Buscar

Roteiro para prática - Membro Superior

Prévia do material em texto

33 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA 
BIOMECÂNICA DO COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO 
Pedro Olavo de Paula Lima 
Laísa Braga Maia 
Introdução: 
O ombro é a articulação mais complexa do corpo humano53 e compreende 
cinco articulações: a. glenoumeral, a. esternoclavicular, a. acromioclavicular, a. 
coracoclavicular e a. escapulotorácica. A movimentação na articulação 
glenoumeral envolve a movimentação de outras articulações, de forma que 
estas outras articulações contribuem para o arco total de movimento (CALAIS-
GERMAIN & LAMOTTE, 2010; KAPANDJI, 2009; HALL, 2009; NEUMANN, 
2011). 
 
Objetivo geral: 
 Identificar a aplicação prática dos conceitos cinemáticos e cinéticos do 
complexo articular do ombro. 
 
Objetivos específicos: 
 Analisar os movimentos articulares do complexo articular do ombro; 
 Identificar os músculos envolvidos com a cinesiologia do complexo 
articular do ombro; 
 Observar o ritmo escápulo-umeral do complexo do ombro. 
 
Materiais utilizados: 
 Roteiro, livro didático, maca terapêutica e esqueleto articulado. 
 
Metodologia: 
34 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
A subturma será dividida em seis grupos de forma proporcional. Um dos alunos 
representará a figura do paciente e os outros uma equipe de fisioterapeutas. O 
professor indicará os movimentos a serem realizados por cada paciente e as 
equipes devem identificar quais movimentos artrocinemáticos/osteocinemáticos 
e músculos estão envolvidos, além da biomecânica e influências relacionadas. 
Os alunos devem tentar por iniciativa própria identificar e aplicar as técnicas 
específicas. Após a problematização, o professor apresentará a técnica mais 
adequada para o procedimento. 
 
 Flexão Extensão Abdução Adução 
Rotação 
Interna 
Rotação 
Externa 
Osteocinemática 
Artrocinemática 
Bioalavanca 
Músculos 
Inserção 
proximal 
 
Inserção Distal 
Exemplo de 
Contração 
 
Cadeia Cinética 
Escápula 
Clavícula 
 
35 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
Referências: 
CALAIS-GERMAIN, B.; LAMOTTE, A. Anatomia para o movimento. 2. ed. 
São Paulo: Manole, 2010. 
KAPANDJI, A.I. Fisiologia Articular: esquemas comentados de mecânica 
humana. 6.ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2009. 
HALL, S. J. Biomecânica Básica. 5 ed. Barueri, SP: Manole, 2009. 
NEUMANN, D.A. Cinesiologia do aparelho musculoesquelético - 
fundamentos para a reabilitação física. 2.ed. São Paulo: Elsevier, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
ANEXO 6 - QUIZ 
 
1) Explique quais as articulações compõem o complexo articular do ombro e 
indique quais são as verdadeiras e as falsas? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Agora classifique todas as articulações do complexo do ombro e descreva os 
seus movimentos realizados. 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
3) Explique detalhadamente os movimentos escapulares. 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
4) Explique o ritmo escápuloumeral e porque é fundamental para a amplitude 
do ombro. 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
5) Explique o paradoxo de Codman 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
37 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
 
 ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA 
ANATOMIA PALPATÓRIA DO OMBRO 
Kátia Virgínia Viana Cardoso 
Maria Larissa Azevedo Tavares 
Introdução: 
Além da anatomia humana, o estudante de fisioterapia necessita ter o 
conhecimento prático de anatomia palpatória. O toque ao examinar o paciente 
proporciona uma anatomia mais dinâmica e correlacionada com a prática 
clínica do fisioterapeuta. O estudo da anatomia palpatória é importante em 
pesquisas quando se avalia a cinemática do movimento humano, por exemplo, 
pois se utiliza os referenciais anatômicos delimitados por meio da anatomia 
palpatória (ARRUDA & SOUSA, 2014; NUNES et al, 2013; TIXA, 2009). 
 
Objetivo geral: 
 Palpar as estruturas anatômicas do complexo articular do ombro. 
 
Objetivos específicos: 
 Palpar as referências anatômicas ósseas acessíveis à palpação do 
complexo articular do ombro; 
 Palpar as referências anatômicas musculares acessíveis à palpação do 
complexo articular do ombro. 
 
