertaneja, que é essa bela união de sabores, ingredientes nutritivos e, principalmente, de pessoas. Agora que o primeiro passo já foi dado, dependerá de você e de sua dedicação alcançar os resultados de excelência em casa. Para isso, preparamos um conteúdo especial para te ajudar a desbravar esse mundo e fazer uma incrível viagem pelos deliciosos sabores do sertão. Seja você é um profissional da gastronomia ou um apaixonado pela culinária sertaneja, esse material é o guia que vai lhe acompanhar nessa inspiradora jornada pela cozinha sertaneja. Boa viagem e aproveite as companhias! Para começar: você já tinha se questionado sobre o quanto a cozinha sertaneja é importante para a história do Brasil?! A partir do século XVI, os colonizadores começaram a sua interiorização pelo país, dando início à miscigenação entre os grupos de origem europeia e os povos indígenas do sertão. Sendo assim, surge o povo sertanejo, ocupando as zonas mais secas do Brasil (principalmente nas chapadas e caatinga da Região Nordeste). Entretanto, foi ao longo do tempo que o sertanejo aprendeu a sobreviver com as dificuldades e com a falta de recursos. Para não passar fome, precisou inovar e aproveitar tudo aquilo que tinha à disposição – e é exatamente por esse motivo que a culinária sertaneja é tão variada, complexa e repleta de possibilidades para compor sabores. Essa estimulante diversidade de sabores faz parte da construção de um povo cheio de contrastes que coloca alimentos e temperos cheios de simbologia em cada prato que serve, passando de geração para geração os símbolos de uma cultura. A Cozinha sertaneja: tradição e sabores marcantes da nossa história “ A cozinha sertaneja é mais do que oferecer uma refeição nutritiva. É a união da família e dos amigos na mesa” 3Episódio 1: Sabores do Sertão - Bolinho de mandioca e coco com umburana Imersão Online Com isso, vale destacar que a culinária sertaneja também pode ser definida pela palavra “tradição”, porque leva receitas que contam histórias - que vêm do passado e que ainda seguem sendo atuais nos dias de hoje. Esse traço cultural criou laços afetivos com a comida, priorizando uma alimentação saudável, nutritiva e cheia de afeto. Rodrigo Oliveira: reconstruindo a cozinha sertaneja “ Cursei engenharia ambiental e larguei a carreira para seguir meu coração na cozinha. Somente quando cursei gastronomia enxerguei que esse universo tem infinitas possibilidades. Mesmo assim, percebi que os mesmos princípios que regem a culinária clássica podiam ser aplicados na culinária sertaneja - para elevar a qualidade das nossas receitas originais, passadas de pai para filho.” Formado em gastronomia, Rodrigo Oliveira está há quase 20 anos no comando do Mocotó, um dos restaurantes mais famosos de cozinha sertaneja de São Paulo. O lugar carrega a história de toda uma família. O estabelecimento foi aberto em 1973 pelo pai do chef, o pernambucano José de Almeida. Nesta época, eram vendidos ali feijão, favas, carne-seca, utensílios e tudo aquilo que um nordestino saudoso pudesse querer para sentir o “gostinho de casa”. Então, o pequeno empório se tornou um pequeno bar - e continuava vendendo iguarias nordestinas, como torresmo, tripa de porco e, claro, o famoso caldo de mocotó, que trouxe notoriedade ao negócio. Quando Rodrigo nasceu, o Mocotó já existia e era uma extensão da casa dele. Mas foi ao longo do tempo que ele foi tomando gosto pela gastronomia e decidiu assumir os riscos para transformar a história daquele antigo Mocotó. Rodrigo redesenhou o entendimento da cozinha sertaneja e trouxe, além do gosto do sertão, o sabor de todo o legado familiar que representa. 