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2
SUMÁRIO:
1. PROCESSO DE ENVELHECIMENTO........................................................................................... 3
1.1 Epidemiologia do Envelhecimento........................................................................................3
1.2 Processo de Envelhecimento................................................................................................. 5
1.3 Tipos de Envelhecimento.........................................................................................................8
2. ALTERAÇÕES BIOLÓGICAS....................................................................................................... 10
2.1 Alterações Locomotoras........................................................................................................10
2.3 Alterações no Sistema Respiratório................................................................................... 11
2.4 Alterações Comportamentais (Neurológicas).................................................................12
3. AVALIAÇÃO FÍSICA E FUNCIONAL........................................................................................... 13
4. PRESCRIÇÃO DE EXERCICIO FÍSICO......................................................................................20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................32
3
1. PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
1.1 Epidemiologia do Envelhecimento
O processo demográfico brasileiro trouxe resultados como redução na taxa de crescimento
populacional, alterações na estrutura etária, crescimento lento no número da população em
idade ativa e Idosos. (IBGE, 2010)
Fatores como a urbanização, crise econômica, aumento do grau de escolaridade das
mulheres, mulher no mercado de trabalho, utilização de métodos contraceptivos
influenciaram no declínio da fecundidade. Fatores como, diminuição das taxas de
mortalidade infantil, controle das doenças sexualmnte transmissíveis, melhora nutricional,
saneamento básico e avanços tecnológicos das ciências da saúde, além de mudanças no
estilo de vida como, combate ao fumo, drogas e alcoolismo, incentivo à prática de atividade
física reduzindo o sedentarismo e a obesidade, gerando a expectativa de vida.
Na década de 70 o perfil da população brasileira era predominantemente jovem, em 2010 as
mulheres que tinham em média quatro filhos, passaram a ter no máximo um a dois filhos.
Fonte: IBGE
4
5
Com todo esse aumento progressivo de pessoas em idade ativa previsto para o país,
importante a atenção de gestores das políticas públicas para enfrentar novos obstáculos que
começam a surgir em decorrência do processo de envelhecimento da população.
Em 2030 de acordo com as projeções, o número de idosos já supera o de crianças e
adolescentes. Nesse ano os idosos representarão 28,8% contra 13,1% de crianças e
adolescentes no total da população.
1.2 Processo de Envelhecimento
A Organizacao Pan- Americana (OPAS) define envelhecimento como “um processo
sequencial, individual, acumulativo, irreversivel, universal, não patológico, de deteriorização
de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o
tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio- ambiente e, portanto
aumente sua possibilidade de morte.”
O processo de envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, o que
chamamos de senescência, ou em condições que provoquem sobrecarga ao envelhecimento,
6
como, doenças, acidentes e estresse emocional, pode ocasionar uma condição patológica
que chamamos de senilidade.
E um grande desafio conseguir contribuir na qualidade de vida do idoso que precisa se
redescobrir apesar de suas limitações. A importância do profissional da área da saúde que
busca dentro da gerontologia conhecimentos para contribuir com essa mais nova população
que conseguiu se incluir nas academias, clubes, estúdios, entre outros ambientes em busca
vencer seus próprios limites.
A Organizacao Mundial da Saúde determina que idosos em paises desenvolvidos tem idade
mínima de 65 anos, enquanto idosos em paises em desenvolvimento tem como idade
mínima 60 anos, mostrando assim diferenças na expectativa de vida.
7
Entretanto não é possível definir um idosos pela idade, devido se tratar de um processo
lento, que se inicia precocemente e se mantem contínuo.
A ausência de marcadores biofisiológicos do processo de envelhecimento justifica a
dificuldade em se definir a idade biológica do indivíduo.
Para estudar os processos de envelhecimento das pessoas e como proporcionar melhor
qualidade de vida as mesmas, contamos com uma ciência chamada gerontologia; que tem
como objetivo abordar aspectos biológicos, psicológicos, sociais e outros. A equipe tem
formação diversificada e interage entre si e com os geriatras.
