Prévia do material em texto
Profa. Dra. Joana Ormundo MATERIAL COMPLEMENTAR I Análise do Discurso Crítica e Semiótica Nesta aula, apresentaremos um panorama sobre a perspectiva teórica da Análise de Discurso Crítica (ADC) como uma Teoria Social do Discurso. A ADC diferencia-se de outras teorias do discurso. Os objetivos da ADC consistem em: a) estudar as práticas sociais e discursivas; b) fornecer um arcabouço teórico e metodológico para a análise das linguagens; c) apresentar uma proposta de construção de análise dos discursos, em uma perspectiva transdisciplinar que dialoga com outras teorias sociais. Apresentação Iniciaremos com a contextualização do surgimento da ADC, destacando o momento histórico e a configuração de uma sociedade em rede, com base no avanço tecnológico. Em seguida, trataremos da perspectiva histórica do desenvolvimento da ADC: de uma abordagem tridimensional à transdisciplinaridade. Por fim, discorreremos sobre a relevância dos estudos midiáticos, as vozes da globalização e a recontextualização para a ADC. Introdução O início do século XXI, segundo alguns teóricos, é um momento de transição para uma nova sociedade que não se baseia essencialmente na industrialização (modos de produção). A chegada de uma sociedade pós-industrial considera a antiga ordem industrial como ultrapassada pelo desenvolvimento de uma nova ordem social, baseada no conhecimento e na informação (modos de informação). Contexto histórico: do modo de produção para o modo de informação Bauman (2001) afirma que a fluidez ou liquidez são as metáforas mais adequadas para caracterizar o atual estágio da modernidade. Para Giddens (1991), a vida moderna – período iniciado no século XVIII – trouxe mudanças profundas que alteraram substancialmente todos os tipos tradicionais de ordem social. Do sólido ao líquido: Bauman e Giddens A forma de circulação da linguagem, no ambiente do novo capitalismo, apresenta- se em um movimento de (des)marcação das relações espaciais e temporais. As novas tecnologias contribuem para essa (des)marcação e será tratada por Giddens (1991) como DESENCAIXE. O conceito de tempo-espaço, tão bem delimitado nas sociedades anteriores, foi esvaziado na pós-modernidade. Circulação da linguagem e relações espaciais e temporais O conceito de desencaixe nada mais é do que o “deslocamento das relações sociais de contextos locais de interação e sua reestruturação por meio de extensões indefinidas de tempo-espaço”, conforme pode ser percebido no modelo de comunicação em tempo real. Significa que indivíduos, espacialmente separados, podem interagir sincronicamente – em tempo real –, mesmo que cada um esteja em continentes diferentes, distanciados por milhares de quilômetros e em fusos horários diferenciados. Desencaixe: deslocamento das relações sociais A reestruturação e a reorganização do período moderno, em direção a uma sociedade pós-moderna e global, ocasionaram a reconfiguração na forma como as pessoas atuam socialmente. Devido à nova organização social, práticas sociais, já conhecidas, são transformadas em novas práticas. A linguagem é reconfigurada diante das novas práticas sociais. Novas práticas sociais e novas linguagens Modos de produção e modos de informação MODERNIDADE PÓS-MODERNIDADE Modos de produção Modos de Informação Sólidos Centralizados Mídia tradicional Líquidos Fragmentados Mídia social A internet instaura um novo paradigma em relação às identidades por intermédio de uma cultura da simulação, na qual se valoriza, sobremaneira, a representação do “real”. Atores sociais na sociedade pós-moderna Veja o vídeo de Bauman no programa Fronteiras do Pensamento – http://www.youtube.com/watch?v=POZcBNo-D4A – O mundo pós-moderno: a condição social. Para ampliar o debate É preciso que você reflita sobre quais foram as mudanças sociais e os desenvolvimentos que afetam, afetaram e afetarão a vida das pessoas a partir do da configuração da sociedade em rede. De acordo com Giddens (2000), vamos observar três perspectivas sobre os questionamentos em causa: 1. o fato de que vivemos em uma sociedade pós-industrial; 2. a ideia de que atingimos um período pós-moderno; 3. a teoria a respeito do fim da história. Reflexões Para pensarmos no assunto, sugerimos que você reflita sobre os pontos a seguir: Quais são os desenvolvimentos relevantes que afetaram nossa vida desde início do século XXI? Liste uma série de práticas sociais