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Apostila 4

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Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
1
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
2
Quimioterapia hormonal 3
Outros tratamentos 4
Transfusão de sangue 4
Fatores de crescimento hematopoéticos 6
Transplante de medula óssea 8
Particularidades dos pacientes oncológicos 10
Síndrome da lise tumoral (SLT) 10
Cálculo de clearance de creatinina (fórmula de Cockcroft-Gault) 13
Anticoaguloterapia 15
Neutropenia febril 19
Vancomicina 21
Manejo das náuseas e vômitos 22
Manejo da dor 25
Mucosite 26
Outras complicações bucais 27
Estadiamento 27
Sistema de estadiamento Ann Arbor/AJCC 27
Sistema TNM 28
Escala de performance 28
Cálculo da superfície corpórea 29
Referências bibliográfi cas 32
SUMÁRIO
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
3
QUIMIOTERAPIA HORMONAL 
Os tumores hormônio-dependentes podem originar-se a partir de vias metabólicas controladas pelos 
hormônios, que são lançados na corrente sanguínea até atingir o órgão-alvo nutrido por eles. Se houver 
alterações na secreção hormonal natural, poderão ocorrer mutações celulares que podem ser malignas, 
levando a promoção de células neoplásicas (SILVA et. al., 2004). 
Os principais cânceres hormônio-dependentes são os de mama, útero, ovário, testículo, próstata e tireoide 
e o osteossarcoma, que possuem o mecanismo mutagênico idêntico e diferenciam-se apenas pela ação de 
hormônios diferentes e específi cos. (SILVA et. al., 2004). 
Anastrozol (Arimidex)
Indicação: câncer de mama (inibidor estradiol).
Principais efeitos colaterais: fraqueza, dor óssea, muscular, nas costas e no peito, cefaleia, depressão 
insônia, ansiedade, ondas de calor, catarata, vasodilatação, edema, erupções cutâneas, cabelo “fi no”, 
vômitos, constipação, anorexia, secura vaginal, faringite, dispneia. 
Potencial emetogênico: baixo (PEDROSO; OLIVEIRA, 2007).
Bicalutamida (Elspar)
Indicação: carcinoma de próstata.
Principais efeitos colaterais: febre, calafrios, náusea e vômito, reações de hipersensibilidade e anafi laxia 
(usar anti-histamínicos e corticoides), crise de ansiedade, morte súbita, leucopenia, depressão medular (leve), 
síndrome da disfunção cerebral, AVC (acidente vascular cerebral), coma, hipotensão, broncoespasmos, 
coagulopatia, pancreatite, hiperglicemia não cetótica, hepatopatia.
Potencial emetogênico: baixo (PEDROSO; OLIVEIRA, 2007).
Ciproterona (Androcur)
Indicação: câncer de próstata inoperável.
Principais efeitos colaterais: cansaço, inquietação, inibição da libido, depressão, ginecomastia, inibição 
reversível da espermatogênese, osteosporose, disfunção hepática.
Potencial emetogênico: mínimo (PEDROSO; OLIVEIRA, 2007).
Flutamida (Eulexin)
Indicação: carcinoma de próstata.
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
4
Principais efeitos colaterais: fraqueza, ansiedade, confusão, depressão, ansiedade, insônia, cefaleia, 
náuseas e vômitos, dispneia, anorexia, constipação, hepatotoxicidade grave, ondas de calor, impotências, 
redução da libido, anemia, leucopenia, trombocitopenia.
Potencial emetogênico: baixo a moderado (PEDROSO; OLIVEIRA, 2007).
Tamoxifeno (Noladex, Kessar)
Indicação: câncer de mama metastático.
Principais efeitos colaterais: cefaleia, tontura, depressão, alterações do humor, náusea, edema 
(por retenção de líquidos), reações cutâneas, alopecia, ondas de calor, sangramento e secura vaginal, 
irregularidade do ciclo menstrual, hipercalemia, leucopenia, plaquetopenia, catarata, retinopatia.
Potencial emetogênico: baixo a moderado (PEDROSO; OLIVEIRA, 2007).
OUTROS TRATAMENTOS
Transfusão de sangue
Pacientes oncológicos com doença hematológica que apresentam células malignas e sintomas importantes 
necessitam de outras condutas terapêuticas além das terapias tradicionais. A transfusão de sangue com 
concentrado de hemácias (CH) e de plaquetas (CP) é utilizada para corrigir a anemia (por falha na produção 
de células hematopoéticas) e hemorragias em pacientes com trombocitopenia importante (relacionada à 
aplasia medular ou à queda na produção de plaquetas), respectivamente. Essas transfusões são realizadas 
por diversos doadores diferentes para o mesmo receptor, o que acarreta aloimunização. O sistema HLA 
(leucocyte human antigen) é um padrão de proteínas de superfície celular que identifi ca a célula como 
“própria” ou “não própria”. Cada doador possui um HLA diferente, de modo que, com as várias transfusões, 
o receptor recebe diversos tipos. Assim, passa a produzir anticorpos contra esses HLA diferentes dos seus, 
destruindo os leucócitos da transfusão e tornando-a pouco aproveitável. Assim, a aloimunização ocorre 
devido à presença de leucócitos “contaminantes” nos hemoderivados (ARRUDA et al., 2008).
Existem algumas medidas utilizadas para diminuir a incidência de aloimunização nos pacientes que 
necessitam de politransfusões (muitas transfusões) de hemocomponentes, tais como deleucotizar (eliminar 
a presença de leucócitos) os CH e os CP, procurar manter um número reduzido de doadores (pool de 
plaquetas por buffy-coat), retirar os doadores que já possuam aloimunização, observar se os doadores são 
HLA compatíveis com os receptores, avaliar se o paciente adquiriu antígenos contra HLA após politransfusões, 
monitorando assim a produção de aloanticorpos (ARRUDA et al., 2008).
Além disso, pacientes pós-transfusão podem apresentar alguns sintomas, como febre, calafrios, prurido 
e vermelhidão (urticária) devido às reações imunológicas, causadas pelo próprio organismo, que são 
consideradas leves ou reações alérgicas. Esses sintomas são facilmente tratados e devem ser previstos, 
principalmente quando já houve relato do paciente anteriormente. O uso profi lático de hidrocortisona 100 
mg, hidroxizine 25 mg ou difenidramina 50 mg e dipirona 1 g (EV ou VO) antes e após as transfusões evita 
o aparecimentos dessas reações adversas.