A geriatria e a ciência da área médica que estuda e trata as patologias das pessoas idosas.
A gerontologia prepara o profissional para prevenir e intervir com o objetivo de garantir
melhor qualidade de vida aos idosos até o final da vida dos mesmos.
A geriatria por sua vez estuda prevenir e tratar as doenças relacionadas à velhice, com o
objetivo do prolongamento da vida dos mesmos. As doenças crônicas mais comuns são,
HAS, osteoporose, algias na coluna, tontura, zumbidos, tremores, problemas cardíacos,
fibromialgia, insônia, problemas de memória, fraqueza, desmaios, depressão, distúrbios
digestivos e problemas pulmonares.
Outros fatores relacionados com o processo de envelhecimento são, os distúrbios de
memória, a incontinência urinária, as quedas, a polifarmácia e a imobilidade. Sem contar
fatores que inluenciam na saúde do indivíduo, como, genética, comportamento, condições
socioeconômicas, raça e etnia, gênero e relacionamentos.
E difícil classificar o idoso pela idade sem levar em considerações as condições de vida.
Farinatti (2008) descreve o envelhecimento como consequência de todas as modificações
fisiológicas e bioquímicas devidas a ação do tempo sobre os seres vivos, um processo
biológico multifatorial que evolui de forma contínua, de acordo com as características
individuais intrínsecas, o que teria início bem da velhice em si.
8
1.3 Tipos de Envelhecimento
• Envelhecimento primário;
Envelhecimento natural, também chamado de senescência, que atinge todos os humanos de
forma gradual e progressiva, com efeitos cumulativos.
• Envelhecimento secundário ou patológico;
Também chamado senilidade, é o processo no qual o indivíduo vai apresentar comumente
patologias cardiovasculares e/ou neurológicas. Além de influências externas e mecanismos
genéticos.
• Envelhecimento terciário ou terminal
Período de perdas físicas e cognitivas vigorosas ocasionadas pelo processo de
envelhecimento.
9
O envelhecimento saudável é aquele que acompanhado desde o inicio do processo, no qual
cuidados como hábitos de vida irão contribuir para a boa capacidade e autonomia funcional
desse indivíduo. Poder agir com individualidade, sem a necessidade de ajuda de terceiros é
o objetivo de todo indivíduo no processo de envelhecimento. O objetivo do profissional da
área da saúde é justamente proporcionar ao idoso autonomia funcional.
Estudos recentes mostram que no Brasil idosos procuram atividades físicas após
orientação médica; diferentemente nos EUA, onde a motivação é manter- se saudável. As
diferenças motivacionais se dão por fatores socioeconômicos, escolaridade e infelizmente a
falta de programas de incentivo por gestores políticos no Brasil.
O país envelhece e aumenta a grande de necessidade de projetos que direcionem um
envelhecimento saudável.
É de suma importância entender as peculiaridades anatômicas e fisiológicas do
envelhecimento para poder melhor atender o idoso. (SOUZA, 2002).
10
2. ALTERAÇÕES BIOLÓGICAS
2.1 Alterações Locomotoras
Ocorrem modificações anatômicas na coluna vertebral que irão ocasionar redução na
estatura. Freitas (2006), aponta que a cada ano, se perdeaproximadamente 1 a 3 cm . Após
os 50 anos de idade, a perda de massa óssea pode levar a fraturas. As cartilagens
articulares entram em processo degenerativo, a massa corporal é reduzida e substituída por
gordura. A perda de massa corporal e acúmulo de gordura aliada a falta de força, dão origem
a sarcopenia, que ocorrem paralelamente a alterações no sistema osteoarticular, gerando
piora do equilibrio corporal do idoso, deixando- o vulnerável à queda.
Os movimentos são realizados com redução de amplitude e a marcha e alterada.