Materiais utilizados: 
 Roteiro, livro didático, esqueleto articulado, maca terapêutica e lápis 
dermográfico. 
 
38 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
Metodologia: 
Divididos em grupos com 4 alunos, estes observarão a identificação da 
estrutura no esqueleto articulado. Em seguida, identificarão a estrutura no 
corpo do colega utilizando o lápis dermográfico e observarão a técnica de 
palpação das estruturas anatômicas demonstradas pelo professor para que 
estes possam treinar no grupo. 
 
PALPAÇÃO DAS REFERÊNCIAS ANATÔMICAS ÓSSEAS DO COMPLEXO 
ARTICULAR DO OMBRO: 
Clavícula: Paciente sentado, fisioterapeuta ao lado do paciente com indicador 
na porção lateral da clavícula, local de inserção do feixe anterior do deltoide, 
palpa a concavidade ântero-lateral da clavícula. Na margem posterior e lateral, 
palpa a convexidade póstero-lateral da clavícula, local de inserção das fibras 
claviculares do trapézio. Nos 2/3 mediais da margem anterior, local de inserção 
do peitoral maior, palpa-se a convexidade ântero-medial e, nos 2/3 mediais da 
margem posterior, palpa-se a concavidade póstero-medial da clavícula. Na 
região medial, palpa a extremidade esternal da clavícula e, na região póstero-
lateral, palpa a extremidade acromial. 
Faces da escápula: Paciente sentado, fisioterapeuta ao lado do paciente, com 
a mão em posição polidigital, palpa a face anterior da escápula em uma 
abordagem espinal (bordo medial) ou, com o MS do paciente flexionado a 90º, 
palpa a face anterior com uma abordagem lateral ou axilar. 
Espinha da escápula e acrômio: Paciente sentado com ombro abduzido a 
90º, fisioterapeuta ao lado do paciente, com a pinça indicador e polegar, palpa 
a espinha da escápula e lateralmente o acrômio. 
Fossas da escápula: Paciente sentado, terapeuta ao lado do paciente, com o 
indicador, palpa acima da espinha da escápula a fossa supra-espinal e, abaixo 
da espinha, a fossa infra-espinal. 
Margens da escápula: Paciente sentado com terapeuta ao lado, coloca o MS 
por trás do tronco em rotação interna de ombro, terapeuta palpa a margem 
39 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
medial da escápula, a extremidade medial da espinha da escápula e ângulo 
inferior da escápula. Paciente realiza a flexão de 90º do ombro, lateralmente 
palpa-se a margem lateral e, acima e medialmente, palpa-se a margem 
superior da escápula. 
Processo coracóide: Paciente sentado com MS em hiperextensão, terapeuta 
palpa o processo coracóide medialmente a cabeça do úmero e abaixo da 
clavícula. 
Ângulo superior da escápula: Paciente sentado ou de pé, fisioterapeuta 
segura a extremidade do ombro do pacientecom uma das mãos e a leva 
anteriormente e para cima de modo a tornar saliente a margem medial da 
escápula. O indicador do profissional palpa o ângulo superior. 
Úmero: Paciente sentado com o braço colado ao lado do corpo, o cotovelo 
flexionado a 90º e antebraço em supinação, fisioterapeuta faz a apreensão 
global da cabeça do úmero e pede para o paciente fazer rotações. O 
profissional coloca a mão em pegada polidigital sobre o feixe anterior do 
deltoide, com a outra mão, no antebraço do paciente faz rotação lateral. Será 
percebido lateralmente ao processo coracóide o tubérculo menor. Leva o braço 
em rotação medial e perceberá sob os dedos o sulco intertubercular e o 
tubérculo maior. 
PALPAÇÃO DAS REFERÊNCIAS ANATÔMICAS MUSCULARES DO 
COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO: 
Peitoral maior: Paciente sentado com MS em abdução a 90º com o cotovelo 
flexionado a 90º e o antebraço voltado para cima. Terapeuta coloca resistência 
na parte medial do braço e pede ao paciente para fazer flexão horizontal, 
palpa-se o músculo entre o mamilo e o processo coracóide. 
Serrátil anterior: Paciente sentado com MS em abdução a 130º, terapeuta 
solicita que realize inspirações breves, curtas e repetidas para ser observado o 
músculo na região ântero-lateral do tórax, entre o peitoral maior e o grande 
dorsal, as digitações musculares do serrátil anterior. 
40 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
Subescapular: Paciente sentado com ombro fletido a 90º e cotovelo a 90º de 
flexão com o punho voltado para cima, terapeuta coloca resistência para a 
rotação interna de ombro e palpa o músculo na face ântero-lateral da escápula. 
Supraespinal: Paciente sentado com ombro abduzido a 90º, terapeuta resiste 
ao movimento e palpa o músculo na fossa supraespinal da escápula. 
Infraespinal: Paciente sentado com ombro abduzido a 90º e cotovelo a 90º de 
flexão, fisioterapeuta solicita ao paciente a realização de rotação lateral do 
ombro e palpa o músculo na fossa infrespinal da escápula. 
Redondo menor e maior: Paciente sentado com ombro abduzido a 90º e 
cotovelo a 90º de flexão, fisioterapeuta segura o MS do paciente com uma mão 
e, na margem lateral da escápula e abaixo das fibras posteriores do deltoide, 
palpa o redondo menor, logo abaixo dele, palpa-se o redondo maior. 
Grande dorsal: Paciente sentado com MS abduzido, fisioterapeuta resiste ao 
movimento de adução e palpa na região póstero-lateral do tórax, o grande 
dorsal. 
Deltoide: Paciente sentado com o ombro a 90º de abdução e o cotovelo 
flexionado, fisioterapeuta resiste à extensão horizontal e palpa, na região 
posterior do ombro, a porção espinal ou posterior do deltoide, resiste à 
abdução e palpa, na região lateral do ombro, a porção acromial ou medial do 
deltoide e resiste à flexão horizontal; palpando, na região anterior, a porção 
clavicular ou anterior do deltoide. 
Referências: 
ARRUDA, R. M.; SOUSA, C. R. A. Aproveitamento teórico-prático da disciplina 
anatomia humana do curso de fisioterapia. Revista Brasileira de Educação 
Médica, v. 38, n. 1, 2014. 
NUNES, A. D. M.; FONSECA, L. C. S.; SCHEICHER, M. E. Comparação das 
inclinações lateral e anteroposterior no equilíbrio estático entre jovens, adultos 
e idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v.16, n.4, 2013. 
41 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
TIXA, S. Atlas de anatomia palpatória. Vol.1. 2ª edição. Barueri – SP, 
Manole, 2009. 
 
