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AULA 6 BALANCED SCORECARD Prof. Joel Pereira Munhoz Junior 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula veremos o modelo Balanced Score Card (BSC) sob o olhar de Kaplan e Norton. Será possível apreender os conceitos sobre tradução da visão, comunicação e conexão, planejamento de negócios e finalmente feedback e aprendizado. CONTEXTUALIZANDO Esta aula será de grande valia, pois buscaremos esclarecer como pensavam Kaplan e Norton e quais as dificuldades encontradas por eles ao longo do processo. O interessante é observarmos qual foi a reação deles frente às dificuldades encontradas. Esse é mais um exemplo de determinação e persistência. Vamos lá? TEMA 1 – MODELO BSC: KAPLAN E NORTON O Balanced Scorecard (BSC) é um instrumento do Sistema de Gestão Estratégica muito utilizado na maioria das organizações utilizando não financeiros. Utilizando essa abordagem em duas frentes, os indicadores determinam uma estratégia holística para toda a organização. O BSC foi desenvolvido pelos professores David Norton e Robert Kaplan, no início dos anos 1990, como resultado de um estudo em diversas organizações. Ele vem ampliar a visão dos sistemas de controles tradicionais, criando algo a mais no quesito indicadores financeiros, em várias frentes de trabalho, por exemplo, a informação financeira e não financeira. Também traz para dentro da empresa a informação externa e interna, buscando sempre informações sobre o desempenho organizacional. Outro fator importante é a busca de informação sobre os resultados atuais e futuros da empresa. Segundo Norton e Kaplan (1997), quando essa estratégia é aplicada adequadamente, permite ainda transformações organizacionais em termos de ação, em especial no sentido de: criar uma visão integral da organização e sua situação atual; olhar em frente de forma proativa; alinhar a estrutura organizacional; estabelecer iniciativas priorizadas em direção à estratégia; 3 influenciar o comportamento das pessoas-chave; esclarecer e traduzir a visão e a estratégia; comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas; planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas; melhorar o feedback e o aprendizado estratégico. Segundo seus criadores, Kaplan e Norton (1997), citados por Monteiro, Castro e Pochnik (2003, p. 3), Os objetivos e as medidas utilizadas no Balanced Scorecard não se limitam a um conjunto aleatório de medidas de desempenho financeiro e não-financeiro, pois derivam de um processo hierárquico (top-down) norteado pela missão e pela estratégia da unidade de negócios. Contudo, a formulação inicial do BSC apresenta a estratégia da empresa distribuída em quatro perspectivas: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento. Estas perspectivas são integradas por relações de causa e efeito e nenhuma pode ser vista de forma independente e a ordem é relevante. A direção geral de causalidade é no sentido da última perspectiva, aprendizado e crescimento, para a primeira, financeira. Isto é, a capacitação da organização permite melhorar seus processos que, por sua vez, satisfazem mais aos clientes e, por isso, proporcionam melhores resultados financeiros. Segundo a visão de Kaplan e Norton (1997), citados por Monteiro, Castro e Pochnik (2003, p.3-4): As perspectivas do BSC possuem as seguintes definições: a perspectiva financeira do BSC utiliza os objetivos financeiros tradicionais, tais como: lucratividade, retorno sobre ativos e aumento de receita. Porém o vincula à estratégia da empresa, pois esses objetivos financeiros representam a meta de longo prazo a ser alcançada por ela. Na perspectiva dos clientes dizem que a empresa deve determinar seu segmento-alvo de clientes e negócios e dispor de um conjunto de medidas essenciais para esses segmentos. As medidas essenciais envolvem os seguintes aspectos: participação, retenção, captação, satisfação e lucratividade. Além disso, é preciso identificar o que os clientes do segmento alvo valorizam e elaborar uma proposta de valor a esses clientes. Ao estabelecer os indicadores dessa perspectiva, deve-se considerar os atributos de funcionalidade, qualidade, preço, experiência de compra, relações pessoais, imagem e reputação. Na perspectiva dos processos internos são identificados os processos críticos em que se busca a excelência, visando atender aos objetivos