Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Osteoporose É uma das doenças osteometabólicas, assim como a osteomalácia (raquitismo nas crianças). São doenças onde o processo patológico é generalizado mas afetam principalmente os ossos. Antes da osteoporose, o indivíduo passa pela osteopenia (perda de massa óssea), que é assintomática e que se não for tratada, pode evoluir para a osteoporose. Ou seja, a osteopenia precede a osteoporose. A osteoporose, de acordo com a OMS, é uma doença esquelética sistêmica, com característica principal a diminuição da massa óssea, com deterioração da microestrutura óssea e aumento da fragilidade e mais suscetível a fraturas. É uma doença que acomete predominantemente mulheres após menopausa; 50% acima de 65 anos – perda de massa óssea; 30% mulheres e 113% homens acima dos 50 anos poderá ter alguma fratura em recorrência da osteoporose; aumento da incidência com maior tempo de sobrevida. Etiopatogenia Em condições normais, temos equilíbrio entre formação e reabsorção de massa óssea (atividade osteoclástica, de reabsorção [20% do osso é reabsorvido todo ano] e osteoblástica, com reposição dessa matriz óssea). Em algum momento, por algum motivo, temos desequilíbrio entre esses dois dificultando a capacidade de manter essa matriz óssea constante ao longo do tempo (a perda é em igual proporção para a matriz óssea mineralizada e não mineralizada). Pode ter sobreposição da atividade osteoclástica em relação à osteoblástica. Fatores que interferem no equilíbrio: · Hormonais · Diminuição da atividade física, com redução do estresse mecânico no osso (estímulos que fazem as células osteogênicas a produzir tecido ósseo) · Distúrbios endócrinos (hiperparatireoidismo...) · Imobilização prolongada (é reversível mas indivíduo pode ter passado muito tempo acamado etc) · Pobre ingestão de cálcio e também vitamina D, que facilita a absorção do cálcio no ID. · Medicamentos, como por exemplo, corticoides, drogas antireumáticas de ação lenta... Classificação: · Primária · Tipo I – pós menopausa · Relacionada com alterações hormonais, principalmente pela deficiência de estrógeno que afeta diretamente a calcitonina (se opõe a atividade osteoclástica). Com o déficit de estrogênio e de calcitonina, tem mais absorção óssea. · Tipo II – senil · Inerente ao idoso, acontece com diminuição do metabolismo geral, tendo diminuição da atividade osteoblástica. É muito comum nessa, as fraturas frequentes com consolidação lenta. · Tipo III – idiopática · Acontece na criança, adolescente, adulto jovem... · Secundária · É oriunda a outras desordens: doenças endócrinas, gastrintestinais, nutricionais, crônicas... Manifestações clínicas · A grande maioria dos pacientes são assintomáticos, descobrem em exames de rotina; · Dor (principalmente na região cervical e lombar, mas não se sabe o porquê, mas não só na coluna e nem são em todas as situações em que se tem quadro álgico); · Fraturas (distal de rádio, fêmur, vértebras [mais comum, ao mínimo esforço, quase nem perceptível pelo próprio paciente]) · Deformidades · Aumento da cifose – retificação da lordose; · Alteração do diâmetro da caixa torácica; Alterações radiológicas · Baixa luminescência óssea, o osso fica mais radiotransparente · Alterações na forma da vértebra (vértebra em cunha) · Não é o melhor exame para o diagnóstico. Quando é perceptível, já houve uma perda de 30% da massa óssea. Densitometria óssea · Avalia o grau de osteoporose e também a probabilidade de fraturas; · Indispensável para diagnóstico; · Medida no quadril; · É a medida do desvio padrão em g/cm², comparado com padrões de normalidade. Leitura da densitometria óssea · Score T (score Young adult); · Score Z (score age matched); · Score T até 1 DP: normal · Score T abaixo de 1 até – 2,5 DP: osteopenia · Score T abaixo de – 2,5 DP: osteoporose – quanto maior o número, maior a suscetibilidade a fraturas. Fatores que contribuem para perda de massa óssea · Modificáveis · Fumo/sedentarismo; · Baixa ingestão de cálcio e vitamina D; · Baixa exposição solar; · Corticoterapia; · Índice de massa corpórea baixo. · Não modificáveis · Idade avançada/sexo feminino · Raça caucasiana · História familiar de osteoporose · Intolerância à lactose · Desordens metabólicas · Malignidades Exames laboratoriais · Dosagem de cálcio e fósforo sérico e urinário · Dosagem do paratormônio · Metabólitos da vitamina D · Marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo. Tratamento · Prevenção · Bifosfonados, alendronato de sódio, pamidronato dissódico; · Reposição hormonal, reposição de cálcio e vitamina D, fluoretos, calcitonina; · Atividade física · Fatores modificáveis Fisioterapia na osteoporose Pode atuar na prevenção e na intervenção pós-fratura · Prevenção · Objetivos · Manter a massa óssea adquirida na infância e adolescência; · Minimizar a perda de massa óssea durante o envelhecimento; · Estimular a prática de exercícios; · Manter flexibilidade e mobilidade articular para melhorar a destreza durante os movimentos; · Melhora/manutenção da força muscular global; · Melhora do equilíbrio e coordenação motora; · Melhora da qualidade de vida. · Tratamento · Exercício aeróbicos, sendo o mais indicado a hidroginástica, natação, caminhada na esteira, bicicleta... não é indicado exercícios no solo instável (calçada, rua); · Exercícios resistidos, sempre obedecendo o princípio da sobrecarga progressiva dentro do limite, evitando alguns movimentos (repetitivos por exemplo, pois promove cisalhamento, que promove fraturas); · Exercícios de alongamento global (ativo, passivo, RPG, pilates...) · Exercícios de equilíbrio e coordenação (dupla-tarefa).
Compartilhar