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Continuação MPIH Interface Homem-Máquina Prof. Me. Afranio Furtado de Oliveira Neto afranio.oliveira@ifms.edu.br 2020-II Como vimos na última aula 2 2020-II Aula anterior O Modelo do Processador de Informação Humano (MPIH), é uma descrição aproximada para ajudar a prever a interação usuário-computador, com relação a comportamentos; 3 2020-II 4 2020-II O MPIH Três subsistemas fazem parte e interagem no MPIH: Sistema Perceptual (SP) Guarda saída dos sistemas sensoriais • Sensores e buffers associados: MIV, MIA; Sistema Cognitivo (SC) Usa informação da MCD e da MLD para tomada de decisão; Sistema Motor (SM) Viabiliza resposta do Sistema Cognitivo. 5 2020-II O Sistema Motor Após o processamento perceptual, o pensamento finalmente é traduzido em ação pela ativação de padrões de músculos voluntários que são arranjados em pares antagônicos disparados um após o outro em sequência; Para usuários de computador, os sistema braço-mão-dedo e cabeça-olho são exemplos de conjuntos desses músculos capazes de responder a impulso nervoso; 6 2020-II O Sistema Cognitivo Nas tarefas mais simples, o Sistema Cognitivo (SC) serve meramente para conectar entradas do Sistema Perceptual para saídas corretas do Sistema Motor; Entretanto, a maioria das tarefas realizadas pelo humano envolve de forma complexa aprendizado, recuperação de fatos e resolução de problemas; 7 2020-II O Sistema Cognitivo Existem duas memórias associadas ao SC no MPIH, que formam as bases para o entendimento de estratégias e teorias em IHC são elas: Memória de Curta-Duração (MCD): usada para armazenar informação sob consideração no momento de determinada atividade; Memória de Longa Duração (MLD): usada para armazenar informação a ser acessada em longo prazo. 8 2020-II O Sistema Cognitivo - MCD A Memória de Curta Duração (MCD), ou Memória de Trabalho (MT) armazena os produtos intermediários do pensamento e as representações produzidas pelo Sistema Perceptual; Estruturalmente consiste de um subconjunto de elementos da Memória de Longa Duração (MLD) que se tornaram ativados; 9 2020-II O Sistema Cognitivo Funcionalmente é onde as operações mentais obtém seus operandos, e deixam seus resultados intermediários. O tipo predominante de código é o simbólico, diferentemente das MIV e MIA; Conceitualmente a MCD é constituída de chunks: elementos ativados da MLD, que podem ser organizados em unidades maiores. O chunk é função tanto do usuário quanto da tarefa que ele tem para realizar, uma vez tratar-se de ativação de sua MLD. 10 2020-II Exemplo • Memorize a sequência de letras abaixo: H-I-C-S-A-U-I-W-M-P 11 2020-II Exemplo A sequência mostrada anteriormente lidas sem qualquer diferença de entonação e de intervalo pode ser difícil para um ouvinte lembrar; Principalmente depois de um tempo. 12 2020-II Exemplo • Agora memorize a seguinte sequência composta pelas mesmas letras em outra ordem: I-H-C-U-S-A-W-I-M-P 13 2020-II Exemplo As letras mostradas anteriormente poderão ser facilmente reproduzidas pelo ouvinte; Por que? Para uma certa população de ouvintes, a segunda sequência representa apenas 3 chunks a serem lembrados (IHC, USA, WIMP) em vez de 10 ... 14 2020-II O Sistema Cognitivo Chunks podem estar relacionados a outros chunks; Quando um chunk na MLD é ativado, a ativação se espalha aos chunks relacionados em vários níveis, conceitualmente como numa rede semântica; Há interferência de novos chunks com os antigos. 15 2020-II O Sistema Cognitivo - MLD A Memória de Longa Duração (MLD) armazena a massa de conhecimento do usuário: fatos, procedimentos, história, etc; Conceitualmente pode ser entendida no modelo como uma rede de chunks acessados de forma associativa a partir da MCD ou Memória de Trabalho; Teoricamente não há o “apagar” da MLD; 16 2020-II O Sistema Cognitivo - MLD Entretanto, a recuperação de um chunk da MLD pode falhar quando, por exemplo, associações não puderem ser encontradas, ou quando houver interferências entre associações de chunks; O tipo de código predominante na MLD é o semântico. Quando a informação da MCD torna-se parte da MLD, a maneira como ela é codificada determina quais pistas serão efetivas na recuperação daquela informação mais tarde. 17 2020-II O Sistema Cognitivo O MPIH enquanto modelo é uma aproximação bastante boa para ser útil na análise e entendimento de opções de design e de periféricos envolvendo operações sensório motoras e cognitivas do usuário; Enquanto os modelos que a Psicologia nos oferece são importantes para entendermos nosso comportamento com relação aos artefatos criados pela nossa cultura, conhecer os mecanismos subjacentes ao processamento perceptual, cognitivo, motor, e a memória humana é fundamental ao estudo de interfaces 18 2020-II O Sistema Cognitivo - Exemplo Considere a situação onde um usuário deve aprender a usar um novo editor de textos, orientado a comandos, idêntico a um usado anteriormente, exceto pelos nomes dos comandos (ERASE em vez de DELETE, por exemplo); Depois de algum tempo, qual será a facilidade ou dificuldade em retornar ao uso do editor antigo? 19 2020-II O Sistema Cognitivo - Exemplo Trata-se de uma questão associada à recuperação de informação da MLD; De acordo com o modelo, a dificuldade em lembrar depende da interferência na MLD, isto é, de quais outros itens podem ser recuperados pelas mesmas pistas. 