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Sistema Cardíaco

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Sistema Cardíaco. 
 
 
 
Conceitos hemodinâmicos. 
• Pré-carga: É a força ou carga exercida no miocárdio no final da 
diástole (estiramento das fibras). Pode dizer que se refere a 
quantidade de volume sanguíneo no ventrículo no final da 
diástole. 
• Pós-carga: e refere a resistência ou pressão que os ventrículos 
tem que exercer para ejetar seu volume sanguíneo. 
 
Conceitos hemodinâmicos - Inotropismo. 
• Representa a força de contração cardíaca. 
• Quando o desemprenho é maior do que o previsto, o 
inotropismo é positivo. 
• Quando o desemprenho é menor do que o previsto, o 
inotropismo é negativo. 
 
 
Conceitos hemodinâmicos – Débito cardíaco. 
• Corresponde ao volume de sangue ejetado pelo ventrículo 
esquerdo na aorta, em um minuto. 
• Varia quando houver alteração na pré-carga, na pós-carga ou 
no inotropismo. 
 
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). 
• Estado clínico da interação dos sistemas neuroendócrino e 
vascular. 
• O coração está inapto para manter o equilíbrio circulatório, 
tornando-se incapaz de levar oxigênio aos tecidos, por 
deficiência primária do inotropismo, levando à diminuição do 
débito cardíaco. 
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). 
• Para a compensação, haverá alterações no inotropismo, na 
précarga e na pós-carga, no débito cardíaco e vasoconstrição 
periférica. 
• O tratamento tem por objetivo melhorar as condições clínicas 
do paciente, reestabelecendo o débito cardíaco próximo ao 
normal. Para isso é necessário interferir no rearranjo da pré e 
pós-carga por meio de medicamentos. 
Digitálicos 
– Introdução. 
• O termo Digitálico deriva de plantas do gênero Digitalis, conhecida 
popularmente como dedaleira, cujas flores lembra “dedos”. 
• Tais plantas e outras possuem ação sobre o miocárdio, sendo 
utilizadas principalmente no tratamento da insuficiência cardíaca 
congestiva (ICC), quando há deficiência no inotropismo (força de 
contração cardíaca). 
Digitálicos – 
• Possuem grande importância por serem os únicos agentes 
inotrópicos viáveis para o uso prolongado via Oral (VO), em 
pacientes com ICC. 
 
 
Digitálicos 
Mecanismo de ação. 
• Tem efeito inotrópico positivo, já que inibe a enzima que degrada Na 
e K, mantendo assim elevada a concentração de Ca intracelular, o 
que causa o aumento da intensidade de contração do músculo 
cardíaco. 
 
Digitálicos – 
- outros efeitos importantes. 
• Restabelecem os reflexos barorreceptores comprometidos na ICC. 
• Aumentam a atividade Parassimpática nos Nodos Sinusal e Átrio 
Ventricular e diminui a ação do Simpático, causando a diminuição da 
frequência cardíaca. 
 
 
Digitálicos 
Usos terapêuticos 
• Primordialmente usados em casos de nas Disfunções Miocárdicas 
Sistólicas, ou seja, quando o coração insuficiente tem sua capacidade 
de contração diminuída. 
• O coração insuficiente, para compensar sua incapacidade de contrair 
adequadamente aumenta sua frequência de batimentos. 
Digitálicos – 
• São contraindicados nos casos de obstrução do fluxo ventricular 
esquerdo, pericardite, tamponamento cardíaco doenças cardíacas 
sem sinais de ICC, entre outras. 
 
Digitálicos – Efeitos colaterais. 
• Intoxicação: caracterizada por: 
• Depressão do SNC (letargia). 
• Anorexia, vômito e diarreia. 
• Arritmias cardíacas. 
 
– 
Digitálicos Principais agentes. 
• Digoxina. 
 
 
 Vasodilatadores – Introdução. 
 
• Vasodilatadores, causam a dilatação dos vasos do corpo 
fazendo assim com que o sangue flua de força “facilitada”, 
isso causa a diminuição da pressão arterial. 
• Por dilatar os vasos, é utilizado para reduzir a pré e póscarga 
no tratamento da ICC. 
 
Vasodilatadores – Principais medicamentos. 
Nitroprussiato de Sódio. 
• Potente venodilatador e vasodilatador 
arteriolar. 
• Via de administração: IV. 
• É utilizado para o tratamento da 
hipertensão (pouco utilizado na medicina 
veterinária). 
• Efeitos colaterais: náusea, tremores musculares e hipotensão. 
 
Vasodilatadores – Principais medicamentos. 
Hidralazina. 
• Tem ação arteriolar direta, atua na musculatura vascular lisa, produzindo o 
relaxamento da mesma, principalmente nos leitos coronarianos, renal, cerebral e 
mesentérico. 
 
• Não atua no sistema venoso. 
• Aumenta a contratilidade miocárdica por via reflexa, 
pois ativa as vias de produção da histamina que gera 
norepinefrina. 
• O relaxamento arteriolar resulta em diminuição da 
resistência vascular periférica e aumento do débito 
cardíaco em pacientes com ICC. 
• É bem absorvida por VO e inicia sua ação após 1 hora da 
administração. 
 
 
 
Vasodilatadores – Principais medicamentos. 
Inibidores da ECA – Enalapril. 
• Administração: VO. 
• Melhora o desemprenho cardíaco sem alterar o inotropismo e consumo de oxigênio. 
• Redutor da pré carga. 
• Reduz a pós carga pode diminuir o tamanho ventricular e a 
tensão da parede. 
• São utilizados no tratamento do edema pulmonar 
cardiogênico agudo. 
• Efeitos colaterai hipotensão, depressão, letargia, 
náusea. 
 
