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OBESIDADE EPIDEMIOLOGIA = 1/3 USA → 2,1 bilhões de dólares = Brasil: 20% → Custo saúde pública = IMC – diagnóstico Estado nutricional: P/ idoso é tolerado um peso maior devido ao risco de sarcopenia (idoso quando perde peso tende a perder + massa magra) SOBREPESO X OBESIDADE – DIAGNÓSTICO E MEDIDAS = ↑ Músculos pode ter sobrepeso mas que não representa risco cardiovascular. = Então, uma das medidas para avaliar o risco que o sobrepeso está trazendo ao pcte é da CINTURA ABDOMINAL Correlaciona-se com a obesidade visceral, que representa ↑ da resistência insulínica e risco cardiovasculares, maior risco de ter HAS, DM-2 e dislipidemia DEFINIÇÕES RELAÇÃO CINTURA QUADRIL Medida da cintura só avalia gordura visceral. E se tiver ↑ visceral e ↑ subcutânea (protetora/boa), como pesar esse risco? = Permite estimar tanto gordura visceral (cintura) como a periférica/subcutânea (quadril) = Bom marcador de distribuição da gordura corporal e de risco cardiovascular CINTURA/ALTURA = Prediz melhor o risco de DCV que o IMC ou medida de circunferência abdominal = Alterada: > 0,55 TÉCNICA PARA AFERIÇÃO DA CINTURA E QUADRIL = Cintura: Final da ex profunda, na liha média horizontal entre a crista ilíaca e o último rebordo costal, com o paciente em pé = Realizar 3x e calcular a média = Não medir após atividade física MEDIDAS MAIS ELABORADAS COMPOSIÇÃO CORPORAL = Fracionamento da massa corporal, o que determina as quantidades (em valores absolutos ou relativos) dos componentes corporais – Avaliamos o que é gordura e o que é massa magra = FUNÇÃO Avalia se há excesso de gordura ou baixíssima < 8% de gordura corporal já pode alterar síntese de hormônios esteroides Avalia acúmulo excessivo de gordura intra- abdominal Estima peso adequado em atletas e não-atletas Avalia eficiência de intervenções nutricionais e de exercícios físicos na alteração da composição corporal Monitoriza mudanças na composição corporal associadas ao crescimento, desenvolvimento e idade = COMO FAZER? MÉTODOS DIRETOS Pouco usados porém padrão ouro PESAGEM HIDROSTÁTICA DE ARISTÓTELES Coloca o paciente dentro da água e com base no deslocamento da água é estimado o quanto tem de músculo e o quanto de gordura Gordura é menos densa, ocupa mais lugar no espaço que o músculo. Então se água desloca mais → tem mais gordura Muito preciso MÉTODO INDIRETO - DENSITOMETRIA DE CORPO INTEIRO Com base na intensidade que o feixe de raio-x vai ter na penetração na pele, vai dizer se na região tem mais músculo ou gordura Método bom porém caro e que expõe a radiação MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS Feitos em lugares específicos Com base no quanto de prega vai ter em cada um desses locais estima-se quantidade de gordura e massa mm Paciente se segura Aparelho emite feixe elétrico entre um ponto e outro do paciente (mao-pé) Com base na velocidade da corrente elétrica, vai estimar o quanto tem de gordura e o quanto tem de músculo O músculo conduz mais rápido que gordura (pois gordura tem menos água) DADOS (variam H-M) ETIOLOGIA EXÓGENAS Excesso de calorias Corticoide e antipsicóticos Fatores psicossociais ENDÓGENAS Endocrinopatias (cushing) Genéticas FISIOPATOLOGIA = Corpo fica em equilíbrio entre hormônios orexígenos (↑ fome) e anorexígenos (↓ fome) Na obesidade pende para maior ação dos orexígenos Anoxerígenos não estão em menor quantidade mas há maior resistência contra eles VIA ANOREXIGÊNICA Come → intestino produz hormônios que informam que o corpo pode parar de sentir fome. Então produzirá CCK, GLP- 1, PYY, GIP, Amilina, Insulina e o tecido adiposo produz Leptina. Esses hormônios vão no hipotálamo, informando que já pode ficar saciado Hipotálamo para informar ao organismo sobre saciedade lança mão de 2 vias: CART e POMC POMC Degrada em ACTH, LPH (melanotrófico) e alfa-MSH. O último se liga a receptor Mc4R → saciedade CART (transcritos relacionados a anfetamina e cocaína) Usuário não sente fome e também ativa a termogênese → saciedade VIA OREXIGÊNICA Quando paramos de comer → fundo gástrico produz GRELINA, informa ao hipotálamo que está sem comida. Então é ativado NEUROPEPTÍDEO Y (NPY) e o PEPTÍDEO RELACIONADO A PROTEÍNA AGPUTI (AgRP) Esses 2 peptídeos ↑ apetite e ↓ termogênse → ↑ hiperfagia AgRP se liga ao MSH → bloqueia ligação do alfa- MSH (da POMC) ao Mc4R → -- ação da POMC → fome Esse é um dos mecanismos de tratar a obesidade (↓ grelina), com bariátrica Bariátrica corta o fundo gástrico → ↓ grelina CAUSAS MONOGÊNICAS DEFICIÊNCIA DE LEPTINA = ↓ Leptina → ela ativa a POMC e CART = 2 maneiras de ter deficiência dela: Deficiência do gene ob/ob → Não sintetiza leptina Deficiência Ob receptor (receptor da leptina) Nas 2 formas tem obesidade grave já na 1ª infância e ↓ T° corporal (pois não + a CART → ñ + termogênese) MUTAÇÃO DO GENE CODIFICADOR DA POMC = Ñ produz a POMC → ñ produz ACTH → insuficiência adrenal = Ñ produz alfa-MSH → Hiperfagia = ñ produz y-MSH → defeitos de pigmentação da pele e cabelos MUTAÇÃO DO Mc4R (receptor que o alfa-MSH se liga para gerar saciedade) = Se tem defeito no Mc4R → obesidade na 1ª infância PROBLEMAS NA FORMAÇÃO DO HIPOTÁLAMO PRADER-WILLI Uma das doenças monogênicas + comuns Deficiência de outros hormônios (GH, hipogonadismo, alterações intelectuais, comportamentais) ALSTROM E BARDET BIEDL Núcleo da visão fica perto → cegueira e obesidade TRATAMENTO CLÍNICO COMO PERDER PESO? = Para ↓ 1kg é necessário gastar 7 mil calorias a mais do que ingeriu Pode perder bastante em pouco tempo mas não perdia kg de verdade pois nesses casos há ↑ perda de líquido Dieta com ↓ carboidrato → ↓ insulina (capaz de reter líquido) → ↑ perda de líquido = Claramente é necessário ↑ gasto e ↓ calorias ingeridas, a questão é a estratégia adequada INDICAÇÕES PARA USO DE MEDICAÇÕES CRITÉRIOS DE EFICÁCIA Com base nessas premissas, AS MEDICAÇÕES ON LABEL APROVADAS NO BRASIL Sibutramina Orlistate Lorcasserina Liraglutida SIBUTRAMINA MECANISMO: -- receptação de noradrenalina e serotonina nos núcleos relacionados à fome e saciedade → + Saciedade, POMC e CART e – o AgRP (receptores relacionados ao apetite) = Responde em pacientes que comem ↑ Volume EFEITOS ↑ saciedade e – fome no centro hipotalâmico Ativa receptores beta adrenérgicos na periferia → + termogênese (mas ação secundária, desempenha um papel menor na redução de peso, então não dou sibutramina na intenção de fazer termogênese) CONTRAINDICAÇÕES COMO USAR Posologia: 10-15mg/dia – pico em 3 horas Principais nomes: Biomag, Sibus, Nolipo, Sigran, Vazy FAIXA ETÁRIA A partir dos 12 anos até 69 Bula 18 – 65 EFEITOS COLATERAIS (pelo ↑ da noradrenalina) Boca seca Constipação Insônia ↑ FC ; palpitações, ↑ PA ORLISTATE MECANISMO: -- ação da lipase pancreática e gástrica aos triglicérides A ligação vai acontecer em menor quantidade, perdendo 1/3 da gordura nas fezes Se comer ↑ gordura → ↑ fezes FAIXA ETÁRIA A partir dos 12 anos Acompanhar vitamina D CONTRAINDICAÇÕES Síndrome de má absorção crônica Colestase COMO USAR Iniciar com comprimido/dia antes da principal refeição ou até 1 hora depois EFEITOS COLATERAIS Urgência e incontinência fecal, flatulência com perdas, fezes gordurosas e aumento da defecação Cálculos por oxalato de cálcio Geralmente são transitórios – primeiros 3 meses de tto Efeitos ↑ c/ ingesta de gordura → efeito educador LOCASSERINA MECANISMO (serotoninérgicos) Agonista seletivo do receptor 5-HT2C Ação central→ -- apetite via central e ↑ saciedade Atuam + receptores da POMC (no núcleo arqueado) CONTRAINDICAÇÕES COMO USAR – 10mg 2x/dia EFEITOS COLATERAIS LIRAGLUTIDA (uso principal: diabetes) MECANISMO Receptores de GLP1 em hipotálamo ativam vias anorexigênicas EFEITO ↑ saciedade Retarda esvaziamento gástrico → alimento mais tempo no intestino → náusea CONTRAINDICAÇÕES COMO USAR = Na farmácia, 2 formas: Saxenda e Victoza Anvisa colocou em bula o Saxenda Posologia Dose inicial: 0,6 mg Titulada em 4 semanas até 3mg/dia via SC EFEITOS COLATERAIS = RECOMENDAÇÕES GERAIS Qualquer um das 4 medicações podem ser associadas Evitar uso de medicações manipuladas COMPLICAÇÕES DA DIABETES FISIOPATOLOGIA = De acordo c/ MANEIRA QUE PCTE ACUMULA GORDURA, muda a maneira que gordura age e gera complicações Acúmulo visceral (barriga de cerveja) → ↑ risco cardiovascular Acúmulo subcutâneo → ñ ↑ risco = EFEITO MECÂNICO DO EXCESSO DE PESO ↑ osteoartrose de quadril e joelho = Obesidade visceral → RESISTÊNCIA A INSULINA (isso se dá por alterações endocrinológicas do tecido adiposos) RISCO CARDIOVASCULAR = ADIPOCINAS da gordura visceral são + desfavoráveis: = Gordura subcutânea: (adiponectina é do bem) Na gordura visceral → ↓ adiponectina PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES EVENTOS CARDIOVASCULARES = Geralmente relacionado à DM, HAS, AVC, Doença Renal da obesidade DIABETES = No início: ilhotas pancreáticas funcionam normalmente ao serem ingeridos carboidratos/glicose = Ganha um pouco de peso: céls B estão funcionando bem, então elas ↑ produção de insulina e dão conta Até esse momento, é um obeso metabolicamente saudável = A partir de um momento quando passa do limite em que pâncreas não consegue compensar a resistência insulínica → entra em pré-diabetes/diabetes e começa ↑ risco cardiovascular e complicações DISLIPIDEMIA = 3 enzimas envolvidas Lipase Hormônio Sensível (LHS) Lipase lipoproteína (LPL) Lipase hepática = LHS Age no tecido adiposo, liberando ácidos graxos livres à circulação Atividade – pela insulina Em condições de resistência insulínica: insulina não consegue mais inibir → gordura fica liberando ácidos graxos/triglicerídeos à circulação → músculos e fígado = LPL Age no endotélio vascular Hidrolisa QM e VLDL (moléculas ricas em TG) → ↓ TG Atividade ↑ pela insulina o Em condições de resistência insulínica: LPL não funciona → ↑ TG na circulação Pcte c/ ↑ hiperTG ( > 1000/2000): fazer insulina na circulação → + LPL → vence resistência insulínica → ↓ TG = LH Papel na formação de lipoproteínas pequenas e densas no LDL Quando ↑ insulina: ↑ ação da LH → ↑ formação de LDL e ↓ HDL HAS = Relação direta IMC e HAS = ↑ produção de adipocinas → ↑ tônus simpático → ↑ hipertensão = Gordura visceral → ↑ Atividade do SRAA → ↑ reabsorção de sódio e água e do tônus simpático → sobrecarga de V, alterações hemodinâmicas e maior incidência de Doença arterial coronariana (DAC) = Obesidade relacionada a disfunção endotelial e vasoconstrição DOENÇA RENAL = A própria obesidade pode dar doença renal INDEPENTE de ter diabetes ou não. Por conta das adipocinas do mal – TNF- alfa e IL-6, que → GESF (glomérulo esclerose segmentar e focal) GASTROINTESTINAL DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO Devido a alterações na expansão torácica e ↑ na pressão do abdômen COLELITÍASE E PANCREATITE ESTEATOSE HEPÁTICA Início: fígado saudável Paciente começa a engordar → alterações nas lipases lipoproteicas → ↑ aporte de triglicerídeos ao fígado → esteatose A gordura produz IL-6, TNF-alfa que ↑ inflamação → esteatohepatite Necessário saber se deve-se manter alterações relacionadas ao estilo de vida ou se deve biopsiar o fígado pq há risco de virar cirrótico INDICAÇÕES DE BIÓPSIA o Tem esplenomegalia (sugestiva de cirrose) o Tem estigmas periféricos de doença hepática crônica (sugestivo de cirrose) o Tem citopenias (sugestiva de cirrose) o Tem Ferritina sérica > 1,5x o limite superior do normal (sugestivo de NASH e fibrose avançada) o > 45 anos c/ obesidade associada ou diabetes (↑ do risco de fibrose avançada) REUMATOLÓGICOS Osteoartrite ↑ da sobrecarga articular → inflamação Hiperuricemia (Crises de gota) ONCOLÓGICOS = ↑ gordura corporal → ↑ risco de CA ↑ gordura corporal → ↑ resistência insulínica → ↑ produção insulínica pelo pâncreas p/ compensar. Insulina é um hormônio anabólico (faz as coisas crescerem) → ↓ IGFBP-1/2 (proteínas ligadores no IGF-1, que funciona como hormônio do crescimento, estimulando várias áreas do corpo, entre elas células cancerígenas. Então se eu tenho ↓ da proteína que liga o IGF-1 → ↑ IGF-1 livre → ↑ risco de câncer = Outra via: Gordura → ↑ produção de estrona (derivado do estradiol) e esses tumores tem receptores de estradiol, sendo bastante estimulados VIAS AÉREAS SÍNDROME DE APNEIA/HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO ASMA Gordura ↑ resposta inflamatória (IL-6, TNF-alfa) Paciente obeso ↑ episódios de asma Asmático toma muito corticoide → ↑ deposição de gordura visceral GINECOLÓGICO Fisiologia normal: Hipófise produz LH, que vai na camada da TECA, pra + o colesterol e fazer com que ele entre na via da esteroidogênese → ↑ progesterona e testosterona. Mulher não vai ficar produzindo testosterona. Então FSH faz testosterona sair da TECA e entrar na zona granulosa, onde testosterona vira estrona e estradiol. Esse mesmo FSH também estimula a ovulação Quando tem excesso de insulina: -- FSH → bloqueando migração da testosterona da TECA à GRANULOSA → Então mulher não ovula e fica com vários cistos (que são folículos que deveriam ter ovulado) no seu ovário DERMATOLÓGICAS ACANTOSE - insulina ↑ → + melanócitos em dobras → escurecendo ACROCÓRDONS – Relacionado c/ risco de CA de cólon TRATAMENTO = Específico p/ complicações = NUNCA esquecer de tratar obesidade (Causador das complicações)
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