11
2.2 Alterações Cardiovasculares
Entre as alterações podemos destacar o aumento da gordura, espessamento fibroso,
substituição do tecido muscular por tecido conjuntivo, calcificação do anel valvar. O acúmulo
de gordura nas artérias definida como ateriosclerose juntamente com a perda da fibra
elástica e o aumento do colágeno, prejudicam as funções cardiovasculares, diminuindo a
resposta de elevação da frequência cardíaca ao esfoçco ou estímulo e diminuição da
frequência cardíaca em repouso. Aumentando a prevalência de Hipertensão arterial sistólica
e diminuição da reserva funcional, o que vai impor limites para a performance durante a
atividade física.
2.3 Alterações no Sistema Respiratório
A musculatura respiratória enfraquece com o processo de envelhecimento, os músculos
esqueléticos perdem força, ocorre redução do fluxo expiratório e redução da pressão arterial
de oxigênio. De acordo com Gorzoni & Russo (2006), o diafragma do idoso mantêm mesma
massa muscular que no indivíduo jovem. Devido ao envelhecimento, a pouca massa
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ventricular reduz o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx). Ocorre diminuição da função
pulmonar.
2.4 Alterações Comportamentais (Neurológicas)
Em geral o idoso tende a ser mais lento, e de acordo com estudos recentes, tem mais
dificuldade de assimilar novas informações. Comportamento depressivo é comum, por isso a
necessidade de acompanhamento psicológico e ou psiquiátrico.
Modificações neurológicas comuns se destacam como a redução de neurotransmissores,
redução de número de neurônios, redução do volume do córtex, espessamento das
meninges, hipotrofia dos sulcos corticais e diminuição de peso e volume cerebral.
Alterações visuais como catarata, glaucoma, degeneração macular e retinopatia diabética.
Além de sensibilidade à luz, diminuição visual, perda de nitidez das cores e da capacidade
de adaptação noturna.
13
3. AVALIAÇÃO FÍSICA E FUNCIONAL
A capacidade funcional está relacionada à manutenção de todas as funções durante o
processo de envelhecimento. A autonomia funcional é a capacidade realizar suas atividades
diárias sem auxilio de terceiros. O objetivo de manter a boa capacidade funcional é
proporcionar ao idoso melhor qualidade de vida para o processo de envelhecimento ativo,
no qual sua autonomia funcional seja garantida.
No primeiro contato com o idoso a ferramenta utilizada como imprescindível na coleta de
dados importantes na elaboração do programa de treinamento, é a anamnese.
A anamnese deve conter, dados pessoais, queixas, histórico de doenças, cirurgias,
histórico familiar, madicamentos em uso e hábitos de vida. Perguntas como:
Faz dieta?
Bebe água?
Qual atividade física realizada anteriormente?
Tem alguma atividade que prefere?
Dorme bem?
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Além de observar se é inquieto ou letárgico, e toda e qualquer alteração comportamental é
importante.
A avaliação física deverá incluir a inspeção, ou seja, tudo que se observa no idoso. Também
a avaliação postural, iniciando pelos pés, nas posições anterior, lateral direita e esquerda e
posterior. As medidas antropométricas, e quando for possível percentual de gordura,
bioimpedância (balança) ou adipômetro (compasso para gordura corporal). Aferir pressão
arterial, frequência cardíaca em repouso e saturação de O2 (oxímetro).
Na avaliação funcional testes específicos serão utilizados como: teste de capacidade
aeróbica, teste de força de membros superiores e inferiores, teste de mobilidade,
 Teste de capacidade aeróbica (Teste de Caminhada de 6
minutos e Escala de Borg)
O teste que avalia a capacidade aeróbica é conhecido como teste de caminhada de 6
minutos. O objetivo é mensurar a distância máxima percorrida em uma caminhada durante 6
minutos durante um percurso de 30 metros de comprimento.
Seáa realizado em um corredor de linha reta e o avaliador deverá sinalizar a cada 3 metros.
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São necessárias as seguintes orientações:
➢ roupas confortáveis;
➢ calçados adequados;
➢ duas horas após às refeições;
➢ não realizar exercícios vigorosos no dia.