financeiros e dos clientes. Eles ressaltam a inclusão, nessa perspectiva do processo de inovação, que consiste na análise de mercado e desenvolvimento de novos produtos e processos. Além disso, a empresa deve se preocupar com seu processo operacional e com serviços de pós- venda, identificando as características de custo, qualidade, tempo e desempenho, visando à oferta de produtos e de serviços de qualidade superior. E por fim, temos a perspectiva do aprendizado e crescimento é segmentado em três partes: funcionários, sistemas e alinhamento organizacional. Ressalta-se que os próprios autores consideram que os vetores de resultado dessa perspectiva são mais genéricos e menos desenvolvidos do que das outras perspectivas. 4 Fonte: vicon / shutterstock Contabilidade gerencial: o que é e qual sua importância 3 de setembro de 2017 A figura do contador vem se desenvolvendo e destacando cada vez mais junto às empresas, e uma das áreas de maior relevância é a contabilidade gerencial, que tem se apresentado como um diferencial para que sua empresa ganhe mais espaço no mercado. Neste post você vai conhecer um pouco mais sobre essa área, qual sua importância na gestão de negócios e quais os conhecimentos necessários para trabalhar com ela. Acompanhe: A contabilidade gerencial pode ser definida como um conjunto de técnicas e procedimentos contábeis, como a contabilidade financeira, a de custos e a análise das demonstrações contábeis, que, quando combinadas, fornecem informações valiosas para o processo de tomada de decisão nas empresas. Dentro do contexto empresarial, a contabilidade gerencial volta-se para o usuário interno, alimentando diferentes planilhas, relatórios e outras ferramentas que fornecem dados para comparações, elaboração de orçamento, delimitação do ponto de equilíbrio, mix de produtos, correta definição do preço dos produtos ou serviços e até mesmo na definição de metas e objetivos da empresa. Com a utilização da contabilidade gerencial, é possível também comparar a sua empresa com concorrentes e utilizar dados do mercado para entender melhor o contexto em que você está trabalhando, utilizando previsões e tendências para projetar o futuro de suas atividades e de seu negócio como um todo. Contabilidade gerencial na gestão empresarial Na gestão de empresas, a contabilidade gerencial desponta como uma forma de driblar a crise, pois apresenta as melhores alternativas em relação aos custos de sua produção, assim como outras possibilidades de otimizar operações, 5 atividades e até departamentos inteiros — o que poderá ser decisivo para manter a competitividade. Outra possibilidade da contabilidade gerencial é a utilização de ferramentas não financeiras, como é o caso do Valor Econômico Agregado (EVA), usado na avaliação de negócios, ou ainda o Valor Agregado de Mercado (MVA), frequentemente empregado na criação de valor para os acionistas ou sócios de uma determinada empresa. O profissional contábil poderá, até mesmo, auxiliar na implementação de ferramentas como o Balanced Scorecard (BSC), que poderá fazer com que você entenda melhor sua empresa, seus pontos fortes e fracos e o ambiente em que ela está inserida. O contador vai providenciar informações sobre todos os aspectos de geração de resultado, além de possíveis alternativas para aumentá-lo, ou, ainda, novas possibilidades para que a empresa permaneça em destaque no mercado.O papel do contador na contabilidade gerencial O contador, como já foi citado, vem se destacando como principal aliado na gestão estratégica das empresas, já que a contabilidade gerencial tem origem nas demonstrações contábeis que são elaboradas por esse profissional. É essencial que sejam conhecidos custos, receitas, ativos e passivos, e só o contador poderá detalhar como ocorre a movimentação do patrimônio e como essas variações poderão afetar o futuro do negócio como um todo. [...] (Contabilidade..., 2017). TEMA 2 – TRADUÇÃO DA VISÃO É o processo de traduzir a missão da empresa de forma compreensível para os gerentes. Isso ajuda os gestores a formar um consenso em torno da visão e estratégia da organização. As diretrizes estratégicas devem ser traduzidas de forma fácil e usando termos operacionais, e oferecer orientação útil para as ações dos gestores. A declaração da missão empresarial deve ser expressa por meio de um conjunto integrado de objetivos e indicadores, que