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Avaliação clinica do sistema respiratório - parte 1


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Beatriz Rithiely 
Avaliação clínica do sistema respiratório – PARTE 1 
 
 
EXAME CLÍNICO GERAL 
 
 
• Exame clínico geral qualitativo 
 
1. Avaliação subjetiva do que aparenta o paciente: nível de consciência, fácies, 
fala, confusão mental, mobilidade, entre outros. 
 
2. Avaliação do grau de palidez: Observar umidificação da mucosa oral, globo 
ocular e turgor da pele. O paciente pode estar hidratado ou desidratado. 
 
3. Avaliação da presença de icterícia: Observar coloração da palma da mão, 
esclera e freio da língua. A icterícia se caracteriza por um tom amarelado nessas 
regiões. 
 
4. Avaliação da presença de cianose: Observar uma coloração mais azulada no 
lábio, leito ungueal, e outras extremidades (cianose) que é indicativa de redução 
da oxigenação do sangue ou de redução da perfusão sanguínea. 
 
→ O paciente pode estar com a coloração azulada por 
uma hipoperfusão sanguínea em razão de frio 
(cianose periférica causada pela vasoconstrição 
periférica induzida pelo frio), neste caso, tente 
esquentar a mão do paciente e observar se 
melhora. O paciente pode estar cianótico ou 
acianótico. 
 
→ Cianose -> redução da concentração de O2 
tissular (disponível naquele tecido); aumento na 
concentração de CO2 ligado à hemoglobina; a cianose pode ser localizada 
(sistêmica), só em uma parte do corpo e a principal causa vai ser vascular, 
obstrução da artéria que leva sangue pra a região, e os órgãos vão estar sofrendo, 
juntamente com o cérebro; já quando o problema é respiratório ou cardíaca, a 
cianose passa a ser mais distribuída. 
 
 
 
 
Beatriz Rithiely 
5. Avaliação do padrão respiratório: Observar se há dificuldades para respirar ou 
se está usando força excessiva (uso de musculatura acessória) para inspirar. 
 
• Exame clínico geral quantitativo 
 
1. Aferição da PA 
 
2. Frequência cardíaca 
 
3. Frequência respiratória 
→ É importante verificar também o ritmo da respiração, que pode conter pausas, 
períodos de inspiração/expiração profunda ou ser arrítmica; uso de musculatura 
acessória, tiragem (retração dos espaços intercostais, da fossa supraclavicular 
ou da região epigástrica), que evidenciam dificuldade para respirar. Observar se 
não há tempo expiratório prolongado (o normal é o tempo da inspiração ser 
maior do que o da expiração, o que pode se inverter em situação de 
broncoespasmo – “crise de asma”). 
→ A unidade de medida utilizada é: incursões respiratórias por minuto (irpm). 
 
4. Altura e peso: IMC = peso/altura2 (kg/m2) 
 
5. Circunferência abdominal (CA) 
→ A circunferência abdominal é medida logo acima da crista ilíaca, na altura da 
cicatriz umbilical. 
→ A circunferência de quadril é medida na linha do trocânter maior do fêmur; já a 
circunferência de cintura, no ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela, 
ao nível das espinhas ilíacas ântero superiores. Com essas duas últimas medidas, 
pode-se calcular a relação cintura-quadril. 
 
 
 
 
OBSTRUÇÃO MULTIFATORIAL 
 
• Edema broncoespasmo -> sibilâncias -> inaloterapia 
• Hipersecreção -> estertores -> manobras físicas e fisioterapia 
• Uma parte da hipersecreção leva a sibilância, tornando o ar difícil de diferencial. 
O ideal é fazer manobras de expiração lenta para diferenciação do ar 
 
 
 
 
Beatriz Rithiely 
 
PADRÃO PARADOXAL 
 
• Respiração é passiva, se houver 
esforço tem algo errado 
 
 
 
 
 
 
 
RITMO RESPIRATORIO 
 
• Frequência respiratória: número de ciclos por minuto 
• Eupneia: FR = 12 a 16 ipm 
• Taquipneia: FR > 16 ipm 
• Bradipneia: FR < 12 ipm 
• Apneia: parada respiratória após a expiração 
• Apneuse: parada respiratória após a inspiração 
 
• Dispneia: sensação subjetiva de falta de ar 
 Ortopneia: tórax em posição vertical 
 Trepepnéia: dispneia em decúbito lateral 
 Dispneia suspirosa: consiste na presença de inspirações profundas, esporádicas, 
em meio a um ritmo respiratório normal 
 Platipnéia: dificuldade respiratória em posição ereta 
 
• Lactentente- até um ano 
• Pre – 1 anos a 3 anos 
• Escolares – a partir dos 3 anos 
• A partir dos 8 anos já está no valor parecido com adulto 
 
RITMOS RESPIRATÓRIOS PATOLÓGICOS 
 
• Pardrão de Cheyne-Stokes – paciente começa respirando numa baixa amplitude e 
aumenta o ritmo até alcançar o ritmo máximo, o ritmo vai reduzindo até que chegue 
o ponto de chegar numa apneia → doença neurológica e insuficiência cardíaca 
grave – mais frequente 
• Kussmaul – respirando forte e rápido o tempo inteiro – doença renal grave 
• Biot - Comum na doença neurológica 
 
Beatriz Rithiely 
 
PALPAÇÃO – FREMITO TÓRACOVOC AL 
 
• O famoso “diga 33” 
• Aumento da vibração: condensação – pneumonias 
• Redução da vibração: afastamento do pulmão da parede torácica – atelectasia, 
derrame pleural, pneumotórax