(SOARES & PEREIRA, 2011)
O teste possui como contra- indicações absolutas angina instável, infarto agudo do
miocárdio recente (IAM) e contra- indicações relativas: a frequência cardíaca de repouso
maior que 120 bpm e pressão arterial acima de 180 x100mmHg.
A escala de Borg tem 10 pontos e cada pontuação corresponde a intensidade de falta de ar.
Antes da realização do teste, explicar para o participante e permitir que ele faça um
treino uma vez para em seguida descansar no intervalo de 15 minutos.
Caso o participante apresente taquicardia, dispnéia, algia em membros inferiores ou qualquer
outro relato de desconfoto, interromper imediatamente o teste.(PIRES et al, 2007)
 Teste de força de membros superiores
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(Dinamômetro de mão)
A força muscular dos membros superiores pode ser avaliada através do dinamômetro
que apresenta graduação em quilograma- força (KGF)
As orientações para o teste são:
➢ realizar o teste sentado com os pés apoiados no chão e quadril e joelhos a 90 graus
de flexão;
➢ O membro testado deve estar com o ombro em adução e rotação neutra;
➢ O cotovelo flexionado a 90 graus;
➢ O antebraço posicionado na posição neutra;
➢ O punho entre 0 a 30 graus de extensão e 0 e 15 graus de adução;
➢ O teste deve ser realizado bilateralmente;
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➢ No teste o idosos realizam a preensão por três vezes em cada mão e será registrado
o maior valor obtido.
Enquanto o membro não testado fica posicionado sobre a coxa.
 Teste de força de membros inferiores
(Teste de sentar e levantar da cadeira)
Para mensurar força em membros inferiores em idosos utilizar o teste de sentar e levantar da
cadeira em 30 segundos.
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As orientacçõs para o teste são:
➢ Encostar as costas na cadeira;
➢ Pés afastados, totalmente apoiados no solo e posicionados na linha do quadril;
➢ Os membros superiores devem estar cruzados ao nível dos punhos e contra o peito.
Ao comando do avaliador o teste se inicia por 30 segundos. Avaliar a quantidade de vezes
que o idoso consegue realizar o movimento. (CAMARA et al, 2008)
• Teste de
mobilidade
O TUG (Time Up and Go) será utilizado para avaliar a mobilidade funcional do idoso.
Orientações para o teste:
➢ O teste deve ser realizado com o idoso totalmente sentado em uma cadeira e com os
pés totalmente apoiados no solo;
➢ Ao comando do avaliador o idoso devera se levantar da cadeira, caminhar por uma
distância de 3 metros, que estarão demarcados por cones, fazer a volta e retornar em
linha reta até a cadeira e sentar- se novamente.
O teste começa a ser monitorado assim que o avaliador der a partida, ainda que o idoso não
tenha se levantado da cadeira e será encerrado assim que o idoso sentar.
Para adultos saudáveis valor normal de 10 segundos gastos no teste.
Para teste com tempo acima de 10 segundos, existe indicação para declinio funcional.
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(SILVA et al. 2012).
 Teste de flexibilidade de membros inferiores
(Teste de sentar e alcançar com banco de Wells)
A flexibilidade de membros inferiores é avaliada através de teste de sentar e alcançar o
banco de wells.
Orientações para o teste:
➢ Na posição sentado, joelhos estendidos e os pés tocando o banco de wells;
➢ Teste realizado somente com condições confortáveis para o idoso. O teste pode ser
realizado sobre um tablado para evitar que o idosos sente- se no chão;
➢ Será realizado três vezes e o registro considerado é o de maior valor.