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
5
Outro fator importante a se considerar em pacientes politransfundidos é a sobrecarga de ferro. O nível de 
ferro corporal normal de um ser humano varia de 3 g a 4 g. Em uma bolsa de CH, existe cerca de 200 mg a 
250 mg de ferro, sendo de 1 mg a 2 mg a perda natural. O paciente que recebe uma bolsa de CP a cada 15 
dias recebe em média 24 bolsas no ano, o que acumulará de 4,8 g a 6 g de ferro, aproximadamente. Após 
quatro anos de transfusões, terá recebido cerca de 20 g a 25 g de ferro, níveis altíssimos, em que começam 
a ocorrer sequelas relacionadas à sobrecarga do mineral.
Para o corpo humano, essa sobrecarga pode ser potencialmente perigosa, já que não é possível eliminar 
o excesso de ferro, que se acumula em órgãos como o fígado e o coração. Medicamentos quelantes (ligam-
se ao ferro promovendo a sua remoção do organismo) são utilizados no tratamento da sobrecarga (SOUTO, 
2006; BENNETT, 2009).
A deferoxamina e o deferasirox são medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), 
lançados em 1970 e 2006 respectivamente, para o tratamento de sobrecarga de ferro. Outra droga utilizada 
é a deferiprona, licenciada em 1982 para uso na Europa pela Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) 
e para outros países (exceto os EUA) (LOGGETTO, 2006; BENNETT, 2009).
O deferoxamina (Desferal) é isolado como quelato de ferro a partir do Streptomyces pilosus, tratado 
quimicamente para obter o quelante livre do metal. É hexadenteado, com afi nidade alta pelo ferro, que, após 
a ligação, forma um complexo estável que é excretado na bile e na urina. Possui pobre biodisponibilidade oral 
e curto tempo de meia-vida plasmático, tornando a administração demorada, já que sua infusão necessita 
ser lenta (endovenosa ou subcutânea em doses recomendadas de 20 mg a 60 mg/kg/dia), de 8 a 12 horas 
por dia. Também deve ser administrado de cinco a sete vezes na semana para que haja boa efetividade. 
Diversas reações podem ocorrer, como alergias (prurido, pápulas), disúria, desconforto abdominal, diarreia, 
febre, câimbra nas pernas e taquicardia(BRUNTON et al., 2010).
O deferasirox (Exjade) é um quelante tridentado, possui forma farmacêutica oral, que se liga ao ferro com 
uma elevada afi nidade, numa razão 2:1, ou seja, requer duas moléculas para formar um complexo estável 
com cada átomo de ferro. Sua eliminação é pelas fezes. O medicamento possui meia-vida plasmática de 11 
a 19 horas e está disponível na forma de comprimido dispersível, devendo ser tomado uma vez ao dia, no 
mesmo horário, com estômago vazio, 30 minutos antes da ingestão de alimentos. A dose recomendada é de 
10 mg a 30 mg/kg/dia (SOUTO, 2006).
A deferiprona (Ferriprox,1,2-dimethyl-3-hydroxypyrid-4-one, L1) é um quelante bidenteado sintético, 
desenvolvido no King’s College de Londres. Na forma farmacêutica oral, possui alta absorção intestinal, e 
todo o ferro quelado é eliminado pela urina. Possui poder de quelação menor que o deferoxamine, pois são 
necessários três moléculas de deferiprona para ligar a uma de ferro. 
É utilizado como segunda linha de tratamento para pacientes intolerantes ou com resposta insatisfatória ao 
tratamento com deferoxamine, apesar de ter maior efetividade que este na profi laxia de sobrecarga de ferro 
cardíaca. As reações adversas relatadas são náuseas e vômitos, dores abdominais, artralgias, elevação dos 
níveis séricos de alanina transaminase, neutropenia, aumento do apetite e agranulocitose. É contraindicada 
em pacientes que apresentem histórico anterior de neutropenia e de agranulocitose (BENNETT, 2009).
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
6
Está representado na fi gura 1 um resumo da terapia com quelantes para sobrecarga de ferro, na qual se 
pode observar os três medicamentos já citados com suas respectivas vias de administração, doses diárias 
e posologias recomendadas.
Figura 1. Resumo da terapia de sobrecarga de ferro com quelantes de ferro. Fonte: Bennett (2009).
Fatores de crescimento hematopoéticos
Os fatores de crescimento demonstraram melhorar a anemia dos pacientes estimulando a produção de 
células e a redução do excesso de apoptose (morte celular programada) das células na medula óssea (MO) 
(LORENZI, 2006). 
A eritropoetina (EPO) é secretada por células tubulares endoteliais peritubulares dos rins e tem papel 
fundamental na eritropoese. Embora não seja o único fator de crescimento responsável, é o mais importante, 
atuando de vários modos no sentido de aumentar o número de células que darão origem aos eritrócitos. 
Possui efi cácia elevada quando encontra ferro disponível para a produção de hemoglobina (LORENZI, 
2006a). 
A eritropoetina humana recombinante (epoetina α) (Eprex®) é praticamente idêntica ao hormônio 
endógeno. Os pontos principais de atuação são: estimular a proliferação das células indiferenciadas da 
medula óssea; estimular o amadurecimento das células indiferenciadas, tornando mais rápida a eritropoese; 
estimular a síntese da hemoglobina; aumentar a taxa de reticulócitos no sangue. Sua apresentação é em 
frascos de aplicação para administração única de 2.000 U/ml a 40.000 U/ml. A administração é venosa ou 
subcutânea, com uma frequência de até três vezes por semana. Possui uma meia-vida no plasma de quatro 
a oito horas, que é sufi cientemente duradoura para a proliferação celular (BRUNTON et al., 2010).
Análogos sintéticos de EPO estão sendo utilizados e demonstram uma reposta tão efi caz quanto as 
próprias apoetinas α, como é o caso da darbepoetina α (Aranesp®), produzida por tecnologia genética 
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
7
em células do ovário de hamsters chineses. Possui um mecanismo de ação muito semelhante ao da EPO 
endógena, interagindo com as células-tronco (stem cell) para aumentar a produção de eritócitos.
