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TD_AVA2_Teoria das Restrições_Contabilidade Gerencial

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
ÉRICA SANTOS DE SOUZA NASCIMENTO
AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERENCIAL
Teoria das Restrições
RIO DE JANEIRO
2020
Introdução
Com o advento da globalização econômica e a disputa para se manter em posição de destaque no mercado, torna-se cada vez mais necessário que as empresas estabeleçam sistemáticas periódicas de análises dos seus processos produtivos, monitorando a gestão dos recursos de forma estratégica para garantia da própria sobrevivência. É nesse contexto que a aplicação da Teoria das Restrições – TOC subsidia o gestor a tomar decisões, tendo como premissa a identificação da restrição existente no processo que limita o crescimento e alavancagem da Organização.
Desenvolvimento
A Teoria das Restrições, também conhecida como TOC, foi desenvolvida em 1984 pelo físico Eliyahu Moshe Goldratt, e tem como objetivo identificar o fator da cadeia produtiva que impede o alcance de determinado objetivo. A TOC tem se mostrado uma metodologia bastante eficaz para auxiliar os gestores a identificar os problemas de produtividade e variações na demanda. Desta forma, é utilizada como ferramenta para potencializar os lucros do negócio a partir de uma gestão que viabiliza a otimização dos recursos existentes.
Na teoria das restrições, a empresa é considerada um sistema em que todos seus elementos são interdependentes, e a ação conjunta desses elementos é o que determina o desempenho global da empresa. A palavra restrição se refere a algo insuficiente capaz de limitar o desempenho da empresa. Sob este enfoque, quando as restrições são identificadas, a chance de crescimento aumenta.
As restrições podem ser internas e externas. As internas estão relacionadas à recursos da empresa e as externas se referem a algum limitador externo como o mercado e fornecedor de matérias-primas. A Teoria parte da reflexão e questionamento sobre o que precisa ser mudado; por qual motivo mudar; como começar essa mudança; e, quais resultados a mudança trará à empresa. Para implantação da teoria são propostas as seguintes etapas:
1. Identificar a restrição do sistema;
2. Decidir como explorar a restrição do sistema;
3. Subordinar tudo o mais à decisão acima;
4. Elevar a restrição do sistema
5. Se no passo anterior uma restrição for quebrada, deve-se voltar à primeira etapa.
Diferente da teoria das restrições, o método de custeio por absorção está relacionado à contabilidade de custos sendo utilizado para atribuir todos os custos de produção, de forma direta ou indireta via rateio aos produtos acabados. O custeio por absorção preocupa-se com o estabelecimento do custo total unitário do produto e possibilita avaliar o impacto da produtividade sobre o custo do produto. Entretanto, não analisa o processo de forma holística o que dificulta a identificação dos subprocessos de suporte que estejam em crescimento ou em retração, ficando limitado a quantidade de produção necessária para vendas, não evidenciando, por exemplo, gargalos como a demanda excedente a capacidade de produção da empresa. Nesse sentido, pode-se dizer que a tomada de decisão pela teoria das restrições apresenta melhores resultados do que o custeio por absorção tradicional porque o primeiro permite identificar as restrições que limitam o ganho em um processo de melhoria contínua, o que por sua vez aumenta a possibilidade de maximização de lucro das empresas diante dos cenários de constante mudança em que se encontram nos dias de hoje.
Conclusão
O contexto atual em que as Organizações estão inseridas está repleto de fatores internos e externos que podem influenciar o desenvolvimento, e até mesmo a continuidade do negócio. Para atender as necessidades dos stakeholders e manter o aprimoramento contínuo da gestão de produção, os gestores devem dispor de ferramentas que os auxiliem a tomar decisões baseadas em uma análise sistêmica, as quais contemplem as várias possibilidades de desfecho das ações previstas, de forma a pontuar os impactos da mudança gerada pela decisão. É nesse contexto que a Teoria das Restrições (TOC) mostra-se relevante, e sobretudo, como ferramenta gerencial eficaz para ajudar na obtenção dos resultados esperados.
Referências
ALEIXO, Antonio Celso; SEGRETI, João Bosco. Teoria das restrições aplicação de seus conceitos na gestão empresarial da indústria de calçados. CBC Congresso Brasileiro de Custos. Disponível em: https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/2240/2240. Acesso em: 04 dez. 2020.
CAMARGO, Renata. Teoria das Restrições e o papel da controladoria: 5 passos para aplicar a TOC na Gestão Orçamentária. Treasy, 2017. Disponível em: https://www.treasy.com.br/blog/teoria-das-restricoes-na-controladoria/. Acesso em: 04 dez. 2020.
O que é custeio por absorção. Dicionário Financeiro. Disponível em: https://www.dicionariofinanceiro.com/custeio-por-absorcao/. Acesso em: 04 dez. 2020.
RIBEIRO, Valdinei de Souza; SILVA, Sílvio Ceroni da. Comparativo entre a teoria das restrições e o sistema de custos por absorção como uma ferramenta de decisão para maximizar os ganhos. Abepro. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2001_tr32_0301.pdf. Acesso em: 04 dez. 2020.
Teoria das restrições: principais conceitos e aplicação prática. IBC Coaching, 2019. Disponível em: https://www.ibccoaching.com.br/portal/teoria-das-restricoes-principais-conceitos-e-aplicacao-pratica/#:~:text=Tamb%C3%A9m%20conhecida%20como%20TOC%2C%20a,desta%20ideia%20de%20forma%20l%C3%BAdica. Acesso em: 04 dez. 2020.
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