20 2020-II O Sistema Cognitivo - Exemplo Conforme o usuário acumula novos chunks na MLD, torna-se mais difícil recuperar chunks velhos que são semanticamente similares aos novos, uma vez que a codificação na MLD usa código semântico; Quem já experimentou várias ferramentas computacionais similares já deve ter experimentado essa dificuldade. 21 2020-II Gestalt Interface Homem-Máquina Prof. Me. Afranio Furtado de Oliveira Neto afranio.oliveira@ifms.edu.br 2020-II Introdução A palavra Gestalt (plural Gestalten) é um termo intraduzível do idioma alemão para o português. O Dicionário Eletrônico Michaelis apresenta como possibilidades as palavras figura, forma, feição, aparência, porte; estatura, conformação; vulto, às quais ainda se pode acrescentar estrutura e configuração. Também se pode usar “forma total” ou “forma global”. 23 2020-II Mas o que, exatamente é Gestalt? 24 2020-II Gestalt Gestalt é uma teoria que estuda como os seres humanos percebem as coisas; Ela prega que nossa percepção não se dá por “pontos isolados”, mas, sim, por uma visão de “todo”; Não vemos partes isoladas, mas relações; Para a nossa percepção, que é resultado de uma sensação global, as partes são inseparáveis do todo e são outra coisa que não elas mesmas, fora desse todo. 25 2020-II Gestalt Todo o processo consciente, toda forma psicologicamente percebida, está estreitamente relacionada com as forças integradoras do processo fisiológico cerebral; A hipótese da Gestalt, para explicar a origem dessas forças integradoras é atribuir ao sistema nervoso central um dinamismo autoregulador que, à procura de sua própria estabilidade, tende a organizar as formas em “todos” coerentes e unificados; Essas organizações, originárias da estrutura cerebral são, pois, espontâneas, não arbitrárias, independentes de nossa vontade e de qualquer aprendizado. 26 2020-II Gestalt: Forças que regem a percepção 27 2020-II Gestalt: Forças que regem a percepção 28 2020-II Gestalt: Forças que regem a percepção 29 2020-II Princípios da Gestalt A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, descobriu certas leis (princípios) que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e ideias; Essas leis são nada menos que conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, quando age no processo de percepção. Os elementos constitutivos são agrupados de acordo com as características que possuem entre si; 30 2020-IIPrincípios da Segregação Segregação significa a capacidade perceptiva de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades formais em um todo compositivo ou em partes deste todo; Naturalmente, pode-se segregar uma ou mais unidades, dependendo da desigualdade dos estímulos produzidos pelo campo visual (em função das forças de um ou mais tipos de contrastes); A segregação pode se feita por diversos meios tais como: pelos elementos de pontos, linhas, planos, volumes, cores, sombras, brilhos, texturas e outros. 31 2020-II Princípios da Segregação 32 2020-II Princípio da Semelhança Ou “similaridade”, possivelmente a lei mais óbvia, que define que os objetos similares tendem a se agrupar; A similaridade pode acontecer na cor dos objetos, na textura, por intensidade, odor, peso, tamanho, forma etc. e se dá em igualdade de condições; Estas características podem ser exploradas quando desejamos criar relações ou agrupar elementos na composição de uma figura; Por outro lado, o mau uso da similaridade pode dificultar a percepção visual como, por exemplo, o uso de texturas semelhantes em elementos do “fundo” e em elementos do primeiro plano; 33 2020-II Princípio da Semelhança Objetos semelhantes são percebidos como grupos: O X O X O X O X O X O X O O X O X O X O X O X O X O O X O X O X O X O X O X O 34 2020-II Princípio de Semelhança Elementos similares são percebidos com um conjunto 35 2020-II Princípio da Proximidade Os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. Logicamente, elementos que estão mais perto de outros numa região tendem a ser percebidos como um grupo, mais do que se estiverem distante de seus similares; O princípio da proximidade basicamente diz que quando vários itens estão próximos entre si, formam uma unidade visual única, coesa, e não mais parecerão distintos. E mais: esta relação que forma o “um” sugere que estes elementos são relacionados, de alguma maneira. 36 2020-II Princípio da Simetria Objetos simétricos são mais prontamente identificados do que objetos assimétricos A 37 2020-II Princípio de Proximidade Elementos próximos são percebidos como um conjunto. 38 2020-II Princípio de Proximidade Elementos próximos são percebidos como um conjunto. 39 2020-II Princípio de Proximidade Elementos próximos são percebidos como um conjunto. 40 2020-II Princípio de Proximidade Elementos próximos são percebidos como um conjunto. 41 2020-II Princípio de Proximidade Elementos próximos são percebidos como um conjunto. 42 2020-II Princípio de Proximidade Elementos próximos são percebidos como um conjunto. 43 2020-II Princípio de Proximidade Elementos próximos são percebidos como um conjunto. 44 2020-II Princípio da Boa Continuidade O princípio da Boa Continuidade é o acompanhamento de uns elementos por outros, de modo que uma linha ou uma forma continuem em uma direção ou maneira já conhecidas. Boa Continuidade está relacionada à coincidência de direções, ou alinhamento, das formas dispostas. 