A diferença básica entre a EPO (eritropoetina recombinante humana ou apoetina α) e a darbepoetina 
α são as cadeias de oligossacarídeos, pois a EPO contém três cadeias, enquanto que a darbepoetina α 
contém cinco, o que confere assim um tempo de meia-vida mais prolongado, aproximadamente 24 horas. 
Por isso, pode ser administrada até a cada quinze dias, proporcionando mais conforto ao paciente, que 
receberá menor número de aplicações e, se for ambulatorial, não precisará ir tantas vezes por semana até 
o ambulatório para receber a medicação (LORENZI, 2006a).
O fator de estimulação de colônias de granulócitos/macrófagos (GM-CSF) humano recombinante 
sargramostim (Leukine®) (glicoproteína de 127 aminoácidos produzida por leveduras) é considerado 
idêntico ao produzido endogenamente, e sua principal função é a estimulação da mielopoiese. Inicialmente, 
sua utilização clínica foi em pacientes submetidos a TMO autólogo, demonstrando que, a morbidade era 
signifi cativamente diminuída ao se reduzir a duração da neutropenia, sem qualquer mudança na sobrevida 
desses pacientes e sem risco de recidiva precoce do processo neoplásico. 
O fator estimulador de colônia de granulócitos (G-CSF) humano recombinante fi lgrastim (Granulokine®) 
(glicoproteína de 175 aminoácidos produzida pela Escherichia coli) é considerado diferente do G-CSF natural 
por não ser glicosilado e conter uma metionina N-terminal adicional. Seu mecanismo de ação consiste 
em estimular as unidades formadoras de colônias de granulócitos (CFU-G) aumentando a produção de 
neutrófi los e fortalecendo as funções fagocíticas e citotóxicas dos neutrófi los. Esses dois elementos estão 
sendo utilizados como uma opção em pacientes com contagem baixa de leucócitos (glóbulos brancos) e 
pelo menos uma infecção, podendo diminuir o tempo de hospitalização em decorrência de neutropenia febril 
(BENNETT, 2009; BRUNTON et al., 2010). 
A forma de administração de sargramostim é uma a sete vezes por semana, por injeção subcutânea ou 
intravenosa lenta na dose de 125 mg a 500 mg/m2/dia, aumentando rapidamente os níveis de GM-CSF, 
que diminuem logo após, com meia-vida de duas a três horas. A administração de fi lgratim é por injeção 
subcutânea ou infusão intravenosa durante pelo menos 30 minutos, uma a sete vezes por semana, em 
doses de 1 mg a 20 mg/kg/dia, com uma meia-vida plasmática de 3,5 horas em ambas as vias. As reações 
adversas de ambas as drogas consistem em dor óssea leve a moderada, mal-estar, sintomas gripais, febre, 
diarreia, dispneia e erupções cutâneas (BRUNTON et al., 2010).
O G-CSF humano recombinante pegilado (pegfi lgratim - Neolastim®) é produzido pela conjugação de 
uma metade polietilenoglicol ao resíduo metionina N-terminal da glicoproteína G-CSF produzida pela E. coli. 
A depuração da pegfi lgratim por fi ltração renal é minimizada, tornando a depuração mediada por neutrófi los 
a via primária de eliminação. Consequentemente, sua meia-vida é maior que a do fi lgratim, permitindo 
maior duração de ação sustentada e administração menos frequente. A dose recomendada é de 6 mg, 
administrada por via subcutânea, o que também proporciona mais conforto ao paciente. O grande diferencial 
dessas drogas é alto custo (BRUNTON et al., 2010).
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
8
Transplante de medula óssea
O transplante de medula óssea (TMO) ou transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) 
é usualmente considerado o tratamento com maiores chances curativas para pacientes com câncer 
hematológico. É um procedimento que envolve a transfusão de células progenitoras saudáveis (células-
tronco) da medula óssea, do sangue circulante ou do cordão umbilical de um doador. Existem vários tipos 
de TMO: o transplante autólogo ou autogênico, que é aquele em que se utilizam as células da MO do 
próprio paciente; o transplante alogênico, que é aquele em que se utilizam as células da MO de um doador 
compatível, geralmente um parente próximo; o transplante singênico, que é aquele em que se utilizam 
células da MO de um irmão gêmeo idêntico; e o transplante de cordão, que é aquele em que se utilizam 
células do sangue do cordão umbilical de um doador compatível ou do próprio paciente (preservado após o 
nascimento) (MOTTA;LOBO; MENEZES, 2005; BENNETT, 2009). 
As células da MO a ser doadas são obtidas por meio de várias punções do osso do quadril do doador por 
aspiração, retirando-se um volume de células da medula do doador de 10% do seu peso, no máximo (entre 10 
ml/kg e 15 ml/kg de peso do receptor). Esse processo não causa nenhum dano à saúde do doador. A retirada 
das células progenitoras pode ser realizada também por meio de um equipamento especial separador de 
células num processo conhecido por aférese, na qual o doador é ligado ao equipamento por meio de uma 
agulha inserida em uma das veias do braço, que irá puncionando o sangue periférico e centrifugando para 
obtenção apenas dessas células, que são armazenadas em uma bolsa. O restante do sangue é inserido 
novamente no doador (MOTTA; LOBO; MENEZES, 2005; BENNETT, 2009).
O TCTH só é aplicável a cerca de 8% dos pacientes, já que existem fatores como idade (a maioria dos 
casos só é diagnosticado em pacientes com idade acima de 60 anos), comorbidades e disponibilidade de 
doador compatível (HLA compatível no cromossomo 6). 
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
9
Figura 2. Representação do cromossomo 6, onde “q” representa o braço longo e “p” o braço curto 
do cromossomo. Em “p”, estão os genes que determinam a compatibilidade entre doador e receptor. 
Fonte: http://www.combateaocancer.com/wp-content/uploads/2011/12/grafi co.jpg. 
Motta e Lobo (2005) demonstram, através de estudos que, a sobrevida livre da doença em pacientes 
submetidos ao TCTH por doadores aparentados HLA-idênticos em três anos varia de 29% a 40%, a 
mortalidade não relacionada à recidiva varia de 37% a 50%, e a taxa de recidiva, de 23% a 48%, mostrando 
um bom perfi l de sobrevida para pacientes submetidos ao procedimento. Entretanto, mostra também a 
complexidade desse tratamento, com um índice de mortalidade mediano (MOTTA; LOBO; MENEZES, 2005).
Para TCTH autólogo, as principais restrições são as difi culdades em se alcançar remissão citogenética 
e mobilização hematopoiética desse paciente. Quando se compara pacientes que receberam o transplante 
alogênico e outros que receberam o autogênico, a sobrevida livre de eventos é muito semelhante para 
os dois grupos (31% e 27%, respectivamente). É claro que, para cada caso, existe uma particularidade 
de eventos, e a escolha do tipo de transplante baseia-se na individualidade de cada paciente (TABAK; 
PEREIRA; NOGUEIRA, 2010). 
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
10
PARTICULARIDADES DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS
Já percebemos que pacientes oncológicos exigem grande atenção da avaliação farmacêutica, devido à 
alta criticidade da doença e à quantidade de efeitos colaterais proporcionados pelos quimioterápicos, que 
podem causar distúrbios graves e levá-los à morte. O profi ssional farmacêutico precisa conhecer esses 
efeitos e saber indicar, solicitar ajuste de dose, substituição ou suspensão de medicações adjuvantes ao 
tratamento, observando interações medicamentosas e efeitos colaterais causados pela adição de um deles, 
pois podem causar sintomas parecidos com o quimioterápico e confundir a equipe médica. Conhecer a 
droga e o paciente é essencial para a efi cácia do tratamento. 
O paciente oncológico associado ao uso de quimioterápicos possui uma linha muito tênue entre a vida e 
a morte. A observação dos exames laboratoriais é uma ferramenta muito útil, e o farmacêutico clínico deve 
saber analisar alguns parâmetros essenciais para auxiliar a equipe multiprofi ssional. 
Síndrome da lise tumoral (SLT)
A síndrome da lise tumoral (SLT) pode ocorrer logo após o início do tratamento com quimioterapia 
citotóxica. Ela é caracterizada pela destruição maciça de células tumorais, com extravasamento do conteúdo 
intracelular (potássio, fósforo e ácidos nucleicos) para a circulação sanguínea, causando hiperfosfatemia, 
hipercalemia, hiperuricemia, hipocalemia e insufi ciência renal aguda (IRA). A probabilidade de a SLT 
ocorrer depende da agressividade da doença, do volume tumoral, da efetividade do tratamento citotóxico 
e da tomada de medidas profi láticas. Apesar de ser associada ao tratamento quimioterápico, pode ocorrer 
espontaneamente. Pacientes que já possuam níveis altos de ácido úrico antes do início do tratamento têm 
risco aumentado (MARADEI; ARCURI; TABAK, 2011).
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
11
Figura 3. Pacientes com maior risco para SLT. Fonte: Maradei, Arcuri e Tabak (2011).
Para diagnosticar, utilizam-se parâmetros clínicos e laboratoriais:
a. Laboratorial: é necessário que ocorram no mínimo dois dos seguintes critérios: elevação de ácido 
úrico, fósforo, potássio (maior que 25% do valor basal ou do limite da normalidade) ou diminuição de cálcio 
iônico (maior que 25% do valor basal do limite normalidade).
b. Clínica: clearance de creatinina (ClCr) < 60 mL/min, convulsão, hipocalcemia sem sintomas, arritmia 
cardíaca ou morte. Somente a dosagem sérica de creatinina não diagnostica (MARADEI; ARCURI; TABAK, 
2011).
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
12
Figura 4. Parâmetros de diagnósticos. Fonte: Maradei, Arcuri e Tabak (2011).
A profi laxia é um importante aliado para evitar a SLT propriamente dita, já que, uma vez instalada, é um 
quadro grave, com consequências potencialmente fatais.
Figura 5. Profi laxias. Fonte: Maradei, Arcuri e Tabak (2011).
Uma vez instalada, a síndrome da lise tumoral deve ser tratada com atenção e muito critério, pois o 
tratamento, basicamente, é de suporte. O tratamento com rasburicase deve ser utilizado em pacientes com 
elevação de ácido úrico. A diálise deve ser empregada quando houver hiperfosfatemia e hipercalemia, e 
não se deve postergar hemodiálise em indivíduos que desenvolvem, secundária à síndrome, hipervolemia 
- muito fl uido no sangue em circulação.. Em casos de hipocalcemia assintomática ou sem repercussão 
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
13
eletrocardiográfi ca, não há necessidade de tratamento. Se houver escolha por reposição de cálcio, deve-se 
tomar cuidado, pois o fosfato de cálcio pode se precipitar nos túbulos renais, piorando a síndrome. A hiper-
hidratação precisa ser suspensa, e o paciente deve ter avaliação clínica e laboratorial. (MARADEI; ARCURI; 
TABAK, 2011).
Cálculo de clearance de creatinina (fórmula de Cockcroft-Gault)
A creatinina é liberada na corrente sanguínea por processos metabólicos de contração muscular e é 
um importante marcador para avaliação da função renal dos pacientes, por meio do cálculo de depuração 
(clearance) da creatinina plasmática. Como a quantidade de creatinina endógena produzida é proporcional 
à massa muscular, sua produção varia com o sexo e a idade da pessoa, sendo que um homem não obeso 
excreta em torno de 1,5 g/dia e uma mulher, 1,2 g/dia (valores de referência).
Figura 6. Fórmula de Cockroft-Gault. Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/rbort/v46n3/a02fi g2.jpg. 
Para realizar o cálculo, são necessários alguns dados, como a idade em anos do paciente, o peso (de 
preferência, o mais atual possível), o sexo e o valor laboratorial da creatinina séria deste paciente.
Por exemplo, uma mulher de 53 anos, pesando 67 kg e com creatinina de 1,66 mg/dL:
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
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Figura 7. Resultado laboratorial de creatinina e ureia sérica. Fonte: http://www.cleber.com.br/examescleber/2012/creatinina. 
ClCr = (140 – 53) x (67) / 1.66 x 72
ClCr = 5829 / 119,52
ClCr = 48,77 x 0,85 (porque é do sexo feminino)
ClCr = 41,45mL/min
*ClCr = Clearance de creatinina.
O valor normal de um paciente saudável seria maior ou igual a 60 mL/min, e o resultado de 41,45 mL/min 
signifi ca que o rim está levemente comprometido. Se ela está realizando um exame de rotina, seria apenas 
indicada hidratação, porém, se está em uso de medicações que possam comprometer a função renal, como 
antibióticos e quimioterápicos excretados pelo rim, seria necessário observá-lae monitorá-la. 
A ureia também é considerada um marcador para avaliação da função renal. Geralmente, na interpretação 
do exame laboratorial, quando a creatinina está alterada (acima dos valores de referência), a ureia também 
estará (fi gura 7). 
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
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Figura 8. Equação de Cockcroft-Gault para pacientes obesos. *IMC = índice de massa corpórea. Fonte: Jarmelo (2011)
Anticoaguloterapia
Pacientes oncológicos são muito suscetíveis a eventos vasculares, que podem ocorrer mesmo antes do 
diagnóstico estabelecido e ser agravados com o início do tratamento, já que o próprio câncer representa um 
estado pré-trombolítico.
O câncer constitui um grupo de células malignas que induzem a ativação da coagulação por meio 
de moléculas pró-coaguladoras. O fator tissular (FT) é uma glicoproteína transmembrana e é a principal 
molécula ativadora da coagulação sanguínea, sendo extremamente expressada no processo de evolução 
tumoral. Em condições normais, é produzida apenas em tecidos perivasculares e não pelo endotélio (TABAK; 
TORRES; NAHOUM, 2011). 
Quando há uma lesão vascular, inicia-se a cascata da coagulação pelo FT, em que este forma um 
complexo com o fator VII, ativando-o (VIIa), o que ativa o fator X (Xa). O fator Xa estimula a protrombina na 
formação de trombina, que é catalisada em fi brinogênio e fi brina, formando assim, por meio desta última, o 
coágulo (TABAK; TORRES; NAHOUM, 2011).
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
16
Figura 9. Mecanismo de ação para coagulação normal. Fonte: Tabak, Torres e Nahoum (2011).
Em pacientes oncológicos, outros fatores ativam também o fator tissular e o fator X, aumentando a 
coagulação sanguínea (TABAK; TORRES; NAHOUM, 2011).
Figura 10. Mecanismo de ação para coagulação em pacientes oncológicos. Fonte: Tabak, Torres e Nahoum (2011).
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
17
Figura 11. Fatores de risco laboratoriais e estratifi cação de risco por pontos. Fonte: Tabak, Torres e Nahoum (2011).
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
18
Figura 12. Fatores de risco. Fonte: Tabak, Torres e Nahoum (2011).
O uso de profi laxia para pacientes com risco de evoluir para um processo trombolítico é muito efi caz. Para 
isso, é necessária a escolha da melhor terapia, que pode ser química ou mecânica. A profi laxia química (ou 
quimioprofi laxia) é o uso de medicamentos como heparina de baixo peso molecular – HBPM (enoxaparina 
sódica, Clexane®), heparina não fracionada – HNF (heparina, Liquemine®), fondaparinux (fondaparinux 
sódico, Aristra®) e cumarínicos (varfarina sódica, Marevan®, Coumadin®). Já a profi laxia mecânica é o uso 
de meias de média compressão (Kendall®) e compressor pneumático.
A enoxaparina é largamente utilizada no meio hospitalar e exige alguns cuidados na administração, tais 
como:
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
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Figura 13. Cuidados na administração da enoxaparina. Fonte: Jarmelo (2011).
Outro cuidado que se deve ter quando se utiliza essa medicação é com sua excreção, pois ela ocorre via 
renal. Assim, os pacientes com insufi ciência renal devem ter a dose ajustada pela metade (para avaliar o 
ajuste, realizar o cálculo do clearance de creatinina). A dose plena é 1 mg/kg/dia s. c. uma vez ao dia, ou 40 
mg/dia. A heparina não fracionada é outra opção em substituição à enoxaparina em casos de pacientes com 
insufi ciência renal (JARMELO, 2011). 
A observação de exames laboratoriais de plaquetas, tempo de protrombina e INR é muito importante em 
pacientes em uso dessas medicações para permitir avaliar se a dose utilizada está satisfatória.
Neutropenia febril
A neutropenia febril é a febre em pacientes neutropênicos (com diminuição do número de neutrófi los). 
Pode ser o único indicativo de infecção, pois outros sintomas estarão atenuados, ocorre pós-quimioterapia 
e é considerada uma emergência médica (TORRES; TABACK, 2011a; 2001b).
A profi laxia deve ser considerada, principalmente quando o paciente é considerado de alto risco (contagem 
absoluta de neutrófi los - CAN < 500 células/mm3 ou < 1.000 células/mm3, instabilidade hemodinâmica, 
mucosite oral ou gastrointestinal, dor abdominal, náuseas e vômitos, alterações neurológicas como 
sonolência, confusão mental, hipoxemia ou DPOC associada, sinal de insufi ciência hepática, sinal de 
insufi ciência renal - ClCr < 30 ml/min, câncer fora de controle e performance status (PS) ruim, idade avançada) 
(TORRES; TABACK, 2011a; 2001b). Para esses pacientes, é importante o uso de medicações preventivas 
para não ocorrerem infecções oportunistas, observando sempre possíveis interações medicamentosas e 
performance desse paciente. O esquema fl uconazol 150 mg uma vez ao dia, aciclovir 200 mg uma vez ao 
dia e sulfametoxazol + trimetoprima 80 mg + 160 mg três vezes na semana restringe o aparecimento de 
infecções fúngicas, virais e bacterianas, essencial para pacientes tão imunodeprimidos. 
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
20
O uso profi lático de fatores de crescimento hematopoéticos mieloides (G-CSF – fi lgratim, GM-CSF – 
sargramostim) também reduz a incidência de neutropenia febril quando o risco de neutropenia e febre 
associada ao regime quimioterápico é superior a 20% (TORRES; TABACK, 2011b).
O tratamento para a neutropenia febril já instalada é realizado com antibioticoterapia empírica, analisando 
aquele que melhor será direcionado aos patógenos mais comuns e mais virulentos (TORRES; TABACK, 
2011b).
Figura 14. Antibióticos mais utilizados para tratamento em adultos da neutropenia febril. Fonte: Torres e Taback (2011a).
