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A2 E A4

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Leitura e Produção Textual – A2
Pergunta 1
O termo intertextualidade foi tão utilizado, definido, carregado de sentidos diferentes que se tornou uma noção ambígua do discurso literário; com frequência, atualmente, dá-se preferência a esses termos metafóricos, que assinalam de uma maneira menos técnica a presença de um texto em outro texto: tessitura, biblioteca, entrelaçamento, incorporação ou simplesmente diálogo. Ele apresenta, no entanto, a vantagem, graças à sua aparente neutralidade, de poder agrupar várias manifestações dos textos literários, de seu entrecruzamento, de sua dependência recíproca. A literatura se escreve certamente numa relação com o mundo, mas também apresenta-se numa relação consigo mesma, com sua história, a história de suas produções, a longa caminhada de suas origens.
SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade . São Paulo: Hucitec, 2008, p. 9.
 A Intertextualidade estabelece essa relação entre textos, no qual um texto faz referência à outra, de maneira implícita ou explícita. Como base nisso, é possível dizer que o processo de intertextualidade
	a) associa textos entre si, conectando-os por um mesmo campo semântico.
	b) conecta textos e enunciados, resgatando relações semântico-simbólicas.
	c) interliga enunciados e contextos, traçando conexões simbólicas.
	d) resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos à elementos anteriores.
	e) possibilita melhor compreensão de outros textos a luz de interpretações anteriores.
Pergunta 2
João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu
entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em dinheiro. Proprietário e estabelecido por sua conta, o rapaz atirou-se
à labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delírio de enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estopa cheio de palha.
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 2
 Com base nos termos destacados no texto, pode-se dizer que se tratam de processos de
	a) coesão referencial e sequencial.
	b) coesão referencial e sinonímica.
	c) coesão sequencial e homônima.
	d) coesão homônima e sequencial.
	e) coesão sequencial e hiperonímia.
Pergunta 3
Tome como base o texto:
 O estado de saúde do menino piorou. A família levou-o para atendimento médico. O hospital estava lotado e não havia vaga para a internação do enfermo. O processo de autorreferencialidade textual também é construído pela sequenciação inerente ao texto, ou seja, sua progressão. Qual das opções abaixo melhor transmitiria uma ideia de progressão entre as três frases do texto?
	a) mas – e
	b) pois – portanto
	c) logo – porque
	d) por isso – entretanto
	e) e – mas
Pergunta 4
O lobo e o leão
 Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à conclusão que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim fosse capaz de servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém.
No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe tomou a ovelha.
O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para si aquilo que por direito me pertence!"
O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas como o Lobo estava longe demais e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você por acaso a comprou ou, por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?"
ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1997, p. 122
 O texto acima é uma das famosas fábulas de Esopo. A fábula é uma narrativa fantástica na qual animais falam e contam uma narrativa em prol de um valor moral. Ao ler essa fábula sobre o viés da produção de enunciados significativos, pode-se dizer que o diálogo entre o leão e o lobo
	a) coloca em xeque as relações sociais do mundo dos homens.
	b) promove uma aproximação irônica entre o sistema comercial dos homens.
	c) traz uma visão diferenciada sobre a ideia de propriedade privada.
	d) promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário.
	e) repete as relações sociais que envolvem os mais fracos reclamando com os mais poderosos.
Pergunta 5
O falante não é um Adão, e por isso o próprio objeto do seu discurso se torna inevitavelmente um palco de encontro com opiniões de interlocutores imediatos (na conversa ou na discussão sobre algum acontecimento do dia-a-dia) ou com pontos de vista, visões de mundo, correntes, teorias, etc., (no campo da comunicação cultural). Uma visão de mundo, uma corrente, um ponto de vista, uma opinião sempre tem uma expressão verbalizada. Tudo isso é discurso do outro (em forma pessoal ou impessoal), e este não pode deixar de refletir-se no enunciado.
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 294.
 Bakhtin aborda a característica dialógica da linguagem, ao comparar que tudo o que falamos é em resposta a um enunciado anterior. Mas esses enunciados prévios não necessariamente precisam ser verbalizados, pois
	a) são constituídos por elementos do arcabouço sociocultural, formado pelos discursos correntes dentro de dado espaço.
	b) são organizados a partir de enunciados orais utilizados no cotidiano.
	c) são produzidos tendo como influência uma série de textos socialmente reconhecidos na sociedade.
	d) são planejados para ser discursos a serem propagados em todos os espaços e classes sociais.
	e) são desenvolvidos tendo em mente determinadas classes e grupos sociais para a manutenção de dado grupo.
Pergunta 6
Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu oficio. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.
RAMOS, Graciliano. Apud SILVEIRA, JOEL. Rio de Janeiro:Editora Mauad, 1998, p. 77
 Todo texto é produzido tendo como princípios diferentes elementos da comunicação, a intenção de quem o produz, o sentido preterido e os recursos utilizados para atingir determinado sentido. Tendo isso em mente, pode-se dizer que a comparação utilizada por Graciliano Ramos
	a) promove um distanciamento entre lavar roupa e escrever.
	b) promove uma abstração entre lavar roupa e escrever.
	c) promove uma associação entre lavar roupa e escrever.
	d) promove uma ressignificação do ato da escrita na prática de lavar roupa.
	e) promove uma crítica a quem quer escrever de qualquer forma.
Pergunta 7
A orientação dialógica é naturalmente um fenômeno próprio a todo discurso. Trata-se da orientação natural de qualquer discurso vivo. Em todos os seus caminhos até o objeto, em todas as direções, o discurso se encontra com o discurso de outrem e não se pode deixar de participar, com ele, de uma interação viva e tensa. Apenas o Adão mítico que chegou com a primeirapalavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua orientação dialógica od discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar.
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 88.
 Tomando como base a questão 22, por que Bakhtin usa a figura de “adão” como metáfora para abordar a característica intrinsecamente dialógica da linguagem?
	a) Por que Adão dava ordens, não precisava responder a ninguém.
	b) Por que Adão não tinha ninguém com quem conversar.
	c) Por que Adão não emitia enunciados.
	d) Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram resposta a outros.
	e) Por que Adão era autônomo para criar seus próprios enunciados.
Pergunta 8
O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
(ANDRADE, C.D. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2012, p. 34)
 Assinale a alternativa referente ao verso em que a conjunção estabelece relação de sentido diferente das demais.
	a) No primeiro verso, por ser uma conjunção que agrega um valor aditivo entre orações do mesmo valor sintático.
	b) No terceiro verso, por ser uma conjunção que agrega um valor repetitivo entre orações do mesmo valor sintático
	c) No terceiro verso, por ser uma conjunção que agrega um valor duplicativo entre orações do mesmo valor sintático
	d) No quarto verso, por ser uma conjunção que agrega um valor aditivo entre termos do mesmo valor sintático e classe gramatical.
	e) No quinto verso, por ser uma conjunção que agrega um valor adversativo entre termos do mesmo valor sintático e classe gramatical.
Pergunta 9
Impotência
     Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.
BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011, p. 14
 Tomando como base os elementos utilizados para construir a progressão narrativa do texto, pode-se dizer que, para que a construção da coesão e o sentido original do texto sejam mantidos, a conjunção, “mas” em “Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara” pode ser substituída por
	a) “porém”, mantendo o valor contrastivo.
	b) “por conseguinte”, assegurando a ideia de incompatibilidade.
	c) “deste modo”, indicando um fato inevitável naquela situação.
	d) “também”, dando continuidade à sequência de ações anteriores.
	e) “logo”, transmitindo uma ideia de inevitabilidade da tragédia anunciada.
Pergunta 10
Não obstante, ao lado dele a mulher roncava, de papo para o ar, gorda, estrompada de serviço, tresandando a uma mistura de suor com cebola crua e gordura podre. Mas
João Romão nem dava por ela; só o que ele via e
sentia era todo aquele voluptuoso mundo inacessível vir descendo para a terra, chegando-se para o seu alcance, lentamente, acentuando-se. Houve um silêncio, no qual o desgraçado parecia arrancar de dentro uma frase que, no entanto, era a única ideia que o levava a dirigir-se à mulher. Afinal, depois de coçar mais vivamente a cabeça, gaguejou com a voz estrangulada de soluços.
