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Eritroplasia Bucal- curso estomatologia

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3
Curso EAD
Estomatologia
Definição
O termo eritroplasia foi originalmente usado para descrever uma desordem potencialmente 
maligna de coloração vermelha que se desenvolve no pênis. A lesão correspondente em boca pode 
ser definida como qualquer lesão da mucosa bucal que seja vermelha e que não possa ser classificada 
como nenhuma outra lesão vermelha conhecida do ponto de vista clínico ou histopatológico. 
Equivale dizer que as outras lesões vermelhas discutidas anteriormente (MÓDULO 5 – Lesões 
erosivas) devem ser descartadas antes de se pensar no diagnóstico de eritroplasia.
Frequência
Essas lesões são incomuns, apresentando uma prevalência estimada de 0,02 a 0,2%.
Fatores Etiológicos
Consumo excessivo de bebidas alcoólicas e consumo de tabaco parecem ser fatores 
etiológicos importantes para a doença, mas como a doença é rara, existem poucos estudos a respeito 
e não há evidências muito claras.
Características Clínicas
Clinicamente, a lesão se caracteriza como plana (mancha) ou como uma depressão em 
relação aos tecidos vizinhos (erosão). Algumas vezes tem aspecto superficial que lembra um tecido 
aveludado (placa). Na maioria das vezes, está associada a leucoplasias. Quando isso acontece, é 
chamada de leucoeritroplasia, leucoplasia salpicada, leucoplasia mosqueada ou leucoplasia não 
homogênea. Os sítios mais acometidos são assoalho de boca, palato mole, ventre de língua e pilares 
amigdalianos. Usualmente não há sintomas associados, mas alguns pacientes podem relatar que 
sentem ardência ou desconforto.
Diagnóstico Diferencial
Dentistas, otorrinolaringologistas ou cirurgiões bucomaxilofaciais são os principais 
profissionais que podem identificar lesões desse tipo. A primeira medida é descartar possíveis 
origens de trauma ou fricção que possam estar gerando a lesão. Candidíase é outra possibilidade 
que deve ser descartada. Caso não haja regressão frente a remoção de um provável fator irritativo/
traumático ou após o tratamento para candidíase (caso tenha se levantado esta hipótese) em um 
período de 10-14 dias de acompanhamento, essas duas primeiras hipóteses são afastadas. Além de 
lesão traumática e candídíase, outras lesões devem ser descartas antes de fazermos o diagnóstico 
clínico de eritroplasia. Quando falamos “diagnóstico clínico de eritroplasia”, estamos querendo dizer 
que nem tudo o que parece eritroplasia se confirmará como eritroplasia quando fizermos a biópsia 
e obtivermos o resultado do exame histopatológico. 
Ao final deste material, apresentaremos alguns casos de diagnósticos clínicos diferenciais 
que devem ser considerados nessa primeira etapa antes de estabelecermos o diagnóstico clínico 
de eritroplasia, dentre eles:
• Lesão traumática
• Candidíase (atrófica, eritematosa, queilite angular, glossite angular)
• Doenças autoimunes (líquen plano, pênfigo vulgar, penfigóide benigno de membranas 
mucosas, lúpus eritematoso)
• Carcinoma espinocelular
• Outras doenças infecciosas
4
Curso EAD
Estomatologia
Conduta/Tratamento
Se não houver critério para classificar como qualquer uma das doenças mencionadas 
acima ou outra lesão vermelha, definimos que se trata de eritroplasia. Neste momento, torna-se 
necessária a realização de biópsia parcial, o que permite a identificação das alterações no processo 
de renovação do tecido epitelial e a eliminação de outras possibilidades. A avaliação microscópica 
de lesões com características clínicas de eritroplasia pode mostrar displasia epitelial1 em diferentes 
graus, carcinoma in situ2 ou mesmo um carcinoma invasivo3. Alterações mais brandas do que estas 
são incomuns. Em havendo sinais de doença maligna (carcinoma invasivo), o entendimento é de 
que o carcinoma espinocelular “simulou” uma eritroplasia ou sofreu transformação a partir de uma 
eritroplasia prévia. Após definição do diagnóstico e, caso não se trate de um carcinoma espinocelular, 
a lesão deve ser removida por completo (excisão cirúrgica), a exposição aos fatores de risco 
preferencialmente suspensa e o paciente submetido a consultas periódicas de acompanhamento. 
Entretanto, mesmo após a remoção cirúrgica, as recorrências e a transformação maligna no mesmo 
sítio de onde a lesão foi removida são altas. Em função disso, o acompanhamento por toda a vida é 
essencial mesmo após a remoção cirúrgica.
Considerações Finais
A detecção precoce desta lesão pode prevenir a transformação maligna. Portanto, é 
fundamental aprimorar a habilidade de os dentistas clínicos gerais identificarem qualquer lesão 
relevante em estágios iniciais, a fim de interromper a cadeia de eventos que leva ao câncer. O 
dentista pode ser o primeiro profissional a ver a lesão. Portanto, ele deveria ser capaz de reconhecer 
e propor a conduta adequada, que pode ser a biópsia ou o encaminhamento imediato. Nesse 
contexto, também é papel dos dentistas participar do encorajamento do paciente para a mudança 
de hábito, afastando fatores de risco para o câncer (fumo e álcool).
1Termo que indica presença de distúrbios na forma das células epiteliais se organizarem (alterações arquiteturais) e nas células isoladamente (alterações 
celulares). Essas alterações podem ser classificadas em diferentes graus (leve, moderada e severa) indicando a proximidade com o carcinoma espinocelular. 
Quando as alterações se restringem a faixa mais profunda do epitélio, a displasia é chamada leve. Quando envolve a metade do epitélio, é considerada moderada. 
Os casos que apresentam alterações que ultrapassam a metade do epitélio são classificados comov displasia severa.
2Grau máximo de displasia epitelial, em que as alterações celulares e arquiteturais envolvem toda a espessura do tecido epitelial, mas ainda não houve invasão do 
tecido conjuntivo, evento que caracteriza a transformação maligna.
3O mesmo que carcinoma espinocelular, ou seja, o tumor maligno com origem nas células epiteliais do tecido de revestimento da boca, as quais invadiram o tecido 
conjuntivo e tem capacidade de se disseminar para outras partes do corpo e levar o paciente à óbito.
5
Curso EAD
Estomatologia
A. Candidíase atrófica crônica. B; Queilite angular. C. Lesão traumática. D. Granuloma piogênico. E. Lupus 
eritematoso. F. Gengivite descamativas (possibilidade de líquen plano, penfigóide e pênfigo vulgar). G. 
Tuberculose. H. Histoplasmose
Fonte: A , B e H – FO/UFRGS, C, D e G – Regezi, Sciubba, Jordan (2013), E e F – Neville et al (2009).
A B
D
F
H
C
E
G
Painel de imagens – Diagnósticos Diferenciais
6
Curso EAD
Estomatologia
A. Mancha vermelha na mucosa jugal direita com placas brancas na região posterior. B. Essa lesão tem 
superfície aveludada, sendo a área com irregular observada na região anterior (seta), suspeita de se tratar 
de área de transformação maligna. C. Eritroplasia em rebordo alveolar. D. Lesão em palate mole. E e F. Duas 
lesões que clinicamente devem ser diagnosticadas como eritroplasia, mas que mostraram evidência de 
malignidade (carcinoma espinocelular) quando da realização da avaliação microscópica. 
Fonte: A e B – IARC, C – Regezi, Sciubba, Jordan (2013). D. Villa, Villa, Abati (2011). E e F – Chi, Day, 
Neville (2015).
A B
D
F
C
E
Painel de imagens – Eritroplasias
7
Curso EAD
Estomatologia
Referências
Chi, A.C.; Day, T.A.; Neville, B.W. Oral cavity and oropharyngeal squamous cell carcinoma--an 
update. CA Cancer J Clin., v.65, no.5, p.401-21, 2015.
IARC – International Agency for Research on Cancer. Online screening material / A digital manu-
al for the early diagnosis of oral neoplasia / Erythroplakia. Disponível em: http://screening.iarc.
fr/atlasoral_list.php?cat=A3&lang=1 Acesso em: 22/11/2016.
Neville, B. W.; Damm, D. D.; Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial - 3ª Ed., Else-
vier, 2009. 
Regezi, J. A.; Sciubba, J.; Jordan, R. Patologia Oral: Correlações Clinicopatológicas - 6ª Edição, 
Elsevier, 2013. 
Villa A, Villa C, Abati S. Oral cancer and oral erythroplakia: an update and implication for clini-
cians. Aust Dent J. 2011 Sep;56(3):253-6.8
Curso EAD
Estomatologia
TelessaúdeRS-UFRGS 
Coordenação Geral
Roberto Nunes Umpierre
Marcelo Rodrigues Gonçalves 
 