42 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA 
BIOMECÂNICA DO COMPLEXO ARTICULAR DO COTOVELO, PUNHO E 
MÃO 
Pedro Olavo de Paula Lima 
Maria Larissa Azevedo Tavares 
Introdução: 
Os complexos articulares do cotovelo, punho e mão são constituídos de 
aspectos cinesiológicos, biomecânicos e funcionais próprios que devem ser 
compreendidos tanto isoladamente quanto em conjunto (KAPANDJU, 1998; 
NEUMANN, 2006). 
 
Objetivo geral: 
 Identificar a aplicação prática dos conceitos cinemáticos e cinéticos do 
complexo articular do cotovelo, do punho e da mão. 
 
Objetivos específicos: 
 Analisar os movimentos articulares do complexo articular do cotovelo, do 
punho e da mão; 
 Identificar os músculos envolvidos com a cinesiologia do complexo 
articular do cotovelo, do punho e da mão; 
 Observar um teste prático de força muscular em diferentes posições do 
cotovelo. 
 
Materiais utilizados: 
 Roteiro, livro didático, maca terapêutica, esqueleto articulado e halteres. 
 
 
43 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
Metodologia: 
A subturma será dividida em grupos de 4 indivíduos. Um dos mesmos 
representará a figura do paciente e os outros uma equipe de fisioterapeutas. O 
professor indicará os movimentos a serem realizados por cada paciente e as 
equipes devem identificar quais movimentos artrocinemáticos/osteocinemáticos 
e músculos estão envolvidos, além da biomecânica e influências relacionadas. 
Será realizado um teste prático de força de flexão do cotovelo com objetivo de 
discutir a eficiência mecânica do cotovelo, do punho e da mão. 
 
COTOVELO 
 
Movimento 
Osteo-
cinemátic
a 
Artroci-
nemátic
a 
Bioala-
vanca 
Músculos 
Inserçã
o 
proximal 
Inserçã
o distal 
Exemplos 
de 
contração 
Cadeia 
Cinemática 
Flexão 
 
Extensão 
 
Supinação 
 
44 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
Pronação 
 
 
 
 
 A função muscular primária de flexão do cotovelo muda dependendo da 
posição do antebraço (neutro, pronado ou supinado). Analisar os 
diferentes posicionamentos e a ação muscular. 
 
