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PEÇA 17 - UMC / PRÁTICA SIMULADA 8º SEMESTRE

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2º VARA CIVEL DA 
COMARCA DO RIO E JANEIRO/RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 Lara, nacionalidade, casada, profissão, CPF/MF, CIRG, 
endereço, endereço eletrônico. Vem, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, por meio de seu advogado (procuração anexa), nos termos do art. 287 do 
Código de Processo Civil, com endereço profissional, endereço eletrônico, onde 
recebe intimações e avisos, com fulcro no art.634 parágrafo 1º do CPC e art. 300 do 
mesmo diploma propor: 
 
EMBARGOS DE TERCEIRO c/c PEDIDO DE TUTELA PROVISORIA DE 
URGENCIA 
 
Em face de, Ronaldo, nacionalidade, estado civil, profissão, CPF/MF, CIRG, 
endereço, endereço eletrônico pelos fatos e direitos a seguir expostos: 
 
 
I. PRELIMINARMENTE 
DA LEGITIMIDADE 
É verificado no caso que será apresentado em tela, que a legitimidade da 
embargante decorre do casamento em regime de comunhão parcial de bens, o 
qual desta forma carecia de participação do negócio jurídico que seu cônjuge 
firmou com o embargado, sendo assim é válida a presente a ação que objetiva a 
extinção do negócio jurídico que trouxa vida da família danos imensuráveis, mas 
também a penhora de bem familiar que conforme previsto em lei é impossível. 
DO EFEITO SUSPENSIVO 
Segundo o § 1º do mesmo art. 739-A do CPC, “o juiz poderá, a requerimento do 
embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes 
seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar 
ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação ... 
O caso em tela é o clássico descrito no art. 739 – A do CPC, pois o dano a ser 
causado é imensurável ao Executado e SUA FAMÍLIA. 
 
II. DOS FATOS 
Lara, casada com Fernando, celebrou matrimônio no dia 02/05/2014, o qual o 
regime estabelecido fora o de Regime de Comunhão Parcial de Bens. 
Acontece que Fernando assinou como fiador de Luciano no contrato de compra e 
venda firmado com Ronaldo, esse se obrigou, assim, a entregar o bem na data de 
10/07/2014, bem como Luciano se comprometeu a pagar R$ 200.000,00 na data 
de 12/07/2014, ocorre que o valor não foi quitado. 
Sendo assim, Ronaldo ajuizou ação de execução em face de Fernando, por ser 
fiador de Luciano e por esse descumpriu o contrato firmado e pagar o valor 
estabelecido, penhorando o único apartamento em que Fernando reside 
juntamente com sua esposa, Lara. 
 Por fim vale ressaltar que, o imóvel penhorado foi adquirido por Lara na data de 
01/03/2000, provando ser patrimônio contraído antes da relação matrimonial com 
Fernando. 
III. DO DIREITO 
DOS EMBARGOS DE TERCEIRO: 
O casamento da parte, bem como o regime de bens permite de acordo com o art. 
1658 o qual determina que todos e qualquer bem adquiridos na constância do 
casamento serão consideram patrimônio comum. Sendo assim, diante de negócios 
jurídicos é exigido a participação de ambos onde na ausência de uma das partes 
fica claro a existência de vícios no negócios, tornando-se um negócio prejudicado. 
Vossa Excelência, no presente caso a embargante sequer participou do negócio 
jurídico e agora vem sofrendo as consequências de decisões que ela sequer tomou 
pois o imóvel penhorado não faz parte da patrimônio em comum do casal, 
adquirido anteriormente ao matrimonio. 
Diante de tal situação, os artigos 1658 e 1659, inciso I do Código Civil resguarda 
o direito da embargante. Deve ainda ser verificado que o bem trata-se da única 
moraria do casal, caracterizando-se então bem de família conforme previsto no art. 
1º e 5º da Lei de impenhorabilidade do bem de família. 
Cumpre ressaltar que o cônjuge garantiu um fiador, o que não ocorreu pois a 
embargante não tinha qualquer informação sobre o negócio jurídico, além da 
cobrança que ocorreu totalmente de forma errônea ao cobrar primeiramente o 
fiador, já deu início a uma ação agindo de forma ilegal de acordo com a sumula 
332 do STJ. 
 
 
DA TUTELA PROVISORIA 
De acordo com o art. 300 do Novo Código de Processo Civil, será concedida a 
tutela provisória de urgência quando restar comprovada a probabilidade do direito 
e o perigo de risco ou dano ao resultado útil do processo. 
É cabível, pois são comprovados e preenchidos todos os requisitos uma vez que 
a probabilidade do direito conforme demonstrado no direito acima alegado e o 
perigo de risco ou dano ao resultado útil decorre de o fato da embargante 
encontrar-se tolhida em seu direito de propriedade. 
 
 
IV. DOS PEDIDOS 
Diante exposto, requer: 
A) Pela concessão da tutela provisória de urgência, nos termos do art. 300 do 
CPC/15, com imposição de multa diária ao descumprimento; 
B) Que seja concedido a suspensão de acordo com o art. 739 do Código Civil; 
C) No mérito, sejam os embargos julgados totalmente procedentes para 
determinar a desconstituição da penhora (desfazimento do ato de constrição) do 
bem imóvel de propriedade exclusiva de Lara; 
D) Pela citação do embargado para apresentar contestação; 
E) Pela condenação do embargado nos ônus da sucumbência (despesas 
processuais e honorários advocatícios); Protesta a embargante pela produção de 
todas as provas admitidas em direito, em especial a prova testemunhal e pericial. 
Requer, ainda a juntada do comprovante de recolhimento das despesas 
processuais. 
Dá-se a causa o valor de R$ 150.000,00. 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 
 
Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2014. 
 
Advogado OAB

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