representam direcionadores de sucesso a longo prazo e que devem ser aceitos por todos os gerentes (Martins et al., 2012). Para melhor entendimento da visão leia o artigo a seguir. Teremos alguns questionamentos sobre essa matéria na sequência. Boa leitura: 6 Fonte: vicon / shutterstock A Microsoft ‘vira a chave’ para a nuvem Quatro anos após mudar de rumo, gigante alcança US$ 20 bi em receita no setor e aposta em inteligência artificial para construir seu futuro Por Claudia Tozetto - O Estado de S. Paulo “Nossa indústria não respeita a tradição, ela só respeita a inovação”, escreveu o indiano Satya Nadella, em seu primeiro e-mail aos funcionários da Microsoft, poucas horas após ser anunciado como presidente executivo da empresa, em fevereiro de 2014. Naquele momento, um dos mais dramáticos da história da companhia, o executivo tentava motivar a equipe a transformar uma perdedora nos smartphones em uma potência em computação em nuvem. Hoje, quase quatro anos depois, a visão de Nadella está perto de se concretizar. Queridinho de Bill Gates, Nadella foi o escolhido para conduzir a Microsoft para a nuvem. O executivo comandava a divisão de serviços de nuvem para empresas, que gerava US$ 4,4 bilhões anuais em receita. Pouco depois de assumir a liderança, ele divulgou uma meta ambiciosa: queria alcançar uma receita de US$ 20 bilhões anuais com serviços na nuvem até o fim de 2018. O resultado chegou, mas não na data esperada. “Conseguimos bater a meta um ano antes do previsto”, conta a presidente da Microsoft Brasil, Paula Bellizia, em entrevista exclusiva ao Estado. Passamos de uma empresa de softwares empacotados a uma plataforma de serviços na nuvem.” Os números mostram que a Microsoft vai bem. Só no último trimestre, a receita com o Office 365 – pacote de aplicativos que inclui o Word e o Excel e é vendido a empresas por meio de assinatura – cresceu 42%. O software para empresas, chamado de Dynamics, registrou alta de 69% no faturamento em relação a igual período do ano anterior. A plataforma Azure, que está no centro da estratégia de nuvem da companhia, também cresceu 90% em receita. O 7 conjunto ajudou a gigante do software a aumentar sua receita total em 12%, alcançando US$ 24,5 bilhões no 1º trimestre do ano fiscal de 2018. “A estratégia da Microsoft está na direção correta e Nadella é um executivo de visão”, afirma Fernando Meirelles, professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). “Antes, a Microsoft tinha receita quase zero com serviços.” Pedras. O caminho da Microsoft seria fácil, não fosse a quantidade de gigantes de olho no lucrativo mercado de computação em nuvem. De acordo com a consultoria IDC, esse segmento deve alcançar uma receita de US$ 554 bilhões em 2021. O valor representa mais que o dobro do valor registrado em 2016. “No Brasil, o mercado de computação em nuvem vem crescendo a uma taxa de 20% ao ano”, diz o gerente de consultoria e pesquisa de infraestrutura e telecom da IDC Brasil, Pietro Delai. “No segmento de infraestrutura como serviço, que libera as empresas de investirem de forma antecipada, o aumento chega a 40%.” [...] (Tozzeto, 2018). Fonte: Anja W / SHUTTERSTOCK Vamos às perguntas: 1. Com a leitura do artigo anterior, você conseguiu identificar quais foram os objetivos ou metas a serem alcançados pela Microsoft? 2. Você percebeu que se utilizaram valores e os dividiram por segmentos? Quais segmentos você identificou e qual o objetivo? 3. Qual setor o artigo tem em foco? Satya Nadella teve êxito, comente os valores que confirmam ou ratificam sua resposta. 4. Qual a visão da Microsoft no Brasil, quais os objetivos? 8 Podemos concluir, relendo o primeiro parágrafo, que a tradução da visão é colocar em indicadores os objetivos a serem atingidos, para que todos os responsáveis concordem e estejam cientes do papel que cada um têm dentro da organização. O interessante é poder monitorar toda essa visão, pois temos objetivos previamente traçados que podemos acompanhar ao longo do processo, obtendo melhor aproveitamento de todas as áreas, como vimos no artigo da Microsoft. TEMA 3 – COMUNICAÇÃO E CONEXÃO Este é o momento propício para os gestores comunicarem suas estratégias, hierarquicamente falando de cima para baixo, contemplando todos os setores da empresa, a fim de unir os objetivos macro aos departamentais e individuais, podendo assim efetuar-se o alinhamento