(SIGNORI, et, al, 2008)
204. PRESCRIÇÃO DE EXERCICIO FÍSICO
No estudo de Maciel (2010), os benefícios de um comportamento ativo no idoso
podem ser classificados basicamente nas esferas biológica, psicológica e social, destacando
entre os benefícios:
 Aumento/manutenção da capacidade aeróbia;
 Aumento/manutenção da massa muscular;
 Redução da taxa de mortalidade total;
 Prevenção de doenças coronarianas;
 Melhora do perfil lipídico;
 Modificação da composição corporal em função da redução da massa gorda e risco de
sarcopenia;
 Prevenção/controle da diabete tipo II e hipertensão arterial;
 Redução da ocorrência da ocerrência de acidente vascular encefálico;
 Prevenção primária de câncer de mama e cólon;
 Redução da ocorrência de demência;
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 Melhora da auto- estima e da auto- confiança;
 Redução da ansiedade e do estresse;
 Melhora do humor e da qualidade de vida.
É recomendado que se inicie o programa de atividade físicas com um trabalho de
baixo impacto e intensidade, de fácil realização e curta duração. Levando em
consideração que o idoso não apresenta condicionamento fisico desenvolvido, além de
limitações músculo- esqueléticas. (MACIEL,2010).
As principais variáveis a serem observadas para a prescrição de exercícios físicos são:
modalidade, duração, frequência, intensidade e modo de progressão; além das
necessidades físicas, características sociais, psicológicas e físicas do idoso. A prescrição
é individualizada, levando em conta a avaliação médica e física. (Maciel, 2010).
Um programa de treinamento para idosos, deve conter alongamento global levando em
consideração encurtamentos e retrações musculares.
A flexibilidade muscular deve ser trabalhada de forma ativa e ou dinâmica. A mobilidade
articular deve ser também um foco no treinamento, pois os tecidos articulares são
responsáveis pela maior amplitude de movimento. Nos idosos a mobilidade é reduzida ao
longo da vida.
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A mobilidade resulta da interação da força muscular, equilíbrio, agilidade, flexibilidade,
além do controle motor cerebral. O treino de mobilidade capacita o idoso promovendo
melhora na qualidade de vida.
O idoso precisa de força para caminhar, subir e descer degraus, levantar e sentar
entre outras funções. A força e uma variável que influencia diretamente na autonomia
funcional do idoso, que é simplesmente, a capacidade de realizar suas atividades diárias
sem ajuda de terceiros. O Colégio Americano de Medicina do Esporte indica exercícios
resistidos para idosos.
Exercícios isotônicos concêntricos e excêntricos com ou sem carga adicionada, irão
fazer parte deste programa.
O peso corporal, faixas elásticas, pesos livres, aparelhos de musculação, são
utilizados como opções no treino.
Exercícios isométricos poderão ser utilizados já que reduzem o cisalhamento evitando
maior desgaste articular.
Grupamentos musculares como glúteos, quadríceps, posteriores de coxa, peitorais, dorsal,
deltóides e abdômem devem receber atenção especial por serem muito utilizados nas
atividades da vida diária.
23
• Iniciantes – 1 série para cada exercício evoluindo para 3;
• Intervalo de até 2 minutos para recuperação metabólica entre uma série e outra;
• Realizar de 8 a 12 repetições de forma lenta, evitando fadiga total;
• Progressão do treinamento – volume (exercícios, séries e repeticções), intensidade
(carga e intervalo). 3 VEZES NA SEMANA. (Vaisberg, 2010).
24
É importante salientar que quando um músculo em especial apresentar alguma
deficiência, receberá maior atenção em exercícios de cadeia aberta, porém a preferência
está em exercícios de cadeia fechada que promovem melhor compreensão para o idoso,
maior estabilidade dinâmica, aumento da compressão articular o que é altamente benéfico,
além de estimular os proprioceptores articulares, fortalecendo outras estruturas,
possibilitando que o individuo tenha noção do espaco que ocupa. A redução do cisalhamento
articular inibe o desgaste.
A carga adicionada pode ser com o uso de halteres, faixas elásticas, minibands, aparelhos
de musculação e o próprio peso corporal.
Os movimentos em cadeia cinética fechada sustentam o peso corporal, são seguros e
eficazes. O segmento distal da articulação é fixo ( pode se apresentar estacionário ou móvel)
e suporta resistência externa.
Para que o movimento global seja completo, são necessários movimentos em várias
articulações.
