Grátis
146 pág.

Denunciar
Pré-visualização | Página 27 de 29
e novilhas; isto pode ter efeitos de longo e curto prazo na libido. 129 . Barulho e distrações. . Ambientes estranhos, manejadores ou métodos de contenção. . Tédio: algumas variações na rotina de serviço pode ser vantajoso. . Falta de exercício. . Excesso de peso. . Debilidade grave. . Excesso de uso. . Doenças intercorrentes. . Dor intensa no sistema locomotor e dorso e também pênis, onde agentes infecciososcomo Herpes Virus I Bovino (lPV - seção 8.7) podem causar grave inflamação e ulceração da glande do pênis e prepúcio (balanopostite). . Ruptura do corpo cavernoso do pênis (seções 13.3 e 15.5). . Deficiência no apoio. . Esteróides anabólicos. Tratamento para deficiência da livido Em muitos casos isto envolve deficiência no acasalamento, des- canso sexual e tratamento de doenças intercorrentes. Touros com libido deficiente não devem ser usados para cobertura devido à possibilidade de ser herdado. Tratamento com gonadotrofina coriônica humana (HCG) ou testosterona é de pouco valor. 15.4 Impotência associada a libido normal o touro tem bom nível de libido, mas não serve a vaca, isto é, ele é impotente. Uma descrição acurada e detalhada do comporta- mento do touro em tentativa de serviço deve ser obtida. Pode ser necessário observar o touro em várias ocasiões. 15.5 Impotência associada a falha na protrusão do pênis . Fimose (estenose do orifício prepucial). Em exploração digital o orifício deve aceitar pelo menos 3 dedos simultaneamente. Pode ser congênito em touros jovens e não deve ser tratado cirurgicamente devido a possível hereditariedade. Pode ser condição adquirida em touros jovens e outros touros devido ao uso excessivo, trauma e balanopostite crônica. 130 . Falha na ereção. Isto pode ser congênito ou, mais comumente a lesões vasculares adquiridas, as quais permitem que o sangue es- cape do corpo cavernoso do pênis, impedindo assim a ereção nor- mal (seção 13.1). A porção parcialmente protusa é flexível e flá- cida; não há tratamento. Trombose da vascularização peniana tam- bém pode ser responsável. . Tumores penianos. Usualmente fibropapilomas, os quais são bem mais comuns, podem impedir a protusão quando grande. . Encurtamento congênito do pênis. Alguma dúvida se isto ocorre ou se é meramente uma falha na ereção. O pênis de um touro adul- to é de cerca de 90cm de comprimento. . Aderênciasentre pênis e prepúcio. Balanopostite crônica devido a trauma ou infecções como IPV. Tratamento por separação cirúr- gica das aderências raramente tem sucesso. . Falha da separação do pênis e prepúcio na puberdade. . Frênulo persistente (seção 15.5). . Ruptura do corpo cavernoso do pênis. Usualmente diagnosticado mais cedo por causa do efeito sobre a libido e evidência de dor. Edema cranialmente à flexura sigmóide e escroto. . Desvioespiraldentro do prepúcio (seção 15.5). Pode ser inter- mitente dentro do prepúcio, conseqüentemente às vezes irá ocorrer movimento do pênis ereto pode ser visto e palpado dentro do prepúcio. 15.6 Impotência associada à falha na introdução O touro monta e expõe o pênis, mas é incapaz de introdução Isto pode ser devido a: . Desvio espiral do pênis (seção 15.5). O pênis normalmente espirala dentro da vagina após a introdução; se espiralar antes, esta não é possível. O pênis é defletido ventralmente e para a direita e pode se tornar uma espiral anti-horária completa. B de- vido ao deslizamento do ligamento apical dorsal do pênis. Corre- ção cirúrgica é possível (vide Bovine Surgery and Lamenesspor Weaver), mas deve ser realizada somente em touros usados para cruzamento. Pode ocorrer intermitentemente. . Desvio ventral do pênis (pênis em arco). O pênis curvado ven- tralmente sem espiralar; é devido ao ligamento apical dorsal fraco ou trauma. 