PUNHO 
 
Movimento 
Osteo-
cinemáti
ca 
Artroci-
nemátic
a 
Bioala-
vanca 
Músculos 
Inserçã
o 
proximal 
Inserçã
o distal 
Exemplos 
de 
contração 
Cadeia 
Cinemática 
Flexão 
 
Extensão 
 
Desvio 
ulnar 
 
45 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
Desvio 
radial 
 
 
 
 
 
 
MÃO 
 
Moviment
o 
Osteo-
cinemáti
ca 
Artroci-
nemátic
a 
Bioala-
vanca 
Músculos 
Inserçã
o 
proximal 
Inserçã
o distal 
Exemplos 
de 
contração 
Cadeia 
Cinemá- 
tica 
Flexão 
 
Extensão 
 
Desvio 
ulnar 
 
46 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
Desvio 
radial 
 
 
 
 
 
 A realização dos movimentos da articulação do punho e dos dedos 
depende do trabalho sinérgico dos músculos envolvidos nesses dois 
complexos. 
Como exemplo, existe um sinergismo entre o punho e os dedos para a 
realização da flexão e da extensão. A flexão dos dedos leva à extensão 
automática do punho, da mesma forma que a extensão dos dedos resulta na 
flexão do punho neutralizando o torque nos movimentos. 
 
Referências: 
KAPANDJI, A.I. Fisiologia Articular: esquemas comentados de mecânica 
humana. 5.ed. Madrid: Médica Panamericana, 1998. Vol. 1, 2 e 3. 
NEUMANN, D.A. Cinesiologia do aparelho musculoesquelético - 
fundamentos para a reabilitação física. São Paulo: Guanabara Koogan, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
ANEXO 7 – QUIZ 
 
1) Explique quantas e quais as articulações que formam a articulação do 
cotovelo, seus movimentos e sua classificação. 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Explique quais são os estabilizadores passivos e dinâmicos, suas funções e 
por que são importantes? 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
3) Quais articulações formam o complexo do punho? Cite sua classificação e 
movimentos realizados. 
______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
4) De acordo com os movimentos realizados no punho, pontue os músculos 
que são responsáveis pela ação. 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
5) Explique o termo Antagônico Sinérgico e cite três exemplos no corpo 
humano. 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
48 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
 
ROTEIRO PARA AULA PRÁTICA 
ANATOMIA PALPATÓRIA DO COTOVELO PUNHO E MÃO 
Kátia Virgínia Viana Cardoso 
Mariana de Oliveira Gonçalves 
Introdução: 
Como forma de identificar e investigar as estruturas corporais, o estudo da 
anatomia palpatória permite ao fisioterapeuta extrair informações sobre a 
região avaliada e seus aspectos particulares (TIXA, 2009). 
 
Objetivo geral: 
 Identificar os relevos ósseos do cotovelo. 
 
Objetivos específicos: 
 Palpar as referências anatômicas ósseas acessíveis à palpação do 
complexo articular do cotovelo. 
 
Materiais utilizados: 
 Roteiro, livro didático, esqueleto articulado, maca terapêutica e lápis 
dermográfico. 
 
Metodologia: 
Os alunos serão divididos em grupos com 5 alunos, estes observarão a 
identificação da estrutura no esqueleto articulado. Em seguida, identificarão a 
estrutura no corpo do colega utilizando o lápis dermográfico e observarão a 
49 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
técnica de palpação das estruturas anatômicas demonstradas pelo professor 
para que estes possam treinar no grupo. 
 
PALPAÇÃO DAS REFERÊNCIAS ANATÔMICAS DO COMPLEXO 
ARTICULAR DO COTOVELO: 
Capítulo do úmero: Paciente sentado com o MS relaxado, fisioterapeuta ao 
lado do paciente, com o indicador, palpa a porção distal e lateral do úmero, 
visto que ele se articula com a fóvea do rádio. Em seguida, flexiona o cotovelo 
para perceber sob os dedos o máximo de extensão do capítulo. Ao fazer isso, 
notará a parte posterior e inferior da estrutura. 
Epicôndilo Lateral do Úmero: Paciente sentado, fisioterapeuta ao lado do 
paciente, com o indicador, palpa a região proximal e lateral acima do capítulo 
do úmero e abaixo da extremidade distal da crista supracondilar lateral. Sob os 
dedos, a estrutura se mostrará rugosa. 
Crista Supraepicondilar Lateral: Paciente sentado com o ombro abduzido a 
cerca de 90°, fisioterapeuta ao lado do paciente, com o indicador, palpa a 
região da crista que será sentida como uma aresta viva, nítida e diretamente 
acessível sob a pele, acima do epicôndilo lateral. É também muito mais 
marcada que a crista supracondilar medial. 
Obs.: Essa crista é continuada proximalmente pela margem lateral do úmero 
(que aparece muito marcada sob os dedos) até a marca lateral da tuberosidade 
deltoidea. 
Fossa do Olécrano: Paciente sentado com o cotovelo fletido entre 130° e 
140°, fisioterapeuta ao lado do paciente. Na extremidade distal da face 
posterior do úmero, com a posição pulpar bidigital, apoia o capítulo do úmero. 
Em seguida, dirige a pegada para trás, empurrando o tendão do músculo 
tríceps braquial medialmente. A fossa se apresentará sob os dedos acima do 
olécrano. 
Epicôndilo Medial do Úmero: Paciente sentado, fisioterapeuta ao lado, com o 
indicador, palpa a região situada acima e medialmente à tróclea do úmero, na 
50 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
extremidade distal da margem medial do corpo do osso. A face posterior do 
epicôndilo medial é lisa e cortada por um sulco vertical por onde passa o nervo 
ulnar. A margem inferior dá passagem ao ligamento colateral ulnar da 
articulação do cotovelo. 
Crista Supraepicondiar Medial: Paciente sentado com o ombro abduzido a 
cerca de 90°, fisioterapeuta ao lado, com a polpa dos dedos, palpa a região 
acima do epicôndilo medial. A crista se apresentará como uma margem macia 
e de fácil acesso. A crista estende-se proximalmente pela margem medial do 
úmero. 
Sulco do Nervo Ulnar: Paciente sentado ou de pé, o fisioterapeuta segura 
com o indicador e o polegar (dedos em pinça) o sulco que é vertical e cortado 
na face posterior do epicôndilo medial. O polegar ficará colocado medialmente 
sobre o epicôndilo medial e o indicador fica posicionado sobre o olécrano. 
Cabeça do Rádio: Paciente sentado ou em pé com o braço em abdução de 
90° e cotovelo em flexão de 90°. Os dedos do fisioterapeuta estarão em pinça, 
“polegar-indicador”, no nível do capítulo do úmero, desse modo, ele deixará as 
mãos deslizarem distalmente sem perder contato com a pele do paciente. 
Depois, perceberá, sob os dedos a interlinha articular úmero-radial, a mão irá 
segurar a cabeça do rádio. Em caso de dúvida, os movimentos de prono e 
supino podem ser realizados para sentir a movimentação da cabeça do rádio. 
Colo do Rádio: Paciente sentado ou em pé com o braço em abdução de 90° e 
o cotovelo em flexão de 90°. Com os dedos em pinça, segurando a cabeça do 
rádio, o fisioterapeuta descerá a mão distalmente, cerca de um dedo. Ao fazer 
isso, encontrará um “estrangulamento” que é o colo do rádio. 
Tuberosidade do Rádio: Paciente com uma leve abdução de braço, o 
fisioterapeuta com o polegar palpará a região medial proximal do fundo do 
sulco da dobra do cotovelo. É importante notar que a supinação aproxima a 
tuberosidade dos dedos e a pronação afasta. 
 
51 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
Olécrano: Paciente em pé ou sentado com o cotovelo fletido, fisioterapeuta 
atrás do paciente deverá palpar a região distal e posterior do úmero sobre a 
espícula que se forma. 
Margem posterior do corpo da Ulna: Paciente em pé com o ombro abduzido 
e cotovelo fletido, fisioterapeuta, na frente do paciente, procura a margem 
posterior do corpo da ulna medialmente em relação à face posterior do 
olécrano. 
Processo Coronóide da Ulna: Paciente com o cotovelo estendido, 
fisioterapeuta em frente ao paciente, coloca uma das mãos sobre a face 
posterior do cotovelo ao nível do olécrano. Depois, com o cotovelo do paciente 
em leve flexão, a outra mão do fisioterapeuta posiciona-se na margem medial 
da extremidade proximal da ulna; o polegar é colocado medialmente ao tendão 
distal do músculo bíceps braquial, enquanto que os outros dedos do 
fisioterapeuta ficam espalmados na margem posterior da ulna. O polegar do 
fisioterapeuta acha-se diante do processo coronóide, estrutura que só pode ser 
abordada indiretamente. 
 