Gerência de Projetos
Ana Célia da Silva Siqueira
Coordenação Executiva
Rodolfo Souza da Silva
Coordenação do curso
Vinicius Coelho Carrard
Coordenação da Teleducação
Ana Paula Borngräber Corrêa
Conteudistas do Curso
Manoela Domingues Martins
Marco Antonio Trevizani Martins
Vinicius Coelho Carrard
Vivian Petersen Wagner
Conteudistas do Objeto Virtual de 
Aprendizagem 
Renata de Almeida Zieger
Fernando Neves Hugo
Stefanie Thieme Perotto
Karla Frichembruder
Vinicius Coelho Carrard
Manoela Domingues Martins
Marco Antônio Trevizani Martins
Revisores
Bianca Dutra Guzenski
Michelle Roxo Gonçalves
Otávio Pereira D’Avila
Thiago Tomazetti Casotti
A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamento do Curso é formada por integrantes do 
Núcleo de TelessaúdeRS do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS/UFRGS) e do Programa Nacional de 
Telessaúde Brasil Redes.
Diagramação e Ilustração 
Carolyne Vasquez Cabral
Angélica Dias Pinheiro
Iasmine Paim Nique da Silva
Lorenzo Costa Kupstaitis
Projeto Gráfico
Iasmine Paim Nique da Silva
Lorenzo Costa Kupstaitis
Luiz Felipe Telles 
Design do Objeto Virtual 
de Aprendizagem
Lorenzo Costa Kupstaitis
Matheus Lima dos Santos Garay
Edição/Filmagem/Animação
Diego Santos Madia
Rafael Martins Alves
Bruno Tavares Rocha
Luís Gustavo Ruwer da Silva
Divulgação
Camila Hofstetter Camini 
Jovana Dullius
Design Instrucional
Ana Paula Borngräber Corrêa
Equipe de Teleducação
Angélica Dias Pinheiro
Ylana Elias Rodrigues
Equipe Responsável:
Dúvidas e informações sobre o curso
Site: www.telessauders.ufrgs.br
E-mail: ead@telessauders.ufrgs.br 
Telefone: 51 33082098

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