Buscar

Sistema Endócrino - Adrenais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

adrenais 
 
 
 As glândulas suprarrenais, pares, situadas acima dos rins, no espaço retroperitoneal, apresentam uma forma piramidal 
achatada e ricamente vascularizadas 
 Durante o desenvolvimento embrionário, as glândulas suprarrenais se diferenciam em duas regiões estrutural e 
funcionalmente distintas: um córtex grande, perifericamente, 80 a 90% do peso da glândula, e uma medula pequena, 
centralmente 
 O córtex, derivado do mesoderma, produz hormônios mineralocorticoides, glicocorticoides, estrógeno e andrógenos- 
todos considerados corticosteroides 
 A medula, composta por células neuroectodérmicas (cromafins) derivadas da crista neural, produz hormônios 
catecolamínicos ⇾ norepinefrina, epinefrina e dopamina (pequena quantidade) 
 A medula tem sua função controlada pelo sistema nervoso simpático, mas dentro da medula também existe células 
endócrinas corticais, favorecendo relação parácrina entre as células 
 Os hormônios corticais são essenciais à vida 
 
Medula suprarrenal 
 As fibras simpáticas que inervam a medula não fazem sinapses nos gânglios simpáticos, sendo, portanto, fibras pré-
ganglionares 
 Deixando a medula, incorporam-se aos nervos esplâncnicos direito e esquerdo e dirigem-se diretamente para as 
respectivas adrenais 
 Por meio de sinapses colinérgicas, estimulam a atividade sintética e secretora do tecido medular 
 Células medulares são similares aos neurônios ganglionares simpáticos ⇾ células cromafins ⇾ como os neurônios 
simpáticos pós-ganglionares, sintetizam catecolaminas, que são liberadas na corrente sanguínea 
 A medula suprarrenal apresenta atividade tônica basal ⇾ secreção basal de catecolaminas 
 O aumento da concentração plasmática de noradrenalina reflete a ativação no SNS e predomina em resposta à 
posição ortostática, exercício moderado e exposição ao frio 
 Concentrações de adrenalina refletem a atividade do sistema adrenomedular e sofrem alterações, por exemplo, 
em resposta à glicoprivação e ao estresse emocional 
 Glicocorticoides estimula a atividade da enzima fenil-etanolamina-N-metiltransferase (PNMT), que catalisa a conversão 
de noradrenalina em adrenalina ⇾ sugere integração entre os eixos hipotálamo-hipófise-suprarrenal e SNS-medula 
 
SÍNTESE DE CATECOLAMINAS 
 O organismo produz 3 catecolaminas ⇾ dopamina, noradrenalina e adrenalina 
 A tirosina é convertida em DOPA pela ação da enzima tirosina-hidroxilase 
 DOPA é convertida em dopamina após uma reação de descarboxilação catalisada pela enzima DOPA-descarboxilase 
 A dopamina é transportada para o interior de vesículas ⇾ fica armazenada até sua liberação na sinapse 
 Nas células cromafins, a dopamina é convertida em noradrenalina pela enzima dopamina b-hidroxilase 
 Nas células cromafins e em neurônios adrenérgicos, a noradrenalina é convertida em adrenalina pela ação da PNMT 
 A secreção das células cromafins é composta de 80% de adrenalina e 20% de noradrenalina + ATP 
 As catecolaminas permanecem ativas na circulação durante 10 a 30 segundos 
 Dentro das células, elas são degradadas pela enzima catecol-orto-metil-transferase (COMT) 
 Esse processo ocorre principalmente no fígado ⇾ captação extraneuronal 
 Quando captadas pelos neurônios adrenérgicos, as catecolaminas são metabolizadas principalmente pela mono-
aminoxidase (MAO) ⇾ recaptação neuronal 
 Os produtos da metabolização das catecolaminas são excretados na urina 
 
