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Edema Agudo Pulmonar

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2021.1 - 7° semestre - ENFERMAGEM
PACIENTE CRÍTICO - Dênis Dias
DHÉBORA CAROLLINE MATOS
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Definição
É uma síndrome correspondente ao
extravasamento de líquido seroso do espaço
intravascular para o interstício pulmonar e/ou
alvéolos.
Epidemiologia
- Segunda maior causa de Insuficiência
Respiratória;
- Apresentação clínica inicial de cerca de 8% -
12% dos pacientes com IC aguda;
- Mais frequente em pacientes com função
sistólica preservada ou levemente deprimida;
Idosos e diabéticos sem preferência por sexo;
Fisiopatologia
A pressão oncótica e coloidosmótica são as que
mantém o plasma sanguíneo dentro do vaso.
A pressão hidrostática pressiona a parede do vaso
e ejeta o plasma para fora.
Fisiologiscamente, a pressão oncótica e
coloidosmótica é maior que a hidróstática, por isso
o líquido se mantém no interior.
Quando num processo patológico/emergência
hipertensiva, a pressão hidrostática é maior que a
oncótica e coloidosmótica, com isso, o líquido é
empurrado para fora e entra na cavidade pleural,
dentro do alvéolo. Criando uma situação
semelhante ao afogamento. A rede línfatica se
encarre de drenar esse líquido interstícial
transudado, sendo uma parte perdida por
evaporação através da respiração. Quando a
transudação é maior que a drenagem, instala-se o
edema intersticial, diminuindo a complacência
pulmonar. Com essa diminuição, há um aumento
do trabalho respiratório, com aumento da FR e
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redução do volume corrente. Se persistir, o
paciente terá maior dificuldade rsepiratória, e
aumento de sangue nas áreas superiores do
pulmão. A partir disso, o líquido se estravasa para
o interior dos alvéolos, tendo assim a intalação
clínica do EAG.
EAP Não Cardiogênico
No edema pulmonar não cardiogênico não há
elevação da pressão hidrostática, pois a bomba
cardíaca se encontra em bom estado de
funcionamento, está associado ao aumento do
líquido no interstício pulmonar por alteração da
permeabilidade do capilar pulmonar por lesão no
endotélio e epitélio alveolar, o líquido flui para o
interior dos alvéolos; são exemplos dessa
condição o edema pulmonar na síndrome do
desconforto respiratório agudo e o edema
pulmonar das grandes altitudes. Nessas situações,
a pressão hidrostática do capilar pulmonar
encontra-se normal (abaixo de 18mmHg), e não há
hipertensão pulmonar.
EAP Cardiogênico
No edema pulmonar cardiogênico, o mecanismo
principal patológico é a ação da pressão
hidrstática capilar elevada no interior dos capilares
pulmonares, ocorrendo extravasamento de líquido
para o interstício perimicrovascular, onde flui para
o interior dos vasos linfáticos. Ocorre devido ao
mal funcionamento do coração, pela diminuição
da capacidade de bombear o sangue.
Se divide em 3 estágios:
ESTÁGIO 1: Distensão e recrutamento de
pequenos vasos pulmonares: aumentam trocas
gasosas e disusão de CO2, ocorre apenas
dispnéia aos esforços. No exame físico revela
discretos estertores inspiratórios por abertura das
vias aéreas colabadas.
Raio X: redistribuição da ciirculação..
ESTÁGIO 2: Edema intersticial, ocorre
compressão das vias aéreas menores, pode haver
broncoespasmo reflexo. Alteração na ventilação/
perfusão leva a hipoxemia proporcional à pressão
capilar. Taquipnéia por estimulação dos
receptores J e de estiramento do interstício.
Raio X: BORRAMENTO PARA-HILAR E LINHAS DE
kERLEY
ESTÁGIO 3: Inundação alveolar, ocorre Hipoxemia
severa e hipocapnéia, secreção rósea espumosa;
estertores crepitantes em ‘maré montante”.
Raio X: edema alveolar em “asas de borboleta”
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Assistência ao paciente
Monitoração
Oxigenoterapia
Venóclise
História Objetiva
Exame Físico direcionado
Como avaliar o paciente
CARDIOGÊNICO
Taquipnéia
Dispnéia
Tosse com expectoração
Hipoxemia
Ortopnéia
B3
PVC elevada
Extremidades frias
Não Cardiogênico
Taquipneia
Dispnéia
Tosse com expectoração
Hipoxemia
Rebaixamento do nível de consciência
Hipertermia + sinais de sepse
Hemese
Ingestão de substancia (intoxicação exógena)
Extremidades aquecidas
*ambos possuem taquipnéia, dispnéia, tosse com
expectoração, hipoxemia na gasometria.
Diferencial: o paciente cardiogênico, mesmo
sentado apresenta ortopnéia, 3 bulha na ausculta
cardíaca, a pressão venosa central. O raio x de
tórax é o exame complementar que pode ajudar
a diferenciar.
Por que as extremidades são
diferentes?
No cardiogênico, falha no bombeamento do
sangue, consequentemente incapacidade de
distribuir de oxigenação nas extremidades,
diminuindo a perfusão.
