AD1 Literatura

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD 
 
Avaliação a Distância 1 (AD1) – 2020.2 
 
Disciplina: Literatura na Formação do Leitor 
Coordenadora(o): Anna Carolina C. de A. da Matta Machado 
 
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1ª Questão: (valor: 4,0) 
 
a) (2,0) Retome a leitura das Aulas 1 e 4. 
Responda, com suas palavras, construindo um texto autoral, à pergunta do título da Aula 1, 
que reúne provocações para as reflexões que fizemos. 
Você pode dialogar com o conteúdo e outras eventuais pesquisas sobre essa temática que 
deseje fazer, mas é essencial que seu texto traga seu olhar sobre estas indagações (e fontes 
de pesquisa, caso outras referências sejam utilizadas). 
 
- O que é, o que é... leitura? Leitor? Literatura? 
 
A leitura, assim como a Literatura, por muito tempo foi entendida de forma reduzida, ela 
era vista como mera decodificação de símbolos ou compreensão das palavras e 
expressões, mas com o passar do tempo ela tem ganhado múltiplos sentidos, de forma 
que, hoje em dia, é possível afirmar que, ao lermos estamos nos posicionando diante do 
mundo. 
Como já foi dito, inicialmente a Literatura, de forma reduzida, era vista como o saber, a 
cultura do letrado, mas com o passar do tempo ela passa a ser uma atividade de criação 
onde o autor recria a realidade de maneira artística, utilizando-se das palavras de forma 
figurada para oferecer maior expressividade, subjetividade e sentimentos ao texto. 
Atualmente ela também pode ser entendida como o conjunto das obras literárias de um 
país, mas sobretudo ela é uma forma de entender o mundo. 
O leitor (junto com o narrador e o autor) é uma das três entidades que se relacionam 
durante a leitura. O papel do leitor nessa relação é, portanto, ser aquele que indaga, que 
busca, que interfere e que compartilha sentidos. 
 
 
b) (1,0) Na Aula 1 você pode conhecer um pouco sobre a história de leitor do escritor Moacyr 
Scliar. Assista a esta breve entrevista com Ziraldo, disponível em: 
https://youtu.be/cMzhbNuJSSY . Em seguida, leia abaixo esses relatos da escritora Ana 
Maria Machado e escreva um texto narrando sua constituição como sujeito leitor. 
Como foi seu acesso ao universo literário? 
 
https://youtu.be/cMzhbNuJSSY
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Não sei direito com que idade eu estava, mas era bem pequena. Mal tinha altura bastante 
para poder apoiar o queixo em cima da escrivaninha de meu pai. Diante dele sentado 
escrevendo, eu vinha pelo outro lado, levantava os braços até a altura dos ombros, pousava 
as mãos uma por cima da outra no tampo da mesa, erguia de leve o pescoço e apoiava a 
cabeça sobre elas. (...) Só que no meio do caminho tinha outra coisa. Bem diante dos meus 
olhos, na beirada da mesa. Uma pequena escultura de bronze, esverdeada e pesada, numa 
base de pedra preta e lustrosa. Dois cavalos. (...) – O da frente se chama Dom Quixote. O 
outro, Sancho Pança. (...) Em seguida, eu quis saber onde eles moravam. (...) – É na 
Espanha, muito longe daqui – disse meu pai. (...) – Mas também moram aqui pertinho, quer 
ver? Dentro de um livro. Levantou-se, foi até a estante, pegou um livro grandalhão, sentou-
se numa poltrona e me mostrou. Lá estavam várias figuras dos dois, em preto-e-branco 
(MACHADO, 2002, pp. 7-8). 
 
(...) 
 
Não lembro da alfabetização. Lembro que para a festa de fim de ano, pouco antes de eu 
fazer cinco anos, Dona Jurema distribuiu um bilhete para a gente levar para os pais, e nele 
dizia a minha mãe que devia mandar papel crepom de alguma cor que eu não lembro, para 
fazerem minha fantasia de dália, porque o teatrinho ia ser sobre um jardim e eu fazia papel 
de flor. Eu li e não gostei, não queria aquela cor, queria amarela e reclamei. Ela levou um 
susto. Como é que eu sabia o que estava escrito? Ainda por cima, manuscrito... Recolheu o 
bilhete e mandou outro, convocando minha mãe para uma conversa no colégio. Mamãe veio 
e levou outro susto. Também não sabia que eu estava lendo fluente. (...) Mamãe jurou que 
não tinha culpa. As duas então me testaram e descobriram que eu lia tudo. Moral da história: 
fui premiada com a fantasia amarela, como eu queria. Em seguida, no meu aniversário de 
cinco anos, ganhei meu primeiro Almanaque do Tico-Tico e o livro fundador, que marcaria 
minha vida para sempre, Reinações de Narizinho (MACHADO, 1996, p. 17). 
 
(...) Lia o que meu avô me dava, o que meu pai me indicava, o que minha mãe estava lendo, 
o que meus amigos emprestavam. E escrevia. Redações na escola toda semana. Um artigo 
sobre pesca artesanal em Manguinhos para uma revista de folclore, que meu tio levou para 
publicar sem ninguém identificar que fora escrito por uma menina. Cartas para meu avô, 
meus primos, meus amigos. E cartinhas de amor adolescente. Numas férias arrumei um 
namorado em Vitória, o mais lindo e cobiçado da turma. Durante todo um ano, foi uma troca 
de cartas esperadíssimas – e minha palavra tinha que ser suficientemente sedutora para fazer 
com que aquele gato não me esquecesse e suspirasse pela minha volta. Alguém quer melhor 
motivação para a escrita? No ano seguinte, outros gatos, em outros cenários, faziam parte do 
grêmio do colégio – em pouco tempo eu era redatora do jornalzinho escolar, fazendo várias 
seções diferentes em estilos diversos. Ainda não inventaram melhor oficina da palavra 
(MACHADO, 2001(b), pp. 188-189). (Fonte: Sobre o ser escritor no discurso de Ana Maria Machado 
Faculdade de Educação, Grupo ALLE – Alfabetização, Leitura e Escrita Universidade Estadual de Campinas – 
Unicamp Simone Michelle Silvestre. Disponível em: http://alb.com.br/arquivo-
morto/edicoes_anteriores/anais16/sem08pdf/sm08ss06_06.pdf ) 
 
 
Não tenho uma boa memória, portanto, não lembro bem quando foi que comecei a ler, 
mas lembro de alguns livros infantis que minha mãe lia pra que eu e meu irmão 
dormíssemos. Apesar de meus pais terem tentado incentivar que nós praticássemos a 
leitura, eu particularmente era uma criança bem tímida e hiperativa o que me fazia preferir 
qualquer outra atividade do que me arriscar a passar vergonha lendo errado. 
Eu sou cristão evangélico então desde pequeno eu li a bíblia, também me lembro de ter 
que ler um ou dois livros paradidáticos (como: “Compra pra mim!”; “Orgulho e 
http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem08pdf/sm08ss06_06.pdf
http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem08pdf/sm08ss06_06.pdf
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Preconceito”; “Iracema”...), os quais o colégio escolhia anualmente, contudo, eu lia muito 
devagar e acabava por não conseguir completar a leitura na maioria das vezes. 
Eu sempre tirei boas notas, todavia, eu era sempre o ultimo a sair das provas e com o 
passar do tempo desenvolvi algumas estratégias como ler as questões antes dos textos 
(para poder ler os textos já procurando as respostas), por exemplo. Hoje eu reconheço 
que deveria ter pedido ajuda, apesar de que naquela época ainda não havia toda a 
preocupação que se tem hoje em dia para com fazer com que o aluno se sinta parte do 
processo de ensino. Não só isso, mas também, reconheço a importância, não só, da 
leitura na formação das crianças, mas também do papel dos pais e professores nesse 
processo. 
 
c) (1,0) Pesquise a partir de palavras-chave 2 (dois) artigos acadêmicos no portal SciELO - 
Scientific Electronic Library Online (https://search.scielo.org) ou Google Acadêmico que 
dialoguem com os conteúdos de alguma(s) de nossas primeiras quatro aulas e justifique a 
razão de sua escolha. 
• https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
24782017000100061&lang=pt 
 
• https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/31603280/5.2_Ivanda.pdf?1374430972=&response-
content-
disposition=inline%3B+filename%3D5_2_Ivanda.pdf&Expires=1599485967&Signature=XDGAd~m82hNt6~NL8vIdRBcV2OHzsVWXWYFRTPb2F3Zu9pVlQgUHcxhdEY7ab42zj
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Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA 
 
Ambos os textos analisam questões relativas a formação do leitor, a função interativa das 
práticas de leitura, a leitura, literatura e a escola, além do processo de escolarização da 
leitura literária e suas práticas. Enquanto o primeiro texto foca em falar sobre a 
experiencia e o cotidiano escolar, o segundo texto discorre sobre o papel da literatura em 
sala de aula e sobre as inter-relações entre o texto literário e o leitor. 
 
2ª Questão: (valor: 4,0) 
 
a) (2,0) Reescreva a seção “Resumo” da Aula 5 de modo que o resumo não seja mais em tópicos 
e sim um texto objetivo, porém mais aprofundado. 
 
Compartilhamos até agora algumas reflexões sobre a natureza da leitura realizada na 
escola e percebemos que é preciso priorizar, além do hábito, o prazer de ler, já que, o 
hábito e o gosto pela leitura são coisas diferentes. O prazer de ler pode ampliar as 
possibilidades no processo de formação de sujeitos-leitores e a escola, inclusive, pode e 
deve envolver-se nesse processo. 
 
b) (2,0) Crie 2 (dois) verbetes com definições e conceitos que em sua visão poderiam enriquecer 
a Aula 5. Para você se lembrar deste recurso (verbete), veja na Aula 4 a caixa de texto com a 
definição de “Epistemológica”. 
 
• Chico Buarque- Nascido em 19 de junho de 1944, Francisco Buarque de 
Hollanda, é um Cantor, compositor, escritor, dramaturgo, uma personalidade 
https://search.scielo.org/
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782017000100061&lang=pt
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782017000100061&lang=pt
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https://pt.wikipedia.org/wiki/19_de_junho#Nascimentos
https://pt.wikipedia.org/wiki/1944
 4 
intelectual e atuante na política. É conhecido por ser um dos maiores nomes da 
música popular brasileira (MPB), compôs inúmeras canções importantes, sendo 
algumas delas críticas e denúncias sociais. 
 
• Roland Barthes- nasceu em Cherbourg, na França, no dia 12 de novembro de 
1915 e morreu em dia 25 de março de 1980, após um mês internado por ter sido 
atropelado. foi um escritor, sociólogo, filósofo, etc. Formado em Letras Clássicas, 
Gramática e Filosofia. 
 
❖ Bibliografia: 
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/chico-buarque.htmhttps://www.ebiografia.com/roland_barthes/ 
 
3ª Questão: (valor: 2,0) 
Esta questão pode ser feita em dupla ou individualmente. Importante incluir o nome 
completo dos(as) integrantes da dupla em ambas as ADs entregues. Além das respostas 
idênticas, indicando que a questão foi feita pela dupla. 
 
a) Elabore 5 questões que possam ser respondidas com os conteúdos abordados nas nossas 
Aulas 1 a 7 e pesquisas adicionais, e que você teria interesse em pesquisar. Pense em 
questões que, por exemplo, gostaria de ter comentadas por sua mediadora presencial, ou 
talvez assistindo a uma live com professores, autores etc. 
 
Nome da dupla: Yéssica Andrade Galvão 
Matrícula: 19112080212. 
 
1. Diferencie e explique com exemplos práticos o que é leitura reduzia e leitura 
ampliada, e como essas práticas desenvolve o aluno-leitor? 
2. Pesquise os índices de leitura brasileira e explique a sua relação com a execução 
de práticas de leitura em sala de aula: 
3. Sabendo que o texto muitas vezes é usado como pretexto para ensinar questões 
gramaticais, esclareça por que é importante que os textos, trabalhados nas 
escolas, sejam contextualizados tendo uma síntese da obra e referência ao(à) 
autor(a) do texto? 
4. Quem são os principais agentes formadores do ambiente gerador de leitura para a 
formação do leitor? E como eles devem guiar esse processo? 
5. Qual a diferença entre prazer superficial e essencial? 
 
b) A Atividade Final da Aula 4 propôs relembrar o filme Janela da Alma (disponível em: 
https://youtu.be/4F87sHz6y4s ). Pesquise outros filmes abordem literatura ou sejam 
adaptações de obras literárias para o cinema que em sua visão despertem o prazer pela 
leitura e a imaginação no ato de ler. 
 
Memórias Póstumas de Brás Cubas 
 
O filme estreou em 17 de agosto de 2001, baseado no livro homônimo de Machado de 
Assis, um clássico da literatura brasileira. O defunto-autor Brás Cubas decide escrever 
sobre as passagens mais importantes de sua vida. 
 
O Auto da Compadecida 
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/chico-buarque.htm
https://www.ebiografia.com/roland_barthes/
https://youtu.be/4F87sHz6y4s
 5 
 
O filme estreou em 15 de setembro de 2000, baseado na peça teatral homônima, que foi 
escrita em forma de auto e em três atos, do grande Ariano Suassuna. O filme mostra as 
aventuras de João Grilo e Chicó, dois nordestinos pobres que vivem de golpes para 
sobreviver. 
 
O Tempo e o Vento 
 
O filme estreou em 20 de setembro de 2013, baseado na obra homônima de Erico 
Verissimo, essa produção havia sido um sucesso na TV 20 anos antes. Conta a história 
de Ana Terra, do Capitão Rodrigo Cambará e de Bibiana, que estão no romance “O 
Continente”, integrante da obra “O Tempo e o Vento”. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/2013