SISTEMA ADRENÉRGICO 
 A adrenalina e a noradrenalina exercem seus efeitos por meio de interação com receptores específicos ⇾ 
adrenoreceptors ou receptores adrenérgicos 
 São pertencentes à família de receptores ligados à proteína G ⇾ 3 tipos e vários subtipos 
 Embora todos respondam às mesmas catecolaminas endógenas, diferem quanto ao tipo de resposta celular que 
medeiam e quanto à afinidade por uma ou outra catecolamina 
 O repertório e a quantidade de adrenoreceptores ⇾ justificam a variedade de efeitos fisiológicos das catecolaminas 
 Os adrenoreceptores b1, b2, b3 ⇾ ativação da proteína Gs e da adenil-ciclase ⇾ catalisa a formação de AMPc ⇾ 
ativa PKAs ⇾ fosforilam outras proteínas, promovendo efeitos celulares específicos 
 Ativação do adrenoreceptor b2 ⇾ inibe a via AC-AMPc-PKA e seu efeitos; efeito antiapoptótico em miócitos 
cardíacos; atenua ou impede a apoptose induzida por hipóxia, por espécies reativas de oxigênio e pela excessiva 
estimulação dos adrenoreceptores b1 
 Ativação do adrenoreceptor b3 ⇾ descritos em adipócitos, estimulam a lipólise; no miocárdio, efeito inotrópico 
negativo (estimula a produção de NO) 
 Os três subtipos de adrenoreceptores a1 interagem com a proteína Gq, que estimula a fosfolipase C ⇾ ativa 
mecanismos que aumentam a [Ca2+] intracelular 
 Podem ativar também a proteína Gi ⇾ inibe AC e reduz [AMPc] 
 Acoplam-se também a moléculas efetoras alternativas ⇾ fosfolipase D e quinases sensíveis ao complexo cálcio-
calmodulina 
 Os adrenoreceptores a2 ⇾ ligam-se à proteína Gi ⇾ inibe AC 
 
EFEITOS SISTÊMICOS DAS CATECOLAMINAS 
 As catecolaminas atuam praticamente em todos os tecidos periféricos ⇾ o resultado do conjunto de suas ações 
fornece o suporte fisiológico necessário para as ações normais do dia a dia e para a reação de estresse quando 
necessário 
 As catecolaminas periféricas não têm ação sobre o SNC ⇾ não atravessam a barreira hematoencefálica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A liberação das catecolaminas por neurônios centrais noradrenérgicos, adrenérgicos e dopaminérgicos promove o 
aumento do grau de alerta e atenção, aumento da velocidade de raciocínio e aumento da atividade simpatomedular 
 Os efeitos das catecolaminas nos órgãos-alvo dependem dos tipos de adrenoreceptores presentes e da resposta 
específica de cada célula ao segundo-mensageiro gerado 
 Estimulam processos que disponibilizam substratos energéticos e inibem processos fisiológicos que podem aguardar 
momentos mais oportunos, como digestão, diurese e reprodução 
 
 
Catecolaminas 
(noradrenalina e adrenalina) 
⇧ Alerta 
⇧ Cognição 
⇧ Raciocínio 
 (-) Diurese 
(-) Digestão 
(-) Reprodução 
 Taquicardia 
Vasoconstrição 
Vasodilatação 
 Fígado 
(+) Gliconeogênese 
(+) Glicogenólise 
 Pâncreas 
(-) Insulina 
(+) Glucagon 
⇧ DC 
⇧ PA 
 Tecido adiposo 
(+) Lipólise 
⇧ AGL no 
plasma 
(+) Glicemia 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 Ocorre aumento da velocidade do fluxo sanguíneo, redirecionamento do fluxo de sangue para os tecidos ativos 
 O tecido cardíaco tem os três subtipos de adrenoreceptores b (predominam - 80% b1 e 20% b2) e alfa-1 
 Os adrenoreceptores b1 tem maior afinidade pela noradrenalina, os b2 pela adrenalina 
 Nos adrenoreceptores b1 e b2 acoplados à Gs ⇾ AC-AMPc-PKA ⇾ a PKA fosforila os canais de cálcio voltagem 
dependente e aumentam o influxo de cálcio na célula e induz a liberação de cálcio pelo reticulo sarcoplasmático, 
por meio do receptor de rianodina ⇾ aumento força de contração, da frequência de batimentos, velocidade de 
propagação dos potenciais de ação e de relaxamento dos cardiomiócitos ⇾ aumento do débito cardíaco 
 As catecolaminas ligadas a esses mesmos adrenoreceptores também promovem o relaxamento da musculatura 
cardíaca e o remodelamento cardíaco; dilatação nos vasos da circulação coronariana e dos músculos esqueléticos 
 Nos adrenoreceptores a1 (o principal é o a1 b), as catecolaminas podem ter efeito sobre a contratilidade, constrição 
dos vasos da circulação mesentérica e da pele (induzida pelo frio) 
 Se predomina adrenoreceptores a1 ⇾ efeito vasoconstritor 
 Se predomina b2 ⇾ vasodilatador 
 A noradrenalina aumenta muito a resistência periférica total e eleva a pressão arterial mais que a adrenalina 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 A adrenalina tem maior atuação no sistema respiratório, promovendo a broncodilatação ao se ligar nos 
adrenoreceptores b2 acoplados à proteína Gs ⇾ melhora oxigenação do sangue ⇾ aumento da oferta de oxigênio 
aos tecidos 
 