45 2020-II Princípio da Boa Continuidade Se vários elementos de um quadro apontam para o mesmo canto, por exemplo, o resultado final “fluirá” mais naturalmente. Isso logicamente facilita a compreensão. Os elementos harmônicos produzem um conjunto harmônico. O conceito de boa continuidade está ligado ao alinhamento, pois dois elementos alinhados passam a impressão de estarem relacionados. 46 2020-II Princípio da boa continuidade (alinhamento) Elementos organizados em linha ou curva continuarão percebidos como um conjunto; O exemplo mostra quatro linhas que se encontram, geralmente consideradas como duas linhas em intersecção mas nunca como linhas que se repelem. 47 2020-II Princípio da boa continuidade (alinhamento) 48 2020-II Princípio da Clausura ou fecho Nossa mente tende a fechar contornos para completar figuras regulares, “completando as falhas” e aumentando a regularidade; O conceito de clausura relaciona-se ao fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto; 49 2020-II Princípio da Clausura ou fecho Ocorre geralmente quando o desenho do elemento sugere alguma extensão lógica, como um arco de quase 360º sugere um círculo. 50 2020-II Princípio da Região Comum Objetos dentro de uma região espacial confinada são percebidos como um grupo. 51 2020-II Princípio da Conectividade Objetos conectados são percebidos como relacionados. 52 2020-II Princípio da Pregnância Segundo esse princípio, as forças de organização da forma tendem a se dirigir tanto quanto o permitem as condições dadas no sentido da clareza, da unidade, do equilíbrio; Se a forma é complicada, cheia de voltinhas e detalhes, e ainda estiver no meio de uma composição cheia de elementos gráficos e imagens, vai ser muito difícil de percebê-la e identificá-la. Estamos diante, então, de uma peça com baixa pregnância; 53 2020-II Princípio da Pregnância Porém, se a forma for simples, clara, e ainda por cima, situada sobre um fundo branco, sem disputar a atenção com ninguém, então temos uma peça gráfica de alta pregnância. a pregnância pode ser da forma em si ou do contexto no qual ela está inserida. 54 2020-II Princípio da Pregnância Pregnância é equilíbrio, clareza e unificação visual, rapidez de leitura e interpretação. Mínimo de complicação na organização dos elementos. Baixa pregnância Alta pregnância 55 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma Luminosidade O que define se o quadrado à esquerda é escuro, claro ou muito claro é a comparação com outros elementos; 56 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma Tamanho Julgar se o objeto é grande ou pequeno depende de outros elementos nos arredores e/ou no contexto em que se circunscreve; 57 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma Contraste Elementos com maior contraste são percebidos como estando em primeiro plano - comparados com elementos de menor contraste ou contraste similar; 58 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma 59 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma Profundidade Objetos grandes são percebidos em primeiro plano, comparados com objetos menores; 60 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma Profundidade Percebemos o ambiente de forma tridimensional: Com a distância objetos parecem menores e em menor saturação. Com relação a elementos bidimensionais: Quanto maior um objeto em relação ao outro, com maior contraste e cores mais saturadas (quando houver) resulta em um efeito tridimensional de profundidade. 61 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma Profundidade 62 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma Profundidade Elementos com cores quentes e saturadas são percebidos em primeiro plano comparados com elementos com cores frias e de pouca saturação. 63 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma Profundidade 64 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma Profundidade Elementos que sobrepõem outros são percebidos em primeiro plano 65 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma Profundidade 66 2020-II Gestalt e a Percepção da Forma Profundidade 67 2020-II Princípio da Experiência Esta última se relaciona com o pensamento pré- Gestáltico, que via nas associações o processo fundamental da percepção da forma. A associação aqui, sim, é imprescindível, pois certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecermos, ou se tivermos consciência prévia de sua existência. 68 2020-II Princípio da Experiência Da mesma forma, a experiência passada favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira de um elemento, ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta forma inteira na memória. 69 2020-II Princípio da Experiência 70 2020-II Tarefa para a próxima aula... Procurar exemplos de aplicação de cada um dos princípios da Gestaltem websites e aplicativos. Enviar como arquivo ppt para o Moodle. Proximidade Boa continuidade Similaridade Simetria Fecho Região comum Conectividade Incluir no slide a justificativa para a interface escolhida ser representativa para o princípio 71 2020-II Fatores Humanos Interface Homem-Máquina Prof. Me. Afranio Furtado de Oliveira Neto afranio.oliveira@ifms.edu.br 2020-II
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