131 . Frênulo persistente. Pode impedir a protusão completa ou cau- ser algum grau de desvio peniano. É devido à falha na completa separação de pênis e prepúcio na puberdade e pode ser caracte- rística herdada. . Fibropgpiloma grande. . Causas indeterminadas. O pênis parece normalmente ereto e pro- tuso mas introduções não ocorrem por dor, deficiência no apoio, disparidade no tamanho da vaca ou novilha, problemas comporta- mentais ou anormalidades neurológicas. 15.7 Introdução sem ejaculação Introdução ocorre mas o touro não impulsiona e nem ejacula (vide seção 13.3). É usualmente impossível determinar a causa precisa. Pode ser devido à dor, deficiência no apoio, problema comportamental ou anormalidade neurológica. Tratar com descanso sexual e mudança na rotina de serviço. 15.8 Redução ou falha da fertilização O touro tem libido e comportamento copulatório normal, mas não fertiliza. Detalhado exame clínico do sistema genital é necessário com coleta de sêmen e avaliação em pelo menos três ocasiões especiais com intervalo de 30 dias (seção 13.1). Causas de baixa qualidade do sêmen são: . Temperaturaambientalelevada. . Doenças intercorrentes,especialmente se há pirexia. . Estresse associado com transporte, novo ambiente e casqueamento. . Uso excessivo (seção 13.8). . Infecção do sistema genital. Pus pode ser observado noejaculado ou elevado número de leucócitos no esfregaço de sêmen, o local da infecçãopode ser o testículo, epidídimos ou vesículas seminais. A pal- pação irá usualmente revelar a mudança na consistência do órgão. Tratamento prolongado com antibioticoterapia. 132 . Mastite das glândulas mamárias vestigiais. Hipoplasia testicular. Isto é observado em touros jovens onde os testículos são pequenos e macios, embora a libido seja normal; há geralmente ejaculado azoospérmico. É possível que seja condi- ção herdada. Nãp há tratamento. . Degeneração testicular. Há histórico de fertilidade normal segui- da de declínio gradual e ultimamente falha completa para gerar bezerros. Libido normal. Testículos são pequenos, inicialmente ma- cios, tornando-se atrofiados e endurecidos. Inicialmente ejaculado pobre é obtido, com baixa densidade espermática e grande número de espermatozóides mortos e anormais; eventualmente azoospermia é total. Não há tratamento. . Doenças venéreas. Estas são improváveis em produzir efeito so- bre os espermatozóides. Palha no desenvolvimento da gestação precoce, resultado de ambiente uterino desfavorável (seções 7.7, 7.9 e 8.2). . Aplasia segmentar dos ductos de Wolff. Palha no desenvolvimento embriológico normal do sistema de ductos, o que iria permitir o transporte dos espermatozóides dos testículos. Aplasia unilateral teria pouco ou nenhum efeito na fertilidade; a bilateral resultaria no touro ser estéril já na puberdade. . Espermatozóides morfologicamente anormais. Alguns defeitos ocor- rem devido a manipulação grosseira do sêmen, outros ocorrem de- vido a falhas na espermatogênese e maturação espermática. A inter- pretação da significância de leves defeitos na morfologia espermá- tica requer opinião de especialista. 133 LEITURA COMPLEMENTAR ARTHUR, G. H., NOAKES, D. E. & PEARSON, H. (1982), Veterinarll Reproduction and Obstetrics, 5th ed., Bailliere Tindall, Eastbourne. AUSTIN, C. R. & SHORT, R. V. (1982), Reproduction in Mammals, 2nd ed., vols. 1-5. Cambridge University Press, Cambridge. COX, J. E. (1982), Surgery Df the Reproductive Tract of Large Animals. Liverpool University Press, Liverpool. EDDY, R. G. & DUCKER, M. J. (eds.) (1984), Dairy Cow Fertility. British Veterinary Association, London. ESSLEMONT, R. J., BAILIE, J. H. & COOPER, M. J. (1985), Fertility Management in Dairy Cattle. Collins Professional and Technical Books, London. HAFEZ, E. S. E. (ed.) (1980), Reproduction in Farm Animals, 4th ed. Lea & Febiger, Philadelphia. HUNTER., R. F. H. (1982), Physiology and Technology 01 Reproduction in Female Domestic Animals. Academic Press, London. McDONALD, L. E. (1980), Veterinary Endocrinology and Reproduction, 3rd ed. Lea & Febinger, Philadelphia. Ministry of Agriculture, Fisheries and Food (1984), Dairy Herd Fertility: reproductive terms and definitions, book n. 2476. Her Majesty's Stationery Office, London. Ministry af Agriculture,