SISTEMA ENDÓCRINO E METABOLISMO 
 No pâncreas as catecolaminas inibem a secreção de insulina e estimulam a secreçãode glucagon 
 Glucagon junto com os glicocorticoides potencializam a glicogenólise e neoglicogênese hepática 
 Com a baixa concentração plasmática de insulina, a glicose não é utilizada nos tecidos periféricos e é poupada para 
o uso dos neurônios, células da Glia, hemácias (elas não dependem da insulina para captar glicose) 
 As catecolaminas também ativam a lipólise (disponibiliza glicerol para a gliconeogênese, e ácidos graxos) e a 
termogênese (decorrente da ativação de adrenoreceptores b2 e dos hormônios tireoidianos) 
 O estímulo dos adrenoreceptores a2 pode induzir efeito lipolítico ao fazer a queda da concentração de AMPc, 
devido a inibição da adenil-ciclase 
 
GLÂNDULAS EXÓCRINAS 
 A noradrenalina exerce efeito direto sobre as células glandulares nasais, lacrimais, salivares, do TGI, levando à 
formação de secreção concentrada contendo mais muco e mais enzimas 
 As catecolaminas promovem a constrição dos vasos sanguíneos dessas glândulas para diminuir a secreção 
 
TRATO GASTRINTESTINAL, ÚTERO E VESÍCULA URINÁRIA 
 No TGI, inibem a secreção das glândulas, causam relaxamento da musculatura da parede do tubo digestivo ⇾	inibe 
peristaltismo (adrenoreceptores b2), contração da musculatura dos esfíncteres (adrenoreceptores a) 
 Esses efeitos reduzem o processo digestivo e da propulsão do alimento 
 No útero e na bexiga promove o relaxamento em decorrência dos efeitos dos adrenoreceptores b2 
 
Córtex suprarrenal 
 O córtex suprarrenal do feto humano está sob controle hipofisário 
 Após o nascimento, ocorre a formação de compartimentos funcionais ⇾ zonas glomerulosa, fasciculada e reticular 
 Zona glomerulosa ⇾ mais externa, 15% da glândula, produz os mineralocorticoides ⇾ aldosterona 
 Zona fasciculada ⇾ central, 50% da glândula, produz glicocorticoides ⇾ cortisol e corticosterona 
 Zona reticular ⇾ mais interna, produzem DHEA, DHEA-S e adrostenediona ⇾ precursores dos esteroides sexuais 
 A ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal está associada à liberação hipotalâmica do CRH e da vasopressina, 
os principais reguladores da secreção do ACTH 
 O ACTH estimula o córtex a secretar glicocorticoides 
 Desencadeia uma resposta morfológica, molecular e fisiológica que também estimula as enzimas esteroidogênicas 
 O córtex influencia a síntese de catecolaminas pela medula e o sistema simpatomedular influencia as funções 
adrenocorticais, em parte por aumentar a sensibilidade ao ACTH 
 A regulação neuroendócrina da zona fasciculada da suprarrenal depende de neurotransmissores liberados de 
terminais nervosos que se originam de duas fontes 
 Alguns destes nervos tem seus corpos celulares fora da glândula suprarrenal e alcançam o córtex com os vasos 
sanguíneos independentes dos nervos esplâncnicos 
 A regulação da zona glomerulosa é feita principalmente pela angiotensina II e o íon potássio 
 