No passado a presença de idosos na sala de musculação era rara, porém com o
aumento dessa população, o avanço da prespectiva de vida e o incentivo à prática de
exercícios físicos orientados, hoje vivenciamos uma nova realidade.
Já não é de se estranhar o grande de número de idosos nas acdemias, clubes, praças, etc.
25
O que os profissionais da área da saúde necessitam é de maior e melhor preparo para
atender essa poulação.
O profissional de educação física tem papel fundamental na manutenção e recuperação das
funções deste indivíduo.
As atividades propostas devem ser funcionais para o uso da sua vida diária. Exercícios que
facilitem as suas atividades comuns. É comum acompanhar exercícios que levam o idosos à
fadiga, aumentando assim a desistência, às queixas e lesões; sem um objetivo específico e
individualizado na atividade.
Sentar, levantar, empurrar, puxar, deambular, correr e saltar são funções do corpo. É
claro, que deve- se levar em conta as condições de cada um, porém pensar que uma idosa
precisa pegar uma condução coletiva, subir os degraus para entrar nesta condução e ter
condições para fazê- lo, nos obriga a idealizar exercícios específicos para facilitar sua vida e
capacitá- la para isso.
A mudança de conceitos deve se iniciar por nós enquanto promotores de saúde,
permitindo que o processo de envelhecimento não seja mais visto como um processo
incapacitante.
26
Entende- se por funcionalidade a capacidade do indivíduo em desempenhar atividades
ou funções em seu dia- a- dia.
As atividades de sua vida diária, são subdivididas em: atividades básicas relacionadas
ao auto cuidado; como: alimentar- se, vestir-se, arrumar-se, banhar-se; atividades
instrumentais da vida diária; ou seja; a capacidade do indivíduo de levar uma vida
independente dentro da comunidade em que vive e inclui a capacidade para preparar
refeições. Realizar compras. Utilizar transporte, cuidar da casa, utilizar telefone, administrar
as próprias finanças, tomar seus medicamentos. (DUARTE, ANDRADE, LEBRÃO, 2007).
A atividade física é definida por qualquer movimento corporal, produzido pelos
músculos esqueléticos, que resulta em gasto energético maior que os níveis de repouso.
Exemplos de atividade física: caminhada, dança, subir degraus, entre outros.
27
O exercício físico é conceituado como toda atividade física planejada, estruturada e
repetitiva com o objetivo de melhoria e ou a manutenção de um ou mais componentes da
aptidão física. (MACIEL, 2010).
Estudos recentes indicam à pratica de atividades físicas com o objetivo de alcançar a
manutenção das capacidades funcionais para proporcionar uma melhor qualidade de vida
aos idosos.
Exercícios de equilíbrio são essenciais já que o idoso é propenso a quedas, por alterações
estruturais, que afetam seu centro de gravidade e alterações neurais.
28
Para exercícios de equilíbrio, o uso do próprio corpo para descarga de peso, apoio unipodal
com deslocamento ou não, uso de disco de propriocepção, bosú, pranchas, etc.
Importante o profissional estar atento, dando a orientação e comando; o idoso precisa de
incentivo, além de desafios, o que irá contribuir para sua auto- estima.
Exercícios ao ar livre também contribuem para um melhor rendimento. Existe também
uma grande necessidade da socialização desse idoso que por muitas vezes se isola,
deixando de ser participativo e se excluindo dos grupos sociais. Atividades em grupos
tendem a trazer grande incentivo e evitam as ausências.
A atividade física visa manter ou restaurar a qualidade de vida do idoso, levando em
consideração à sua inclusão no processo social. É comprovadoque a presença de quadro
álgico estão na maioria das vezes acompanhadas de problemas psicológicos.
29
Exercícios Aeróbios devem ser realizados de intensidade moderada por 30 minutos
diários cinco vezes por semana, ou atividades mais vigorosas por 20 minutos três vezes por
semana. (Nelson et al, 2007)
A atividade aeróbia se refere à função cardiovascular e pulmonar.(Pitanga, 2008).