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
21
Vancomicina
A vancomicina é um antibiótico indicado no tratamento de infecções causadas por Staphylococcus 
epidermidis resistente à pneumonia, infecções relacionadas a cateter e meningite por enterococo resistente 
a meticilina. É uma droga irritante, podendo causar fl ebite no local da aplicação, reações eritematosas, com 
prurido e hipotensão, acometendo face, pescoço e tronco, denominada de síndrome do pescoço vermelho, 
quando administrada em infusão EV rápida. Pode causar ototoxicidade, por isso é muito importante que o 
farmacêutico clínico sempre pergunte para o paciente em uso dessa droga se ele observou algum défi cit na 
audição. Também há risco de nefrotoxicidade, de modo que se deve monitorar constantemente o clearance 
de creatinina e analisar a vancomicina sérica para propor ajuste de dose quando necessário (CRFSP, 2011).
Em várias instituições, já existem protocolos estabelecidos para corrigir a posologia da vancomicina de 
acordo com o seu nível sérico para garantir um tratamento bactericida efi caz, propondo um roteiro de como 
iniciar e dar continuidade ao tratamento com esse antibiótico. 
ClCr (mL/min)
Peso corporal atual
50 - 90 kg > ou = 100 kg
<10 e dialíticos Iniciar com dose de 1 g. Dosar nível sérico de vancomicina após 24 h da primeira dose.
10 – 50
Iniciar com dose de 1 g a 
cada 24 h - dosar a primeira 
vancomicina 30 min. 
antes da terceira dose.
Iniciar com dose de 1 g a cada 12 
h - dosar a primeira vancomicina 
30 min. antes da terceira dose.
>50
Iniciar com dose de 1 
g a cada 12 h - dosar a 
primeira vancomicina 30 
min. antes da quarta dose.
Iniciar com dose de 1,5 
g a cada 12 h - dosar a 
primeira vancomicina 30 min. 
antes da quarta dose.
Tabela 1. Doses iniciais de vancomicina baseada no peso corporal atual x ClCr do paciente. Fonte: CARRASCO et al. (2010).
Com o resultado da primeira vancocinemia, inicia-se o acompanhamento terapêutico, no qual as doses 
devem ser ajustadas para que o resultado atinja o nível recomendado. O nível terapêutico de vancomicina 
sérica recomendado varia entre 10 mg/mL e 20 mg/mL (em algumas instituições, de 15 mg/mL a 20 mg/mL) 
(CARRASCO et al., 2010). 
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
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Figura 15. Farmacocinéticada Vancomicina. Fonte: Adaptado de http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/Vancomicina.pdf. 
Concentração Sérica - Vale Ajuste de dose recomendada
< 9 mcg/dL
Diminuir o intervalo de dose, conforme o último aprazamento realizado:
Se dose a cada 48h -> cada 24h
Se dose a cada 24h -> cada 12h
Se dose a cada 12h -> cada 8h
Se dose a cada 8h -> cada 6h ou aumentar a dose 
em 250 mantendo o aprazamento
10-20 mcg/dL Sem alterações na posologia
20-30 mcg/dL Diminuir a dose pela metade mantendo o aprazamento
≥ 31 mcg/dL Suspende até realização da próxima vancocinemia
Figura 16. Exemplo para ajuste de dose da vancomicina. Fonte: http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/Vancomicina.pdf. 
Manejo das náuseas e vômitos
Náuseas e vômitos são considerados pelo pacientes como um dos efeitos colaterais dos quimioterápicos 
mais complicados e assustadores. A severidade desses sintomas pode determinar a não adesão do paciente 
ao tratamento completo, portanto, é importante o acompanhamento para a condução de ajustes posológicos 
por meio da análise do potencial emetogênico (mínimo, baixo, moderado e alto) da terapia citotóxica, 
avaliando cada droga prescrita no protocolo (ANDRADE, 2009).
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
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Grau de emotogenicidade Agente Grau de emetogenicidade Agente
Alto (>90%) Carmustina
Ciclofosfamida > 1,5g/m2
Cisplatina
Dacarbazina
Estreptozotocina
Mecloretamina
Alto (>90%) Hexametilmelamina
Lomustina
Procarbazina
Moderado (30-90%) Alemtuzumabe
Azacitina
Bendamustina
Carboplatina
Ciclofosfamida < 1,5g/m2
Citarabina > 1,0g/m2
Clorafenibe
Daunorrubicina
Doxorrubicina
Epirrubicina
Idarrubicina
Ifosfamida
Irinotecano
Oxaliplatina
Moderado (30-90%) Ciclofosfamida
Imatinibe
Temozolomida
Vinorelbina
Baixo (10-30%) 5-Fluorouracil
Bortezomibe
Cetuximabe
Citarabina <1,0g/m2
Docetaxel
Doxorrubicina lipossomal
Etoposide
Gencitabina
Ixabepilona
Metatrexato
Mitomicina
Mitoxantrona
Paclitaxel
Panitumumabe
Penetrexede
Temsirolimus
Topotecano
Trastuzumabe
Baixo (10-30%) Capecitabina
Etoposide
Everlimus
Fludarabina
Lapatinibe
Lenalidomida
Sunitinibe
Talidomida
Tegafur uracil
Mínimo <10% 2-Clorodeoxiadenosina
Bevacizumabe
Bleomicina
Bussulfano
Fludarabina
Vimblastina
Vincristina
Vinorelbina
Mínima <10% 6-Tioguanina
Clorambucil
Erlotinibe
Geftinibe
Hidroxiureia
Melfalano
Metotrexato
Sorafenibe
Figura 17. Potencial emetogênico dos agentes antineoplásicos utilizados por via intravenosa 
(à esquerda) e via oral (à direita). Fonte: Caponero, Gardin e Melo (2011).
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Esses dois sintomas podem ser classifi cados numa escala de 1 a 5, conforme a gravidade:
Sintoma Gradação
Naúsea
1- Perda de apetite, sem alteração nos hábitos alimentares;
2- A ingestão reduzida sem desidratação signifi cativa, perda de peso, ou 
desnutrição (indica os fl uidos endovenosos em menos de 24 horas);
3- Ingestão calórica ou líquida inadequada, fl uidos endovenosos, nutrição 
enteral ou nutrição parenteral total indicado faixa mínima de 24 horas;
4 - Consequências fatais;
5 - Morte.
Vômito
1- Um episódio em 24 horas;
2- De dois a cinco episódios em 24 horas, indicando que a administração 
de fl uidos endovenosos deve ser iniciada em menos de 24 horas;
3- Seis ou mais episódios em 24 horas. indicando líquidos 
endovenosos ou nutrição parenteral mínima de 24 horas;
4- Consequências fatais;
5- Morte.
Figura 18. Classifi cação para gravidade das náuseas e vômitos. Fonte: Caponero, Gardin e Melo (2011).
As medicações utilizadas no controle de náuseas e vômitos podem ser divididas em três grandes 
categorias: os antieméticos, os pró-cinéticos e outras medicações utilizadas em situações especiais, como 
se pode observar na fi gura 19.
Classe Mecanismo Exemplos Indicações
Antieméticos
Anti-histamínico Meclizina Doença do movimento, doenças do ouvido interno
Anticolinérgico Escopolamina Doença do movimento, doenças do ouvido interno
Antidopaminérgico Proclorperazina, Dromperidol
Êmese induzida por 
medicamentos, toxicinas 
ou metabólica
Antagonista 5HT3
Ondansetron, Granisetron, 
Dolasetron, Tropisetron, 
Palonosetron
Êmese induzida por 
quimioterapia, radioterapia, 
êmese pós-operatória
Antagonista NK1 Aprepitante Êmese induzida por quimioterapia
Procinéticos
Agonista 5-HT4 Cisaprida Gastroparesia, pseudo-obstrução intestinal
Agonistas 5-HT4 e 
antidopaminérgico Metoclopramida Gastroparesia
Antidopaminérgico 
periférico Domperidona Gastroparesia
Análogo de somatostatina Octreotídeo Pseudo-obstrução intestinal
Situações especiais
Benzodiazepínicos Lorazepam Náuse antecipatória
Glicocorticoides Dexametasona, Metilprednisolona Pós-quimioterapia
Canabinóides Pós-quimioterapia
Figura 19. Características dos agentes utilizados no controle de náuseas e vômitos. Fonte: Caponero, Gardin e Melo (2011).
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Emetogenicidade Medicamento Dose antes da quimioterapia Nos dias seguintes
Alta
Ondansetrona VO: 24mgIV: 8mg
Granisetrona VO: 2mgIV: 1mg
Palonosetrona IV: 0,25mg
Dexametasona* VO: 12mgIV: 12 a 20mg 8mg dias 2 a 4
Aprepitante VO: 125mg 80mg dias 2 e 3
Moderada
Ondansetrona VO: 16mgIV: 8mg
Granisetrona VO: 2mgIV: 1mg
Palonosetrona IV: 0,25mg
Dexametasona* VO: 12mgIV: 8 a 10mg 8mg dias 2 a 4
Aprepitante VO: 125mg 80mg dias 2 e 3
*Em pacientes utilizando aprepitante a dose de dexametasona é de 12mg, para os demais, 20mg. IV: intravenoso, VO: via oral 
Figura 20. Doses e vias de administração dos antieméticos segundo o potencial 
emetogênico. Fonte: Caponero, Gardin e Melo (2011).
Manejo da dor
De acordo com a International Association for the Study of Pain, “dor é uma sensação ou experiência 
emocional desagradável, associada com dano tecidual real ou potencial, ou descrita nos termos de tal dano” 
(BRASIL, 2001).
A dor oncológica, na maioria dos pacientes, ocorre quando os tumores começam a comprimir raízes 
nervosas. Porém ela pode ser causada também por fatores emocionais. Independentemente do tipo de dor, 
o que se deve ter em mente é que ela deve ser tratada (BRASIL, 2001).
Figura 21. Escada controle da dor. Fonte: Brasil (2001).
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
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Na escada analgésica, consegue-se observar o nível de dor dos pacientes e o melhor esquema 
medicamentoso para se utilizar. No primeiro degrau, estão pacientes com dor leve a moderada, e a sugestão 
é utilizar drogas não opioides (dipirona, paracetamol, ibuprofeno) e, se necessário, adicionar uma droga 
adjuvante (AINE). No segundo degrau, estão os que já utilizaram as opções do primeiro na dose e na 
frequência recomendadas e não tiveram alívio da dor. Introduz-se, então, um opioide fraco (codeína, codeína 
+ paracetamol, tramadol). Já no terceiro degrau, se a dor não for suprida pela combinação de opioide fraco e 
medicações adjuvantes para dor, é necessário observar os efeitos colaterais dessas drogas e adicionar um 
opioide forte (morfi na, metadona, oxicodona, fentanil) (BRASIL, 2001). 
Os opioides possuem efeitos colaterais como sedação, depressão respiratória, constipação, confusão 
mental, retenção urinária, náuseas e vômitos, que são muito comuns. É importante que o profi ssional 
farmacêutico saiba identifi car o sintoma como sendo do opioide (descartar outros fatores) para poder alinhar, 
junto ao profi ssional prescritor, a melhor terapêutica (ajuste de dose, substituição). Alguns efeitos já são 
esperados, como a constipação. Então, ao avaliar a prescrição médica, é interessante que o farmacêutico 
já sinalize a introdução de um medicamento laxativo (lactulona, óleo mineral, Tamarine®, Humectol-D®) ou 
até mesmo, junto ao nutricionista, providencie a introdução de dieta laxativa (suco de ameixa nas refeições, 
por exemplo).
Mucosite
A mucosite é a infl amação da mucosa oral, que pode se estender para garganta e esôfago, formando 
úlceras dolorosas. Representa um importante fator de risco para infecções de ordem sistêmica, podendo 
causar a interrupçãodo tratamento, o que resulta em impacto no controle do tumor local e na sobrevida do 
paciente. É causada por alguns tipos de quimioterapia, queda do sistema imunológico (por quimioterapia 
e radioterapia), radioterapia na região da cabeça e pescoço, transplante de medula óssea (ausência de 
imunidade). 
A profi laxia no controle da mucosite deve se iniciar com a higienização completa da boca e de dentaduras. A 
visita do dentista de rotina para orientação e a observação dos cuidados com a saúde oral é muito importante, 
fora a aplicação de laserterapia, que pode evitar o problema. Outro método profi lático é a crioterapia oral, 
que consiste na sucção de lascas de gelo antes e durante cada quimioterapia. O uso de enxaguatórios 
bucais sem álcool à base de clorexidine (Cariax®, Noplok®, Periogard®) após a escovação dentária é 
um importante agente contra a proliferação bacteriana bucal. Agentes antifúngicos de uso bucal, como a 
nistatina, também devem ser utilizados. 