SÍNTESE DOS HORMÔNIOS ADRENOCORTICAIS 
 Os hormônios adrenocorticais são esteroides, cujo precursor é o colesterol 
 A quantidade de hormônios adrenocorticais armazenada na glândula é mínima, de forma que estes hormônios são 
continuamente produzidos e a velocidade de síntese se adapta às necessidades do organismo 
 O colesterol é captado do LDL-colesterol por receptores específicos na membrana das células do córtex 
 Os receptores transferem o colesterol para dentro das células adrenocorticais por endocitose, onde é esterificado 
e armazenado 
 Pequena porção de colesterol é produzida nas células a partir da acetil coenzima A 
 Quando a produção de corticosteroides é estimulada, o colesterol estratificado é hidrolisado em colesterol livre e 
transportado para as mitocôndrias 
 A StAR é a mediadora no transporte do colesterol da membrana externa para a interna da mitocôndria 
 A maioria das reações envolvidas na síntese dos hormônios esteroides é catalisada por enzimas do citocromo P450 
 ETAPA LIMITANTE: transformação do colesterol em pregnenolona, catalisada pela 20,22-desmolase ou colesterol-
desmolase 
 Tanto ACTH quanto angiotensina II estimulam a conversão do colesterol em pregnenolona 
 Após essa transformação, ocorrida na mitocôndria, a pregnenolona é transportada para o REL, onde acontecem 
sucessivas hidroxilações seguidas por clivagem da cadeia lateral do colesterol, até formar o 11-desoxicortisol e a 11-
desoxicorticosterona 
 Estes são transferidos de volta para a mitocôndria, onde, após serem hidroxiladas na posição 11, formam o cortisol e 
a corticosterona, que se difundem para fora da célula 
 A síntese de aldosterona é realizada na zona glomerulosa 
 O grupo metil C-18 da corticosterona é hidroxilado e convertido em aldosterona pela aldosterona-sintetase 
 O gene que codifica a enzima 11-b-hidroxilase é expresso tanto na zona fasciculada como na glomerulosa, enquanto 
o gene da aldosterona-sintetase é expresso somente na zona glomerulosa 
 A aldosterona também pode ser produzida no SNC e no sistema cardiovascular 
 
 
 
 
colesterol 
pregnenolona 
progesterona 
11-desoxicorticosterona 
corticosterona 
aldosterona 18-hidroxidesoxicorticosterona 
17-OH-pregnenolona 
17-OH-progesterona 
DHEA DHEA-S 
androstenediona 
11-desoxicortisol 
cortisol 
testosterona estradiol 
17,20-liase 
17,20-liase 
17a-hidroxilase 
17a-hidroxilase 
21b-hidroxilase 21b-hidroxilase 
11b-hidroxilase 11b-hidroxilase 
3-b-HSD2 3-b-HSD2 3-b-HSD2 
aldosterona-sintetase 
StAR 
TRANSPORTE, METABOLISMO E EXCREÇÃO DOS CORTICOSTEROIDES 
 75 a 80% do cortisol se liga à globulina transportadora de corticosteroides (CBG); 15% se liga à albumina 
 50 a 60% da aldosterona circula ligado a uma proteína específica ligadora de aldosterona, à CBG e à albumina 
 Apenas o hormônio livre é biologicamente ativo 
 Ligação a proteína ⇾ forma de reserva hormonal circulante ⇾ reduz a velocidade de eliminação do hormônio do 
plasma 
 O cortisol tem uma meia-vida relativamente maior que a aldosterona 
 CBG é sintetizada no fígado ⇾ produção estimulada por estrógeno 
 O cortisol está em equilíbrio com a cortisona (inativo) ⇾ ação das enzimas 11-b-hidroxiesteroide-desidrogenase 
 Nos tecidos-alvo do cortisol, a cortisona é transformada em cortisol pela 11-b-HSD1 ⇾ cortisona circula como pré-
hormônio do cortisol 
 Nos rins e outros tecidos da aldosterona, ocorre a conversão reversa pela 11-b-HSD2 
 Os esteroides suprarrenais são metabolizados principalmente no fígado 
 Os metabólitos são removidos pela circulação êntero-hepática 
 A maior parte da aldosterona é metabolizada no fígado em um derivado tetraidroglicuronídeo 
 Uma porção menor é transformada, no fígado e nos rins, em 18-glicuronídeo ⇾ concentração utilizada para fins 
diagnósticos 
 