das áreas – algo extremamente necessário para a execução da estratégia. Fonte: musicman / SHUTTERSTOCK Assista ao vídeo disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=Qb4 EuXfApVk> (acesso em: 7 jul. 2018) e responda: Fonte: Anja W / SHUTTERSTOCK Quais as condições ideais para que haja uma comunicação adequada entre o emissor e o receptor? https://www.youtube.com/watch?v=Qb4EuXfApVk https://www.youtube.com/watch?v=Qb4EuXfApVk 9 Encontramos os mesmos problemas citados no vídeo em nosso dia a dia profissional? A comunicação interna tem que ser de qualidade. Não podemos deixar nossos objetivos e estratégias mal-interpretados, pois dessa forma nunca conseguiremos alcançar os resultados tão esperados. Em uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE), para mapear as práticas adotadas pelas organizações em relação ao seu processo de comunicação interna, foram realizadas entrevistas em 179 empresas de diversos segmentos e setores da economia, todas classificadas na lista das 1.000 maiores empresas do Brasil. Os dados da pesquisa mostraram o crescente aumento da função estratégica desempenhado pela comunicação interna, em 50% das empresas participantes, a comunicação organizacional teve reporte direto à presidência da organização. Para 76% das empresas participantes, a área de comunicação corporativa ocupa os níveis mais elevados na estrutura organizacional dessas empresas, sendo 34% no nível de diretoria e 34% no nível de gerência. O que mostra a importância do engajamento dos gestores no desenvolvimento da comunicação interna da empresa. No desenvolvimento das atividades relativas à comunicação interna, 64% das empresas participantes, contam com a realização conjunta entre profissionais da equipe interna e equipe externa (fornecedores). Analisando a pesquisa realizada pela ABERJE, podemos perceber que existe uma necessidade crescente do acompanhamento contínuo e troca de informações com os colaboradores e equipes para auxiliar e garantir os melhores resultados na aplicação da comunicação interna. O que já era necessário, nos dias atuais com a competitividade no mercado, tornou-se fundamental. Fonte: vicon / shutterstock State Grid aproxima gestão de desempenho dos colaboradores Por Fabiana Rolfini em TI de Negócios 9 FEV 2018 Aprimorar a gestão da área de recursos humanos. Esse foio principal motivador que levou a State Grid Brazil Holding, um dos principais players do setor elétrico no Brasil, a buscar um sistema confiável e de fácil utilização para realizar a gestão de desempenho de seus mais de 500 colaboradores, em substituição às planilhas e controles manuais utilizados para acompanhar esses processos. 10 Constituída no Brasil em 2010, a companhia com sede no Rio de Janeiro e que é controlada pela State Grid Corporate of China, monitora mais de 14 mil quilômetros de linhas de transmissão em todo o País. Com o crescimento da empresa e o aumento do quadro de pessoal, a operacionalização dos programas de forma manual ficou inviável. Foi então que, em outubro, a empresa adotou uma solução de gestão de RH desenvolvida pela RSI Redes em parceria com a DEDIX. Junto com a implementação da ferramenta foi feita uma revisão das competências, tornando- as mais alinhadas às necessidades do negócio. De acordo com Bianca Liberatore, coordenadora de desenvolvimento organizacional da State Grid, houve total alinhamento do RH com a área de TI na época da contratação dos serviços. “O trabalho em conjunto foi importante para a definição dos requisitos básicos da empresa para a implementação da ferramenta”, salienta. Ainda segundo a executiva, apesar do pouco tempo de implementação da solução, as expectativas da companhia são altas em relação aos resultados. São esperados ganhos de eficiência e produtividade, possibilidade de acompanhamento dos KPIs (indicador de desempenho) ao longo do ano, bem como definição e acompanhamento de planos de ação para recuperação de resultados de indicadores parciais ou abaixo do esperado. “Acreditamos que todas essas funcionalidades são importantes para melhoria da comunicação da estratégia e direcionamento da empresa para a liderança, assim como a conexão desta comunicação na relação líder-equipe. E a comunicação é chave para garantir alinhamento e engajamento.” (Rolfini, 2018a). TEMA 4 – PLANEJAMENTO DE NEGÓCIOS Este processo permite às organizações integrar seus planos de vendas e financeiros. É nesta etapa que as estratégias e iniciativas da empresa devem ser transformadas em indicadores para os planos dos gestores, bem como para uma base para as decisões de alocação de recursos e estabelecimento de prioridades. 11 Fonte: vicon / shutterstock Fiep potencializa vendas ao otimizar processo de relacionamento com o cliente Por Fabiana Rolfini em TI de Negócios 13 FEV 2018 A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que atua juntamente com Sesi, Senai e IEL formando o Sistema Fiep, apoia com produtos e serviços o parque industrial do Paraná, contribuindo para seu desenvolvimento dentro e fora do Brasil. No entanto, apesar do suporte que oferece ao empresário industrial, a Federação enfrentava desafios que a motivaram a otimizar todo o processo de relacionamento com o cliente, com o intuito de entender as suas necessidades e entregar uma experiência personalizada e consistente. “Precisávamos potencializar as vendas, melhorando a gestão dos prospects, em especial pessoa física, por meio da integração do CRM com o site e outros legados; otimizar a gestão de portfólio ao minimizar o trabalho manual com integração de hierarquia de produtos, além de reduzir o investimento em infraestrutura, segurança e alta disponibilidade”, descreve Manuel Emilio Rodrigues, gerente-executivo de desenvolvimento e gestão do Sistema Fiep. Foi então que, em novembro do ano passado, a Fiep adotou o sistema de gestão de relacionamento com o cliente Microsoft Dynamics CRM 2016 Online, que oferece as ferramentas Social Engagement (MSE), Dynamics Marketing (MDM) e Dynamics CRM. Anteriormente, a Federação trabalhava com a versão 2012 do sistema, para gestão de processos com cliente pessoa jurídica. “Além da implementação da tecnologia, elaboramos um forte plano de gestão de mudança organizacional, visto que enfrentamos resistência dos colaboradores em relação às mudanças de cultura e processo durante o projeto”, enfatiza o executivo. https://www.itforum365.com.br/author/fabiana-rolfini/ https://www.itforum365.com.br/ti-negocios/ 12 Cliente: foco dos processos de negócio Com a adoção dos sistemas de CRM aliada ao redesenho organizacional das áreas de Marketing, Vendas e Planejamento da Fiep, a instituição pode voltar suas ações às necessidades dos clientes, conquistando diversos benefícios. Dentre eles estão melhor visão de clientes potenciais e maior agilidade na resposta ao empresariado; integração de ferramentas e processos, proporcionando visão única do cliente; orientação às etapas de negociação pelo fluxo de processo empresarial, bem como organização do portfólio na hierarquia de produtos: todos as unidades de negócio podem visualizar as ofertas integradas de serviços, independente da unidade de execução. Segundo Márcia Ferreira de Souza, gerente-executiva Comercial do Sistema Fiep, o alinhamento da área de marketing com a TI foi constante do início à implantação do projeto, o que teve extrema importância nos resultados. “Todas as especificações, status, homologações e decisões foram alinhadas entre as duas áreas. O trabalho conjunto possibilitou segurança à equipe do projeto, bem como possibilitou uma boa sustentação pós go live, o que fez com que não gerasse impactos negativos à operação e aos negócios da empresa.” (Rolfini, 2018b). TEMA 5 – FEEDBACK E APRENDIZADO O feedback nada mais é do que o retorno de todas as ações tomadas para atingimento das estratégias. Martins et al. (2012) dizem: O feedback e os processo de revisão da estratégia e foco existentes concentram-se no fato de que a empresa, seus departamentos e seus empregados terem alcançado suas metas financeiras previstas. Com o BSC como ferramenta gerencial, uma empresa poderá monitorar os resultados de curto prazo a parti das três perspectivas – clientes, processos internos de negócios e aprendizado e crescimento – adicionado as metas financeiras, e assim avaliar a estratégia adotada medindo o recente desempenho. Este quanto processo possibilita o aprendizado estratégico. 13 Fonte: vicon / shutterstock Como o CEO da Microsoft está reinventando uma empresa envelhecida Satya Nadella lançou um livro para contar sobre o processo de transformação da Microsoft em uma companhia mais aberta e focada em computação móvel e serviços na nuvem The Washington Post [29/09/2017] [18h53] O CEO da Microsoft, Satya Nadella, adora fazer referências literárias durante conversas corporativas. Em uma conferência com investidores, ele citou Nietzsche. Em um memorando enviado a funcionários, parafraseou Oscar Wilde. Em uma lista de leitura, incluiu obras como Platão e Jean Piaget e compartilhou insights sobre um livro de não ficção que conta a história de trabalho em equipe do time de remo que ganhou as Olimpíadas de 1936. Agora, Nadella é autor de um livro, chamado de “Hit Refresh”, ainda sem versão em português. Quando o livro chegar às prateleiras das livrarias nesta semana nos Estados Unidos, Nadella se juntará ao time dos poucos CEOs que escreveram seus próprios livros enquanto ainda estavam em atividade. Ainda menos são os CEOs que escreveram um livro no começo da sua gestão: Nadella virou o terceiro CEO da Microsoft em fevereiro de 2014. O livro de Nadella conta como ele está transformando uma gigante da tecnologia envelhecida em uma companhia mais aberta e mais colaborativa, focada em colocar como prioridade a computação móvel e os serviços na nuvem. Parte do livro engloba também memórias, um guia de liderança e uma visão fiturista da tecnologia. Desde que Nadella assumiu o controle da Microsoft, o preço das ações da companhia mais que duplicou. Ele focou na computação na nuvem e em softwares de produtividade on-line, produtos que tiveram uma altademanda, superando as 14 expectativas de analistas. Ele também comprou diversas empresas de tecnologia, adicionando 40 novos negócios ao seu portfólio, incluindo o LinkedIn. Ele disponibilizou o pacote Office para smartphones de outros sistemas operacionais, como o Android, e apoiou o desenvolvimento de áreas inovadoras como o fone de ouvido de realidade aumentada Holo Lens. E, acima de tudo, foi escolhido para ser o CEO que reviu a cultura organizacional da Microsoft, implantando políticas que acabem com a cultura do importante é saber” para ser uma companhia que valoriza o aprender”. Apesar de todo esse sucesso, foram apenas três anos de Nadella à frente da Microsoft - e ele afirma que há muito mais a fazer. Confira, abaixo, uma entrevista com o CEO da Microsoft, Satya Nadella, em que ele repercute o lançamento do seu livro e as transformações na gigante da tecnologia. Você acredita que pode ser um risco ter escrito um livro agora, no início da sua gestão? E, se o seu sucesso como gestor não continuar, o livro não viraria uma assombração para você? Em algum sentido, esse era o ponto do livro. O livro é mais sobre como o sucesso virá a longo prazo se você continuar correndo atrás dele e se renovando. Toda vez que você escolhe fazer alguma coisa, não vai ser um sucesso imediato. Teremos altos e baixos. A questão é como lidamos com essas questões. O livro não é sobre "oi, isso é o que eu fiz e é por isso que tivemos sucesso nos primeiros três anos da minha gestão". [...] Você convidou CEOs de empresas recém-adquiridas para um retiro que já estava reservado para veteranos. É essa maneira que você encontrou para disseminar o pensamento mais aberto dentro da companhia? Quais foram as outras formas? Isso é verdade. Você não consegue obter mais de dentro - eu passei 25 anos da minha vida aqui. Mas, em todo o trabalho que fiz, sempre tentei, de qualquer maneira que pudesse construir uma perspectiva externa. Nós adquirimos empresas com muitos talentos, e essas empresas têm CEOs. Essas são as pessoas que podem me ensinar muito e podem ensinar muitas outras pessoas na Microsoft. Queremos garantir que aprendamos com elas. A outra coisa que eu fiz foi quando eu estava comandando nossa divisão on-line. Reed Hastings [CEO da Netflix], que naquela época fazia parte do nosso 15 conselho, foi gentil o suficiente para permitir que eu acompanhasse o dia a dia da Netflix. Uma das questões que eu tinha era que eu somentei trabalhei na Microsoft. Eu não conhecia nenhuma outra grande organização ou empresa de rápido crescimento por dentro. Ele me deixou fazer isso por um tempo. Esse foi o tipo de coisa que procurei. [...] Então, quem você estudou? Você sabe que quando eu olhei para trás, eu observei uma falta de literatura sobre esses cases. Quando você olha empresas bem sucedidas e os livros escritos sobre essas empresas, é principalmente durante períodos de sucesso. Pegue as IBM e as GEs espalhadas pelo mundo. Esses são alguns dos cases mais fascinantes. O que fez eles sobreviverem mais