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PROJETO INCLUSÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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15
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Alan Fantecelle Ferreira
INCLUSÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Inclusão de alunos com deficiência auditiva nas aulas de Educação Física
Colatina
2017
Alan Fantecelle Ferreira
INCLUSÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Inclusão de alunos com deficiência auditiva nas aulas de Educação Física
Colatina
2017
Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física.
Orientador: Prof. Ms. Túlio Bernardo Macedo Alfano Moura.
Tutor eletrônico: Eduardo Aparício Fernandes.
Tutor de sala: Alex Santiago Duarte Leite da Silva.
FERREIRA, Alan Fantecelle. Inclusão nas aulas de Educação Física: Inclusão de alunos com deficiência auditiva nas aulas de Educação Física. 2017. 24. Projeto de Ensino (Graduação em Educação Física) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Colatina, 2017.
RESUMO
A inclusão social é hoje um dos focos principais quando se trata de buscar soluções para uma sociedade mais justa e unida, e um dos meios pelos quais é possível haver essa inclusão é por meio de práticas esportivas e da educação física por vários aspectos, sendo que um dos principais é a integração de pessoas de diferentes potenciais e valores sob as mesmas perspectivas construtivistas e positivas. Para tanto, se faz necessário o aprofundamento acerca de temas relevantes como qualidade de vida, sociedade, saúde e a própria inclusão social através do esporte, mais precisamente da educação física escolar, o que sugere também reflexões a respeito do papel social das escolas e dos profissionais em educação física envolvidos no projeto pedagógico, o que neste caso representa a inclusão de alunos com deficiência auditiva nas aulas de educação física, norteando suas atividades sob a ética, respeito, conhecimento de causa e sensibilidade em interagir e integrar os alunos nessas perspectivas.
Palavras-chave: Inclusão; educação; respeito; conhecimento.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................	04
1.1.	TEMA DO PROJETO ........................................................................	04
1.2.	JUSTIFICATIVA ................................................................................	05
1.3.	SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA .................	05
1.4.	PROBLEMATIZAÇÃO .......................................................................	05
1.5.	OBJETIVOS ......................................................................................	06
OBJETIVO GERAL ........................................................................... 06
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................. 06
2.	REVISÃO DE LITERATURA ............................................................	09
3.	DESENVOLVIMENTO ......................................................................	15
4.	CRONOGRAMA ...............................................................................	18
5.	CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................	19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...........................................................	20
INTRODUÇÃO
Sabe-se que a Educação Física - EF é uma disciplina exigida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN onde os professores da área devem trabalhar o enriquecimento motor. Dentro desse enriquecimento estão inclusos as danças (danças populares, jogos de ritmos e musicalidade), as lutas que podem ser mais retratadas com os jogos de oposição, as ginásticas, os jogos e brincadeiras que englobam toda a psicomotricidade e as valências físicas, e por último os esportes que vão dos jogos mais simples aos mais complexos, com regras estabelecidas pelo próprio professor (BRASIL, 2000).
Sabe-se também que o conteúdo de Educação Física auxilia na integração e inclusão dos alunos com deficiência, fazendo com que tenham mais disposição desenvolverem habilidades e promoverem a saúde (BERRO, 2008, DIEHL, 2008).
Segundo o Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, há um grande número de deficientes nas escolas, pois hoje rege a Educação Inclusiva – EI, que obriga as escolas se adequarem para estar recebendo crianças com diversas deficiências, e também estabelece que os profissionais da Educação tenham habilidades necessárias para incluir e trabalhar com esses alunos em diversas disciplinas, no mais específico a Educação Física.
1.1. TEMA DO PROJETO
INCLUSÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: Inclusão de alunos com deficiência auditiva nas aulas de Educação Física. O objetivo do Projeto é fornecer informações básicas sobre a audição, a deficiência e o deficiente auditivo, para facilitar a intervenção do professor de Educação Física, nas turmas onde estiverem incluídos alunos surdos.
1.2. JUSTIFICATIVA
Percebe-se que o tema é relevante, pois se sabe que a tendência será que as escolas deverão estar preparadas para prestar auxílio a essas crianças com necessidades especiais, inclusive os com deficiência auditiva – DA. Portanto com as informações reunidas nesse estudo acredita-se que muitos profissionais terão um direcionamento nas suas aulas e perceberão que as aulas de Educação Física são de extrema importância para esses alunos com deficiência.