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 20
 Tendo como base a característica inerentemente intertextual da linguagem, e como esta, ao se autorreferenciar, criar mecanismos para conectar seus significados e significantes, pode-se dizer que, no texto acima, o que promove uma progressão nas ideias são
	a) os verbos.
	b) os vocativos.
	c) os nomes.
	d) os conectivos.
	e) os paralelismos.
Leitura e Produção Textual – A4
Pergunta 1
Ficava gemendo na beira do rio. Um gemido que só ele próprio ouvia, se tanto. “Por quê?”, indagariam se pudessem escutar. Mas ninguém perguntava nada àquele homem que ordenhava no escuro do estábulo. E que lá mesmo dormia. Para ele, gemer nas margens da correnteza era tão natural quanto olhar a igreja na praça. Via pessoas limpando, varrendo. Pareciam querer espelhar os ambientes no prateado do rio. Entrou na água como se procurasse interromper a mania de olhar. Veio uma coisa mais pesada do que nuvem. A pálpebra da Lua. Que desceu. NOLL. Zé na Margem. 1999.
 O ser humano produz textos que lhe são significativos, dentre os quais, narrativos. Mesmo numa época de produção midiática e hipertextual, ainda nos prendemos a construção de narrativas, pois são uma forma de
a) organizar dados, catalogando-os.
b) expor dados, padronizando-os.
c) reunir dados, ressignificando-os.
d) reunir dados, como armazenando-os.
e) expor dados, descontruindo-os.
Pergunta 2
Pode-se conceber uma história da leitura da maneira mais simples, enquanto mero relato da progressão cronológica das obras escritas. Essa acepção, ainda que singela, impõe de imediato certas condições; a primeira é a de existir a escrita, reconhecida pela sociedade enquanto um de seus possíveis meios de comunicação; outra, é a de obras produzidas terem se tornado públicas, vale dizer, socializadas. Da sua parte, essa socialização decorre de algumas providências, como a de possibilitar o acesso à escrita por parte dos membros da sociedade, o que implica também o estabelecimento de uma instituição encarregada de fazê-lo: a escola, que, de seu lado, carece de pessoal qualificado para desempenhar a tarefa de decodificar letras e alfabetizar - o que corresponde à leitura. 
ZILBERMAN, Regina. A Leitura no Brasil: sua história e suas instituições. Disponível em: < https://www.unicamp.br/iel/memoria/projetos/ensaios/ensaio32.html >
Produzir conhecimento implica em realizar leituras. Entretanto, vivemos em meio a tentativa de moldar de novo uma geração mais reprodutora que criadora, que resume sua prática de leitura a uma série de recortes de informações, sem uma apreensão crítica. Mas, como aponta o texto de Zilberman, ler significa, também, a possibilidade de ler. No nosso cotidiano, isso implica um aporte didático do ato da leitura que seja:
a) instintivo, voltado para a dimensão técnica do enunciado.
b) lúdico, voltado para a dimensão ampla e plural do texto.
c) espontâneo, voltado para a dimensão imediata do conteúdo.
d) intimista, voltado para a dimensão da percepção individual.
e) técnico, voltado para a dimensão racional da leitura.
Pergunta 3
Em solo brasileiro, eles têm dinheiro e fama, espécie de blindagem que costuma inibir as manifestações mais explícitas de preconceito racial. Mas no anonimato do voo 951 da American Airlines , que ia de Nova York ao Rio de Janeiro no dia 16 de novembro, o músico Dudu Nobre e sua mulher, a modelo e atriz Adriana Bombom, disseram ter sido alvo de discriminação associada à cor da pele. Os artistas acusam os comissários de bordo da empresa aérea de ofensas, injúrias preconceituosas e lesão corporal e pedem R$ l milhão de indenização por danos morais. Eles alegam ter sido chamados de “macacos”, entre outros xingamentos, na frente de suas duas filhas, de seis e cinco anos, e dos demais passageiros. “O constrangimento de ter sido xingado de macaco, junto com minha mulher, e chamado para brigar na frente de minhas filhas é inesquecível”, desabafa Dudu, que se diz disposto a lutar incansavelmente pela punição dos responsáveis. “Se acontece conosco, imagina com quem não aparece na mídia”, completou Adriana. O incidente aconteceu exatamente na semana em que se celebra o Dia da Consciência Negra, quinta-feira 20.
CABRAL, Renata. Músico Dudu Nobre afirma ter sido vítima de preconceitoao voltar dos Estados Unidos. ISTOÉ – ano 31, nº 2038.
 Embora a reportagem apresente dados, informações, dados e registros, o motivo dela estar estruturada no formato narrativo dá-se pelo fato de o texto, organizado dessa maneira:
a) salientar mais as personagens do que os acontecimentos em si.
b) especificar o caráter racial do narrado, ampliando a identificação além dos brasileiros.
c) possibilitar ao leitor compreender uma sequência de eventos de maneira organizada.
d) retirar o foco dos cantores e os contextualizar com todo um ambiente sociocultural.
e) enfatizar o cenário que serve de palco à tais acontecimentos.
Pergunta 4
O indivíduo não desenvolve a habilidade da leitura, mas sim a capacidade de estabelecer relações de significado, socialmente e culturalmente. Ele o faz identificando, reconhecendo, comparando, analisando e interpretando os códigos que lhe chegam, ou seja, o processo de intertextualidade.
DARNTON, Robert. História da leitura. São Paulo: Editora Unesp, 1992, p. 18.
 O leitor cotidiano encontra várias formas de comunicação: sua leitura é colaborativa. Todo o texto com que trava contato contribui para produção de sentido, mesmo quando não lhe é perceptível. Isso ocorre devido ao fato de que esse leitor constrói uma
a) combinação entre informações, cabendo-lhe selecionar posteriormente aquilo que lhe é mais útil.
b) oposição entre os textos mais relevantes e as ideias a eles contrárias.
c) comparação entre os textos mais significativos, tornando-os essenciais para sua formação.
d) relação entre os textos lidos, ressignificando-os a cada nova leitura.
e) diferenciação entre os textos anteriores e atuais, ignorando o que não lhe é significativo.
Pergunta 5
 [Os] gêneros textuais emergentes possibilitaram a redefinição de alguns aspectos centrais na observação da linguagem em uso.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Língua Portuguesa em debate. Conhecimento e Ensino . Rio de Janeiro, Editora Vozes, 2002, p. 99.
 Há toda uma relação entre a renovação dos gêneros textuais e a produção científica cotidiana. Mas em que medida é possível dizer que o texto científico, o qual existe há séculos, pode também ser considerado, nos dias de hoje, um gênero emergente?
a) Por renova-se a partir do momento em que novas gerações fazem uso das suas possibilidades.
b) Por reestruturar-se de acordo com seu potencial de distribuição, sendo utilizado em jornais e revistas.
c) Por refundar-se a partir do momento em que se alimenta de dados informais, como os das enciclopédias digitais livres.
d) Por buscar se adaptar aos novos meios de divulgação, sendo utilizado em jornais e revistas.
e) Por reinventa-se a partir do momento que precisa se adaptar às novas linguagens e meios de propagação.
Pergunta 6
A rinite é uma inflamação da mucosa nasal podendo ter uma causa alérgica em cerca de dois terços dos casos. A predisposição genética é decisiva. Fatores não alérgicos também podem precipitar e/ou agravar as rinites: poluição, fumaça de cigarro, odores fortes, ar frio, resfriados, mudanças climáticas, entre outros. O diagnóstico é realizado por meio de história clínica incluindo a predisposição familiar, exame direto das cavidades nasais (rinoscopia anterior), testes alérgicos cutâneos e/ou testes sanguíneos para detecção de anticorpos alérgicos IgE específicos (RAST). A rinite alérgica é fator de risco para asma. Cerca de 78% dos pacientes com asma têm rinite alérgica.