que foram reconfiguradas a partir da configuração da sociedade em rede. Atividades para refletir sobre a configuração da sociedade em rede A sociedade pós-industrial, o período da pós-modernidade e as teorias sobre o desencaixe constituem as ideias de Giddens sobre: a) Os aspectos relacionados às transformações nos campos econômico, social e tecnológico que afetaram o modo de vida a partir do século XXI. b) A configuração de uma sociedade moderna com base nos meios de produção mecanicista. c) A configuração de uma sociedade centralizadora, conforme aponta o modo de vida a partir do século XXI. d) A transformação dos aspectos da modernidade referente à Revolução Industrial. e) A centralização dos meios de comunicação e o advento da cultura de massa. Interatividade A sociedade pós-industrial, o período da pós-modernidade e as teorias sobre o desencaixe constituem as ideias de Giddens sobre: a) Os aspectos relacionados às transformações nos campos econômico, social e tecnológico que afetaram o modo de vida a partir do século XXI. b) A configuração de uma sociedade moderna com base nos meios de produção mecanicista. c) A configuração de uma sociedade centralizadora, conforme aponta o modo de vida a partir do século XXI. d) A transformação dos aspectos da modernidade referente à Revolução Industrial. e) A centralização dos meios de comunicação e o advento da cultura de massa. Resposta A facilidade de circulação da comunicação em tempo real possibilitou uma interação maior nas formas como os sujeitos se relacionam socialmente, decorrentes do advento da tecnologia digital. A vida contemporânea, como tem se apresentado por profundas mudanças nas relações interpessoais e institucionais, sofre influência desse conceito. Circulação da comunicação em tempo real Uma das ações aplicadas ao conceito de desencaixe desenvolvido por Giddens (1991) consiste no fato de que as relações pessoais vão se reconfigurando no mundo atual. As pessoas, em suas atividades sociais, devem a todo o momento agir no campo para provar seu conhecimento e reconhecimento pelo grupo por meio dos mecanismos de desencaixe que são representados por fichas simbólicas e sistemas peritos. “O especialista é levado, constantemente, a reforçar diante do leigo o seu saber, gerando uma grande procura por informações” (GIDDENS, 1991, p. 39). Reconfiguração das relações pessoais: a importância da linguagem A chegada de uma sociedade pós-industrial coloca a antiga ordem industrial como ultrapassada pelo desenvolvimento de uma nova ordem social baseada no conhecimento e na informação. Consideramos que o mundo pós-moderno se apresenta fragmentado e multifacetado. Como isso é refletido pela linguagem? Reflexão: a reconfiguração da linguagem na globalização Mark Poster (1996, 2000) reinterpreta os meios de comunicação por meio de uma abordagem teórica centrada nos meios de informação e no desenvolvimento de uma teoria crítica. A teoria crítica explica as iminentes reorganizações culturais advindas dos avanços tecnológicos dos novos meios de comunicação, especificamente, daqueles advindos da organização da sociedade em rede por meio da internet. Poster e a teoria crítica Circulamos hoje, totalmente, desvinculados dos grilhões das Eras passadas. Somos mentes flutuantes, identidades simuladas, vidas imaginariamente germinadas online, transitando em um mundode superfícies mutáveis. Mark Poster (2001) propõe a discussão dessa nova configuração social marcada pelo modo de informação. Modo de informação e a reconfiguração da linguagem A linguagem materializa-se em imagem e a imagem é um signo poderoso, circulando pelo planeta em diversos suportes: vídeos, televisão, internet e outros. A dinâmica da circulação da informação (imagens) possibilita a circulação de valores, de crenças, de modo de ser; tornando-os universais e são constituídos por outros valores, crenças e modos de ser de outras culturas espalhadas pelo globo. Da predominância da escrita para a multimodalidade No momento marcado pelo acelerado avanço tecnológico, o computador, notebook, celulares, tablet constituem-se em ferramentas que aceleram a divulgação da informação. Torna-se uma necessidade tê-los, pois possibilitam o acesso à internet e por seu intermédio recebemos o mundo em nossa casa e saímos também para o mundo, de certo modo, libertos de nosso invólucro material e de nossa identidade “real”. Divulgação da informação