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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2º VARA CIVEL DA COMARCA DO RIO E JANEIRO/RJ Lara, nacionalidade, casada, profissão, CPF/MF, CIRG, endereço, endereço eletrônico. Vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado (procuração anexa), nos termos do art. 287 do Código de Processo Civil, com endereço profissional, endereço eletrônico, onde recebe intimações e avisos, com fulcro no art.634 parágrafo 1º do CPC e art. 300 do mesmo diploma propor: EMBARGOS DE TERCEIRO c/c PEDIDO DE TUTELA PROVISORIA DE URGENCIA Em face de, Ronaldo, nacionalidade, estado civil, profissão, CPF/MF, CIRG, endereço, endereço eletrônico pelos fatos e direitos a seguir expostos: I. PRELIMINARMENTE DA LEGITIMIDADE É verificado no caso que será apresentado em tela, que a legitimidade da embargante decorre do casamento em regime de comunhão parcial de bens, o qual desta forma carecia de participação do negócio jurídico que seu cônjuge firmou com o embargado, sendo assim é válida a presente a ação que objetiva a extinção do negócio jurídico que trouxa vida da família danos imensuráveis, mas também a penhora de bem familiar que conforme previsto em lei é impossível. DO EFEITO SUSPENSIVO Segundo o § 1º do mesmo art. 739-A do CPC, “o juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação ... O caso em tela é o clássico descrito no art. 739 – A do CPC, pois o dano a ser causado é imensurável ao Executado e SUA FAMÍLIA. II. DOS FATOS Lara, casada com Fernando, celebrou matrimônio no dia 02/05/2014, o qual o regime estabelecido fora o de Regime de Comunhão Parcial de Bens. Acontece que Fernando assinou como fiador de Luciano no contrato de compra e venda firmado com Ronaldo, esse se obrigou, assim, a entregar o bem na data de 10/07/2014, bem como Luciano se comprometeu a pagar R$ 200.000,00 na data de 12/07/2014, ocorre que o valor não foi quitado. Sendo assim, Ronaldo ajuizou ação de execução em face de Fernando, por ser fiador de Luciano e por esse descumpriu o contrato firmado e pagar o valor estabelecido, penhorando o único apartamento em que Fernando reside juntamente com sua esposa, Lara. Por fim vale ressaltar que, o imóvel penhorado foi adquirido por Lara na data de 01/03/2000, provando ser patrimônio contraído antes da relação matrimonial com Fernando. III. DO DIREITO DOS EMBARGOS DE TERCEIRO: O casamento da parte, bem como o regime de bens permite de acordo com o art. 1658 o qual determina que todos e qualquer bem adquiridos na constância do casamento serão consideram patrimônio comum. Sendo assim, diante de negócios jurídicos é exigido a participação de ambos onde na ausência de uma das partes fica claro a existência de vícios no negócios, tornando-se um negócio prejudicado. Vossa Excelência, no presente caso a embargante sequer participou do negócio jurídico e agora vem sofrendo as consequências de decisões que ela sequer tomou pois o imóvel penhorado não faz parte da patrimônio em comum do casal, adquirido anteriormente ao matrimonio. Diante de tal situação, os artigos 1658 e 1659, inciso I do Código Civil resguarda o direito da embargante. Deve ainda ser verificado que o bem trata-se da única moraria do casal, caracterizando-se então bem de família conforme previsto no art. 1º e 5º da Lei de impenhorabilidade do bem de família. Cumpre ressaltar que o cônjuge garantiu um fiador, o que não ocorreu pois a embargante não tinha qualquer informação sobre o negócio jurídico, além da cobrança que ocorreu totalmente de forma errônea ao cobrar primeiramente o fiador, já deu início a uma ação agindo de forma ilegal de acordo com a sumula 332 do STJ. DA TUTELA PROVISORIA De acordo com o art. 300 do Novo Código de Processo Civil, será concedida a tutela provisória de urgência quando restar comprovada a probabilidade do direito e o perigo de risco ou dano ao resultado útil do processo. É cabível, pois são comprovados e preenchidos todos os requisitos uma vez que a probabilidade do direito conforme demonstrado no direito acima alegado e o perigo de risco ou dano ao resultado útil decorre de o fato da embargante encontrar-se tolhida em seu direito de propriedade. IV. DOS PEDIDOS Diante exposto, requer: A) Pela concessão da tutela provisória de urgência, nos termos do art. 300 do CPC/15, com imposição de multa diária ao descumprimento; B) Que seja concedido a suspensão de acordo com o art. 739 do Código Civil; C) No mérito, sejam os embargos julgados totalmente procedentes para determinar a desconstituição da penhora (desfazimento do ato de constrição) do bem imóvel de propriedade exclusiva de Lara; D) Pela citação do embargado para apresentar contestação; E) Pela condenação do embargado nos ônus da sucumbência (despesas processuais e honorários advocatícios); Protesta a embargante pela produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a prova testemunhal e pericial. Requer, ainda a juntada do comprovante de recolhimento das despesas processuais. Dá-se a causa o valor de R$ 150.000,00. Nestes termos, pede e espera deferimento. Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2014. Advogado OAB
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