A prescrição de exercícios aeróbios está relacionada com doenças cardiovasculares,
com o objetivo de desenvolver uma capacidade física maior. Indivíduos treinados têm
reduzidas as chances de AVE, obesidade, osteoporose, câncer, diabetes, depressão e
ansiedade.
30
Os cuidados prévios à prática de atividades físicas como liberação médica, avaliação
física e funcional, bem estar do idoso, roupas apropriadas e calçados adequados, evitar
jejum, respeitar á individualidade, respeitar a progressão das atividades; iniciando de forma
lenta, orientar a hidratação, a alimentação adequada anterior ao exercício; como dar
preferência aos carboidratos, descanso e adaptação.
Os exercícios físicos são indicados para toda a população idosa desde que não haja
contra- indicação absoluta. O profissional habilitado deve atuar na promoção da saúde; ou
seja; orientar sobre os benefícios da prática de atividades físicas e atuar na prevenção com a
prescrição de exercícios que visem melhor qualidade de vida.
No estudo de Matsudo (2006), verifica- se que o hábito de não se exercitar
regularmente está associado em grande parte às doenças crônico- degenerativas,
ocasionando morbidade, incapacidade e mortalidade.
31
Envelhecer com autonomia e independência depende da aquisição de hábitos
saudáveis e mudança para um estilo de vida ativa
32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARDOSO, Andrea Ferreira. Particularidades dos idosos: uma revisão sobre a fisiologia do
envelhecimento. EFDeportes.com, v. 13, p. 130, 2009.
CARVALHO, Vanessa Lobo et al . Prevalência de quedas em idosos participantes de um
grupo de promoção da saúde e comparação de testes de equilíbrio na detecção de risco de
quedas. Fisioter. mov., Curitiba, v. 30, n. 3, p. 519-525, set. 2017.
DRIUSSO, PATRICIA; CHIARELLO, BERENICE. Fisioterapia Gerontológica. São Paulo:
Manole, 2007.
FECHINE, Basílio Rommel Almeida; TROMPIERI, Nicolino. O processo de envelhecimento:
as principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos
anos. InterSciencePlace, v. 1, n. 20, 2015.
FARIAS, Rosimeri Geremias; SANTOS, Silvia Maria Azevedo dos. Influência dos
determinantes do envelhecimento ativo entre idosos mais idosos. Texto contexto - enferm.,
Florianópolis, v. 21, n. 1, p. 167-176, 2012.
KARUKA, Aline H; SILVA, José A. M. G; NAVEGA, Marcelo T. Análise da concordância entre
instrumentos de avaliação do equilíbrio corporal em idosos. Rev. bras. fisioter., São Carlos, v.
15, n. 6, p. 460-466, 2011.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa: Cadernos de Atenção
Básica nº 19. 1ª Edição. Brasilia: MS, 2006.
SOUSA, Fabianne de Jesus Dias; GONÇALVES, Lucia Hisako Takase; GAMBA, Mônica
Antar. Capacidade funcional de idosos atendidos pelo programa saúde da família em
Benevides, Brasil. Revista Cuidarte, v. 9, n. 2, p. 2135-2144, 2018.
TEIXEIRA, Flávio Augusto Bragança et al. AVALIAÇÃO DOS FATORES EXTRÍNSECOS E
33
INTRÍNSECOS E O PROCESSO DE ACEITAÇÃO DO ENVELHECIMENTO. CIPEEX, v. 2, p.
1110-1118, 2018.
	1. PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
	1.1 Epidemiologia do Envelhecimento
	1.2 Processo de Envelhecimento
	1.3 Tipos de Envelhecimento
	2. ALTERAÇÕES BIOLÓGICAS
	2.1 Alterações Locomotoras
	2.3 Alterações no Sistema Respiratório
	2.4 Alterações Comportamentais (Neurológicas)
	3. AVALIAÇÃO FÍSICA E FUNCIONAL
	4. PRESCRIÇÃO DE EXERCICIO FÍSICO
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS