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Medicina de Suínos - Instagram @apostilasvet_danny_elis

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Apostilas da Vet Danny Elis (051) 993328868 @apostilasvet_danny_elis 
 
MEDICINA DE SUÍNOS DANNY ELIS 
 
0 
 
 
 
MEDICINA DE SUÍNOS 
Compilado de resumos e aulas digitadas 
Danny Elis 
Medicina Veterinária - UFRGS 
Os resumos utilizados para elaboração deste polígrafo não são de minha 
autoria e foram feitos por alunos, portanto, podem conter erros. 
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MEDICINA DE SUÍNOS DANNY ELIS 
 
1 
 
 SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM 
07:30 
08:30 
09:30 
10:30 
11:30 
12:30 
13:30 
14:30 
15:30 
16:30 
17:30 
 
 
Datas de provas e saídas 
 
 
 
 
 
 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MEDICINA DE SUÍNOS DANNY ELIS 
 
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MEDICINA DE SUÍNOS DANNY ELIS 
 
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MEDICINA DE SUÍNOS DANNY ELIS 
 
6 
 
Sumário 
PLANEJAMENTO ACADÊMICO SEMESTRAL ..................................................................................................................................10 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO ............................................................................................................................................................14 
A INSERÇÃO DA CARNE SUÍNA NO AGRONEGÓCIO ................................................................................................................................14 
ESTRUTURA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO .............................................................................................................................................16 
SISTEMA DE PRODUÇÃO .................................................................................................................................................................20 
CÁLCULOS ...................................................................................................................................................................................23 
BIOSSEGURANÇA .........................................................................................................................................................................26 
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA .............................................................................................................................................................26 
MANEJO DE LEITOAS ...................................................................................................................................................................29 
EXPECTATIVAS DE POTENCIAL PRODUTIVO COM MANEJO CORRETO ..........................................................................................................29 
COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS DE COBERTURA .........................................................................................................................................29 
ORIGEM DAS LEITOAS DE REPOSIÇÃO .................................................................................................................................................31 
DIAGNÓSTICO DE ESTRO..............................................................................................................................................................36 
PROESTRO ...................................................................................................................................................................................38 
ESTRO ........................................................................................................................................................................................38 
METAESTRO ................................................................................................................................................................................40 
DIESTRO .....................................................................................................................................................................................41 
INSEMINAÇÃO .............................................................................................................................................................................44 
TÉCNICAS DE IA EM SUÍNOS E CUIDADOS NO PROCEDIMENTO .................................................................................................................46 
CÁLCULO DA DOSE INSEMINANTE: .....................................................................................................................................................49 
GESTAÇÃO E MATERNIDADE .......................................................................................................................................................51 
FÊMEA GESTANTE .........................................................................................................................................................................51 
OBSTETRÍCIA E NEONATOLOGIA ........................................................................................................................................................57 
PARTO AO DESMAME ..................................................................................................................................................................65 
CRECHE ........................................................................................................................................................................................67 
TERMINAÇÃO...............................................................................................................................................................................68 
INTRODUÇÃO À CLÍNICA ..............................................................................................................................................................70 
SANIDADE ...................................................................................................................................................................................70 
CANIBALISMO ..............................................................................................................................................................................72 
DOENÇAS DE PELE ........................................................................................................................................................................74 
SARNA SUÍNA ..............................................................................................................................................................................74 
EPIDERMITE EXSUDATIVA (ECZEMA ÚMIDO) .......................................................................................................................................77 
PARAQUERATOSE ..........................................................................................................................................................................79 
PITIRÍASE RÓSEA ...........................................................................................................................................................................80 
OUTRAS DOENÇAS ........................................................................................................................................................................81 
CIRCOVIROSE ...............................................................................................................................................................................87SÍNDROME DO DEFINHAMENTO .......................................................................................................................................................88 
SÍNDROME DA DERMATITE E NEFROPATIA (PCV2 E PCV3) ......................................................................................................................88 
PROBLEMAS REPRODUTIVOS (PCV2 E PCV3) .......................................................................................................................................89 
HAEMOPHILUS PARASUIS ............................................................................................................................................................90 
MICOTOXINAS .............................................................................................................................................................................93 
AFLATOXINA ................................................................................................................................................................................94 
ZEARALENONA .............................................................................................................................................................................95 
OCRATOXINA A ............................................................................................................................................................................96 
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7 
 
TRICOTECENOS (DEOXINIVALENOL) ...................................................................................................................................................96 
FUMONISINAS ..............................................................................................................................................................................96 
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS ...........................................................................................................................................................97 
RINITE ATRÓFICA NÃO PROGRESSIVA (RANP) ................................................................................................................................... 100 
RINITE ATRÓFICA PROGRESSIVA (RAP) ............................................................................................................................................ 100 
INFLUENZA ................................................................................................................................................................................ 101 
PLEUROPNEUMONIA .................................................................................................................................................................... 107 
MICOPLASMOSE ......................................................................................................................................................................... 111 
PASTEURELOSE ........................................................................................................................................................................... 115 
SISTEMA LOCOMOTOR .............................................................................................................................................................. 117 
LESÕES E INFECÇÕES DO CASCO ...................................................................................................................................................... 118 
ARTRITE .................................................................................................................................................................................... 120 
OSTEOCONDROSE ....................................................................................................................................................................... 121 
BURSITE.................................................................................................................................................................................... 122 
FRATURAS ................................................................................................................................................................................. 122 
SÍNDROME DO ESTRESSE ............................................................................................................................................................... 123 
SPLAYLEG (SÍNDROME DOS MEMBROS ABERTOS) ................................................................................................................................ 123 
OUTRAS CAUSAS DE PROBLEMAS LOCOMOTORES: .............................................................................................................................. 124 
DOENÇAS DO TRATO GASTROINTESTINAL ................................................................................................................................. 125 
DIARREIAS DA MATERNIDADE ........................................................................................................................................................ 127 
DIARREIA DE CRECHE ................................................................................................................................................................... 138 
DIARREIA DE RECRIA/TERMINAÇÃO ................................................................................................................................................. 141 
DIVERSAS FASES ......................................................................................................................................................................... 150 
DOENÇAS PARASITÁRIAS ........................................................................................................................................................... 152 
ASCARIDIOSE ............................................................................................................................................................................. 152 
METASTRONGILOSE ..................................................................................................................................................................... 154 
CISTICERCOSE............................................................................................................................................................................. 155 
MIÍASE ..................................................................................................................................................................................... 157 
TRIQUINELOSE ............................................................................................................................................................................ 157 
TOXOPLASMOSE ......................................................................................................................................................................... 158 
ISOSPOROSE (CISTOISOSPOROSE) .................................................................................................................................................... 159 
CONTROLE DAS HELMINTOSES ....................................................................................................................................................... 160 
HEMATOPOIÉTICO ..................................................................................................................................................................... 161 
PESTE SUÍNA CLÁSSICA ................................................................................................................................................................. 161 
PESTE SUÍNA AFRICANA ................................................................................................................................................................164 
DOENÇAS VESICULARES EM SUÍNOS.......................................................................................................................................... 165 
ESTOMATITE VESICULAR ............................................................................................................................................................... 165 
EXANTEMA VESICULAR ................................................................................................................................................................. 166 
DOENÇA VESICULAR DOS SUÍNOS.................................................................................................................................................... 166 
SENECA VALLEY VÍRUS ................................................................................................................................................................. 166 
FEBRE AFTOSA ........................................................................................................................................................................... 168 
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO DE SUÍNOS ........................................................................................................................... 172 
DOENÇA DE AUJESZKY .................................................................................................................................................................. 172 
MENINGITE ESTREPTOCÓCICA ........................................................................................................................................................ 174 
DOENÇA DO EDEMA .................................................................................................................................................................... 175 
INTOXICAÇÃO POR SAL ................................................................................................................................................................. 176 
OUTRAS DOENÇAS ...................................................................................................................................................................... 176 
DOENÇAS REPRODUTIVAS DE SUÍNOS ....................................................................................................................................... 177 
ERISIPELA (DOENÇA SEPTICÊMICA) .................................................................................................................................................. 177 
LEPTOSPIROSE SUÍNA ................................................................................................................................................................... 179 
PARVOVIROSE SUÍNA ................................................................................................................................................................... 180 
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FALHAS REPRODUTIVAS ............................................................................................................................................................ 182 
FALHAS ANTES DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL ..................................................................................................................................... 183 
FALHAS PÓS INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL ............................................................................................................................................. 184 
IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE DAS FALHAS REPRODUTIVAS ..................................................................................................................... 186 
NATIMORTOS E MUMIFICADOS................................................................................................................................................. 187 
MUMIFICADOS ........................................................................................................................................................................... 187 
NATIMORTOS ............................................................................................................................................................................. 188 
FISIOPATOLOGIA DA LACTAÇÃO ................................................................................................................................................ 190 
ASPETOS PATOLÓGICOS NA LACTAÇÃO DE SUÍNOS .............................................................................................................................. 192 
SÍNDROME DA DISGALAXIA PÓS-PARTO (SDP) .................................................................................................................................. 193 
LINFADENITES (MICOBACTERIOSES – TUBERCULOSE) EM SUÍNOS ............................................................................................ 195 
 
 
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Planejamento Acadêmico Semestral 
 
Mês 
 
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8 9 10 11 12 13 14 
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22 23 24 25 26 27 28 
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Mês 
 
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14 
 
Sistemas de Produção 
A Inserção da Carne Suína no Agronegócio 
Carne suína é a mais produzida mundialmente, entre as 3 principais carnes do mercado estão: 
1º suíno; 
2º frango; 
3º bovino. 
Consumo per capita no mundo: 
Carne suína: 16 kg; 
Carne de frango: 14,5 kg (produção e tende a superar a suína). 
O consumo de carne suína não tem uma distribuição linear, é muito concentrada em algumas regiões, e 
outras não consomem. 
Em termos de produção: as outras carnes como ovelha, peru, cabra, pato, etc. representam uma parcela bem menos 
significativa, e se incluirmos o peixe ficamos com: 
115 milhões de toneladas de carne suína; 
108,6 milhões de toneladas de carne de frango; 
67,8 milhões de toneladas de carne bovina; 
Somatório dos peixes (captura e aquicultura) → 160 milhões de toneladas. 
Mercado de carnes tem muita representatividade mundial (aumenta a população, aumenta a demanda). A 
expectativa de aumento de produção e consumo dessas carnes está associada a países em desenvolvimento, pois 
em países desenvolvidos pouco aumenta (aumenta em torno de produtividade nesses países, não em termos de 
população). 
Produção de suínos: 
É hiperconcentrada em algumas regiões: 
Sudeste Asiático; 
Principal concentraçãomundial. 
China produz e consome 50% de toda carne suína do mundo); 
Meio Oeste Americano (cinturão do milho). 
No Brasil, o consumo de suínos vem crescendo: 
Consumo per capita próximo de 15 kg; 
A cada Kg que aumenta no consumo de carne, se aumenta a quantidade de matrizes para produção. 
Produção mundial é de cerca de 107 milhões de toneladas: 
1º China; 
2º União Europeia; 
3º EUA; 
4º Brasil. 
Consumo mundial: 
1º China; 
2º UE; 
3º EUA; 
4º Rússia (consumo além do que produz – ou seja compra); 
5º Brasil; 
6º Japão (também consome mais que produz). 
Exportação: 
Apenas 7 milhões de toneladas (em torno de 6% das 107 milhões de toneladas) que são produzidas, são 
vendidas no mercado externo, o restante praticamente é consumido dentro dos próprios países ou do 
mercado europeu. 
1º EUA; 
2º União Europeia; 
3º Canadá; 
4º Brasil. 
5º China; 
Exporta pouco, mas tem alguns cortes exclusivos 
como a tripa que o próprio Brasil importa. 
A China produz a metade, e somando a 
produção dos três primeiros colocados, já se 
tem 85 dos 107 milhões de toneladas. 
 
Vietnã e Rússia também são consistentes, 
mas em cerca de 2 milhões de toneladas. 
O Chile é um grande concorrente do nosso 
mercado para exportar, eles não produzem 
grãos (importam para a criação de suínos), 
tem uma produção competitiva e 
concentrada no ramo da carne. 
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MEDICINA DE SUÍNOS DANNY ELIS 
 
15 
 
Consumo anual per capta: 
Brasil: aproximadamente 15 kg; 
China: em torno de 36 kg. 
Espanha, Dinamarca, República Tcheca comem 60 kg. 
Nesses países o consumo de carne suína é bem mais elevado por ser uma carne barata, 
especialmente em comparação com a bovina: uma picanha suína no supermercado custa 15 R$ e a 
bovina 40 R$, sendo que o único corte suíno de valor elevado é a costela. 
 
Febre aftosa: 
É barreira sanitária para compra. 
Santa Catarina é um estado livre sem vacinação e assim é responsável por praticamente 40% do total que o 
Brasil exporta. 
Esse estado exporta muito para o Japão; 
Havendo um caso no estado, o resultado seria uma catástrofe econômica. 
A ocorrência da doença afeta diretamente o mercado internacional de carnes. 
Importação: 
7 milhões de toneladas comercializadas - O Brasil não está nessa lista, pois compra apenas 10%. 
O grande comprador é o Japão, depois Rússia, México, China, Coreia do Sul, etc. 
 
Peste Suína Clássica: tem que eliminar, mas ela é controlável com vacina; 
Peste Suína Africana: não tem vacina, dizima populações, difícil erradicação. 
Grande surto desde 2005-2007 na Rússia e no Leste Europeu, se alastrou para a parte Asiática da Rússia, e 
no dia 13 de agosto teve o primeiro surto de peste africana na China. 
Grande problema pelo difícil controle e alta mortalidade. 
Mercado brasileiro e exportação: 
Em maio de 2013 ocorreu a abertura do mercado japonês para carne suína brasileira, que liberou cerca de 8 
frigoríficos para a exportação. 
O processo que levou a essa abertura iniciou 20 anos antes: em 1993 se suspendeu a vacinação e só 
em 2013 abriu o mercado (esse processo sempre é lento). 
Em 2016 teve a abertura do mercado da Coreia do Sul. 
O Brasil teve um salto na exportação nos anos 2000 e se mantém com média anual de exportação em torno 
de 600 mil toneladas. 
Um fator preocupante é a superdependência da Rússia, Hong Kong e China como compradores. 
A receita da tonelada aumentou bastante, o preço tem subido e colaborado na balança comercial. 
A produção dessa carne no Brasil cresceu 100% de 1997 a 2008, depois continuou crescendo mais 
modestamente, 10% até hoje. Ao ano ela aumentou cerca de 7%, sendo um crescimento bem expressivo. 
15 a 20% da carne suína no Brasil é exportada. 
Há espaço para o aumento do consumo brasileiro por habitante → as médias passaram de 60 kg para 80 kg 
de carne ao ano. Dentro desse consumo, é muito pequeno do corte in natura, sendo os embutidos frescais e 
processados os mais consumidos. 
O nosso consumo poderia crescer para 125 a 130 kg, se mantivesse as proporções de como é hoje, cada 
brasileiro iria comer 8 a 10 kg de carne suína por ano. 
A produção brasileira de carne suína vem crescendo consideravelmente nos últimos anos, saindo de 2621 
mil toneladas em 2004 e chegando a 3731 mil toneladas em 2016, tendo em 2013 apresentado uma redução 
de 25% na produção e exportação devido a um embargo imposto ao produto pela Ucrânia, um dos principais 
importadores, alegando a presença de uma bactéria na carne. 
Os principais estados produtores de carne suína no Brasil, em 2016, são SC (26%), PR (22%), RS (21%), MG 
(11%), MT (5%), GO (4%), e MS (4%). 
 
Perspectivas: 
Aumento do consumo de carne suína em 154,7 milhões de toneladas para 2030 (51% de crescimento para 2030, ou 
seja, 52 milhões toneladas vão ser produzidas a mais e quem será que vai produzir isso?) 
Quantas matrizes temos que colocar no campo se cada Brasileiro comer 1 kg a mais de carne suína? 
Precisaria ser alojado no campo mais 100 mil matrizes. 
E para aumentar as 52 milhões de toneladas estimadas para 2030 → 28 a 31 milhões de matrizes. 
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MEDICINA DE SUÍNOS DANNY ELIS 
 
16 
 
Estrutura do Sistema de Produção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de Produtores 
1) Ciclo completo: tende a desaparecer porque cada vez mais se busca a especialização em cada categoria. 
2) Produtor de leitões: recebe pré-puberdade e faz IA, vai da gestação até maternidade, lactação e desmame. 
3) Terminador: recebe descrechados e faz terminação. 
4) Produção de reprodutores: multiplicação – recebe crescida e apta sexualmente da granja núcleo genética. 
 
 
Formas de Criar 
1) Confinamento 
2) Semiconfinamento 
3) SISCAL (sistema de criação de suínos ao ar livre → piquete → necessário muita mão de obra e grande área. 
CPS 
GRSC 
Granjas Comerciais 
Introdução de material genético de animais importados e 
sêmen congelado; CPS – central produtora de sêmen. 
Granjas destinadas a 
comercialização de 
reprodutoras certificadas. 
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MEDICINA DE SUÍNOS DANNY ELIS 
 
17 
 
Quanto à Sanidade 
1) Granja tradicional; 
2) Granja de Alta-saúde ou doença mínima: Granja de reprodutores suídeos certificada (GRSC): 
a. São granjas que além de vender reprodutores, vendem animais de exposição, feiras e leilões. 
b. Precisam seguir as recomendações da IN 19 de 2002, ou seja, devem ser livres das doenças de 
notificação obrigatória: 
i. Peste Suína Clássica; 
ii. Aujeszky; 
iii. Brucelose; 
iv. Leptospirose; 
v. Tuberculose; 
vi. Sarna. 
c. Desejável também ser livres das doenças de notificação opcional: 
i. Rinite atrófica progressiva (RAP); 
ii. Pneumonia enzoótica; 
iii. Pleuropneumonia suína; 
iv. Disenteria suína. 
v. Classificação a partir de quantas doenças ela é livre: 
1. Nível 1: livre das 4; 
2. Nível 2: livre de pelo menos 2; 
3. Nível 3: livre de uma; 
4. Nível 4: sem doença opcional certificada. 
d. São classificadas quanto ao grau de vulnerabilidade também: 
i. A – Bem protegida; 
ii. B – Baixa vulnerabilidade; 
iii. C – Moderada; 
iv. D – Altamente vulnerável. 
3) Livre de doenças específicas (SPF) 
 
 
 
 
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Sistemas de Produção 
1) Tradicional: 
Ciclo completo, produção em 1 sítio: gestante, lactentes e leitões (GLL), creche e terminação. 
Aquele em que todas as etapas de criação - do recebimento das leitoas até a saída dos animais para 
o abate - são realizadas em um mesmo local. 
2) Produção em 2 sítios: GLL → creche e terminação. 
Aquele em que se tem dois locais de produção independentes. 
No primeiro sítio ficam alojados as matrizes e os leitões até a fase de creche e no segundo sítio os 
animais em recria e engorda. 
3) Produção em 3 sítios: GLL → da creche → terminação.No primeiro sítio ficam alojadas somente as matrizes, no segundo sítio fica a fase de creche e no 
terceiro sítio as fases de recria e engorda 
4) Produção em múltiplos sítios: 
GLL → creche 1 (turma 1 e 2) → creche 2 (turma 3 e 4) → creche 3 (T 5 e 6) → creche 4 (T 7 e 8). 
5) Produção em “wean to finish”: 
GLL → creche, crescimento e terminação. 
6) Sítio 4 ou 4º sítio: recebe as matrizes de reposição, faz o manejo delas; 
Esse sistema é derivado do sistema de três sítios, com a significativa diferença de que nele as leitoas 
não são alojadas diretamente no sítio 1. 
As leitoas são alojadas aos 150 dias de idade no 4 sítio, onde permanecem até a confirmação da 
cobertura, em torno de 35-42 dias de gestação, para só então serem transferidas para o sítio 1. 
7) Sítio 5 ou 5º sítio: 
A granja sítio 5 recebe as leitoas, induz a puberdade, faz a inseminação, confirma a gestação, a leitoa 
vai pra maternidade, passa pelo IDE (intervalo desmame-estro), são inseminadas novamente para 
daí serem encaminhadas ao sítio 1. 
 
 
Faixas Etárias 
Matrizes: dividas em: 
Reposição (nulíparas ou leitoas); 
Produção (primíparas ou pluríparas); 
Vão de OP0 a OP10 (ordem de parto 1 a 10). 
Inclui leitoas de reposição, fêmeas gestantes, fêmeas em lactação, fêmeas vazias e fêmeas de descarte. 
Leitões: 
Recém-nascidos; 
Amamentação (desmame em 21 ou 28D); 
Desmamados vão para a creche = até cerca de 60d. 
Suínos: 
Crescimento (60 a 90d); 
Crescimento e terminação (60 até 150-180d). 
Machos: 
Jovens divididos em: 
Reposição; 
Utilização (são jovens até 1 ano); 
Adultos são os com mais de 12 meses; 
Rufiões (vasectomizados ou não – diagnóstico de cio); 
Descarte. 
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Instalações 
1) Maternidade: 3 a 5 dias antes do parto até o momento do desmame (21 ou 28 dias). 
 
2) Creche: desmame até 56-65 dias. 
 
3) Recria: até 90 dias. 
4) Recria/terminação: 60 a 150-180 dias (ou 90 a 130 kg). 
 
5) Para a reprodução e gestação: para reprodução é necessário um local de diagnóstico de cio (centro erótico), 
para IDE (intervalo de desmame ao estro) e para leitoas de reposição de IA. Gestantes podem ficam em gaiolas 
ou baias. 
 
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Sistema de Produção 
Sítio 1 são granjas produtoras de leitão desmamado (SPL = sistema de produção de leitões). 
Sítio 2 é creche. 
Sítio 3 é terminação. 
Granja ciclo completo tem sítio 1, 2 e 3 na mesma propriedade. 
O wean to finish é como se fosse a junção do sítio 2 e 3 (creche e terminação). 
Ao invés dos leitões irem pra creche e depois pra terminação (duas propriedades/granjas diferentes), eles 
são alojados no início da creche (pós desmame) numa instalação e permanecem nessa mesma instalação até 
o abate. 
Sítio 4 ou 4º sítio: recebe as matrizes de reposição, faz o manejo delas; 
Esse sistema é derivado do sistema de três sítios, com a significativa diferença de que nele as leitoas não são 
alojadas diretamente no sítio 1. 
As leitoas são alojadas aos 150 dias de idade no 4 sítio, onde permanecem até a confirmação da cobertura, 
em torno de 35-42 dias de gestação, para só então serem transferidas para o sítio 1. 
Sítio 5 ou 5º sítio: 
A granja sítio 5 recebe as leitoas, induz a puberdade, faz a inseminação, confirma a gestação, a leitoa vai pra 
maternidade, passa pelo IDE (intervalo desmame-estro), são inseminadas novamente para daí serem 
encaminhadas ao sítio 1. 
 
Sistema Tradicional 
O sistema tradicional é o que ocorre em um único sítio e encontra-se em desuso. É preferível utilizar uma granja 
especializada para cada fase da produção. 
1 sítio (desuso), 2 sítios, 3 sítios, múltiplos sítios e wean to finish. 
 Sítios permitem o uso de instalações exclusivas: 
 Separa leitoas, creche e terminação. 
 Evita que os problemas se espalhem ao longo de diferentes etapas. 
 A cada 2000 matrizes → 1200 desmamados/ano. 
 
Wean to finish 
Gestantes/lactantes/leitões (GLL): desmame com 21 dias (usa 3 semanas) 
Aloja com 21 dias e abate com 147 dias (usa 18 semanas) 
 
4º Sítio (ou sítio 4) 
Leitoas 150 dias → indução da puberdade → IA → envia leitoas gestantes 
 
5º sítio (ou sítio 5) 
Leitoas 150 dias → IA → gestação → lactação e desmame → IA → envia primíparas gestantes 
Bom para questão sanitária e limita fase de maiores perdas em um local (bonifica esse local). 
 
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Cálculos 
Fluxo dos animais de Reprodução 
O intervalo desmame-estro: fêmea que estava lactando e o leitão desmamou, então ela vai para o diagnóstico do 
cio. Quando este é detectado, realiza-se a inseminação. Uma vez inseminada, espera-se que entre em gestação, vá 
para a maternidade, desmame e tudo comece novamente. Quando algumas fêmeas retornam ao cio após a primeira 
inseminação, se dá uma 2ª chance, e em caso de nova repetição de cio, esta fêmea é encaminhada para o descarte 
(descarte voluntário). 
 
Uma unidade produtora de leitões (UPL) tem normalmente uma meta de leitões para entregar toda semana; se 
precisa entregar 1200 e entregou 1000, é necessário investigar o que aconteceu com os 200 que faltaram; é preciso 
gerar e desmamar conforme a demanda. Para isso se controla: 
1) Tamanho da leitegada; 
2) Nº de matrizes inseminadas (60% da meta vem daqui); 
3) Taxa de parição; 
4) Mortalidade na leitegada. 
 
Procedência das fêmeas para IA semanal em uma granja de 1000 matrizes 
 
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 = 𝑑𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑔𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 + 𝑑𝑢𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 + 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑚𝑎𝑚𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑜 
 
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 = 115 𝑑𝑖𝑎𝑠 + 21 𝑑𝑖𝑎𝑠 + 4 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 140 𝑑𝑖𝑎𝑠 
 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑓ê𝑚𝑒𝑎 =
𝐷𝑖𝑎𝑠 𝑎𝑛𝑜
 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠
=
365
140
= 2,6 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 
 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 = (1000 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠 ×
2,6
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜
𝑎𝑛𝑜
𝑓ê𝑚𝑒𝑎
) = 2600 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎 =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝐴𝑛𝑜
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝐴𝑛𝑜
=
2600
52
 = 50 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎 
 
 
 
Dessas 50 que pariram, cerca de 8 morrem ou são descartadas: 
Sobram 42 para a próxima inseminação. 
É preciso fazer a reposição das descartadas/mortas: REPONHO + 8 FÊMEAS. 
 
 
Das inseminadas: 
Algumas retornam ao cio e não emprenharem (REPONHO +3); 
É preciso considerar as oportunistas (REPONHO +2). 
Assim minha meta de cobertura é 55 fêmeas, já que se considera que 90% vão parir (taxa de parição) 
Assim, teremos os 50 partos por semana. 
 
Esse é o fator nº2 = número de matrizes emprenhadas. 
 
 Inseminar 
10% a mais! 
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Definição da Frequência dos Lotes 
Granjas de mais de 1000 matrizes terão partos semanais tranquilamente, as menores possuem menos partos e 
menos leitões para serem entregues, e as muito pequenas entregam leitões de origem múltipla, o que é ruim. 
Para as granjas menores o que se faz é diminuir o ritmo de partos/lotes (fazer quinzenal e não semanal) para ter 
maior número de leitões. 
Assim, 1 parto a cada 140 dias → 2,6 partos por ano e 12 leitões a cada parto por fêmea. 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑓ê𝑚𝑒𝑎 =
𝐷𝑖𝑎𝑠 𝑎𝑛𝑜
 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠
=
365
140
= 2,6 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 
 
𝐿𝑒𝑖𝑡õ𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑚𝑎𝑚𝑎𝑑𝑜𝑠
𝐹ê𝑚𝑒𝑎
𝐴𝑛𝑜
= (�̅� 𝑙𝑒𝑖𝑡õ𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑚𝑎𝑚𝑎𝑑𝑜𝑠 × 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑎𝑛𝑜) = 
 
12 × 2,6 = 31,2 𝑙𝑒𝑖𝑡õ𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑚𝑎𝑚𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑓ê𝑚𝑒𝑎 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜 
 
 
Para desmame em 21 dias + 5 dias de IDE (intervalo desmame/estro) e os 114 dias de gestação: 
 
 
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 =
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
 = 
140
7
= 20 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜. 
 
Então: 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 = 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
= 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 = 
1000 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠
20 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
= 50 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 
 
 
 
 
 
Para desmame em 27 dias + 5 dias de IDE (intervalo desmame/estro) e os 114 dias de gestação: 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 = 
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
=
147
7
= 21 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 
 
 
 
Então: 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜
= 
 
 
 
 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 =
1000 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠
21 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 
= 42 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 
 
Lembrar de inseminar 
10% a mais! 
Lembrar de inseminar 
10% a mais! 
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O problema é se o produtor tem só 200 matrizes, nesse caso para otimizar não se faz lotes semanais e sim de 28 
dias: 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 =
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
=
140
28
= 5 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 
 
Então: 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜
=
200
5
= 40 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑜𝑡𝑒 
 
 
 
 
 
Assim, para o pequeno produtor se faz uma produção em bandas, diminuindo o número de lotes 
aumentando o intervalo entre os lotes. Assim, o produtor consegue produzir o número necessário de leitões 
para entregar por lote, 40 x 12 leitões = 480 leitões. 
 
Num sistema semanal se calcula quantas salas serão necessárias na maternidade para se ter o alojamento de 7 dias, 
mais os 21 dias de lactação, mais os 7 dias de vazio sanitário. 
Para calcular o número de salas: 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙𝑎𝑠 =
𝐷𝑖𝑎𝑠 𝑜𝑐𝑢𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 + 𝐷𝑖𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 𝑠𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
= 
 
 
 
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑙𝑎𝑠 =
21 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑐𝑡𝑎çã𝑜 + 7 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 𝑠𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜
7 𝑑𝑖𝑎𝑠
=
35
28
= 5 𝑠𝑎𝑙𝑎𝑠 
 
 
Lembrar de inseminar 
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Biossegurança 
É o conjunto de práticas higiênico-sanitárias para evitar a entrada de patógenos nas granjas. 
É importante realizar o controle para que doenças não ingressem na granja, já que o status sanitário é seu 
patrimônio. 
Ex.: doenças de difícil erradicação geram gastos e diminuem a produção, sendo incorporadas na produção. 
 
Níveis de Biossegurança 
Internacional 
Pelas normas da OIE (Organização Internacional da Saúde Animal), se determina quais doenças devem ser de 
notificação obrigatória, como: 
Peste Suína Africana (embora ausente no Brasil, está migrando pela Europa ocidental através dos animais de 
vida livre); 
Peste Suína Clássica (tem no Brasil, mas RS e SC são regiões livres reconhecidas mundialmente e em 2016 mais 
14 estados e o DF foram incluídos como zona livre); 
Cisticercose suína; 
Encefalite Viral por Nipah; 
Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína – PRRS - (BR é livre, mas tem importância mundial e deve-se cuidar o 
material importado). Presente no Chile e no Uruguai. 
Gastroenterite transmissível (TGE). 
Diarreia epidêmica de suínos (PED): 
Problema nos EUA, quase 90% mortes em leitões. 
Risco ao usar insumos de outros países, contaminados por coronavírus muito contagioso. 
Para essas doenças há um plano de contingência: plano de solução imediata para os casos. 
 
Regional 
Mapeamento das regiões e da difusão das doenças, devendo levar em consideração a distância que um 
microrganismo pode ser transmitido por aerossóis (ex.: peste suína clássica é 40 km ou mais). 
Distância ideal entre granjas é de no mínimo 1 km. Barreiras verdes, topografia, umidade, calor, ventos, 
insolação, tamanho e tipos de rebanho influenciam na transmissão entre granjas. 
Aerossóis são carregados e transmitidos por muitos quilômetros: 
Distância em que os microrganismos podem ser transmitidos: 
Bactérias < 300-500 metros 
PRRS até 9,2 km; 
Influenza até 7 km; 
Aujeszky, Aftosa, PSC ≥ 40 km; 
M. hyopneum 3,2 km; 
Tem influência na transmissão: 
Topografia, umidade, calor, ventos, insolação, tipos de rebanhos e tamanho, barreiras verdes. 
 
Medidas de proteção: 
1. Barreiras verdes: muitas árvores ao redor das granjas, isolando-as; 
 
2. Aerobiologia: filtração do ar, em sistemas de pré-filtro e filtro nas entradas de ar e mecanismo para expulsão 
do ar na saída, como os filtros HEPA (filtram 99,9% das partículas até 300 m) – muito caros, mas eficientes 
para controle de doenças). 
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27 
 
Biossegurança em Granjas Convencionais 
Controlar a difusão dos agentes internamente (entre os prédios) e externamente. 
Medidas para limitar a difusão/ pressão de infecção dentro da granja: 
Manejo “all in – all out”; 
Lavagem após saída dos animais com detergentes e água quente, secagem, desinfecção dos ambientes, vazio 
sanitário (5 dias na maternidade, 7 dias na creche e 7 a 10 dias na terminação); 
Limpeza diária de instalações. 
Nebulização dos animais não é eficiente, pedilúvios têm poucos trabalhos sobre sua eficácia; o mais importante: 
controle de visitas, banhos, troca de roupas, lavagem de botas e desinfecção pessoal. 
 
Granjas de Alta Sanidade (SPF) 
São Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas (GRSC) que ficam dentro de um perímetro cercado e isoladas por 
uma barreira verde; 
Os caminhões não ultrapassam o perímetro cercado e os funcionários só ultrapassam depois do banho, indo 
ao escritório, refeitório, depósito, etc. 
Para ter acesso aos animais é necessário passar por um lava-botas. 
Pontos vulneráveis: 
1. Entrada de animais na granja; 
2. Sêmen e ração (caminhões); 
3. Aves, roedores, moscas, caixa d’água, aerossóis, refeitório, banho, fumigação, etc. 
4. Veículos: 
Mistura de animais de granjas diferentes; 
Caminhoneiro que desce durante as viagens, paradas; 
Caminhão mal lavado/ contaminado; 
Estresse dos animais na viagem. 
5. Homem: 
Também fazer vazio sanitário de 24h a 48h; 
Isolar as granjas e entradas; 
Prática de banho e troca de roupas. 
6. Fômites: 
Embalagens, frascos de vacinas e medicamentos, etc. 
Qualquer objeto que absorva e transporte organismos. 
Desinfetar materiais na entrada, tirar da embalagem externa se possível; 
Fumigador para desinfetar por 15 a 20 min os materiais antes de passar da área suja para a limpa; 
Regras para introdução de funcionários. 
7. Roedores (vetores mecânicos e biológicos): 
Deve-se impedir a sua entrada, limpar o terreno dos prédios, remover detritos que possam atraí-los. 
Programas de desratização. 
8. Moscas e mosquitos (vetores mecânicos): telas e repelentes; 
9. Pássaros (vetores biológicos): telas, cuidados com animais domésticos e silvestres. 
 
Medidas preventivas: 
Arco de desinfecção; 
Cinturão verde (barreira natural); 
Central Produtora de Sêmen (CPS) fornecedora; 
Veículos exclusivos e/ou higienizados; 
Tela para pássaros; 
Controle de roedores; 
Cerca externa; 
Cloração da água; 
Banho 1 antes do arco e banho 2 antes de entrarna granja, etc. 
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28 
 
A principal forma de quebra de sanidade de uma granja é através da introdução de novos animais, ocorrendo 
difusão da doença entre fornecedor e comprador. Por outro lado, ocorre atraso genético se o produtor decidir 
fechar o rebanho. 
 
É fundamental adotar práticas, como: 
Quarentena dos animais: 
Reposição externa apenas por uma multiplicadora é impossível fazer quarentena, precisa confiar que 
tenha sido feita na granja fornecedora; 
Reposição externa de avós: 
Se tem menos animais ingressando na granja; 
Os avós são selecionados, sendo 8 a 10% do rebanho, sendo assim possivel realizar a 
quarentena; 
Reposição de bisavós: 50 matrizes e uma reposição de 70 a 80%, com 35 a 40 matrizes ao ano. 
 
Como nas granjas de avós e bisavós eles recebem sêmen externo, eles que passam pela quarentena. 
Outro cuidado: controle do sêmen – doenças do sistema reprodutor ou contaminação do órgão genital, 
veículo com importante papel na transmissão de infecções virais. 
 
Sêmen: 
 Doenças reprodutivas: brucelose, leptospirose, Aujeszky, PRRS, circovirose, etc. 
Contaminação órgão genital: 
 Septicemia: PSC, erisipela 
Portadores 
Contaminação na coleta com fezes 
 Contaminação do sêmen com bactérias é muito frequente: 
Importância questionável na transmissão de doenças por uso de ATB, titulações baixas e evidência 
de sinais clínicos nos machos... 
 Transmissão de doenças virais são mais comuns que doenças bacterianas. 
 
Outros pontos de susceptibilidade: 
Veículos: contaminação cruzada, importante lavar os caminhões 
Homem: 
Vazio sanitário de 24 h comercial e 48 h reprodução; 
Transmissão mecânica como fômites (pouco) e de doenças como influenza, salmonelose, cisticercose, 
etc. 
Instruções claras e definidas de banho, troca de roupa, materiais fumigados, etc. 
Roedores, moscas/mosquitos e aves: 
Planos de controle, pois são vetores mecânicos de várias doenças. 
Carcaças: 
Eliminação correta para compostagem ou destinação à produção de farinha de carne. 
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29 
 
Manejo de Leitoas 
Aumento da taxa de parição nos últimos anos: melhor genética, nutrição, sanidade, instalações, desenvolvimento de 
tecnologias, treinamento do ser humano, manejo, rentabilidade limitada (suíno que fica muito tempo começa a dar 
prejuízo p/ granja pois tem que comer mais). 
A taxa de reposição anual é de 50%. Logo, se tem 1000 matrizes, então 500 leitoas são introduzidas por ano, e se o 
lote é semanal toda semana entram fêmeas (aumento na quebra de biossegurança). 
Uma estratégia para reduzir a quantidade de animais que vem de fora seria a própria granja repor as suas matrizes, 
sendo o uso interno de plantel de avós uma boa estratégia. 
 
Plantel tecnificado brasileiro: 1.600.000 matrizes. 
Taxa de reposição média anual: 45 a 55% (± 50%) = 1.600.000/50% = 
800.000 leitoas são introduzidas por ano! 
 
Expectativas de Potencial Produtivo com Manejo Correto 
Se a granja recebe 100 matrizes a cada semana, não consegue inseminar todas as 100 semanalmente 
(algumas não entram em cio, problemas de casco, mortes, etc.), assim se costuma ter um aproveitamento médio de 
90%. Ou seja, 90% de leitoas cobertas. Após a inseminação, considera-se que a taxa de parição é de >90%, a 
expectativa da leitegada é de >11 leitões desmamados por leitoa, e a expectativa para o segundo parto (taxa de 
retenção no 2º parto) sem descartá-las é de >90%. (Se melhorar o manejo e estrutura ainda é possível melhorar 
esses valores). 
Independente do sistema que o produtor escolha desmamar (semanalmente, a cada 2 semanas, 3, etc.), a reposição 
sempre vai ocorrer de forma fixa e periódica. Ou seja, se a granja possui 1000 matrizes, precisa receber as 500 ao 
longo do ano em intervalos regulares. 
 
Composição dos grupos de cobertura 
 
1000 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠 × 2,6 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑓ê𝑚𝑒𝑎 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜
52 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜
= 50 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜𝑠 
 
 
 
+ 10% ⟶ (90% 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜) 
 
 
 
 
 
55 𝑓ê𝑚𝑒𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑏𝑒𝑟𝑡𝑎𝑠 
 
Assim, se queremos ‘x’ partos, cobre-se matrizes a mais para garantir o valor esperado (sempre 10% a mais por 
causa da taxa de partos de 90%). E quem compõe esse grupo de cobertura, ou seja, origem das fêmeas: 
a. Maternidade: fêmeas que desmamam são cerca de 20 a 21%; 
b. Reposição: cerca de 4 a 5%; 
c. Retornos/abortos: 1 a 1,5%; 
d. Fêmeas oportunistas (anestro/descarte): 1%. 
 
Leitoas necessárias por grupo/semana: 10 a 15% 
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As leitoas de reposição merecem mais atenção porque: 
1. É a categoria menos produtiva do plantel: 
a. Está em fase de crescimento; 
b. Sofre grande estresse na fase inicial da estimulação; 
c. Exposição a microbiota diferente é capaz de causar severos distúrbios no desempenho reprodutivo; 
d. O tamanho da leitegada é comprometido (pico de produção é entre 4º e 6º OP); 
e. A taxa de partos também é comprometida (fêmeas mais velhas produzem mais); 
 
2. Representam o maior grupo de parição do rebanho (17%): 
a. Leitoas/nulíparas = OP0 = 17%; 
b. OP1 = 15%; 
c. OP2 = 14%; 
OP3 = 13%; 
d. OP4 = 12%; 
e. OP5 = 11%; 
f. OP6 = 10%; 
g. OP >6 = 8%; 
Assim é como uma escadinha, as mais jovens devem repor mais para não envelhecer o plantel, por 
isso se deve cuidar para manter uma estrutura adequada. 
O ideal é ter mais fêmeas de idade média (OP2 a OP5) num plantel. 
 
3. Tem importante impacto nos dias não produtivos, que são aqueles em que a fêmea não está lactando e nem 
gestando; 
a. Leitoas de até 1 ano e primeira cobertura representam 50% dos dias não produtivos (entrou na 
granja e está consumindo, mas ainda não foi coberta). 
b. Intervalo do desmame ao estro (IDE): 25% dos dias não produtivos. 
 
4. Porque se falhar com o peso da leitoa, não há evidências de que com o manejo se consiga corrigir depois. Se 
entrar pesada na puberdade e na cobertura ela continuará pesada. 
 
5. Leitoas que produzem pouco tendem a produzir pouco nos partos subsequentes, assim é interessante 
fomentar a produção no 1º parto para produzir mais nos próximos. 
 
6. Inseminar leitoas mais velhas e mais pesadas aumentam os custos de produção, pois mais pesadas na 
primeira cobertura precisarão comer mais para manter a gestação e depois mais pesadas ao parto, 
precisarão comer mais para manter a lactação, e assim será maior a mantença para ela no resto da vida, o 
que aumenta os custos em 7,5%. 
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Origem das Leitoas de Reposição 
1. Podem vir da própria granja (necessidade de plantel de avós): 
Granja de 1000 matrizes: 
Ter 8 a 10% de fêmeas avós. 
Estas avós terão filhas que serão destinadas para a reposição (escolhidas ao 
nascimento, desmame, saída da creche e aos 150 dias – final do crescimento – e a 
seleção final antes da IA). 
Tem-se 920 fêmeas de produção. 
Esse é um bom modelo, mas precisa de gerenciamento dos cruzamentos para identificar e 
dar atenção às filhas das avós. 
 
2. De granjas multiplicadoras: 
a. Necessidade de fornecimento regular de fêmeas e, portanto, tem animal entrando semanalmente, o 
que prejudica a sanidade e aumenta o risco sanitário: difícil fazer quarentena, precisa confiar na 
biosseguridade da granja fornecedora e fazer o controle. 
 
b. Importante é destinar um espaço só para essas leitoas de reposição para dar atenção a elas. 
i. Ex: 5000 matrizes → 50% de reposição → 2500 matrizes/ano → 48 fêmeas/semana; 
 
c. Precisa inseminar 55 fêmeas/semana → repor 8 a 10 leitoas a cada 7 dias, em 10 semanas a granja 
terá 80 a 100 fêmeas, descontar os 10% que se espera ter de perdas → então 90 a 110 leitoas detotal na reposição do plantel. 
 
d. A IA ocorre de acordo com o peso, elas chegam com 150 dias e costumam ficar 70 dias ganhando 
peso até serem inseminadas, ou seja, serão inseminadas com 210 dias. Logo ela fica nesse setor 10 
semanas, e calcula-se a necessidade de espaço para 90 a 110 leitoas. 
 
3. Granjas de quarto sítio: 
a. Essas granjas fornecem fêmeas gestantes OP0 com 40 dias de gestação (ou mais). A facilidade é que 
não tem o trabalho de preparação de leitoas na granja destino: maior performance reprodutiva que 
o sistema tradicional e abastece as granjas conforme necessidade. 
 
4. Granjas de quinto sítio: 
a. Fornecem leitoas primíparas (OP1) e a transferência é com 40 dias de gestação do 2º parto. 
Assim, o processo de 1º parto + desmame + 2ª IA são no quinto sítio. 
 
 
Seleção de leitoas: 
 
Ocorre tanto em granjas como em multiplicadoras, é o processo realizado ao longo do desenvolvimento até a 
primeira cobertura/IA. 
Seleção pelo genótipo 
Seleção fenotípica: após nascimento 
 
Critérios de seleção/eliminação: 
Aparelho locomotor: 
Um dos mais importantes. 
Ver tamanho e simetria dos cascos e aprumos. 
Verificar a presença de lesões: eliminam cerca de 25% das fêmeas; 
Saúde geral: afeta o desenvolvimento e, diretamente, o desempenho reprodutivo. 
Glândula mamária/disposição dos tetos: tem que ter 14 tetos; 
Cuidar o arraçoamento: tipo e quantidade de ração. 
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Início da ciclicidade: 
O 1º estro espontâneo ocorre naturalmente com 200 a 220 dias de idade – chegam com 150 dias e em 50 a 60 dias 
entram em cio. 
Para acelerar a entrada no cio (para reduzir a quantidade de dias improdutivos), logo após a sua entrada na granja se 
realiza a manipulação ela para indução cio: 
Transporte/deslocamento para promover estresse benéfico; 
Mistura de animais; 
Manejo com os machos; 
Aplicação de hormônios (só em casos extremos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos: 
1. 1º estro o mais cedo possível; 
2. Menos de 210 dias para a 1ª IA; 
3. Produzir leitegadas numerosas; 
4. Capacidade de amamentar e retornar logo ao estro após desmame; 
5. Permanecer produtiva por 6 ou mais partos. 
 
O que fazemos: 
1. Transporte com 150 dias de idade para que a fêmea se adapte; 
Erramos quando: 
O transporte é feito mais cedo ou mais tarde (se mais tarde não sabemos se as fêmeas já ciclaram). 
Compra insuficiente do nº de leitoas (deve ser cerca de 10% a mais), pois leva a retenção de matrizes 
mais velhas e problemas ou falhas de cobertura; 
Como a compra de fêmeas foi menor do que a necessária se seleciona leitoas doentes, com 
lesões, baixo peso e atrasos no estro para completar o grupo de cobertura. 
Teoria gonadostática para início da ciclicidade: 
 
Essas leitoas apresentam o hipotálamo imaturo e com maior sensibilidade às pequenas quantidades de 
estradiol circulante, que inibe o GnRH/LH. 
Na fase pré-puberdade ocorre a redução da sensibilidade ao feedback negativo do estradiol (E2), dando 
início a liberação de GnRH/LH. 
Com o hipotálamo maturo (150 dias) o E2 passa a ter efeito positivo, estimulando a secreção de GnRH, que 
aumenta a liberação de LH e FSH, ocorrendo assim o crescimento dos folículos ovarianos, que produzem 
mais E2 e, quando a concentração desse hormônio aumenta, aparecem os sinais de cio. 
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Manejo para indução do primeiro estro: 
1. Transporte: gera estresse, que possui efeito positivo na indução do estro. 
 
2. Mistura de animais: gera estresse por questões de hierarquia. 
O sinergismo entre transporte e mistura de animais causam estresse benéfico para induzir o 
primeiro estro. Só misturar com essa idade. 
 
3. Manejo com macho: eficácia vai depender de: 
a. Idade das leitoas: 140 a 170 dias aproveita o efeito do estresse e faz o manejo com o macho, agora 
se mais de 170 dias não se sabe ocorreu ou não o estro antes de chegar. 
b. Idade do macho: ser sexualmente maduro → ter mais de 10 meses, ser maior que a fêmea, ter boa 
libido e apetite sexual, bons aprumos, saúde do aparelho locomotor e geral, fazer rodízio de machos, 
usar machos dóceis. 1 macho para cada 40 fêmeas. 
c. Frequência do manejo/contato macho/fêmea: 2x ao dia ou (1x de manhã quando bem-feita). 
d. Duração da estimulação: 5 a 15 min por baia, não pode ficar na baia se não ele cobre as fêmeas, 
precisa passar em todas as baias e o contato é focinho com focinho. 
e. Ter funcionário presente durante a atividade. 
f. Fazer rotação de machos; 
g. Usar fichas para identificação nas baias; 
h. Fazer todos os dias – é discutível e pode ser menos se bem feito. 
 
Os efeitos da estimulação são principalmente pelos cheiros da urina, do conteúdo prepucial e dos feromônios 
liberados pela saliva (contém androstenol, que não é sintetizado). Visual e tátil também importam. 
 
Como fazer? 
Levando o macho na baia que está a fêmea ou leva a fêmea para a baia do macho – ambos funcionam 
igualmente. 
 
O que mais pode influir na antecipação da puberdade da leitoa? 
Desenvolvimento corporal das matrizes: 
Divide o peso atual pela idade em dias → tem que dar no mínimo 600 g/dia. 
Depois de todos esses estímulos e manejos, em 15 a 20 dias 75 a 85% das fêmeas respondem. 
 
E o que fazer quando elas entram em estro ao mesmo tempo? 
Fazer o reagrupamento: se tem 3 baias com oito leitoas cada, e todas manifestaram o estro, estas devem ser 
reagrupadas em novas baias para induzir o cio de outras fêmeas (irmãs de cio). Daí as próximas também 
devem ser reagrupadas em novas baias e assim por diante, cuidando sempre com vacinação, anotações e ter 
controle do estro seguinte para o cio da IA. 
 
Na hora de fazer o reagrupamento, levar em consideração tamanho, idade, entrada no cio em dias próximos. 
Melhorar controle sobre vacinações e informações de cada animal dentro da granja. 
 
Após o reagrupamento: 
Controle do estro seguinte: usa de novo o macho para induzir essas fêmeas, anotar os manejos e datas e 
controlar vacinas. 
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O que fazer com as que não entrarem em cio? 
5 a 7% de anestro é aceitável, pois com manejo adequado cerca de 95% entram em cio. 
Se o percentual de falha for muito alto, é bem provável que estejam ocorrendo falhas na indução da 
puberdade (omissão na passagem com o macho, manejo incorreto, prenhez, etc.). 
 
Nos casos de anestro, o que normalmente ocorre é falha de detecção no estro, são fêmeas normais e férteis. 
 
A maioria das falhas de detecção ocorrem por: 
Baias muito grandes; 
Alta densidade; 
Falhas no diagnóstico; 
Edema e hiperemia não registrados; 
Ausência de reflexo de tolerância ao macho (cio de vulva – não aceita o macho, mas ovula); 
Falhas no processo de indução ou detecção do cio. 
 
Se esses animais que não ciclaram forem descartados, são encontrados ovários pré-púberes com folículos 
pequenos (inferiores a 2 – 3 mm). 
É possível que o reagrupamento e o transporte para o frigorifico causem estresse e acabem por 
induzir a ciclicidade, então quando o animal é abatido, encontram-se corpos lúteos ou folículos 
desenvolvidos nos ovários. 
 
Se não quiser abater esses 5% de anestro é possível utilizar hormônioterapia, principalmente se em 30 a 40 
dias de procedimento não se obteve respostas (quando a possibilidade de falha de manejo foi descartada). 
Associação entre 400 UI de ECG + 200 UI de hCG: em 3 a 5 dias entrarão em cio, mas o cio induzido 
por hormônio não se usa para IA, pois, essa indução não gera muitas ovulações e deixa o 
procedimento susceptível a falhas. 
70 a 80% das fêmeas respondem ao tratamento e entram no cio em 3 a 5 dias (após isso é 
cio espontâneo, não induzido). 
 
Jamais inseminar no 1ºCIO e em CIO induzido por hormônio, pois compromete a taxa de parição. 
Esperar ciclar novamente para daí inseminar 
90 a 95% das fêmeas tratadas apresentarão cio espontâneo depois do 1º cio. 
Na porca desmamada poderia ser inseminada no primeiro cio devido à maturidade do 
sistema reprodutor, mas na leitoa não se faz devido à baixa eficiência. 
O tratamento hormonal não prejudica a eficiência reprodutiva da vida da leitoa. 
 
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Então, quando inseminar? 
1. Nunca no primeiro estro e nem no estro induzido por hormônios. 
a. Baixa taxa de parição e leitegadas pequenas (taxa de nascidos). 
 
2. Respeitar período de aclimatação/adaptação na granja; 
a. De 40 a 60 dias normalmente (2º a 3º estro); 
b. Adaptação da fêmea à microbiota da granja – podem ter febre e se inseminar nesta condição a 
leitegada será pequena → baixo retorno financeiro ao produtor. 
 
3. Flushing: 
a. 2 semanas que antecedem a ovulação (no mínimo) de flushing para garantir de 16 a 18 ovulações. 
i. Cada ovulação a mais representa um aumento de 0,6 a 0,7 no número de leitões. 
1. Número de ovulações é limitante primário no tamanho da leitegada. 
2. Capacidade/espaço uterino é limitante secundário. 
 
4. Adaptação a gaiola 
a. Ficam na gaiola desde o período do flushing até a inseminação. 
b. É necessário fazer a adaptação por no mínimo 2 semanas. 
 
5. Vacinas reprodutivas feitas corretamente: 
a. No mínimo 2 semanas antes da IA para a segunda dose; 
b. Programa de vacinação com tríplice (parvovirose, leptospirose e erisipelose) para nulíparas: 
Leitoas são sempre 2 doses: 
3 semanas de intervalo entre cada uma; 
A última deve ser aplicada no mínimo 2 semanas antes da IA. 
 
6. Ter peso vivo alvo de 130 a 150 kg; 
Abaixo desse peso compromete o desempenho reprodutivo; 
Acima disso serão pesadas para o resto da vida, terão problemas locomotores e gerarão muitos 
custos com alimentação. 
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Diagnóstico de Estro 
Detecção de Estro: 
Manejo extremamente importante da rotina. 
Corpo lúteo secreta progesterona (P4) após a ovulação; 
Caso não ocorra fecundação, o endométrio produz e secreta PGF2α (prostaglandina), que faz a lise 
do CL, que para de secretar P4 (dia 12 ou 13 após ovulação). 
 
Ciclo Estral 
Proestro e Estro: domínio de estradiol (fase estrogênica). 
Metaestro e Diestro: Maior P4 (Fase progesterônica) 
 
 
 
Ciclo estral na porca e leitoa: 21 dias, com variação de 18 a 24 dias. 
Folículos pré-ovulatórios são na faixa de 7,9 a 10 mm. 
Não tem como predizer pelo tamanho do folículo quando a fêmea vai ovular. 
 
Na fase progesterônica, o CL nos suínos é rosa, e de acordo com a quantidade é possível dizer quantas ovulações 
ocorreram. Corpos albicans são as cicatrizes dos CL anteriores. 
 
Na fase de proestro e estro, tem-se o início de um novo recrutamento de folículos. No suíno, será em torno de 60 
folículos, mas muitos deles entram em atresia e só alguns chegam à ovulação. 
 
Entre leitoa e porca, ocorrem acima de 18 ovulações, e no caso da porca tranquilamente ultrapassa dos 25. 
Na leitoa, o número de ovulações pode ser limitante no tamanho da leitegada. 
Na porca, tem ovulações além da capacidade uterina. 
 
Na suína, a ovulação é no estro, diferentemente da vaca (que é no metaestro). 
A fêmea tende a ovular na parte inicial do terço final do cio (bastante variável entre matrizes). 
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Reconhecimento da prenhez: 
O embrião secreta estradiol (E2) para sinalizar ao útero o início uma gestação; 
O útero não libera a prostaglandina e com isso não ocorre luteólise, e consequentemente a progesterona 
continua alta durante toda a gestação. 
Na porca os corpos lúteos são os responsáveis pela manutenção da prenhez através da liberação da 
progesterona. 
 
 
Na ausência de reconhecimento da gestação ocorre a luteólise: 
Níveis de P4 caem rapidamente, levando ao início de um novo ciclo com novo recrutamento folicular e 
alteração no padrão de liberação de LH. 
O padrão pulsátil de liberação de LH nesse momento passa de uma alta amplitude e baixa frequência para 
baixa amplitude e alta frequência (inclusive esse comportamento ocorre no momento do desmame). E aí 
reinicia todo o ciclo. 
 
O Corpo Lúteo demora 12 a 13 dias para se tornar responsivo à PGF2α. 
Por isso, não conseguimos sincronizar o ciclo estral na suína com tanta 
eficiência como em fêmeas bovinas utilizando PGF2α. 
Quando eles se tornam responsivos à PGF2α, já está perto de manifestar 
cio normalmente, tornando inútil a tentativa de sincronização do cio. 
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Proestro 
Não tem como estimar a duração. 
Nessa fase encontram-se: 
As maiores concentrações séricas de estradiol circulantes; 
Maior hiperemia vulvar; 
Maior procura por contato; 
Redução no consumo voluntário de alimentos. 
As alterações físicas e comportamentais auxiliam no diagnóstico de cio. 
Nas leitoas é realizado o flushing, então se ela não comeu (ou comeu pouco) está para entrar 
no cio (dar mais atenção). 
Caminham mais, se deslocam mais nos alojamentos coletivos; 
Saltam umas nas outras. 
 
 
Estro 
Período em que a fêmea apresenta o Reflexo de Tolerância ao Macho (RTM). 
Enquanto perdura esse reflexo, ela está no cio. 
Possui duração de 2 a 3 dias, mas tem grande variação. 
Essa variação é um problema, porque matrizes que apresentam estro muito curto vão ovular mais 
cedo e matizes que têm estro longo, vão ovular mais tarde (porém não significa que o próximo terá a 
mesma duração). 
Não tem como predizer se a fêmea terá estro longo ou curto para ter uma ideia de quando ovulará. 
 
 
Duas leitoas, uma saltando e a outra aceitando: 
A que salta pode estar no proestro ou no estro; 
A que aceita o salto está em cio. 
Esse comportamento de saltar umas nas outras inicia após passar o macho na baia para indução do cio. 
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Leitoas ficam em alojamento coletivo, mas as porcas permanecem em gaiolas no intervalo desmame-estro. 
Mesmo nos projetos mais recentes, os quais possuem gestação coletiva, durante o período de cobertura elas 
ficam em gaiola (sete dias). 
 
Duração do cio da leitoa, em média, é mais curto (12 h menor). 
A variabilidade da duração do estro gera a necessidade de repetir inseminações para tentar acertar a 
IA próxima ao momento da ovulação. 
Quanto tempo antes da ovulação devemos fazer a IA? 
A janela ideal é em 24 h. 
Ultrapassando esse período, a população espermática envelhece! 
 
Momento da ovulação: observa-se pelo US nos suínos também. 
Zona não ecogênica (bolinhas → são os folículos): fêmea em proestro ou estro. 
 
Não dá para estimar quantos folículos tem através do US (não é muito preciso para quantificar, 
apenas para verificar a presença ou ausência). 
 
Quando alguns folículos começam a desaparecer/colabados, a fêmea está ovulando (não é comum 
conseguirmos essa imagem). 
 
A ovulação dura 2 a 3 horas e os 2 ovários ovulam ao mesmo tempo, pois a distribuição de 
LH é igual para os 2. 
 
Ao reexaminar e não encontrar a zona não ecogênica: ovulou. 
Ex: passei ultrassom hoje de manhã (terça) e tinham folículos → passei na quarta de 
manhã e tem folículo → na quinta de manhã, passei e não tem mais os folículos: ela 
ovulou entre quarta e quinta. 
 
Partimos do pressuposto que ela ovulou na metade do tempo. 
Ela pode ovular de dia ou de noite, não tem padrão. 
US é rápido e muito usado para diagnóstico de gestação,mas em porcas não é viável 
usar na rotina, pois são muitos animais por granja. 
 
É nessa janela de 40 a 44 h após o pico de LH que as matrizes ovulam: 
 
A hora zero é o início do estro (o pico de LH). 
 
Ovulação 40 e poucas horas depois (início do terço final). 
Fêmeas com orelhas erguidas com a passagem do macho já estão em cio. Mesma coisa para o edema e 
hiperemia vulvar. Nas leitoas, o edema e a hiperemia são mais fortes. Mas a manifestação mais importante 
do cio é a tolerância ao macho. 
É muito importante sempre haver macho na granja, mesmo que não seja doador de sêmen, porque 
precisamos do macho para detectar o estro. 
O rufião normalmente é da granja, geneticamente não tem valor, mas deve ser sexualmente 
maduro, e não vasectomizado. Se as fêmeas estiverem na baia coletiva e largarem ele ali, pode 
ocorrer cobertura e prenhez (evitar descuidos). 
Cuidados com os reprodutores: para manter a libido, eles saltam em algumas matrizes que serão 
descartadas. 
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O problema é que o pico de LH no suíno varia. 
 
Algumas fêmeas têm 24 h antes do início do estro (são as que ovulam mais cedo) e outras têm o pico 
de LH 24 h depois (ovularão mais tarde). 
 
Janela de ± 60 horas. 
 
Mesmo conhecendo seus tempos médios de ovulação, não se pode abrir mão das que ovulam em 
intervalos diferentes, pois a taxa de parição é tão grande que seria absurdo abrir mão de uma parte 
da população. Então se faz inseminações múltiplas para garantir. 
 
 
 
Viabilidade do oócito após a ovulação: 
Algo em torno de 4 h (vale para todos os mamíferos, com exceção da cadela). 
Essas 4 h são vitais, pois dá tempo do espermatozoide se capacitar e colonizar o reservatório espermático. 
 
Características de estro que podem predizer o momento da ovulação (não funciona muito): 
Medir a condutividade do muco (maior condutividade quando ovula); 
Temperatura corporal aumenta próximo a ovulação (inviável utilizar na prática). 
 
 
 
Metaestro 
Fêmea ovulou, não apresenta mais o reflexo de tolerância ao macho. Não se insemina aqui. 
Nesse momento cai o estradiol e aumenta a progesterona. 
 
No estro o organismo tem todo um sistema de defesa (porque a cérvix fica aberta) e quando chega o 
metaestro não tem mais proteção. 
Nunca manejar (nem inseminar) a fêmea nesse momento, porque podem ocorrer infecções (E. coli, 
por exemplo). 
 
Na prática, não se sabe quando o metaestro termina; na fisiologia ele termina quando os embriões chegam 
ao útero (no suíno demora 2 dias). 
Assim sendo, considera-se que o metaestro dura cerca de 2 a 3 dias. 
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Diestro 
Duração de 7 a 12 dias; 
A progesterona encontra-se em seus níveis máximos entre os dias 12 e 14. 
A luteólise ocorre por volta do dia 15- 16. 
A progesterona encontra-se em concentrações basais por volta do dia 17-18. 
A leitoa possui cornos de menor diâmetro e a porca tem cornos uterinos mais longos. 
Folículos com menos de 5 mm são característicos do proestro, pré-ovulatórios. 
Leitoas pré-púberes e fêmeas em lactação têm folículos pequenos com 2/3 mm – ovário liso (com folículos 
pequenos). 
 
 
 
Infundíbulo envolve todo o ovário e não deixa de captar nenhum oócito (impossível prenhez ectópica). 
 
Junção útero-tubárica: 
Onde há a formação do reservatório espermático. 
É nesse local que os espermatozoides ficarão viáveis por 24 h. 
Eles vão para esse local porque o lúmen uterino é um ambiente muito hostil, pois podem ser 
fagocitados. 
2 a 3 h após, a população que colonizou o reservatório já é suficiente e se encontra capacitada para fecundar 
toda a população dos oócitos. 
Se a fêmea ovular dentro de 24 h, os espermatozoides que colonizaram aquela região fecundarão os oócitos 
(e o tempo para o 1º sptz chegar lá é de poucos minutos). 
 
Taxa de ovulação (número de ovulações): 
É o limitante primário de tamanho da leitegada. A capacidade uterina é um limitante secundário (não 
adianta a fêmea ter alta taxa de ovulação se não tem como comportar e sustentar os embriões no útero). 
Quanto maior o número de ovulações, maior o número de leitões, dentro de certo limite, porque depois não 
tem capacidade uterina (em torno de 18 ovulações é considerado limite). 
 
Cada ovulação a mais (ex: de 13 para 14 leitões), representa 0,7 leitões nascidos a mais. Se conseguir através 
do flushing aumentar 3 ovulações, o aumento da leitegada é de 2,1 nascidos, por isso a importância do 
flushing. 
 
O flushing na prática segue um protocolo muito parecido com o estímulo do estro das leitoas: 
Passar em intervalos fixos; 
Equipe capacitada; 
Machos maduros sexualmente. 
 
Quando se faz 2 vezes ao dia (de manhã e tarde), dificilmente o intervalo é superior a 8 ou 9 horas. 
Primeira ação que se faz quando chega na granja é alimentar os animais e depois oferecer água. 
Após se faz a detecção de estro, pois se elas estão comendo, não vão manifestar o comportamento típico do cio 
(falha de detecção). 
Com o tempo, por questões trabalhistas, acabou que se faz manejo reprodutivo apenas pela manhã (apenas 1 
detecção ao dia). 
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O principal diferencial entre proestro e estro é o reflexo de tolerância ao macho (RTM). 
 
Em porcas em desmame e de reposição o procedimento pode ser realizado 2 vezes ao dia, mas nas gestantes é 
sempre uma vez. 
O macho não precisa saltar para detectar o cio, ele só tem que estar presente. 
Na época que se fazia monta natural, o macho fazia toda identificação. 
Nesse manejo era utilizado um macho a cada 20 fêmeas. 
 
As leitoas vêm num processo de ganho de peso. Elas têm um balanço energético positivo. 
As porcas vêm de uma lactação e nesse caso o balanço energético é negativo, ela não consegue ingerir a energia que 
necessita e então passa a usar as suas reservas: vêm perdendo peso. 
Ações em baia coletiva: focam basicamente em leitoas. Fêmea desmamada não se coloca em baia coletiva porque 
elas não se conhecem e entram em brigas. 
 
Anestro lactacional: 
Quando os leitões estão mamando, eles geram estímulos que liberam peptídeos opioides endógenos que 
inibem a secreção do GnRH, fazendo com que elas não entrem em cio durante a lactação (não mexer na 
leitegada quando eles estão mamando, não retirar nenhum, senão a fêmea pode entrar em cio devido à 
diminuição do estímulo). 
 
 
 
Quando as fêmeas são desmamadas vão para as gaiolas e daí se passa o macho para indução do cio. 
O estimulo será naso-nasal (pode ser através da grade, não precisa colocar o macho dentro da baia). 
 
Fatores que interferem no anestro lactacional: 
Intensidade do estímulo: 
Nº de mamadas 
Nº de leitões 
Período de lactação 
Comportamento leitões: 
Desmame parcial 
Trocas cruzadas 
Refugos amas 
Estímulo negativo por GnRH e LH 
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Metas de entrada em estro: 
Leitoas 80-85% em estro 20-25 dias após início da antecipação da puberdade 
Porcas 95% em até 7 dias após desmame: 
Varia: 
Época do ano: menor no verão (come menos, estresse causa aumento do catabolismo para 
síntese do leite); 
Ordem de parto: menor em primíparas (ainda em crescimento); 
Anestro: 
Não entrou em cio em até 10 dias: 
Cuidado com falhas na detecção; 
Atenção ao estro na maternidade; 
Pode fazer hormônioterapia (HCG + eCG) e ± 3 dias em cio 
 
 
 
 
 
Imagens adaptadas do Atlas de Doenças dos Suínos. 
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Inseminação 
IA em suínos no Brasil: 
98% das matrizes são inseminadas (por volta de 1,4 milhões de fêmeas). 
Granja com 1000 matrizes: meta 55 IA’s/semana.

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