Vasodilatadores – Principais medicamentos. 
Pentoxifilina. 
• Administração: VO. 
 
• Indicado como vasodilatador periférico melhorando a 
circulação. 
• Possui efeito antiarrítmico. 
• Inibe a agregação plaquetária e aumenta a propriedade 
do fluxo dos eritrócitos, o que age diretamente sobre o 
coração, pois reduz a resistência vascular periférica, 
diminuindo o débito cardíaco. 
• Mais utilizado em animais idosos. 
• Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, inapetência e 
diarréia. 
 
O que são arritmias? 
• Anormalidade na frequência cardíaca decorrente da alteração na 
origem do impulso cardíaco, na condução deste, ou por uma 
associação de ambos os fenômenos. 
• Gera instabilidade hemodinâmica, proporcionando enchimento e 
ejeção ineficazes. 
• Podem ser causadas por diversos motivos, entre eles: 
medicamentosos (dentre eles a digoxina), desequilíbrio entre os 
sistemas simpático e parassimpático, estiramento excessivo da 
musculatura cardíaca (cardiomiopatia dilatada), entre outras. 
 
Classificação das Arritmias: 
• Supraventriculares: origem atrial. 
• Ventriculares: origem ventricular. 
• Condução anormal dos impulsos: taquirritmias (quando a 
despolarização em foco ectópico origina frequência acima do 
normal para a espécie) ou bradirritmias (quando a despolarização 
em foco ectópico origina frequência abaixo do normal para a 
espécie). 
 
 
 
Medicamentos antiarrítmicos. 
• São medicamentos capazes de controlar e/ou suprimir as arritmias. 
• Visam prevenir o comprometimento hemodinâmico e a morte 
súbita pela presença de arritmias graves. 
 
 
Classificação: Classe I 
• Utilizados com frequência no tratamento das taquirritimias 
ventriculares. 
• Usados nas arritmias causadas por aumento da automaticidade. 
• Bloqueias os canais de Sódio, estabilizando a membrana 
miocárdica. 
• Possui grande ação sobre as células marca-passo. 
 
 
Classe IA. 
• Deprimem a condução tanto das células cardíacas normais como 
das lesadas e prolongam a despolarização. 
 
 
 
Classe IA – Procainamida. 
• Administração: VO e VI. 
• Efetiva para arritmias tanto 
supraventriculares como 
ventriculares. 
• Medicamento de escolha para 
terapias de longa duração e 
naquelas refratárias à lidocaína. 
• Não interage com a Digoxina. 
• Possui meia vida de 3 h. 
 
 
Classe IB. 
• Deprimem a velocidade de condução somente das células lesadas 
e reduzem o potencial de ação por acelerar a repolarização. 
 
 
 
Classe IB – Lidocaína. 
• Via de administração: IV. 
• Medicamento de escolha para emergências 
caracterizadas pela presença de taquicardia 
ventricular e seus sinais clínicos. 
• Age nas células lesadas onde o potencial de 
ação esta mais comprometido que nas células 
normais. 
Classificação: Classe 
II. 
• Possui atividade antiadrenérgica no coração. 
• Diminui a velocidade de condução do potencial de ação da 
célula. 
• Utilizados na terapia das
taquirritmias supraventriculares e 
ventriculares. 
• Diminui a contratilidade miocárdica e, consequentemente o 
consumo de oxigênio. 
 
 
Classe II – Propranolol. 
• Administração: VO. 
• Betabloqueador adrenérgico não seletivo (bloqueia tanto receptores 
β1 quanto β2). 
Classificação: Classe 
• Utilizado em larga escala no início da terapia 
antiarrítmica. 
• Utilizado em associação com agentes da classe I 
para tratamento das arritmias ventriculares 
refratárias. 
• Contraindicado para pacientes com asma e 
distúrbios aéreos superiores. 
• Interage com a Digoxina, promovendo a 
exacerbação do bloqueio átrio ventricular. 
 
 
III. 
• Prolongam o potencial de ação através do bloqueio dos canais 
de potássio. 
• Prolonga a condução nos nós sinusal e átrio ventricular. 
• Eficientes principalmente no tratamento das taquirritmias 
ventriculares. 
Classificação: Classe 
Classe III – Amiodarona. 
• Via de administração: VO ou VI. 
• Agem nas taquirritmias supraventriculares e na fibrilação atrial, ou ainda nas 
taquirritmias ventriculares refratárias à lidocaína. 
• Bloqueia os canais de potássio. 
• Possui a característica de formar depósito em 
tecido adiposo, podendo ter meia vida de até 3 
dias no cão devido a este fato. 
• Efeitos colaterais: distúrbios hepáticos e 
gastrointestinais. 
• 
 
IV. 
• Chamados de antagonistas do Cálcio / bloqueadores dos canais 
de Cálcio. 
• Prolongam a duração da condução nos nós sinusal e 
atrioventricular. 
• Efetivos no tratamento das taquirritmias supraventriculares. 
 
Classificação: Classe 
Classe IV – Diltiazem. 
• Via de administração: VO. 
• Utilizado em cães e gatos em associação com 
a Digoxina. 
• Efeitos colaterais: devido a superdosagem, 
que leva a vasodilatação e bradicardia, que 
podem evoluir para parada cardíaca.

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