GLICOCORTICOIDES 
 Situações de ameaça à homeostase orgânica (hipoglicemia, traumas, infecções, calo ou frio intensos) além de 
situações de estresse em geral, estimulam a síntese e a secreção do hormônio liberador de corticotrofina (CRH) 
pelo hipotálamo 
 O CRH atinge as células corticotróficas da hipófise, estimulando a produção de pró-opiomelanocortina (POMC) ⇾	
proteína que dá origem ao ACTH, ao MSH e a endorfinas 
 Angiotensina II e CCK também estimulam a liberação de ACTH 
 O ACTH estimula a síntese dos hormônios esteroides ao se ligar a receptores acoplados à proteína G 
 Desencadeia a ativação da adenil-ciclase e de proteínas quinases que fosforilam e ativam mediadores e enzimas da 
síntese dos hormônios glicocorticoides 
 O AMPc é o principal segundo-mensageiro da ação do ACTH 
 O ACTH aumenta a captação de lipoproteínas pelas células corticais e a atividade da colesterol-esterase, 
aumentando a concentração intracelular de colesterol livre 
 Estimula a conversão de colesterol em pregnenolona e a transcrição dos genes das enzimas e fatores envolvidos 
 Administração crônica de ACTH ⇾ aumenta tamanho e número das células suprarrenais ⇾ efeito ampliado pelo 
ACTH estimular a transcrição de seu próprio receptor 
 O aumento dos glicocorticoides circulantes inibe a secreção de ACTH e CRH ⇾ feedback negativo 
 A secreção de CRH, ACTH e cortisol apresenta umritmo circadiano relacionado ao ciclo sono-vigília 
 No homem, o ritmo aparece entre o 2º e o 3º mês de vida 
 O cortisol começa a aumentar entre 2 e 3 horas após o início do sono ⇾ pico secretório no horário ou pouco 
antes de despertar e, ao longo do dia, há um declínio gradual de sua concentração 
 Durante esse ciclo, ocorrem cerca de 15 a 18 pulsos secretórios de cortisol de amplitude variada 
 Na Síndrome de Cushing ⇾ aumento da síntese e liberação dos hormônios adrenocorticais 
 Por serem lipofílicos, os glicocorticoides se difundem através da membrana por um processo passivo. 
 Os receptores para glicocorticoides se encontram no citoplasma, formando complexos inativos com proteínas de 
choque térmico, com uma proteína de baixo peso molecular e com imunofilinas 
 A ligação do hormônio ao receptor promove uma alteração conformacional na porção central do receptor, 
deslocando essas proteínas e ativando-o. Dois complexos hormônio-receptor ativos combinam-se para formar um 
homodímero, que se transloca para o núcleo da célula, e liga-se a elementos responsivos ao glicocorticoide, que 
podem ser positivos ou negativos 
 Sendo o elemento de resposta ao glicocorticoide positivo, a expressão do gene é ativada e a proteína 
correspondente é expressa ⇾ quando o elemento resposta ao glicocorticoide é negativo, a expressão do gene é 
reprimida e a proteína correspondente deixa de ser sintetizada por aquela célula 
 A interação dos receptores para glicocorticoides ativados com fatores de transcrição, como o NFkB e os MAPKs, 
promove repressão da expressão de genes inflamatórios regulados por esses fatores 
 Proteínas anti-inflamatórias ⇾ lipocortinas e a interleucina 10 ⇾ expressão induzida pela ligação do receptor de 
glicocorticoide 
 A via de sinalização dos receptores toll-like, importantes da indução da resposta imunológica inata, também é inibida 
pelos glicocorticoides 
 Eles também possuem ações rápidas não-genômicas mediadas por receptores de membrana acoplados às 
proteínas G estimulatórias ou inibitórias, com consequente ativação ou inibição de segundos mensageiros, como 
AMPc e as proteínas quinases A 
 
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS, PROTEÍNAS E LIPÍDEOS 
 Estimulam a gliconeogênese hepática por estimularem as enzimas glicogênicas 
 Estimulam a síntese de glicogênio e a glicose-6-fosfato, além da liberação de glicose pelo fígado 
 Potencializam a ação de outros hormônios hiperglicemiantes, como o glucagon, as catecolaminas e o hormônio do 
crescimento 
 Aumento da produção e liberação da glicose hepática 
 Possuem ação anti-insulínica ⇾ diminuem o efeito inibitório da insulina sobre a produção hepática de glicose e o 
efeito estimulatório da insulina na captação de glicose pelo músculo e pelo tecido adiposo 
 Diminui a translocação para a membrana da GLUT-4 
 Diminui a sensibilidade à insulina e altera o seu número de receptores 
 Estimulam a mobilização de proteínas teciduais ⇾ diminuem a síntese e, em menor grau, aumentam a proteólise 
 Estimulam a síntese de algumas proteínas plasmáticas, as quais se elevam na fase aguda da inflamação, conhecidas 
como proteínas de fase aguda 
 Possuem ação lipolítica pequena, mas exercem ação permissiva sobre a ação lipolítica das catecolaminas e do 
hormônio do crescimento 
 Concentração plasmáticas elevadas de glicocorticoides por tempo prolongado estimula o apetite e a ingestão 
calórica, a lipogênese e a deposição de gordura 
 Síndrome de Cushing: excesso de hormônios adrenocorticais ⇾ distribuição característica de gordura, com acúmulo 
de gordura central e perda de gordura periférica. Apresentam hiperglicemia, resistência à insulina, aumento de peso 
e as chamadas estrias púrpuras, que aparecem devido ao efeito catabólico proteico do cortisol sobre o músculo, 
pele e tecido conjuntivo 
 
EFEITOS NO OSSO 
 Diminuem a síntese de colágeno e a formação óssea, por inibirem a formação de osteoblastos e aumentarem a 
apoptose de osteoblastos e osteócitos 
 Estimulam a colagenase, enzima que promove destruição da matriz orgânica do osso 
 Inibem a síntese de calcitriol, com consequente aumento do paratormônio e da reabsorção óssea 
 Em alguns casos, podem ocorrer osteoporose 
 
EFEITOS NOS RINS 
 Aumentam a excreção renal de cálcio e de fosfato e diminuem a reabsorção desses íons pelos túbulos proximais 
 
EFEITO NO TECIDO CONJUNTIVO 
 Inibem a síntese de colágeno 
 Em concentrações elevadas ⇾ enfraquecimento da pele, tecido subcutâneo e vasos, fragilidade capilar 
 
EFEITOS SOBRE O SNC 
 Modulação da excitabilidade neural no hipocampo 
 Formação da memória 
 Neurodegeneração 
 Atividades envolvidas na resposta ao estresse, humor, aprendizagem e memória 
 
EFEITOS PERMISSIVOS 
 Importantes para a ação calorigênica do glucagon e das catecolaminas, para o efeito lipolítico das catecolaminas e 
do GH, para a manutenção da pressão arterial e do débito cardíaco, por aumentarem a sensibilidade às catecolaminas 
 Facilitam a maturação do feto, particularmente do SNC, do sistema gastrintestinal e dos pulmões 
 
EFEITOS SOBRE AS RESPOSTAS INFLAMATÓRIA E IMUNOLÓGICA 
 Efeito inibitório sobre a resposta inflamatória à lesão tecidual e sobre a resposta imunológica 
 Inibem a síntese dos mediadores inflamatórios, pois induzem a lipocortina, que inibe a fosfolipase A 
 Possuem ação estabilizadora dos lisossomos, diminuindo a liberação de enzimas proteolíticas e hialuronidase 
 Estimulam apoptose de eosinófilos 
 Promovem aumento dos neutrófilos circulantes 
 Diminuem a atividade fagocítica e bactericida 
 São antialérgicos, pois diminuem a liberação de histamina 
 Diminuem a proliferação de fibroblastos e a síntese de colágeno, prejudicando a cicatrização e o isolamento do 
processo inflamatório 
 Inibem a resposta imunológica mediada por células: diminuem a febre, a proliferação e diferenciação de linfócitos B 
e a produção de anticorpos por essas células 
 Efeito anti-inflamatório: inibição da produção de citocinas inflamatórias e pela indução de apoptose nas células do 
sistema imunológico 
 O tratamento prolongado com glicocorticoides diminui a secreção de GH 
 
MINERALOCORTICOIDES 
 Os mineralocorticoides exercem seus efeitos biológicos ligando-se a receptores citosólicos ⇾ estimula a transcrição 
de proteínas relacionadas com os processos de transporte iônico 
 A aldosterona é o principal mineralocorticoide humano 
 Ações não-genômicas ⇾ ocorrem em segundos ou minutos ⇾ ligação do hormônio a receptores de membrana 
que parecem estar acoplados a proteínas G ⇾ relacionadas, principalmente, com a homeostase da pressão 
sanguínea 
 Receptores foram encontrados em miócitos cardíacos, músculo liso vascular, células endoteliais e endocárdio, no 
SNC e em células endoteliais e epiteliais renais 
 
EFEITOS RENAIS E CIRCULATÓRIOS 
 O rim é o principal local de atividade mineralocorticoide 
 Estimula síntese de proteínas relacionadas com o transporte de Na+ e K+ 
 Aumentam a atividade e o número de canais de sódio, a formação de ATP e a atividade de co-transportadores de 
Na+/K+ 
 Promovem a reabsorção de íons Na+ do líquido tubular renal, do suor, da saliva e do suco gástrico 
 A aldosterona também pode agir sobre os centros reguladores da pressão arterial e sistema cardiovascular, no 
remodelamento vascular, na formação de colágeno e na função endotelial 
 Escape da aldosterona ⇾ elevação crônica de aldosterona ⇾ excreção elevada de K+ e de Na+ normal ⇾ pressão 
sanguínea aumentada ⇾ inibe a reabsorção de Na+ no túbulo contorcido proximal ⇾ estimula secreção de K+ 
 Fatores envolvidos no escape ⇾ alteração na pressão de perfusão renal, aumento na liberação de ANPs e aumento 
na perda de sódio 
 
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO 
 Podem modificar a secreção de aldosterona ⇾ angiotensina II e [K+]EC 
 O papel da aldosterona é mediado pelo sistema renina-angiotensina 
 A renina é produzida nas células justaglomerulares 
 Age sobre o angiotensinogênio formando a angiotensina I 
 Pela ação da enzima ECA, a angiotensina I é convertida em angiotensina II 
 A angiotensinaII ⇾ potente estimulador da secreção de aldosterona / estimula a ingestão hídrica / vasoconstritor 
 Fatores inibidores da angiotensina II ⇾ potássio, ANP, dopamina e estimulação a-adrenérgica 
 Aumento de potássio ⇾ promove a despolarização da membrana da célula suprarrenal, com abertura de canais 
de cálcio e aumento do cálcio intracelular que estimula a síntese de aldosterona 
 O ACTH é o mais potente estimulante da secreção aguda de aldosterona 
 Estimulação contínua com ACTH, como ocorre em situações de estresse crônico, promove uma paradoxal 
diminuição da secreção de aldosterona ⇾ pode diminuir a expressão dos receptores de angiotensina II 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS: PRECURSORES DE HORMÔNIOS SEXUAIS 
 Principais precursores ⇾ os andrógenos DHEA, DHEA-S e androstenediona 
 A atividade fisiológica desses compostos depende de suas transformações, nos tecidos periféricos, em testosterona 
 A testosterona, derivada dos andrógenos suprarrenais, nas mulheres, colabora para a manutenção dos pelos púbicos 
e axilares ⇾ supõe-se que participa da manutenção da produção de hemácias e da libido 
 Cerca de 2 anos antes da puberdade ⇾ aumento dos andrógenos suprarrenais, principalmente DHEA-S ⇾ estímulo 
dos centros de crescimento hipofisário e início do aparecimento das características sexuais secundárias 
 DHEA e DHEA-S ⇾ defesa imunológica, integridade musculoesquelética e processo aterosclerótico 
 
HIPERFUNÇÃO E HIPOFUNÇÃO ADRENOCORTICAL 
 Hiperaldosteronismo ⇾ hipocalcemia e hiperatremia, geralmente sem edema, mas com fraqueza, hipertensão, 
tetania, poliúria e alcalose metabólica leve 
 Hiperaldosteranismo primário ⇾ síndrome de Conn ⇾ adenoma da zona glomerulosa 
 Hiperaldosteranismo secundário ⇾ alta atividade de renina plasmática ⇾ insuficiência cardíaca, cirrose, nefrose ou 
constrição da artéria renal 
 Síndrome do excesso aparente de mineralocorticoide ⇾ quando a enzima 11-b-HSD2 está ausente ou inibida, o 
cortisol alcança seus receptores nos tecidos e interage com eles ⇾ mesmo com concentrações baixas de renina 
e aldosterona, apresenta quadro clínico de hiperaldosteranismo, com retenção de sódio, hipocalcemia e hipertensão 
 Doença de Addison ⇾ causada por doenças de destroem o córtex ⇾ ocorre principalmente por doença autoimune 
⇾ perda de peso, cansaço, hipotensão crônica, hipoglicemia, concentrações plasmáticas de ACTH elevadas, 
pigmentação melânica (atividade MSH do ACTH) 
 Hipoaldosteranismo ⇾ deficiência isolada de aldosterona em indivíduos com doença renal e baixas concentrações 
de renina / o pseudo-hipoaldosteranismo ocorre por resistência à aldosterona 
 
ESTRESSE 
 É a resposta do organismo envolvendo vários sistemas fisiológicos a qualquer desafio que supera, ou se acredita 
que supere, os mecanismos homeostáticos seletivos 
 A reação de estresse caracteriza-se por concentrações plasmáticas elevadas de ACTH, glicocorticoides e 
catecolaminas 
 Os glicocorticoides e as catecolaminas têm a função de promover a resposta fisiológica ao estresse ⇾ exercem 
efeito feedback negativo na hipófise e no hipotálamo, inibindo a secreção adicional de CRH e de ACTH 
 O estresse pode causar a tríade patogênica ⇾ hipertrofia da adrenal, involução do timo e ulceração gástrica 
 FASE DE ALARME: as elevadas concentrações plasmáticas de catecolaminas e glicocorticoides garantem a 
mobilização de substratos energéticos e sua distribuição adequada aos órgãos e tecidos para que a reação de luta 
ou fuga possa ser executada 
 FASE DA ADAPTAÇÃO: predomina o anabolismo, para recuperação das reservas depletadas durante a fase de 
alarme e a construção de estruturas que permitam a convivência com o agente causador do estresse 
 FASE DE EXAUSTÃO: os mecanismos adaptativos esgotam-se e desenvolvem-se mal adaptações, que 
desencadeiam doenças para as quais o indivíduo apresenta predisposição genética 
 Os efeitos fisiológicos ⇾ alterações no SNC e nos sistemas neuroendócrino, neurovegetativo e imunológico que 
afetam os demais sistemas 
 Os glicocorticoides preparam o organismo para a reação de luta ou fuga em antecipação ao evento estressante, 
mobilizando reservas energéticas mesmo antes da situação se apresentar 
 Estimulam diretamente determinados processos fisiológicos ⇾ aumento da glicemia (estimulatória), potencializam a 
ação de outros hormônios (permissiva) e inibem determinados processos como a reação inflamatória (supressiva) 
 As concentrações plasmáticas de catecolaminas, de ACTH e de glicocorticoides, especialmente o cortisol, são 
consideradas como indicadoras da intensidade de estresse

Continue navegando

Outros materiais