No não cardiogênico, a bomba cardíaca funciona
perfeitamente.
Exames solicitados
♥ GASOMETRIA ARTERIAL
- Inicialmente Alcalose Respiratória com diminuição
de PO2 e PCO2 até Acidose Mista com
diminuição de PO2 e auumento de PCO2.
♥ ECG - isquemia, lesões, necrose
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♥ RADIOGRAFIA DE TÓRAX E PERFIL
(antero-posterior, postero0anterior e perfil.
Quanto de área foi afetada)
♥ HEMOGRAMA (leucócitos, plaquetas)
♥ ENZIMAS CARDÍACAS (PERFIL CARDÍACO)
(CPK TROPOMINA)
♥ PERFIL RENAL (sendo diabético, hipertenso)
Edema Agudo de pulmão cardiogênico
Os pacientes geralmente tem DM, HAS,
ASTEROSCLEROSE E VAVOPATIAS.
Tem evolução rápida
Mortalidade de 6 a 30% sendo a forma mais
ggrave das descompensações cardíacas.
Fatores de risco
- Infarto agudo do miocárdio
- Fibrilação atrial
- Emergência hipertensiva - 36,8%
(pra que o líquido passe do intravaascular para a
cavidade pleural, a pressão hidrostática o ejeta pra
cima, dando segmento ao edema)
Terapia- EAP
Identificar e remover as causas da
descompensação (ICC, IRC)
- Furosemida - Diurético de alç,a, possui maior
biodisponibilidade, eliminando sódio e água,
diminuindo volume no meio intravascular,
diminuindo pressão hidrostática.
- Oxigenoterapia (VNI) - no CPAP para pressão
controlada para impulsionar o líquido do alvéolo e
voltar pro meio vascular.
Pressão inicial de 10cm2H2O e volume de 7 a 10
ml/kg (peso x 7) de ar por incursão.
se o paciente não melhora, Ventilação invasiva
(intubação)
- Nitroprussiato de sódio - vasodilatação potente
de todos os vasos sanguíneos do corpo,
promovem melhora clínica por redução da pré e
pós carga inicialmente,
- Morfina - causa vasodilatação e diminui
ansiedade pelo esforço respiratório, a pré carga
por vasodilatação, e os reflexos pulmonares
responsáveis pea dispnéia.
- Dobutamina* - cardiotônica endovenosa, utilizada
para melhorar contratibilidade do músculo
cardíaco sem aumentar a FC, porque FC é
diretamente proporcional a PA, se a pressão
arterial se eleva, a pressão hidrostátita também
aumenta.
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Cuidados de Enfermagem
- Instalar suporte de o2 - venturi e/ou máscara
com reservatório. Para evitar e previnir hipóxia e
dispnéia..
- Aspirar secreções, se necessário, para manter
as vias aéreas pérvias.
- Posicionar em Fowler para promover diminuição
do retorno venoso, sentando à beira da cama
com as pernas suspensas.
- Realizar venóclise - jelco 18 se pérvio em veia
anticubital
- Realizar gasometria arterial
- Realizar cateterismo vesical de demora (para
balanço hídrico)
- Monitorização (ECG, oxímetro de pulso, PA)
- Aferir sinais vitais a cada 2 horas
- Solicitar LAB: glicemia + função renal + enzimas
cardíacas + hemograma e coagulograma
completos + eletrólitos; Troponina e BNP se
disponível.
- Avaliar perfusão periférica
- Solicitar Rx tórax e encaminhar (ANTERO POSTERIOR OU
PÓS POSTERIOR ANTERIOR E PERRFIL)
- Passar SNG se rebaixamento de nível de
consciência
- Preparar material de intubação rápida.
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Caso Clínico: Paciente de 40 anos, previamentehígido, chega à UPA, com queixa de cefaléia e dispneía
súbita, principalmente em decúbito (ortopnéia). Histórico de HAS, e não tomava medicamennto há 3 dias
(atensina)
CONDUTA: checar SSVV PA, saturação, FC, FR.
Exame físico dirigido, ausculta cardíaca e pulmonar
Solicitar ECG e raio x de tórax
PA: 260X140mmHg
Saturação baixa
Taquicardia
Taquipnéia
B3 na ausculta cardíaca
Presença de estertores na ausculta pulmonar
ECG com alteração no segento ST
RAIO X edema pulmonar
Paciente em emergencia hipertensiva com
edema agudo de pulmão causado por
descompensação de insufiencia cardíaca e
insificiencia respiratoria pelo edema.
Exammes complementares: hemograma
completo, urina sperica, creatina sérica, eletrólitos
(sódio e potássio) glicemia capilar
PARA TRATAMENTO DO EAP
Furosemida endovenosa 1mg
Nitrato sublingual
Morfina endovenosa
PARA A EMERGENCIA HIPERTENSIVA
ASSOSSIADA
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO vasoativo na parede
arteial e vasodilatador
NITROGLICERINA
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PARA HIPÓXIA máscara d oxigenio
PACIENTE COM VENTILAÇÃO NASAL N
FUNCIONANTE
Ventilação mecanica

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