1.3. SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA
Escola pesquisa - Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Rubens Rangel de Colatina/ES. Endereço: Rua: Pedro li, nº 128 – Bairro: Esplanada. CEP: 29702- 715. Colatina/ES. O projeto esta direcionado aos alunos do Ensino Fundamental e Médio, na Inclusão de alunos com deficiência auditiva nas aulas de Educação Física.
1.4. PROBLEMATIZAÇÃO
Surge uma imensa dificuldade por parte das escolas em conseguirem integrar as crianças com necessidades especiais devido à necessidade de criar as condições adequadas, assim SANCHEZ deixa claro que:
"A filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada em que as escolas, enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência). Trata-se de estabelecer os alicerces para que a escola possa educar com êxito a diversidade de seu alunado e colaborar com a erradicação da ampla desigualdade e injustiça social." (SANCHEZ, 2005).
1.5. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Compreender a importância das aulas de Educação Física Escolar na inclusão de alunos com deficiência auditiva.
Os principais objetivos das aulas de Educação Física é proporcionar o enriquecimento corporal do aluno de modo geral, promover a socialização de todos na aula, respeito e superação das limitações e a promoção do divertimento e descontração.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
· Compreender sobre a Deficiência Auditiva;
· Entender sobre a inclusão e sua importância,
· Compreender os benefícios da Educação Física para esses alunos.
2. REVISÃO DE LITERATURA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
As pessoas que são desprovidas de percepções como visão ou audição são consideradas por alguns autores como deficientes sensoriais (DIEHL, 2008).
Muitos são os nomes que utilizamos ao se referir àqueles que têm os sentidos da audição afetado ou nulo, tais como “mudos”, “surdos-mudos” e deficientes auditivos (WRIGLEY, 1996 apud DIEHL, 2008).
A audição é definida por um importante sentido para o desenvolvimento como indivíduo dentro da sociedade, é o primeiro sentido a ser apurado, através do diálogo da mãe com o seu bebê, dos novos sons, do conhecimento do mundo que nos rodeia (BERRO, 2008).
De acordo com o Berro (2008) “A deficiência auditiva, popularmente conhecida como surdez, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir, isto é, um indivíduo que apresente um problema auditivo”.
É considerado surdo todo o indivíduo que possui deficiências em sua audição relacionadasa funções fisiológicas (BERRO, 2008).
Segundo Cecatto et. al. (2003) muitas das causas de Deficiência auditiva está ligada a vários fatores, nos quais se podem destacam:
a) Rubéola Materna: é uma doença causada por um vírus que pode causas más formações em recém-nascidos de mães que contraem a doença na gestação;
b) Meningite piogênica: é uma doença bacteriana caracterizada pela formação de pus, se não tratada pode causa danos no aparelho auditivo e nos casos mais extremos o coma;
c) Causa Idiopática: que tem idiopática, que é o termo que, em patologia médica, é usado para indicar que determinado mal ou doença não possui causa certa ou conhecida;
d) Prematuridade: condição de prematuro, ou seja, precoce, o bebê nasce antes do tempo ideal;
e) Otite Média Crônica – OMC: que é uma inflamação na mucosa da orelha média até a tuba auditiva, podendo ser causada por fatores bioquímicos, bacterianos, histológicos e sistêmicos;
f) Icterícia Neonatal: caracterizado pela predominância da pele amarela no bebê devido ao excesso de bilirrubina no sangue, o acúmulo dessa substância causa lesões graves ao sistema nervoso;
g) Hereditariedade: herança de pai ou mãe com surdez (SILVA; QUEIROS; LIMA, 2006). 
Tipos de DA
Para Diehl (2008) existe uma grande diferença entre surdez e Deficiência Auditiva – DA, sendo que a surdez é congênita, o indivíduo nasce sem ouvir nenhum som, os contrário, o DA é um déficit adquirido, ou seja, o indivíduo nasce escutando e a partir dos anos devido a traumas ou doenças ela vai perdendo essa capacidade.
Conforme Diehl (2008) existem alguns tipos de DA:
a) DA Condutiva;
b) DA Sensório-Neural;
c) DA Mista;
d) DA Central ou Surdez Central.
A DA Sensório-Neural ou neurossensorial resulta de danos das células sensoriais auditivas, esse tipo de perda se deve a hereditariedade, em outros casos pode ser provocada no nascimento ou durante a gestação.
A DA Condutiva afeta todas as frequências de som, muito comum em adultos devido ao depósito de cerúmen (cera) no canal auditivo externo, além disso, ela pode ser causada por doença como a Otite Média ou obstruções no ouvido interno ou externo.
A DA Auditiva Central define-se por dificuldades na percepção e compreensão de diferentes informações sonoras, essa deficiência é determinada pela alteração das vias centrais resultando nas perdas sensoriais e condutivas.
Conforme Silva, Queiros e Lima (2006) são a ocorrência de ambas as perdas: neurossensoriais e condutivas, ou seja, é uma lesão do aparelho de transmissão e de recepção.
Classificações da Deficiência Auditiva (DA)
De acordo com Diehl (2008) o Bureau International d’Audiophonologic – BIAP (Escritório Internacional de fonoaudiologia), os graus de surdez são classificados de:
Audição normal 0 a 25 dB
Deficiência leve 26 a 40 dB
Deficiência moderada 41 a 55 dB
Deficiência acentuada 56 a 70 dB
Deficiência severa 71 a 90 dB
Deficiência profunda Acima de 90 dBI 1º Grau: 90 dB;
II 2º Grau: entre 90 e 100 dB;
III 3º Grau: mais de 100 dB;
O decibel (abrevia-se dB) é a unidade usada para medir a intensidade de um som.
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFECIÊNCIA AUDITIVA
A partir das leis impostas pela Constituição Brasileira e a LDB, o ensino tem como um dos seus princípios a igualde de condições para o acesso e para permanecer na escola, além de dar a garantia de atendimento educacional especializado – AEE aos alunos com necessidades educacionais especiais (BRASIL, 1996, 1999).
Conforme Medina (2012) e Rodrigues (2003) a inclusão é um conjunto de meios e ações que lutam contra a exclusão a várias coisas, um exemplo claro seria a exclusão de benefícios e serviços do governo ou da sociedade.
Ao contrário da inclusão há o que se chama exclusão que pode ser provocada pela falta de classe social, origem, educação, idade, preconceitos raciais, e o que muito interessa no presente estudo, a existência de deficiência (MEDINA, 2012; RODRIGUES, 2003).
A inclusão social é oferecer aos mais necessitados a igualdade de oportunidades e serviços de acesso a bens, dentro de um sistema que beneficie a todos e não apenas aos mais favorecidos (MEDINA, 2012; RODRIGUES, 2003).
A inclusão para Sposati (1996 apud AZEVEDO; BARROS, 2004) 5 é conceituada como alcance de um padrão mínimo de acesso ao universo de quatro eixos: renda, desenvolvimento humano, qualidade de vida e equidade [igualdade].
Educação Inclusiva
Conforme o Art. 204 da Constituição: “a educação, é direito de todos e dever do Estado [...]”, pra desmiuçar esse artigo, entende-se que a Educação não deve escolher raça, sexo, idade e muito menos a existência de deficiências, ela deve ser universalizada (BRASIL, 1999).
A Educação Inclusiva – EI conforme Rodrigues (2003) é “o desenvolvimento de uma educação apropriada e de alta qualidade para alunos com necessidades especiais na escola regular”.
E de acordo com Art. 208, inciso III diz: “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência preferencialmente na rede regular de ensino”, ou seja, os alunos com necessidades especiais educacionais tem a garantia de estudar em escolas regulares pelo Poder Público (BRASIL, 1999).
A EI, conforme Rodrigues (2003), procura de forma apropriada e com alta qualidade, não só atender e englobar os deficientes, mas a todas as formas de diferenças dos alunos, sejam culturais, étnicos, etc. A EI repudia a segregação e objetiva que a escola não seja só universal no acesso, mas também no sucesso. 
Ampudia (2011) afirma que para os alunos surdos a inclusão começaria com o direito de receber um intérprete de LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais e o material de apoio para as salas de Atendimento Educacional Especializado – AEE.
Educação Física e Educação Inclusiva
A Educação Física deve englobar os princípios da EI, que seria resumidamente, a inclusão desses alunos no contexto escolar e da sociedade, porém já se sabe que esse tema não é tratado com maior prioridade devido o fato de alguns indivíduos considerarem a disciplina de Educação Física como não essencial para o processo de Inclusão (RODRIGUES, 2003).
Sabe-se que indivíduos, deficientes ou não, sem um programa de atividades físicas sistematicamente planejadas, estão sujeitos aos problemas atuais da civilização moderna pelo sedentarismo (AZEVEDO; BARROSO, 2004).
A EF apresenta o grau de rigidez menor que as outras disciplinas, assim a EF seria uma área disciplinar que tem mais questões inclusivas, devido à flexibilidade inerente aos seus conteúdos (AZEVEDO; BARROSO, 2004).
Além disso, os professores EF são vistos como desenvolvedores de atitudes positivas perante aos alunos, também considerados os profissionais mais importante para o desenvolvimento de inclusão (AZEVEDO; BARROSO, 2004).
Azevedo e Barroso (2004) afirmam a EF permite ampla participação, mesmo dos alunos que evidenciam dificuldades, equiparando o grau de satisfação e participação de alunos com níveis de desempenho muito diferentes.
PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
A partir dessas informações destaca-se o quanto é importante o papel do professor diante ao crescente número de crianças deficientes em suas aulas (SOLER, 2006).
Soler (2006) também destaca os benefícios que a professor possibilita aos alunos, pois o professor não destaca as limitações e sim as capacidades de cada, motivando-os e estimulando a conhecer ares novos.
O professor deve planejar suas aplicações sempre, registrar momentos e progressos se possível, ter um contato com a família, elogiar o acerto, tem habilidades técnicas para realizar as atividades e explica-las e sempre se manter atualizado (SOLER, 2006; CANALES; LYTLE, 2013).
Canales e Lytle (2013) e Soler (2006) também destacam que o professor que participa das atividades faz com que a autoestima se eleve e melhora a aptidão física e social. 
Alguns autores sugerem que haja um trabalho com materiais como trampolins, escadas, mergulhar em piscinas para auxiliar no trabalho de equilíbrio e outras valências físicas. Outra sugestão importante é trabalhar a comunicação, estimular a leituralabial e sempre falar de frente para aluno (GREGUOL; COSTA, 2013).
Outras sugestões importantes são se possível, o uso de LIBRAS e de pistas [objetos] visuais ou códigos de movimentos específicos para acelerar o desenvolvimento dentro das aulas (GREGUOL; COSTA, 2013; SOLER, 2006).
O uso de teatro, fantoches, vídeos e danças são excelentes atividades para serem trabalhadas com DA, além de jogos de mímica para auxiliar na perda da timidez e ajudar no entretenimento (DIHEL, 2008).
Benefícios da Educação Física para os Deficientes Auditivos
Gorgatti (2005) afirma em seus estudos que muitos alunos deficientes (cegos, surdos e mudos) compreendem a importância da EF e a correlacionam com a saúde e o convívio social.
Conforme Greguol e Costa (2013) destacam que como o ouvido interno abriga os órgãos sensoriais da audição e do equilíbrio a criança e adolescente tende a ter essas capacidades afetadas, além da velocidade e de dificuldades na coordenação, portando o trabalho da EF estimula na melhoria do equilíbrio, que, objetivará no desenvolvimento e na prevenção de prejuízos motores.
Os estudos também constatam que a disciplina melhora vários aspectos ligados à postura, confiança, socialização, autonomia, entre outros (GORGATTI, 2005).
Greguol e Costa (2013) também destacam que a EF beneficia o DA na:
a) Melhoria da ansiedade;
b) Ritmo;
c) Noção Espaço-Temporal;
d) Propriocepção.
Desporto para os DA
Como se sabe o primeiro contato do deficiente com o esporte é por meio da EF, da motivação do profissional e dos colegas que integram seu ambiente (ROSADAS, 1989).
A Educação Inclusiva – EI juntamente com a Educação Física – EF são importantes para agregar esses alunos com DA ou surdos dentro da escola e prepara-los para sociedade (ROSADAS, 1989). 
Os DA, quando bem estimulas e trabalhados, possibilitam a entrada e permanência de várias modalidades esportivas e desportivas, no entanto, isso dará por meio da inclusão desses alunos nas aulas de EF juntamente com o apoio de uma equipe multidisciplinar (DIHEL, 2008; ROSADAS, 1989).
Conforme o INES há um grande número de desportistas DA no país. Desde 1984 a Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos – CBDS (FIG. 4) organiza e promove eventos para esse público, tanto nacional quanto internacional, possuindo inúmeros filiados, inclusive a Federação Mineira de Desportiva de Surdos – FDMS.
3. DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento completo de um indivíduo está muito relacionado com o desenvolvimento dos sistemas sensorial e perceptivo, pois é através desses sistemas que os estímulos ambientais são transmitidos ao indivíduo. Quando ocorre algum impedimento em um desses sistemas, o desenvolvimento do indivíduo pode vir a ser prejudicado devido à dificuldade de interagir com o ambiente.
No caso do deficiente auditivo, as suas características especiais (físicas, psicomotoras e cognitivas) estão associadas ao “início da surdez, etiologia, localização da lesão e quantidade e qualidade dos estímulos ambientais que a criança é exposta” (Pedrinelli & Teixeira, 1994). É importante o diagnóstico precoce da surdez, possível a partir do 5º mês de gestação, para que sejam proporcionados estímulos adequados para o completo desenvolvimento do indivíduo.
Segundo Vygotsky (1993), o maior desafio para o deficiente auditivo no campo intelectual é a “formação de conceitos, generalizações e abstrações” por envolverem comportamentos verbais, sendo mais importante para eles à memória visual.
Ainda segundo os autores, o deficiente auditivo pode apresentar certos problemas de comportamento como:
· Relutância em manter contato com pessoas estranhas;
· Relutância em mostrar o aparelho auditivo, tentando esconder a deficiência, principalmente em adolescentes;
· Concretismo na análise da realidade;
· Rigidez de pensamento;
· Imaturidade em relação ao ajustamento social;
· Tendência para o isolamento social dos ouvintes;
· Ansiedade;
· Capacidade de concentração reduzida.
A imagem corporal e o autoconceito também podem ser influenciados pela surdez. Isso porque são formados através de experiências oriundas do sistema vestibular, cenestésicos e tátil. “Quando a criança amadurece e começa a dar significado às informações visuais e verbais é que a imagem corporal e o autoconceito são afetados por estes sistemas. Normalmente esta mudança começa entre sete e oito anos. As crianças com deficiência visual e auditiva têm um grande impacto nessa mudança” (Pedrinelli & Teixeira, 1994).
Esporte e deficiência auditiva
As modalidades especiais para deficientes auditivos visam atender muito mais a necessidades sociais e de comunicação do que condições físicas. A procura por este tipo de esporte deve-se, segundo Pedrinelli & Teixeira (1994), a:
· Atividades negativas para com a surdez por parte dos ouvintes que os rodeiam;
· Ênfase na fala como única forma de expressão por parte dos ouvintes, o que dificulta a comunicação.
Dança música e deficiência auditiva
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, é possível trabalhar música com deficientes auditivos, sendo eles capazes de “responder a ela através da dança e da expressão corporal. De forma adequada a cada ritmo e de maneira intensa e alegre” (Pedrinelli & Teixeira, 1994).
O trabalho com a música pode ter dois objetivos: a música por si só ou ainda fins terapêuticos (enriquecimento do vocabulário, melhoria da autoimagem, estimulação da leitura labial, desenvolver ritmicidade na fala e introdução ao mundo sonoro).
Para tanto, a criança deve ser estimulada a “descobrir e a perceber as vibrações sonoras através de todo o seu corpo (tocar instrumentos, realizar movimentos rítmicos com o corpo, palmas, etc)” (Pedrinelli & Teixeira, 1994).
“A utilização de música e dança não deve ter o intuito de ‘normalizar’ a criança com dificuldade de comunicação verbal, preconizando essencialmente a sua moralização. O ser humano como sistema complexo apresenta uma infinidade de aspectos que devem ser abordados. Assim, o mais importante é promover o seu bem-estar, auxiliar sua auto-aceitação e auto-valoração, a reconhecer suas limitações e tirar o máximo de proveito de suas infinitas potencialidades” (Pedrinelli & Teixeira, 1994).
Relacionamento professor X aluno deficiente auditivo
Pedrinelli & Teixeira (1994) descrevem alguns pontos que devem ser observados quando em uma aula na qual haja deficientes auditivos:
· Enxergar a criança mais do que a deficiência;
· Considerar as limitações, mas enfatizar as capacidades;
· Estar informado sobre a etiologia, local e gravidade da lesão;
· Procurar ajuda da família ou mesmo de outros profissionais envolvidos com a criança, se for necessário esclarecer algumas dúvidas;
· Manter-se frente ao aluno quando estiver falando;
· Usar todos os recursos possíveis para comunicar-se procurando certificar-se de que o aluno compreendeu a mensagem;
· Não mudar constantemente as regras de uma determinada atividade;
· Não articular exageradamente as palavras;
· Substituir as pistas sonoras por visuais, se necessário.
4. CRONOGRAMA
	ATIVIDADES– DECIFIENTES AUDITIVOS
	Objetivos da atividade:
	Desenvolver noções de ritmo e coordenação motora global;
	Objetivos do grupo:
	Demonstrar a utilização da linguagem gestual, de sinais (libras) e cores para a comunicação com os alunos deficientes auditivos;
Posicionamento do professor perante a classe.
		Descrição da atividade
	No primeiro momento, os alunos estarão dispostos em círculo e, parados, deverão bater bola no ritmo estipulado pelo professor;
Num segundo momento, os alunos deverão andar em círculo em volta do professor, batendo a bola de acordo com o ritmo de o próprio andar;
Num terceiro momento, os alunos deverão observar as cores e os números indicados pelo professor para formarem grupos durante a execução da atividade.
Bola vermelha – Pare!
Bola amarela – Ande!
Bola verde – Corra!
Exemplo: se o professor levantar a bola amarela e fizer o número 2, os alunos deverão andar em duplas.
Estratégias: Estilo de ensino: tarefa.
Organização da turma: em círculo, formandogrupos de acordo com as ordens do professor.
	Estratégia de comunicação:
	Leitura labial, gestos, libras e cores.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se a Educação Física é considerada uma disciplina importante para a inclusão dos alunos com Deficiência Auditiva, pois melhora vários dimensões relacionadas a criança e o adolescente, fazendo com que se relacione melhor com os indivíduos que rodeiam seu meio social e com ambiente escolar.
Há diferenças entre surdos e o DA, e ambos têm possibilidades de se desenvolverem igualmente, e os benefícios que as aulas de EF causam nesse público são vários, nos quais destacam a melhoria do acervo motor e das valências físicas primordiais para o desenvolvimento de habilidades artísticas e esportivas, possibilitando, em muito dos casos, a inclusão desses alunos no meio esportivo profissional ou amador.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMPUDIA, R. O que é deficiência auditiva? [S.l.], [s. n.], 2011. Disponível em: < http://revistaescola.abril.com.br/formacao/deficiencia-auditiva-inclusao-636393.shtml>. Acesso em 03 Set. 2014.
ARANTES, A. C. A história da Educação Física Escolar no Brasil. Revista Digital. Buenos Aires, ano 13, n. 124, Set. 2008. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd124/a-historia-da-educacao-fisica-escolar-no-brasil.htm>. Acesso em 23 Ago. 2014.
AZEVEDO, P.H; BARROS, J.F. O nível de participação do Estado na gestão do esporte brasileiro como fator de inclusão social de pessoas portadoras de deficiência. Revista Bras.
Ciência e Movimento. Brasília, v. 12, n. 1, p. 77-84, jan./mar. 2004.
BERRO, A. G. et. al. Manual de Orientação para professores de crianças com Deficiência Auditiva. 2 ed. São Paulo: Editora Santos, 2008. 74 p.
BRASIL, Constituição (1999). Art. 205. In: _______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1999.
BRASIL, Constituição (1999). Art. 206. In: _______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1999.
BRASIL, Constituição (1999). Art. 208. In: _______. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 2000. 71 p.
CANALES, L. K; LYTLE, R. K. Atividades físicas para jovens com deficiências graves. Barueri, SP: Manole, 2013. 116 p.
CBDS, CONFERERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS DOS SURDOS. Goiânia: Goiás, 2013. Disponível em: < http://www.cbds.org.br>. Acesso 22 Set. 2014.
CECATTO, S. B; et. al. Análise das principais etiologias de deficiência auditiva em Escola Especial “Anne Sullivan”. Revista Brisileira de Otorrinolaringologia. Santo André, v. 69, n. 2, p. 235-240, mar./abr. 2003. Disponível em: . Acesso em 03 Set. 2014.
DEFICIÊNCIA Auditiva. [S. l.], [s. n.], [2013?]. Disponível em: < http://www.deficiencia.no.comunidades.net/index.php?pagina=1400768552>. Acesso 04 Set. 2014.
DIEHL, R. M. Jogando com as diferenças: Jogos para crianças e jovens com deficiência: em situação de inclusão e em grupos específicos. 2 ed. São Paulo: Phorte, 2008. 216 p.
GIL, A. C. Como elaborar
projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo : Atlas, 2010. 
GORGATTI, M. G. Educação Física Escolar e Inclusão: uma análise a partir do desenvolvimento motor e social de adolescentes com deficiência visual e das atitudes dos professores. Dissertação (Doutorado em Educação Física) – Universidade de São Paulo/USP, São Paulo, 2005.
GREGUOL, M; COSTA, R. F. (Org.) Atividade Física Adaptada: qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. 3 ed. rev. e ampl. Barueri, SP: Manole, 2013. 748 p.
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