BEZERRA, Maria Auxiliadora; DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel (orgs). Gêneros textuais e ensino . Rio de Janeiro: Lucerna, 2007, p. 23.
 Observe como os pesquisadores organizam os dados para descrever um estado de saúde. Pode-se dizer que, de acordo como o texto é apresentado, constitui-se uma narrativa científica porque
a) lança dados diversificados e os condensa em uma explicação.
b) reúna dados dispersos e os organiza em uma explicação.
c) sequencia dados específicos e os estrutura em uma explicação.
d) condensa dados específicos e os hierarquiza em uma explicação.
e) aponta dados desconexos e os dão causalidade por meio de uma explicação.
Pergunta 7
Esses gêneros textuais que emergiram no último século no contexto das diversas mídias criaram formas comunicativas próprias com um certo hibridismo que desafia as relações entre a oralidade e a escrita e inviabiliza de forma definitiva a velha visão dicotômica ainda presente de ensino de língua.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Língua Portuguesa em debate. Conhecimento e Ensino. Rio de Janeiro, Editora Vozes, 2002, p. 87.
Os gêneros textuais são definidos de acordo com a função social exercida por determinado texto. Nas últimas décadas, as novas relações estabelecidas com os usos da linguagem, mediadas pelas novas tecnologias, deram margem para que novas formas de texto aparecessem. Foi assim que, por exemplo, e-mails, mensagens instantâneas, videoconferências e etc, passaram a fazer parte do cotidiano de grande parte das pessoas. Isso também se aplica, principalmente, aos gêneros textuais acadêmicos, os quais estão disponíveis em
a) periódicos digitais para serem lidos por todos, livremente.
b) bancas de jornal especializadas para serem lidos por todos, livremente.
c) bancas de jornal para serem lidos por todos, desde que paguem uma taxa.
d) todas as bibliotecas para serem lidos por alunos, livremente.
e) periódicos digitais para serem lidos por alunos, desde que paguem uma mensalidade.
Pergunta 8
Todo texto presume, então, uma espécie de leitor empírico, presumível para todo e qualquer texto literário. Leitor por que é para ele que é direcionado, presumível na medida em que o autor trava um diálogo com o indivíduo que será seu “alvo”, uma imagem não física, mas prevista.
ECO, Umberto. Seis passeios pelo bosque da ficção . 2004, p. 17.
 Ao nos apropriarmos da metáfora de Umberto Eco, para o qual o texto pode ser comparado a um bosque e, por isso, possui um leitor específico que adentra nele. As características demandadas ao leitor de um texto técnico compreende, assim, o domínio de determinados termos:
a) limitados a uma especialização teórica própria ao recorte de conhecimento designado em cada texto.
b) possibilitando que este reconfigure a seu gosto alguns sentidos.
c) permitindo que este possa adentrar o texto indiferente ao seus campos do saber.
d) tendo assim a capacidade de compreender um jargão, categoria ou conceito específico.
e) demandando uma competência sólida em vários campos do saber.
Pergunta 9
O texto pode ser considerado o próprio lugar da interação e da constituição dos interlocutores. (...) Nessa perspectiva, o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeitos e não algo que preexista a essa interação. A leitura é, pois, uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos.
KOCH, I. ELIAS, V. Ler e compreender: os sentidos do texto . São Paulo: Contexto, 2006, p. 10-11.
 Há toda uma literatura que aponta para a relação entre o texto e o sujeito, ou seja, num espaço interacional. Isso significa dizer que o sentido de um texto é produzido:
a) pela mera tentativa de se realizar na interação.
b) considerando a possibilidade dessa interação ocorrer.
c) padronizando a interação e excluindo variantes.
d) antecipando a interação, ainda só se consagre posteriormente a ela.
e) antes dessa interação, nela se concretizando.
Pergunta 10
Havia um sol abrasador no céu, e ela surgiu com um copo de água fresquinha para mim. Daí, veio uma região fria e escura, e ela surgiu de novo com luz e cobertas. Daí, eu me cansei, e ela trouxe folhas para que eu me deitasse. E até me acariciou antes que eu dormisse... Daí, eu acordei e havia frutas maravilhosas deixadas por ela... E eu adorei tudo aquilo. Sentia-me nas nuvens! E esse estado de sonho, essa alegria... eu devia a ela. Só a ela! E eu quis que isso durasse para sempre. E passei a respirar o ar que ela respirava, olhar pelos seus olhos, beber pela sua boca. E isso foi bom. Até que um dia... uma fruta que nunca... nem nunca comi...
A fruta era uma delícia. Não sobrou nada e, naturalmente, quando ela chegou com as frutasde sempre, eu estava saciado. E eu conheci, então, uma mulher irada. Sim, ela queria que eu continuasse respirando só do seu ar, comendo só de seus frutos, bebendo só de sua água.Tudo isso muito bom! Mas e os outros ares, frutos e águas do mundo? E eu me dei conta de que também gostaria de que ela só respirasse o meu ar, comesse dos meus frutos e bebesse de minha água. Assustou-me a descoberta do egoísmo do amor. Mas todos os amores seriam assim? Ou só a primeira e arrebatadora paixão? O amor amadurece? Eu não queria ser destruído... ou destruir. E fui embora. Hoje eu me lembro dela e de tudo que vivi como um sonho. Um sonho bom, mas com gosto de saudade. Antes assim, Daqui a algum dia conhecerei outra e espero estar amadurecido para respirarmos, juntos, o ar de todas as outras criaturas.
Souza, Maurício de. Raposão . Revista da Mônica, jul.1982. nº 147.
 Um texto, como um todo de sentido, é construído na medida em que produz, constrói, organiza, delimita e opta por determinados sentidos a serem produzidos. Essa seleção é feita por meio dos mecanismos constitutivos do sentido de um texto, os quais, por sua vez, delimitam sua interpretação. Como base nas opções lexicais feitas pelo autor do texto acima, pode-se dizer que se busca transmitia ideia de
a) arrependimento, uma vez que o narrador deixa claro seu desapontamento com as escolhas realizadas.
b) perplexidade, uma vez que transmite um sentimento por parte do narrador com relação às escolhas feitas.
c) epifania, já que o acontecimento no passado remete a um momento de descoberta que mudaria sua vida.
d) saudosismo, visto que as escolhas lexicais utilizam recursos que apontam para um tempo passado, saudoso.
e) revolta, visto que as escolhas lexicais apontam para um sentimento de indignação frente às escolhas feitas.
Infância na História e Cultura – A2
Pergunta 01
Analise o excerto a seguir.
“Não se pode conhecer toda a cultura de um grupo ou povo, senão aspectos dela, e nisto reside o desafio no campo do conhecimento tanto quanto no campo das práticas sociais. Nisto reside o desafio de compreendermos que se faz necessário, não apenas estarmos sensíveis à questão da diferença, mas, também e sobretudo, que não sejamos mais analfabetos nas muitas linguagens do social, de modo a fazer-lhes as leituras expressas por suas múltiplas falas, imagens, movimentos etc.” 
(GUSMÃO, N. M. M. Linguagem, cultura e alteridade: imagens do outro. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 107, p. 41-78, jul. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cp/n107/n107a02.pdf>. Acesso em: 22/12/2017. p. 44.)
 Considerando o que você entendeu sobre a Sociologia da Infância e todo esse novo campo de estudo sobre a criança, assinale a alternativa correta:
a) O projeto básico da Sociologia da Infância é a busca por ordem, pureza e determinação de excluir a ambivalência e, mais precisamente, a dicotomia entre o ser e estar criança, de forma que os estudiosos da educação compreendam as crianças em todas suas particularidades.
b) A Sociologia da Infância é um campo relativamente novo de conhecimento que surgiu com a tarefa de investigar a criança a partir dela mesma, respeitando a especificidade temporal e histórica da criança a partir de sua ação reguladora.
c) Com o intuito de estudar sistematicamente a criança, a Sociologia abriu-se a um novo campo de conhecimento, a Sociologia da Infância, que, a partir de novas práticas de monitoração, procura entender a criança em momentos específicos laboratoriais.
d) A Sociologia da Infância é um campo relativamente novo de conhecimento que surgiu com a tarefa primeira de assinalar o enfraquecimento das fronteiras entre a infância e a idade adulta a partir da atenta observação das especificidades de adultos e crianças.
e) A Sociologia da Infância é um campo relativamente novo de conhecimento que surgiu com a tarefa primeira de estudar a infância dentro das ciências sociais, buscando compreender a condição social da infância e as relações das crianças com os adultos e entre seus pares, valorizando a subjetividade delas.
Pergunta 02
Observe a imagem a seguir:
A imagem mostra uma criança dizendo à mãe que quer aprender a ler e escrever e a mão, maltrapilha e carregando outro filho no colo, diz ao garoto que pare com suas manias de grandeza 
a) A criança tem direito à infância e esse direito é garantido todas as vezes em que a criança brinca.
b) A criança deve ter direito à infância, mas não à educação. Por isso, na charge, a mãe critica a criança.
c) A criança deve ter direito à educação e à infância. Os dois direitos, contudo, não estão ligados e são universalmente garantidos.
d) A criança tem direito à educação, mas não à infância, que se trata de um constructo social imaginário.
e) A criança tem direito à infância e à educação, direito esse que muitas vezes não é garantido por conta de sua invisibilidade social.
Pergunta 03
Nas últimas décadas, ao pensarmos em conceitos como os de infância e de criança à luz de estudos recentes ligados à chamada “sociologia da infância”, podemos afirmar que acontecimentos históricos, sociais e culturais ocorreram e possibilitaram o surgimento destas ideias nos moldes como as concebemos na contemporaneidade. Sobre as contribuições desta área de estudos em relação a esses dois conceitos, é correto afirmar que:
a) O ser criança corresponde a características estritamente biológicas, enquanto o ter infância liga-se majoritariamente a aspectos psicologizantes.
b) O ser criança e a infância só podem ser percebidos por uma perspectiva mais globalizante que os posicione dentro de um cenário mais dinâmico entre todos os atores sociais.
c) O ser criança corresponde a ciclos biológicos delimitados, sendo que a infância relaciona-se a um período próprio que varia da faixa etária de zero a nove anos de idade.
d) Apesar dos avanços da sociologia da infância, o fato dos dois conceitos serembiologicamente determinados impossibilita a superação de uma visão adultocêntrica da pedagogia.
e) Ainda que esta sociologia defenda a existência de múltiplos modos de ser criança e de viver a infância, esta pluralidade ainda permanece condicionada à biologia e à psicologia.
Pergunta 04
Observe o quadro a seguir:
“A família” de Tarsila do Amaral, obra pintada em 1925, em que se observa a imagem de uma família tradicional da zona rural do interior com alguns objetos e animais.
Trata-se de “A família” de Tarsila do Amaral (1925). Filha de fazendeiros, a pintora nasceu e passou sua infância na fazenda de sua família e, claramente, muitas de suas obras refletem as vivências e interações daquele momento de sua vida. Nesse sentido,em relação ao papel da interação social na infância, pode-se dizer que:
I – a criança recebe a influência consciente ou não de conceitos, ideias, pensamentos e atitudes e cria os seus próprios desde os primeiros grupos sociais em que participa.
II – a criança recebe a influência consciente ou não de conceitos, ideias, pensamentos e atitudes mas só consegue criar os seus próprios quando adentra na fase escolar.
III – a criança se relaciona com as gerações anteriores de maneira passiva,já que aquelassãoas responsáveis pela transmissão e criação de cultura, costumes e valores.
IV – a criança se constitui a partir da relação de troca que estabelece com as outras gerações, criando seus próprios entendimentos e concepções sobre o mundo.
Com base no material estudado nesta unidade, é correto o que se afirma em:
a) II e III
b) II e IV
c) I e IV
d) I, III e IV
e) I e II
Pergunta 05
As crianças vivem suas vidas como parte de um grupo social – a geração –, que por sua vez, faz parte de uma estrutura social mais ampla: a sociedade. Nesse âmbito, a infância pode ser reconhecida como a fase de descobertas do indivíduo, um período em que a criança, desde que nasce, é apresentada e inserida em um grupo cultural, com costumes e ideias específicas do contexto em que vive.
 Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I) A infância refere-se a uma determinada classe de idade, porém revestidapelo conceito de geração, num viés histórico e também relacional, na diferenciação com as outras classes de idade, ou seja, outras gerações.
Porque
II) A infância é considerada uma categoria geracional de caráter relacional, pois é histórica e socialmente construída, por meio da participação das crianças em suas culturas e de sua geração com as dos adultos, instâncias mutuamente entrelaçadas.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As asserções I e II são proposições falsas.
b) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
c) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
d) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
Pergunta 06
Julia é professora de Ensino Infantil e trabalha em uma escola que se diz inovadora e preocupada com a formação da criança como ser que está em processo de criar e entender conceitos, ao mesmo tempo que lida com condições já impostas anteriormente. Em uma reunião pedagógica, a coordenadora solicita que a professora apresente seu trabalho com os alunos através de um artigo para ser enviado a um congresso de Pedagogia. Julia, que leciona em duas turmas, apresenta então um relatório preliminar para a coordenadora com a seguinte definição: "a construção de conceitos e habilidades de uma criança passa, necessariamente, por seu entorno social, assim, a escola é local apropriado para que as crianças estabeleçam vínculos". Autores como Martins Filho (2013) concordam com essa definição e dizem que ela deve ser levada em conta ao se elaborar o currículo escolar.
Assinale a alternativa que justifica a posição de autores como Martins Filho e de Julia, nossa personagem do case em questão.
a) A proposta pedagógica deve levar em consideração os conhecimentos prévios e os saberes trazidos pelas crianças, considerando-se seu contexto social e cultural.
b) Para prevenir que a criança construa conceitos errôneos, devemos priorizar o ensino individualizado, sem o contato com outras crianças.
c) O currículo escolar deve priorizar a criação de situações de aprendizagens nas quais as crianças, a partir dos conhecimentos adquiridos em seu meio social, poderão ampliar e reconstruir conceitos e habilidades.
d) O currículo deve ser planificado pensando na visão dos adultos sobre o que as crianças devem aprender. Deve-se priorizar a experiência acadêmica, a obediência e a reprodução do conteúdo estabelecido.
e) A interação entre diferentes gerações não deve ocorrer. Trata-se de uma proposta que pode ser prejudicial para a criação de situações de aprendizagem nas quais as crianças possam ampliar seus conceitos e habilidades.
Pergunta 07
Observe a imagem e, em seguida, assinale a alternativa que melhor a explica:
Tirinha que mostra uma senhora com uma criança no colo no consultório médico; ela diz ao doutor que a criança corre e grita excessivamente – o médico diz que é grave e que deve medicar a criança para que se torne um deles, ou seja um boneco (no último quadrinho o médico é retratado como um boneco de corda)
Na contemporaneidade, procuramos enxergar a criança cada vez mais como um pequeno adulto, ou seja, como um ser que precisa se tornar capaz de seguir regras uniformes e de produzir de forma considerável na sociedade para que se torne efetivamente significativa nas discussões tanto da pedagogia quanto da legalidade e da sociologia.
Não existem questões ligadas ao comportamento sendo retratadas na charge. O que vemos é o surgimento, na contemporaneidade, da consciência de que existem doenças específicas ligadas à infância que precisam ser combatidas de forma eficaz e radical, para que não se tornem uma questão social.
Na contemporaneidade, estimulamos as crianças a buscar por sua infância. A charge nos mostra que, muitas vezes, essa busca precisa ser incentivada a partir da utilização de medicamentos que estimulem as crianças a brincarem, se expressarem e experimentarem o mundo ao seu redor de forma lúdica e criativa.
Na contemporaneidade, entendemos que a criança não deve ser livre para construir sua própria história. Torná-la agente do próprio conceito de infância pode ser prejudicial para seu desenvolvimento acadêmico, que deve ser sempre a prioridade, inclusive de pedagogos e legisladores que estejam discutindo a questão infantil em sua totalidade.
Na contemporaneidade, se por um lado tendemos a discutir a criança e seu direito à infância, tornando-a a agente na construção do próprio conceito, por outro, temos também a tendência a ver essas mesas crianças, muitas vezes, sendo levadas à mecanização dos comportamentos, o que, paradoxalmente, implica em “pasteurizar” o comportamento infantil.
Pergunta 08
Manoel por Manoel:
 “[...] Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com as coisas que comparação. Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um orvalho e sua aranha, de uma tarde e suas garças, de um pássaro e sua árvore. Então eu trago das minhas raízes crianceiras a visão comungante e oblíqua das coisas. Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina. É um paradoxo que ajuda a poesia e que eu falo sem pudor. Eu tenho que essa visão oblíqua vem de eu ter sido criança em algum lugar perdido onde havia transfusão da natureza e comunhão com ela. Era o menino e os bichinhos. Era o menino e o sol. O menino e o rio. Era o menino e as árvores. [...]”
 BARROS, M. de. Memórias inventadas: As Infâncias de Manoel de Barros. São Paulo: Planeta do Brasil, 2010. p. 187.
 A partir dos seus conhecimentos sobre as diversas formas de viver a infância, analise as questões a seguir:
 I. ( ) As infâncias são vividas das mais diversas formas, dependendo dos contextos sociais e culturais; assim, não há apenas um tipo de criança ou um tipo de infância
 II. ( ) As crianças produzem cultura a partir daquilo que vivenciam e aprendem no grupo cultural em que nascem, nas conversas com as pessoas com quem convivem, brincando com outras crianças
 III. ( ) A infância pode ser reconhecida como a fase de descobertas do indivíduo, um período em que a criança, desde que nasce, é apresentada e inserida em um grupo cultural, com costumes e ideias específicas do contexto em que vive.
 IV. ( ) A infância é considerada uma categoria geracional de caráter relacional, pois é histórica e socialmente construída, através da participação das crianças em suas culturas e geração com as dos adultos, instâncias mutuamente entrelaçadas.
 V. ( ) Apesar do conhecimento sobre a existência de diversas formas de viver a infância, pode-se considerar que, até dois anos de idade, período em que as crianças começam a falar, a forma como elas enxergam o mundo é muito parecida, pois são muito pequenas para estabelecerem relações complexas.
 Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) V, V, F, V, F
b) F, F, V, F, V
c) F, F, F, V, F
d) V, V, V, V, F
e) V, V, F, F, V
Pergunta 09
Observe a imagem a seguir:
A imagem mostra duas crianças correndo em direção opostas: uma em direção ao brinquedo e outra, à comida – brinquedos e comidas fogem voando das crianças.
Podemos afirmar que a charge traz uma crítica à questão da realidade da infância. Assinale a alternativa que traz essa crítica:
a) Não discutimos questões importantes sobre a criança, como, por exemplo, seu desenvolvimento acadêmico ou seus direitos. Estamos, atualmente, presos em discussões sobre questões práticas e biológicas.
b) As questões biológicas ligadas ao tema da infância têm recebido maior destaque entre as discussões sobre crianças, deixando-se de lado a questão das brincadeiras e das tecnologias.
c) Embora tenhamos discussões importantes a respeito da criança e de seu desenvolvimento e seus direitos, a realidade infantil, em vários espaços é de mergulhos tecnológicos que não deixam espaço para as brincadeiras mais tradicionais.
d) Embora tenhamos discussões importantes arespeito da criança e de seu desenvolvimento e seus direitos, a realidade infantil, em vários espaços é a de que, mais do que brincadeiras, falta comida.
e) Embora tenhamos discussões importantes a respeito da criança, não falamos sobre seu desenvolvimento e seus direitos, então, conseguimos enxergar a realidade: todas as crianças têm acesso a alimentos e o que precisamos garantir é seu acesso à brincadeira.
Pergunta 10
Observe o texto a seguir, retirado do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Das Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
 BRASIL. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente, Brasília,DF, jul 1990. Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 23 feb. 2018.
 O trecho apresenta uma definição muito clara do que seria uma criança. Essa definição:
a) é uma formulação jurídica da definição de criança e, portanto, amplamente aceita pelos pedagogos e demais profissionais que pesquisam sobre a infância.
b) é de uso corrente entre os teóricos da infância e apresenta um fato incontestável, o de que há limites exatos temporais para definir a criança.
c) apresenta a criança como ser que entende e cria conceitos, uma vez que nasce dentro de uma cultura e já é atuante dentro dela.
d) está restrita ao fator etário, não levando em conta o desenvolvimento psicológico e social da criança.
e) leva em consideração que, hoje, o entendimento de criança, segundo os teóricos da área, está ligado ao desenvolvimento emocional e os relacionamentos que ela estabelece ao seu redor.
Infância na História e Cultura – A4
Pergunta 1
Leia o texto a seguir:
O brincar na Educação Infantil e series iniciais, tem sido objeto de estudo, sendo sempre levando em conta a grande importância que há em momentos em que as crianças brincam e assim tem o seu desenvolvimento cognitivo cada vez mais ampliado. A atividade em que a brincadeira está presente torna o ambiente da aprendizagem bem mais enriquecedor, pois o ato de educar não está restrito simplesmente a um quadro de escrever e uma carteira onde o aluno fica sentado, vai muito além da transmissão de conhecimento. Segundo Aranha (2006) “A educação não é a simples transmissão da herança dos antepassados para as novas gerações, mas o processo pelo qual também se torna possível a gestação do novo e a ruptura com o velho”.
Disponível em <https://pedagogiaaopedaletra.com/a-importancia-de-brincar-na-educacao-infantil/>. Acesso em 5 de março de 2018.
Para a criança, o brinquedo:
a) O brinquedo facilita a apreensão da realidade e deve sempre ser entendido como um produto. Exige movimentação física, envolvimento emocional, além do desafio mental que provoca.
b) O brinquedo facilita a apreensão da realidade e é muito mais um processo do que um produto. Exige movimentação física, envolvimento emocional, além do desafio mental que provoca.
c) O brinquedo não facilita a apreensão da realidade e é muito mais um processo do que um produto. Exige movimentação física, envolvimento emocional, além do desafio mental que provoca.
d) O brinquedo não possibilita a emergência de comportamentos espontâneos e improvisados, ele é a essência da infância, veículo do crescimento, um meio extremamente natural que possibilita à criança explorar seu mundo, possibilitando as descobertas, o entendimento, conhecer os seus sentimentos, suas ideias e sua forma de reação.
e) O brinquedo atrasa o desenvolvimento psicopedagógico da criança, na medida em que a afasta da realidade que a cerca e fornece, assim, escapes que devem ser combatidos.
Pergunta 2
Leia a afirmação.
As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família (TNS/InterScience, outubro de 2003). Carros, roupas, alimentos, eletrodomésticos, quase tudo dentro de casa tem por trás o palpite de uma criança, salvo decisões relacionadas a planos de seguro, combustível e produtos de limpeza que têm pouca influência dos pequenos.
Disponível em <http://criancaeconsumo.org.br/consumismo-infantil/>. Acesso em 5 de março de 2018.
Seguindo está lógica, é correto afirmar que:
a) as crianças são um alvo importante porque escolhem o que eles mesmos compram e são tratadas como consumidores mirins, além de serem impactadas desde muito jovens tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é praticamente imposto.
b) as crianças são um alvo importante, não apenas porque escolhem o que seus pais compram e são tratadas como consumidores mirins, mas também porque impactadas desde muito jovens tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é praticamente imposto.
c) as crianças são um alvo importante, já que são sempre elas que decidem as compras a serem realizadas pela família; além disso, essa relação não depende de classe social, vez que, mesmo entre as famílias mais pobres as crianças têm acesso aos produtos ofertados ao mercado infantil.
d) crianças não tem poder nenhum de influenciar nas compras que ocorrem em suas casas e a publicidade não direciona seus esforços para encantar os pequenos.
e) as crianças mandam em seus lares e, portanto, controlam o orçamento financeiro de suas casas, dominando os seus pais e, assim, decidindo todas as compras da casa.
Pergunta 3
Observe a figura a seguir:
Quadro de crianças brincando de gangorra em uma paisagem rural
Sobre ela, leia as seguintes assertivas:
I. Entende-se que o brincar é mais do que momento de diversão para a criança, mas é forma de entendimento e ressignificação. Através da brincadeira, as crianças estabelecem relações, criam e vivem papéis sociais na tentativa de entender o mundo à sua volta e criar sobre ele.
II. Porém, esse entendimento é recente, até bem pouco tempo atrás, o brincar era reconhecido como passatempo, forma simples de interação, tempo perdido.
Podemos dizer que:
a) I e II estão corretas e II explica I
b) I e II estão corretas e I justifica II
c) Apenas I está correta, embora I e II tenham ligação com a imagem.
d) I e II estão corretas, mas não têm ligação com a imagem.
e) I e II estão corretas, mas II nega I
Pergunta 4
Os concursos de beleza mirins são uma realidade comum em alguns lugares. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem vários programas de televisão voltados para esse mundo. O mais famoso deles, Toddlers and Tiaras, recebe, constantemente atenções e críticas. Observe as imagens a seguir, retiradas de momentos desse programa: 
Duas pequenas misses. Uma usa um vestido vermelho longo, com seios e glúteos falsos e peruca loira platinada; a outra, roupa justa e excesso de maquiagem.
Assinale a alternativa que traz, a partir das imagens, a crítica mais provável a ser feita:
a) Há, nas imagens, uma clara valorização da infância. As críticas, então, parecem bastante infundadas e se baseiam, provavelmente, em teorias pouco aceitas dentro da academia.
b) Há, nas imagens, uma clara valorização da manutenção da infância para além dos anos biológicos dessa fase. Vemos, na segunda imagem, uma jovem adulta que, claramente procura se passar por criança.
c) Há, nas imagens, uma clara valorização de roupas que são associadas ao gênero masculino, o que leva todo um grupo da sociedade a questionar a construção dessas categorias.
d) Há, nas imagens, uma clara valorização do espaço do feminino. As críticas, então, provavelmente vêm de grupos machistasque não permitem que as mulheres construam suas próprias escolhas.
e) Há, nas imagens, uma clara erotização precoce das crianças: Na primeira imagem, vemos, inclusive, a pequena garota com seios e glúteos falsos, destacando “curvas” associadas à vida adulta.
Pergunta 5
Observe a imagem a seguir:
Uma criança assiste à TV. Na tela, várias imagens de produtos alimentícios de baixo valor nutricional, coloridos e com referências à infância.
Nela, vemos uma das questões mais complexas ligadas à infância contemporânea: a da obesidade infantil.
Assinale a alternativa que traz uma explicação para a ligação que se pode estabelecer entre imagem e o tema proposto:
a) Crianças são consumidores potenciais. Propagandas voltadas a crianças que associam alimentos não saudáveis a brinquedos, cores e diversão tendem a aumentar o desejo do consumo e o consumo em si desses mesmos alimentos, o que leva (quando atrelado ao sedentarismo e o descontrole do consumo) à obesidade infantil.
b) Crianças não podem ser alvo de propagandas. Não existem propagandas feitas exclusivamente para elas. O que vemos são adultos que se sentem na obrigação de consumir para seus filhos produtos que não existiam em outros tempos. Nesse sentido, a obesidade infantil é causada exclusivamente pela ação da família.
c) Crianças são consumidores em potencial. A imagem nos mostra que elas são plenamente capazes de julgar propagandas de alimentos a partir de seus valores nutricionais e não pelo viés das cores, da brincadeira e da diversão. Nesse sentido, podemos dizer que não há associação com a obesidade infantil.
d) Crianças tendem a serem mais críticas em relação às propagandas, escolhendo consumir apenas aquilo que entendem que seja benéfico para sua saúde. Essa crítica e a prática de exercícios, combatendo o sedentarismo, leva à uma associação inversamente proporcional à obesidade infantil.
e) Crianças não são consumidores em potencial. A imagem nos mostra que, não importa quanto associemos diversão, brincadeiras e cores aos alimentos, a criança não desenvolve o desejo de consumi-los. Logo, não podemos dizer que há relação entre a imagem e a questão da obesidade infantil.
Pergunta 6
Observe a imagem a seguir:
Tirinha de Armadinho sobre hora para ser criança
Sobre ela, podemos dizer que:
a) Traz uma defesa das escolas que aboliram o currículo escolar tradicional e focam sua organização cotidiana ao redor do brincar, desde o Ensino Infantil até o Ensino Fundamental II.
b) Traz uma crítica à tendência de alguns círculos sociais contemporâneos de focar-se no oferecimento de atividades de várias naturezas à criança, sempre de forma regrada e organizada, podando, dessa forma, o espaço da brincadeira criativa e da vivência infantil mais livre.
c) Traz uma crítica à tendência de alguns círculos sociais contemporâneos de focar na discussão sobre a necessidade de brincar o tempo todo, deixando de lado questões de responsabilidade, o que ajuda a compreender a falta de limites da infância de hoje.
d) Traz uma defesa das escolas que se organizam em tempo integral, voltando-se cada vez mais às atividades acadêmicas que ofereçam vantagens às crianças no futuro. Entende-se que o brincar deve ser secundário.
e) É um retrato neutro a respeito das diferentes concepções de infância que existem nos dias de hoje: apresenta dois lados da moeda e coloca para o leitor a decisão de formar sua opinião.
Pergunta 7
Observe a imagem a seguir:
Criança brincando na areia em um parquinho
Podemos afirmar que “a brincadeira é um processo de relações da criança com o brinquedo, com outras crianças e com os adultos, portanto, um processo de cultura” (PORTO, 1998, p. 189).
a) Quando a criança está brincando na escola, não é fundamental a mediação do professor, pois o brincar deve ser livre para a criança criar. 
b) As brincadeiras possibilitam a compreensão da realidade por meio da representação simbólica do ato de brincar. 
c) O brinquedo não tem grande influência no desenvolvimento das crianças, já que essa atividade não possibilita uma bagagem cultural que resultará na formação do futuro adulto. 
d) Os professores não precisam discutir sobre o brincar no universo escolar, pois a criança já brinca em casa com os familiares.
e) A criança não imagina situações enquanto brinca, pois não é importante criar, inventar, pois, todas as suas criações não possuem base em sua realidade.
Pergunta 8
Leia o texto a seguir:
Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou uma das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconsequente.
As crianças, que vivenciam uma fase de peculiar desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves consequências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. Nesse sentido, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral.
Disponível em <http://criancaeconsumo.org.br/consumismo-infantil/>. Acesso em 5 de março de 2018.
Sobre o consumismo infantil podemos afirmar que:
a) obesidade e consumo não estão ligadas.
b) o consumo é uma boa forma de combater a obesidade.
c) crianças não influenciam seus pais nas decisões de compra.
d) crianças não são consumidores em potencial.
e) o consumo está diretamente ligado à obesidade.
Pergunta 9
Observe a imagem a seguir:
A imagem traz um garoto obeso, sentado no chão, nu, se alimentando
Esse é Arya Permana, que, em 2016, aos 10 anos de idade, era considerado a “criança mais gorda do mundo”, com 188 kg. Na época, Arya, que havia parado de ir à escola por conta de seu peso, ingeria dois pratos (macarrão, almôndegas ou mingau) cinco vezes por dia. Ele havia recém iniciado uma dieta, composta por arroz vermelho, legumes e frutas.
A situação de Arya aponta para uma das questões mais complexas que cerca a infância contemporânea: a obesidade infantil. Observe a seguir, algumas assertivas a respeito do tema:
I. A obesidade infantil tem diversas causas, sendo impossível apontar um motivo único. Entre as causas, porém, podemos apontar o aumento do consumo de alimentos processados e do sedentarismo, mais comum às culturas economicamente mais desenvolvidas, porém, não exclusivo.
II. Entre outras consequências da obesidade infantil, podemos destacar o desenvolvimento de doenças crônicas como a diabetes, de forma precoce, o que pode comprometer toda a vida adulta dessas crianças.
III. O combate à obesidade infantil é um assunto importante e que deve passar por programas públicos e pelas famílias. À escola, contudo, não compete participar desse processo, já que não se trata de uma questão pedagógica.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) II e III
b) I e III
c) I
d) I e II
e) II
Pergunta 10
Observe a imagem e, em seguida, assinale a alternativa que melhor a explica:
Mafalda reflete sobre o consumismo
a) Os canais que veiculam as propagandas de forma mais rápida e intensa têm o objetivo de auxiliar no desenvolvimento infantil. 
b) A criança deve ter direito ao consumo. Por isso, na charge, observamos que a criança sabe o que deve consumir.
c) Pode-se constatar que o consumismo infantil não está intimamente ligados à quantidade de tempo que as crianças passam assistindo televisão ou usando o computador.
d) Constata-se as crianças passam muito tempo livre na televisão ou na internet, e aumenta suas probabilidades de serem bombardeadas constantemente por propagandas, de consumo e a manipulação midiática.
e) Cabe à sociedade colocar as crianças para consumir cada vez mais, uma vez que aumenta o PIB do país e contribui para a economia mundial.
Psicologia da Educação – A2
Pergunta 1
A teoria da Psicogênese por descrever sobre a construçãodo conhecimento, teve um grande impacto na educação. A pedagogia ao utilizar os princípios de Piaget, para compreender e potencializar a aprendizagem, desenvolveu a proposta do Construtivismo.
Sobre a concepção de aprendizagem do construtivismo é correto afirmar que a criança irá:
a) desenvolver suas capacidades, conforme a idade, independente do meio.
b) responder a estímulos e aprender conforme os reforçadores que receber.
c) construir seu conhecimento, conforme os atributos de interação com o meio que tiver desenvolvido a cada faixa etária.
d) desenvolver sua cognição até os seis anos de idade.
e) construir sua cognição conforme os atributos genéticos que tiver, para o desenvolvimento da inteligência.
Pergunta 2
A teoría histórico-social, proposta por Vygotsky, descreve a importância a formação do psiquismo por meio de interações e, desta forma, o quanto as características psíquicas serão diferentes, conforme o momento histórico e o contexto social.
Sobre essa teoria é possível afirmar que:
a) as características psíquicas são formadas por interação com reforçadores.
b) o psiquismo segue um desenvolvimento por estágios, conforme a idade
c) as características psíquicas são formadas de forma igual para todos e na infância
d) as relações interpessoais contribuem para a formação das características intrapessoais
e) o psiquismo precisa se desenvolver para depois o indivíduo aprender.
Pergunta 3
Renato, em sua escolinha, aprendeu as operações de somar e subtrair, conseguindo realizá-las sozinho, mas as operações de multiplicar e dividir, ele também consegue, porém ainda com a ajuda do professor.
 Vygotsky descreve a relação do desenvolvimento e aprendizagem em três etapas. A etapa que divide um ‘espaço’ entre o que o aluno sabe e o que ele tem potencialidade para aprender e que o professor utiliza para mediar a aprendizagem do aluno é denominada de:
a) desenvolvimento real.
b) desenvolvimento potencial.
c) zona de desenvolvimento proximal.
d) operatório concreto
e) operatório formal.
Pergunta 4
Os estágios de desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor, descritos por Wallon, trazem as principais características que se evidenciam e predominam no desenvolvimento infantil, em cada faixa etária e em interação social. Considerando estas características quais estágios são marcados por predominância afetiva
a) impulsivo-emocional, categorial e adolescência
b) personalismo, categorial, impulsivo-emocional
c) adolescência, personalismo, sensório motor e projetivo.
d) impulsivo-emocional, personalismo, categorial,
e) impulsivo-emocional, personalismo e adolescência
Pergunta 5
Nas teorias de Desenvolvimento Humano coloca-se que existem uma sequência de estágios cognitivos pelos quais cada indivíduo passa até atingir uma certa maturidade. A seguir você encontrará algumas descrições que correspondem a esses estágios.
 O indivíduo organiza as informações por lógica: classificação, seriação, numeração;
Desenvolve-se a capacidade de abstração, de criar hipóteses e deduções;
Iniciamos a exploração do ambiente pelos movimentos corporais e órgãos do sentido;
O ser humano brinca de representações do mundo para compreendê-lo, estabelece significados e significantes.
Assinale a alternativa com a sequência correta:
a) Operatório Formal (IV), Operatório Concreto (III), Pré-Operatório (II) e Sensório-Motor (I)
b) Sensório-Motor, Operatório Concreto, Operatório Formal e Pré-Operatório.
c) Pré-Operatório, Operatório Formal, Operatório Concreto e Sensório-Motor.
d) Operatório Concreto, Operatório Formal, Sensório-Motor e Pré-Operatório.
e) Pré-Operatório, Operatório Concreto, Operatório Formal e Sensório-Motor.
Pergunta 6
Bárbara está aprendendo a operação de dividir na escola, o professor explicou, mas ela não entendeu, sentindo um desequilíbrio cognitivo por estar em contato com uma informação que não compreende. Posteriormente o professor deu um exemplo, utilizando a operação de multiplicação que ela já domina, portanto ela começa a encontrar semelhanças entre a informação que ela tem e a que o professor está ensinando.
Assinale a alternativa que denomina qual é essa etapa do processamento cognitivo:
a) equilibração.
b) assimilação.
c) acomodação.
d) operatório concreto.
e) operatório formal.
Pergunta 7
Wallon tem sua teoria chamada de ‘Teoria da Pessoa Completa’ por considerar a importância de vários aspectos que se relacionam durante o desenvolvimento da criança. Quais são os principais aspectos a serem considerados no desenvolvimento segundo a teoria de Wallon?
a) emoções, aprendizagem, medos.
b) cognição, atenção, percepção.
c) motricidade, linguagem, sentimentos.
d) atenção, motricidade, afetividade.
e) afetividade, cognição, motricidade.
Pergunta 8
A expressão das emoções é uma forma de afetar o outro e ser afetado por ele, sendo a relação afetiva a forma como o indivíduo se constitui como ser social. A teoria da psicogênese de Wallon, aplicada ao contexto escolar, mostrou a importância da afetividade e das relações interpessoais, para organização emocional do aluno e sua aprendizagem. Considerando esta proposta quais formas o professor pode utilizar para promover relações interpessoais que considere a importância da afetividade?
a) sala de aula invertida, utilização de reforçadores
b) atividades dialógicas, ambientes de expressão da motricidade.
c) avaliações, transmissão de conteúdos
d) carinho, abraços
e) abraços e elogios
Pergunta 9
Wallon descreve que as emoções são formas de expressar o que se sente para o externo, ou seja, na análise etimológica da palavra: mover (moção) + externo (e). Ele ressalta a importância das expressões emocionais, para se estabelecer relações e se comunicar com o outro, desta forma o indivíduo afeta e é afetado pelo outro, ou seja, estabelece relações de afetividade.
 Considerando o texto acima, assinale a alternativa que descreve os recursos que a criança utiliza para se comunicar e solicitar cuidados nos primeiros anos de vida:
a) linguagem, dor
b) emoção, tristeza
c) birra, medo.
d) choro, motricidade.
e) brincadeiras, gritos.
Pergunta 10
A teoria histórico-social influenciou uma prática pedagógica denominada pedagogia sociocultural que propõe a postura do professor como mediador. Uma proposta didática que tem como base a pedagogia sociocultural valoriza quais situações no cotidiano escolar.
Assinale a alternativa correta:
a) relacionamento interpessoal, trabalho em grupos com pessoas com diferentes níveis de experiência.
b) estudo dirigido, prova.
c) aula com cópia, grupos.
d) aula com reforçadores, equipamentos multimídias.
e) concentração, resultado.
Psicologia da Educação – A4
Pergunta 1
Nos primeiros meses de vida a criança não sabe regras, normas, depende de total supervisão e cuidado do adulto para sobreviver. Nessa fase seu desenvolvimento cognitivo começa pelas sensações e esquemas motores desorganizados. Como por exemplo o fato de a criança levar até a boca tudo que consegue segurar tendo que ter a supervisão de um adulto para não se colocar em risco.
 A esse estágio de total ausência de normas, Piaget denominou de
a) anomia.
b) heteronomia.
c) autonomia.
d) impulsivo-emocional.
e) sensório-motor e projetivo.
Pergunta 2
A neurociência tenta compreender o funcionamento cognitivo, relacionado ao Sistema Nervoso Central e suas funcionalidades.
Assinale qual alternativa abaixo descreve os processos, executados pelo Sistema Nervoso Central, e que são objeto de estudo da neurociência:
a) Linguagem, memória, ego e superego.
b) Id, ego, superego, insights.
c) Percepção, atenção, pensamento e memória.
d) Sensório motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
e) Sensações, movimentos, assimilação e acomodação.
Pergunta 3
Os estágios de desenvolvimento moral, descritos por Piaget, são caracterizados por três momentos do nascimento até a adolescência, que se referem a como se constrói valores, se internaliza regras, entre outros princípios da moralidade.
Assinale a alternativa que denomina corretamente esses estágios:
a) autonomia, operatório-concreto, operatório formal.b) anomia, sensório-motor, pré-operatório.
c) heteronomia, operatório formal, personalismo.
d) anomia, heteronomia, autonomia.
e) heteronomia, adolescência, autonomia.
Pergunta 4
Vygotsky pesquisou sobre o estudo da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo de pessoas com deficiência. Sua abordagem e proposta para o trabalho educacional diante de situações de deficiência é utilizada como referência até a atualidade, para embasar propostas didáticas inclusivas. Um dos princípios deste trabalho é sempre dimensionar o que o indivíduo já sabe, do que ele ainda precisa de apoio para aprender e ensinar o que lhe é potencial. 
Quando age desta forma o educador está atuando, através das chamadas:
a) Zonas de aprendizagem significativa.
b) Zonas alternativas.
c) Zonas de desenvolvimento potencial.
d) Zonas de desenvolvimento proximal.
e) Zonas de desenvolvimento real.
Pergunta 5
O protagonismo juvenil pode ser considerado uma forma educacional muito importante para o desenvolvimento das habilidades cognitivas e morais que se espera ser desenvolvida nos jovens, nessa fase do desenvolvimento humano.
Sobre o protagonismo juvenil é correto afirmar que:
a) criar condições para que o jovem possa resolver problemas com autonomia e responsabilidade.
b) criar condições para o desenvolvimento do pensamento abstrato.
c) criar condições para o desenvolvimento da autonomia.
d) ação educativa que promove que o jovem seja questionador e inconformado.
e) projeto individual construído por cada adolescente.
Pergunta 6
Considerando que a adolescência é uma fase do desenvolvimento compreendida entre a infância e a vida adulta e que tem características muito particulares.
Quais das afirmações abaixo se referem de forma correta a essa fase do desenvolvimento?
I. A adolescência é uma fase que vai envolver mudanças emocionais e pubertárias.
II. A adolescência se define pelas mudanças, hormonais e físicas, características da puberdade.
III. A adolescência é necessariamente um período de rebeldia e discordância.
IV. A adolescência é caracterizada por inquietações relacionadas aos rumos a se tomar na vida adulta.
V. A adolescência é uma fase peculiar de desenvolvimento, com muitas características psíquicas em formação.
É correto apenas o que se afirma em
a) I, IV, V.
b) I, II, IV.
c) II, III, IV.
d) I, III, IV
e) I, II, III.
Pergunta 7
Na adolescência o pensamento é caracterizado pela capacidade de abstração, criação de hipóteses, desenvolvimento da autonomia, possíveis conflitos afetivo-emocionais e busca de equilíbrio.
Considerando essa caracterização, quais os tipos de atividades educativas podem auxiliar o adolescente no contexto escolar?
a) Atividades motoras e competitivas.
b) Atividades expressivas que auxiliem o desenvolvimento da inteligência cognitiva.
c) Atividades motoras e funcionais.
d) Atividades expressivas e que auxiliem o desenvolvimento da inteligência emocional.
e) Atividades reforçadoras e de modelagem de comportamentos.
Pergunta 8
Compreende-se que a criança com deficiência deve, desde o início da sua escolarização, participar de uma escola inclusiva, para potencializar seu desenvolvimento e sua aprendizagem.
Considerando a afirmação acima, assinale a alternativa que descreve atividades de uma escola inclusiva:
a) Grupos de pessoas separadas por suas deficiências, atividades de acordo com a deficiência de cada pessoa, rampas.
b) Convivência de pessoas diferentes, oferta de atividades para todos que respeitem o ritmo de cada pessoa, condições de acessibilidade motora a pedagógica.
c) Atividades pedagógicas diferentes na mesma sala de aula, considerando o que cada um consegue ou não fazer, rampas e piso tátil.
d) Grupos separados por idade e, dentro de cada grupo, separações por capacidades, determinando previamente o que o indivíduo pode ou não aprender.
e) Atividades pedagógicas bem simples, para não gerar sentimento de incompetência, oferecendo avaliação diferenciada e diversas formas de acessibilidade motora.
Pergunta 9
Piaget, em sua teoria psicogenética, não traz uma discussão específica sobre motivação, mas descreve um princípio da aprendizagem que pode ser compreendido como motivador. Em sua teoria, ele descreve que o indivíduo, quando está diante de uma nova informação, entra no que ele chama de ‘conflito cognitivo’ e utiliza de processos mentais para relacionar a informação que sabe, dando sentido à nova informação em uma ancoragem e depois diferenciado das informações que já sabe, ampliando sua cognição. Visto desta forma, o conflito cognitivo é um incômodo e sair dele, através de processos de aquisição de conhecimento, é uma forma de motivação.
O processo utilizado para sair da condição de desequilíbrio cognitivo é denominado por Piaget como
a) assimilação e acomodação.
b) aprendizagem significativa e real.
c) aprendizagem real e potencial.
d) aprendizagem por ancoragem
e) equilibração e. cognição
 Pergunta 10
“A preocupação do ensino tem sido a de criar condições tais, que o aluno “fique a fim” de aprender. Sem dúvida, não é fácil, pois acabamos de dizer que precisa haver uma necessidade ou desejo e o objeto precisa surgir como solução para a necessidade. Duplo desafio: criar necessidade e apresentar um objeto adequado para a satisfação”.
Bock, A. M. B., Furtado, O., Teixeira, M. de L. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva, 2002.
Relacione quais das alternativas abaixo podem auxiliar a resolver essa questão, considerando as teorias interacionistas.
I. Considerar os interesses e demandas que o aluno tem, principalmente aspectos de sua vida cotidiana.
II. Falar sempre com uma linguagem rebuscada, de difícil compreensão para aumentar o repertório linguístico do aluno.
III. Criar novos interesses no aluno, desafiando ele com questionamentos e novas aprendizagens
IV. Ensinar coisas difíceis e que ele não tem o menor conhecimento, para se tornar desafiador;
V. Mostrar, sempre que possível, a utilidade para a vida do aluno sobre o que ele está aprendendo.
É correto apenas o que se afirma em
a) I, II e III.
b) II, IV e III.
c) IV, I e III.
d) I, III e V
e) I, II, e V.

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