Quando a mucosite já está instalada, o seu tratamento deve se iniciar rapidamente. Muitas instituições 
utilizam a “garrafada”, que consiste na mistura de hidróxido de magnésio suspensão oral (Maalox®), 
nistatina solução oral e xilocaína viscosa, e hexomedine spray, aplicado em toda a cavidade bucal. Podem 
ser adicionados a essa mistura antibióticos (como polimixina, anfotericina, ofl oxacino), anti-histamínicos 
(difenidramina) e corticoides (hidrocortisona, dexametasona, prednisona), em casos muito graves e em 
crianças.
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
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Outras complicações bucais
A salivação excessiva ou sialorreia pode ser tratada com propantelina gel, cápsula ou gotas (manipulação) 
ou com gotas sublinguais a base de atropina.
A hipossalivação ou xerostomia pode ser tratada com salivas artifi ciais (Salivan®, Kin Hidrat spray®).
Lábios ressecados e descamados podem ser tratados com vitamina E cápsulas gelatinosas (Ephynal®) 
rompidas e aplicadas diretamente sobre o lábio, Ceralip® (manteiga de karitê+cera de abelha) e até mesmo 
manteiga de cacau.
ESTADIAMENTO
Estadiamento é a classifi cação dos casos de cânceres, diante da comparação entre a sobrevida do 
paciente e a restrição da doença no órgão de origem ou quando houve extensão da doença para outros 
órgãos distantes.
Sistema de estadiamento Ann Arbor/AJCC
Estádio Descrição
Estádio I Envolvimento de região linfonodal única.
Estádio IE Envolvimento de órgão/sítio extranodal único.
Estádio II Envolvimento de dois ou mais regiões linfonodais do mesmo lado do diagrama.
Estádio IIE Envolvimento de dois ou mais órgãos/sítios extranodal do mesmo lado do diagrama.
Estádio III Envolvimento de regiões linfonodais de ambos os lados do diagrama.
Estádio IIIS Envolvimento de regiões linfonodais de ambos os lados do diagrama, incluindo regiões/sítios nodais (linfonodos, anel de Waldeyer, timo e baço).
Estádio IIIE Envolvimento de orgão/tecido extranodal contínuo de ambos os lados do diagrama.
Estádio IIIES Envolvimento de orgãos/tecido extranodal contínuo de ambos os lados do diagrama, incluindo regiões/sítios nodais (linfonodos, anel de Waldeyer, timo e baço).
Estádio IV Envolvimento de um ou mais órgãos extranodais.
Tabela 2. Sistema de estadiamento Ann Arbor/AJCC. Fonte: Katz et al. (2014).
A – Ausência de sintomas sistêmicos.
B – Presença de sintomas sistêmicos (febre não explicada acima de 38 °C, sudorese noturna, 
emagrecimento maior que 10% do peso nos seis meses anteriores ao diagnóstico).
S – Sítios ou regiões nodais (linfonodos, anel de Waldeyer, timo e baço).
ES – Sítios ou regiões extranodais (medula óssea, TGI, pele, ósso, SNC, gônodas, fígado etc.).
E – extensão extranodal contínua (casos de envolvimento de região extranodal como único sítio de 
doença devem ser classifi cados como estádio IE).
X – lesões com diâmetro acima de 10 cm (consideradas como “bulky”) (KATZ et al., 2014).
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Sistema TNM
Esse sistema de classifi cação baseia-se na extensão anatômica da doença:
T = tumor primário N = linfonodos regionais M = metástase
T0 = Não há evidência 
de tumor primário.
N0 = Ausência de metástases 
em linfonodos regionais. M0 = Ausência de metástases.
TX = Tumor primário não 
pode ser avaliado.
NX = Linfonodos não 
podem ser avaliados.
MX = Presença de metástases, 
porém não podem ser avaliadas.
T1, T2, T3, T4 = Tamanho 
crescente e/ou extensão 
local do tumor primário.
N1, N2, N3 = metástases 
crescente em linfonodos 
regionais (comprometimento 
linfonodal crescente).
M1 = Presença de metástases.
Tis = carcinoma in situ.
Tabela 3. Classifi cação TNM. Fonte: Katz et al. (2014).
ESCALA DE PERFORMANCE
A defi nição do estado físico do paciente pode ser feita por meio do desempenho dele (performance 
status). Existem duas escalas muito utilizadas: ECOG e Karnofsky. Na escala ECOG, a defi nição de estado 
geral do paciente vai de 0 a 4, na qual 0 quer dizer o paciente está muito bem e 4, que está muito ruim. Já em 
Karnofsky, a escala vai de 10% a 100%, em que a 100% o paciente está muito bem e a 10%, está muito ruim.
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
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Figura 22. Escala ECOG. Fonte: Chaves e Neuenschwander (2011).
CÁLCULO DA SUPERFÍCIE CORPÓREA
O cálculo da superfície corpórea é utilizado para se determinar a quantidade de droga a se administrar no 
paciente, mesmo não sendo possível determinar exatamente a área da superfície corporal de uma pessoa. 
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
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Figura 23. Cálculo da superfície corpórea. Fonte: Chaves e Neuenschwander (2011).
Exemplo de cálculo: Sr. MLS, 57 anos, diagnosticado com câncer de pulmão estágio III B “não pequenas 
células”. Proposto protocolo EPSWOG (cisplatina 50 mg/m2 D1, D8, D29 e D36 e etoposido 50 mg/m2 D1-
D5. Dados do paciente: altura 1,78 m, peso 84 kg. Como calcular as doses dos respectivos medicamentos 
e os volumes a ser aspirados para cada dia de tratamento. A diluição dos medicamentos é de: cisplatina 50 
mg – 50 ml de água para injeção e etoposido 100 mg – 5 ml de água para injeção (INCA, 2014):
SC = 2,03 m2
Como calcular as doses de cada medicamento: 
Cisplatina Etoposido 
1 m2 – 50 mg 1 m2 – 50 mg 
2,03 m2 – X 2,03 m2 – Y 
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
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X = 101,5 mg Y = 101,5 mg
Como calcular o volume referente à dose de cada medicamento: 
Cisplatina Etoposido 
50 mg – 50 ml 100 mg – 5 ml 
101,5 mg – X 101,5 mg – Y 
X = 101,5 ml Y = 5,07 ml 
Seguimento Farmacoterapêutico de Pacientes Oncológicos III
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