de 100 anos? Quais são os pontos altos? Quais são os pontos baixos? O que causou os altos e baixos? O retorno para mim é muito intrigante. Você disse, quando começou [como CEO], que queria que as pessoas adorassem a Microsoft novamente. Como acha que está se saindo? A imagem icônica que usamos internamente que realmente representa isso é quando alguém entra em uma loja e pega um videogame XBox e abraça. Esses são os fãs dos produtos. Como cultivamos isso? Como nós podemos fazer o nosso melhor trabalho para que as pessoas adorem nossas plataformas e jogos? E amem não apenas os produtos que oferecemos, mas o que eles podem criar com eles? Essa última parte é o que faz a Microsoft única. [...] (Como o CEO..., 2017.) Podemos observar no artigo que para mudar antigos conceitos, devemos ter pessoas dispostas a mudar junto conosco, para que possamos então alcançar os resultados tão sonhados. FINALIZANDO Nesta aula foi visto o modelo Balanced Score Card (BSC) sob o olhar de Kaplan e Norton. Foi possível apreender o conceito de tradução da visão, comunicação e conexão, planejamento de negócios. Finalmente, vimos os conceitos relacionados a feedback e aprendizado. 16 LEITURA COMPLEMENTAR Texto de abordagem teórica “Contabilidade gerencial como ferramenta de gestão”. Disponível em: <http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/8247/1/TCC%20DAIANE%20 CHAVES%20CAVALCANTE.pdf >. “Como o CEO da Microsoft está reinventando uma empresa envelhecida”. Disponível em: <https://news.microsoft.com/pt-br/livro-de-satya-nadella- ceo-da-microsoft-e-lancado-no-brasil/>. KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: balanced scorecard. 13. ed. São Paulo: Campus, 1997. MARTINS, T. S.; GUINDANI, A. R.; REIS, J. A.; CRUZ, J. A. W. Incrementando a Estratégia: uma abordagem do Balanced Scorecard. Curitiba: InterSaberes, 2012. Texto de abordagem prática “Você sabe como fazer uma comunicação se conectar”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Qb4EuXfApVk>. “Fiep potencializa vendas ao otimizar processo de relacionamento com o cliente”. Disponível em: <https://itforum.com.br/noticias/fiep-potencializa- vendas-ao-otimizar-processo-de-relacionamento-com-o-cliente/>. 17 Saiba mais “A Microsoft ‘vira a chave’ para a nuvem”. Disponível em: <http://link.estadao.com.br/noticias/empresas,a-microsoft-vira-a-chave- para-a-nuvem,70002158369>. “State Grid aproxima gestão de desempenho dos colaboradores”. Disponível em: <https://www.itforum365.com.br/ti-negocios/state-grid- aproxima-gestao-de-desempenho-dos-colaboradores/>. 18 REFERÊNCIAS COMO O CEO da Microsoft está reinventando uma empresa envelhecida. Gazeta do Povo, 29 set. 2017. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/economia/nova-economia/como-o-ceo-da- microsoft-esta-reinventando-uma-empresa-envelhecida- 7wlr8tpne1aeo2rmichyhmiug>. Acesso em: 7 jul. 2018. CONTABILIDADE Gerencial: o que é e qual a sua importância. Rede Jornal Contábil, 03 set. 2017. Disponível em: <https://www.jornalcontabil.com.br/contabilidade-gerencial-o-que-e-e-qual-sua- importancia/>. Acesso em: 7 jul. 2018. KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: balanced scorecard. 13. ed. São Paulo: Campus, 1997. MARTINS, T. S.; GUINDANI, A. R.; REIS, J. A.; CRUZ, J. A. W. Incrementando a Estratégia: uma abordagem do Balanced Scorecard. Curitiba: InterSaberes, 2012. MONTEIRO, P. R. A.; CASTRO, A. R.; PROCHNIK, V. A mensuração do desempenho ambiental no balanced scorecard e o caso da Shell. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE, 7., 2003, SÃO PAULO. Anais..., São Paulo: FGV/USP, 2003. ROLFINI, F. State Grid aproxima gestão de desempenho dos colaboradores. ITF365, 2018. Disponível em: <https://www.itforum365.com.br/ti-negocios/state- grid-aproxima-gestao-de-desempenho-dos-colaboradores/>. Acesso em: 7 jul. 2018. _____. Fiep potencializa vendas ao otimizar processo de relacionamento com o cliente. ITF365, 2018. Disponível em: <https://www.itforum365.com.br/ti- negocios/fiep-potencializa-vendas-ao-otimizar-processo-de-relacionamento-com- o-cliente/>. Acesso em: 7 jul. 2018. TOZZETO, C. A Microsoft ‘vira a chave’ para a nuvem. O Estado de S. Paulo, 21 jan. 2018. Disponível em: <http://link.estadao.com.br/noticias/empresas,a- microsoft-vira-a-chave-para-a-nuvem,70002158369>. Acesso em: 7 jul. 2018.
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