4Episódio 1: Sabores do Sertão - Bolinho de mandioca e coco com umburana Imersão Online Que tal provar um desses sabores? Curiosidades sobre a mandioca A palavra mandioca é de origem tupi e é formada pela junção de mani + oca, que significa Casa de Mani, uma deusa indígena. A planta foi apresentada aos portugueses pelos índios – e atualmente existem mais de 4 mil variedades catalogadas só no Brasil! Dependendo da região do país, pode ganhar diferentes nomes, como macaxeira, aipim, uaipi, castelinha, mandioca-brava, mandioca-doce e mandioca-mansa. E quando se fala de seu valor nutricional, além de não conter glúten e ser rica em ferro, zinco e vitaminas do complexo B, a mandioca é classificada como um carboidrato de baixo índice glicêmico, ou seja, demora para virar açúcar no organismo. A mandioca não tem bom desenvolvimento em climas frios, mas pode ser plantada em altitudes que variam entre o nível do mar e até 1.000 metros. Temperaturas inferiores a 15°C podem prejudicar o crescimento da raiz, mas, em contrapartida, é um vegetal tolerante à seca e facilmente adaptável a diferentes condições de clima e solo (mesmo que sua cresça melhor em solos profundos, nem muito arenosos, nem muito alagados!). O plantio da mandioca pode ser feito em qualquer época do ano, desde que haja umidade para sua fixação no solo. Além disso, seu período de crescimento é longo – podendo durar de 9 meses a 2 anos! 100 gramas de mandioca cozida têm cerca de 160 calorias, enquanto outros vegetais apresentam números inferiores de energia. A mesma quantidade de abóbora ou de cenoura, por exemplo, tem 40 e 45 calorias respectivamente. O modo de preparo também faz toda a diferença. Enquanto a mandioca cozida tem seu valor nutricional abaixo das 200 calorias, 100 gramas de mandioca frita podem ultrapassar a marca de 300 calorias. Sempre longe do frio! Ciclo longo Energia pra que te quero 5Episódio 1: Sabores do Sertão - Bolinho de mandioca e coco com umburana Imersão Online Sabores do Sertão R E C E I T A Bolinho de mandioca e coco com umburana � Bowls � Faca � Colher � Forma de silicone � Processador, Thermomix ou Liquidificador � Ralador � Tábua de apoio � Prato para apresentação Utensílios � 2 ovos � 90 gramas de manteiga � 120 gramas de queijo coalho ralado � 240 gramas de açúcar demerara � 60 gramas de coco seco � 1/2 semente de umburana � 400 gramas de mandioca crua picada em cubos grandes � 10 gramas de fermento em pó � Doce de leite para servir Ingredientes Modo de preparo 1 – Em um processador, thermomix ou liquidificador, adicione os ovos, a manteiga, o queijo, o açúcar e o coco; 2 – Rale a semente de umburana por cima dos ingredientes; 3 – Bata até incorporar os ingredientes que formam a base da massa; 4 – Adicione a mandioca e o fermento; 5 – Bata novamente; 6 – Verifique a consistência da massa, mexendo com uma colher. 6Episódio 1: Sabores do Sertão - Bolinho de mandioca e coco com umburana Imersão Online segredos do Mocotó A consistência perfeita é quando os ingredientes estão bem misturados e a mandioca está granulada. Se necessário, bata mais ou menos! Fique de olho. segredos do Mocotó O tempo de forno pode variar de acordo com o seu eletrodoméstico, observe bem durante os 15 minutos previstos. Se ainda estiver muito pálido, pode deixar mais um pouco para formar aquela casquinha que a gente ama! segredos do Mocotó O ideal é desenformar seus bolinhos ainda quentes. Isso fará com que eles fiquem com toda a superfície crocante. Se esfriarem dentro da forma, tendem a ficar mais macios nas bordas. 7– Adicione a massa à forma de silicone enchendo ¾ da altura de cada divisória; 8– Bata a forma de silicone em sua bancada para retirar o ar da massa; 9– Asse a 180°C por cerca de 15 minutos (tempo adequado paraformas pequenas); 10– Quando o bolinho tiver crescido e com a cas- quinha dourada, retire do forno; 11– Desenforme e sirva. Se quiser, aceite a sugestão do chef: acrescente uma colher de doce de leite… Irresistível! 7Episódio 1: Sabores do Sertão - Bolinho de mandioca e coco com umburana Imersão Online Como incrementar a sua receita + Acompanhamentos para incorporar camadas de sabor Na primeira receita você aprendeu a preparar um bolinho de mandioca e coco com umburana. Para te ajudar, Rodrigo Oliveira já indicou uma característica muito importante: processar demais a massa pode soltar todo o amido da mandioca e gerar um bolo ligado, que perde a maciez. E para servir um bolinho que derrete na boca, o chef apostou no doce de leite como acompanhamento. Agora é a sua vez! Quais outros acompanhamentos você apostaria junto à essa receita no seu café sertanejo?
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