Reflexão GÊNEROS DISCURSIVOS GÊNEROS DISCURSIVOS Antes da internet diário Pessoal Após a internet Blog O ciberespaço configura-se como um modelo de sociedade digital que, segundo Pierre Lévy (2005), constitui-se como espaço de comunicação aberto para interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores. O autor analisa a sociedade digital sob a ótica da cibercultura, pois compreende que as mudanças históricas e sociais influenciaram a cultura do homem, acrescentando a ela valores e práticas surgidas com a virtualidade. Ciberespaço: lugar de comunicação na sociedade digital Santaella (2004, p. 45) entende o ciberespaço “como um sistema de comunicação eletrônica global que reúne os humanos e os computadores em uma relação simbiótica, que cresce exponencialmente graças à comunicação interativa”. No ciberespaço, não há limites que impeçam “os fluxos de signos, os jogos de linguagem”. Entrar na rede significa penetrar e viajar em um mundo paralelo, imaterial, feito de bits de dados e partículas de luz (SANTAELLA, 2004). Ciberespaço Para Lemos (2004), o ciberespaço é um não lugar, uma utopia onde se deve repensar a significação sensorial de nossa civilização baseada em informações digitais, coletivas e imediatas. Ele é um espaço imaginário, um enorme hipertexto planetário, um espaço sem dimensões e um universo de informações navegáveis de forma instantânea e reversível. Ciberespaço A discussão sobre o ciberespaço convida-nos a verificar, em termos de linguagem, o que o ciberespaço apresenta de novo. Há nesse ambiente uma multimodalidade na forma como a informação é disponibilizada, por meio das ações, imagens, sons e vídeos, e os mais variados tipos de arquivos são trocados por um número incalculável de usuários ao redor do mundo, separados fisicamente uns dos outros, porém interligados e conectados nesse ambiente digital. Reflexão A constituição de uma sociedade tecnológica reconfigura as relações sociais. O fenômeno da cibercultura aprofunda essa reconfiguração, impondo: a) Práticas sociais marcadas por elementos centralizadores. b) Divulgação da informação com base na dinâmica das mídias tradicionais. c) Fluidez no processo de constituição da linguagem e das práticas sociais. d) Rigidez na circulação da linguagem nas instituições. e) Gêneros textuais, na cibercultura, apresentam características semelhantes ao ambiente fora da rede de computadores. Interatividade A constituição de uma sociedade tecnológica reconfigura as relações sociais. O fenômeno da cibercultura aprofunda essa reconfiguração, impondo: a) Práticas sociais marcadas por elementos centralizadores. b) Divulgação da informação com base na dinâmica das mídias tradicionais. c) Fluidez no processo de constituição da linguagem e das práticas sociais. d) Rigidez na circulação da linguagem nas instituições. e) Gêneros textuais, na cibercultura, apresentam características semelhantes ao ambiente fora da rede de computadores. Resposta Ao analisar um dos efeitos da interatividade virtual, Castells (2003): a) chama a atenção para o surgimento de novos suportes tecnológicos para a sociabilidade: as comunidades virtuais; b) define comunidades como redes de laços interpessoais que possibilitam a sociabilidade, apoio, informação, senso de integração e identidade social; c) observou o deslocamento da comunidade tradicional para a rede, como forma de organizar a interação. Interatividade e comunidades virtuais As comunidades tradicionais, segundo Castells (2003), têm como base: a) o compartilhamento de valores e a organização social com base na proximidade espacial e física; b) pessoas que moram no mesmo bairro, na mesma rua, alunos que estudam na mesma escola, na mesma sala etc.; c) mesmo que não houvesse participação ativa naquela comunidade, o indivíduo, de certa forma, encontrava-se inserido nela por razões espaciais, mas não se traduz em sociabilidade. Comunidades tradicionais A busca por sociabilidade pode explicar a existência das comunidades virtuais, que nasceram de escolhas estratégicas de indivíduos, grupos sociais e familiares. Os usuários da rede selecionam os grupos de sociabilidade virtuais (comunidades) que irão aderir e têm a prerrogativa de criar outros grupos voltados para seus interesses. Portanto, as comunidades virtuais são “formas de sociabilidade construídas em torno de interesses específicos” (CASTELLS, 2003, p. 110). Usuários da rede selecionam os grupos de sociabilidade Com o advento da internet, surgiram críticas sobre as relações sociais na rede. Essas críticas tiveram como base a discussão sobre: a) Isolamento humano. b) Falta do contato face a face, substituindo-o pela comunicação virtual. c) Descuido em relação ao uso da linguagem. Críticas em relação à comunidade virtual Para Manuel Castells (1999): Apesar de efemeridade da internet, Castells considera que o ciberespaço tem exercido um papel positivo na manutenção de laços fortes a distância (relações familiares fortalecidas com o uso da comunicação virtual). A internet é suporte de laços fracos no sentido de que “raramente constroem relações pessoais duradouras” (CASTELLS, 1999). Castells concorda com aqueles que pensam ser a internet o suporte material para o individualismo em rede. A efemeridade da internet e a construção de laços fortes e fracos O autor entende que a internet é também eficaz na manutenção de laços fracos, que, de outra forma, seriam perdidos no cotejo entre o esforço para se envolver em interação física – inclusive interação telefônica – e o valor da comunicação. As pessoas conectam-se e desconectam-se da rede. As pessoas mudam de interesse, simulam ou encobrem sua real identidade ou ainda migram para outros padrões online. A efemeridade da internet e a construção de laços fortes e fracos Sugiro aprofundar o assunto por meio das obras de: Manuel Castells e Pierre Lévy. Para discussão sobre configuração de sociedade em rede e movimentos sociais – especificamente – no Brasil e novas formas de representação. Veja entrevista de Castells em Fronteiras do Pensamento: http://www.fronteirasdopensamento.com.br/videos/player/?13,277 Veja a nova obra de Manuel Castells: “Redes de Indignação e Esperança – Movimentos Sociais na Era da Internet”, lançada pela Zahar, em setembro de 2013. http://www.fronteirasdopensamento.com.br/canalfronteiras /entrevistas/?16,48 Aprofundamento do assunto “Redes de indignação e esperança” “Sociedade conectada” “A galáxia internet: reflexões sobre a internet, negócios e a sociedade” “A questão urbana” “A sociedade em rede” “Cidade, democracia e socialismo: a experiência das associações de vizinhos” “O fim do milênio” Indicação de leitura das obras de Manuel Castells Castells define comunidadescomo redes de laços interpessoais que proporcionam sociabilidade, apoio, informação, senso de integração e identidade social. O conceito de comunidade no ciberespaço tem como características: a) Compartilhar a mesma relação espaço-temporal. b) As comunidades virtuais são formas de sociabilidade construídas em torno de interesses específicos. c) Os participantes dessas comunidades se organizam aleatoriamente. d) A dinâmica da organização dos grupos é determinada pelo provedor do site. e) Os integrantes da rede são pessoas que participam de grupos fechados exclusivamente. Interatividade Castells define comunidades como redes de laços interpessoais que proporcionam sociabilidade, apoio, informação, senso de integração e identidade social. O conceito de comunidade no ciberespaço tem como características: a) Compartilhar a mesma relação espaço-temporal. b) As comunidades virtuais são formas de sociabilidade construídas em torno de interesses específicos. c) Os participantes dessas comunidades se organizam aleatoriamente. d) A dinâmica da organização dos grupos é determinada pelo provedor do site. e) Os integrantes da rede são pessoas que participam de grupos fechados exclusivamente. Resposta A ADC como Teoria Social do Discurso. Chouliaraki e Fairclough (1999) analisam os espaços e as práticas sociais em que pessoas, como cidadãos, dialogam sobre questões de interesse comum e podem afetar a política e provocar mudança social. Análise de discurso crítica como Teoria Social do Discurso A prática discursiva: a) Realiza-se como forma linguística, ou seja, como texto. b) Envolve os processos de produção, de distribuição e de consumo textual de acordo com fatores sociais. A prática social: a) Forma relativamente estabilizada de atividade social. b) Gêneros discursivos: ensino na sala de aula, notícias televisivas, refeições familiares, consultas médicas. Conceitos preliminares da Análise de Discurso Ideologia: 1. Questionamento do conceito de ideologia de Althusser: a) pelo fato de apresentar uma noção de dominação como imposição unilateral e reprodução da ideologia dominante; b) por marginalizar a luta, a contradição e a transformação. Conceitos preliminares da Análise de Discurso Crítica Na ADC, a importância dos estudos linguísticos que investigam os processos ideológicos e que afloram no discurso está na possibilidade de os sujeitos desenvolverem uma consciência crítica maior a respeito de suas próprias práticas e daquelas às quais são submetidos. As práticas discursivas são investidas ideologicamente no momento em que contribuem para manter ou reestruturar as relações de poder. Conceitos preliminares da Análise de Discurso Crítica: ideologia Relações de poder: As relações de poder podem ser afetadas por práticas discursivas de todos os tipos, inclusive as teóricas e as científicas. As ideologias aparecem nas sociedades que se caracterizam por relações de dominação com base na classe, no gênero social, no grupo cultural etc. Os sujeitos, ao transcenderem tais sociedades, conseguem também transcender às questões ideológicas, o que significa, portanto, que “nem todo discurso é irremediavelmente ideológico” (FAIRCLOUGH, 1992, p. 121). Conceitos preliminares da Análise de Discurso Crítica Hegemonia: Hegemonia implica liderança e dominação nos segmentos econômicos, político, cultural e ideológico. Embora represente o poder de uma das classes economicamente privilegiadas sobre as outras, essa dominação é parcial e temporária, como se espelhasse um equilíbrio instável. É um elemento representativo de luta constante sobre pontos inconstantes entre classes e segmentos sociais para reproduzir, reestruturar ou desafiar hegemonias existentes, relacionadas a formas econômicas, políticas e ideológicas. Conceitos preliminares da Análise de Discurso Crítica Intertextualidade: A intertextualidade é primordial para a análise de textos no âmbito do quadro investigativo da ADC. Os textos são constitutivamente intertextuais, compostos por elementos de outros textos. Existe uma inserção histórica do texto, pois ele responde, reacentua e reorganiza textos passados e contribui para processos de mudança social ao influenciar textos subsequentes. Conceitos preliminares da Análise de Discurso Crítica Um texto se constrói em relação aos outros textos, ou seja, na perspectiva da abordagem do outro relacionado ao já-dito (antes, em outro lugar). Fundamenta-se no dialogismo de Bakhtin, o qual privilegia a dimensão de outro, de não um na sua abordagem do sentido – princípio colocado como constitutivo do sujeito e da linguagem. Conceitos preliminares da Análise de Discurso Crítica Transdisciplinaridade: As construções teóricas do discurso, as quais a ADC tenta operacionalizar, podem vir de várias disciplinas e o conceito de operacionalização exige que se realize um trabalho de um modo transdisciplinar, no qual a lógica de uma disciplina (por exemplo, a Sociologia) possa ser colocada em funcionamento para o desenvolvimento de outra (por exemplo, a Linguística) (CHOULIARAKI & FAIRCLOUGH, 1999). Conceitos preliminares da Análise de Discurso Crítica A transdisciplinaridade é também um modo de trabalho interdisciplinar ou pós-disciplinar. A principal perspectiva da transdisciplinaridade é a de que o encontro e o diálogo entre disciplinas diversas, durante a pesquisa de determinados assuntos, devem ser abordados com o intuito de desenvolver categorias teóricas, métodos de análise, programas de pesquisa etc. de uma área por meio da “lógica” da outra. Conceitos preliminares da Análise de Discurso Crítica O conceito de discurso em relação à ideologia e ao poder na perspectiva da Análise de Discurso Crítica considera: a) As relações de assujeitamento. b) Os estudos de Althusser sobre os aparelhos ideológicos do Estado e o assujeitamento. c) A evolução das relações de poder como luta hegemônica. d) A dominação unilateral e reprodução da ideologia dominante. e) A marginalização da luta de classes e a impossibilidade de transformação social. Interatividade O conceito de discurso em relação à ideologia e ao poder na perspectiva da Análise de Discurso Crítica considera: a) As relações de assujeitamento. b) Os estudos de Althusser sobre os aparelhos ideológicos do Estado e o assujeitamento. c) A evolução das relações de poder como luta hegemônica. d) A dominação unilateral e reprodução da ideologia dominante. e) A marginalização da luta de classes e a impossibilidade de transformação social. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!