PALPAÇÃO DAS REFERÊNCIAS ANATÔMICAS MUSCULARES: 
Corpo da cabeça longa do músculo bíceps braquial: Paciente deitado em 
DD com ombro levemente fletido e abduzido, fisioterapeuta estabiliza o 
membro pelo punho em posição neutra, mantendo o cotovelo em leve flexão. O 
músculo é palpado bidigitalmente pela sua região lateral. Pedir ao indivíduo 
que realize uma sequência de ‘’contrair-relaxar’’ para flexão de cotovelo. 
Corpo da cabeça curta do músculo bíceps braquial: Paciente sentado ou 
em pé com cotovelo flexionado e supinado, fisioterapeuta aplica uma 
resistência para flexão de cotovelo e, com a outra mão em posição bi ou 
tridigital, palpa o terço proximal da face anterior do braço. A partir dessa 
posição, desce em direção à procura de um sulco que separa os corpos 
musculares. 
 
52 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
Tendão do músculo bíceps braquial: Paciente sentado ou em pé, 
fisioterapeuta solicita uma contração resistida de flexão de cotovelo para 
percebê-lo na região da interlinha articular do cotovelo. 
Corpo do músculo coracobraquial: Paciente sentado, fisioterapeuta aplica 
resistênciacontra a flexão de cotovelo na região anterior do antebraço e palpa 
com o polegar na face medial do braço e atrás da cabeça curta do músculo 
bíceps braquial. 
Corpo do músculo braquial: Paciente sentado ou em pé, fisioterapeuta palpa, 
com os dois polegares na região lateral e medial do braço por trás do músculo 
bíceps braquial, solicita ao paciente que realize a contração resistida de flexão 
do cotovelo. 
Tendão proximal do músculo tríceps braquial: Paciente sentado ou em pé, 
em abdução de ombro a 90º e flexão de cotovelo a 90º; fisioterapeuta ao lado 
do paciente palpa uni ou bidigitalmente a região posterior do ombro, em contato 
com o feixe posterior do músculo deltoide e lateralmente ao músculo redondo 
menor; solicita ao indivíduo que realize a extensão do antebraço resistido na 
região de punho distal. 
Corpo muscular da cabeça longa do músculo tríceps braquial: Paciente 
sentado ou em pé, fisioterapeuta solicita que realize uma extensão de cotovelo 
contra resistência e perceberá os contornos do corpo muscular. Não confundir 
com o corpo da cabeça lateral e medial. 
Cabeça lateral do músculo tríceps braquial: Paciente sentado ou pé, 
fisioterapeuta solicita que realize a extensão resistida do cotovelo para 
percebê-lo lateral e anteriormente à cabeça longa do músculo tríceps braquial. 
Cabeça medial do músculo tríceps braquial: Paciente sentado ou em pé, 
fisioterapeuta solicita que realize contração em extensão de cotovelo e palpa, 
na região distal e medial, a cabeça longa do músculo tríceps braquial. 
Tendão distal do músculo tríceps braquial: Paciente sentado ou em pé, 
fisioterapeuta palpa a região posterior do cotovelo, imediatamente superior ao 
olécrano e solicita contração contra resistência em extensão do cotovelo. 
53 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
PALPAÇÃO DAS REFERÊNCIAS ANATÔMICAS DO COMPLEXO 
ARTICULAR DO PUNHO E MÃO: 
Extremidade inferior da ulna (Cabeça da ulna): Paciente sentado, cotovelo a 
90°, punho pronado, fisioterapeuta ao lado do paciente palpa a região distal da 
ulna sob intumescência que se apresenta sob o punho. De forma cilíndrica, é 
composta por duas saliências separadas por um sulco: processo estiloide 
(saliência póstero-medial) que deve ser palpado com uma pinça polegar-
indicador e circunferência articular (se articula com a incisura ulnar do rádio). 
Extremidade inferior do rádio: Paciente sentado, cotovelo a 90°, punho 
neutro, fisioterapeuta ao lado. Na face lateral do punho, encontra-se o processo 
estiloide do rádio que pode ser palpado com o indicador. O tubérculo dorsal do 
rádio se é percebido na região dorsal do punho (para facilitar visualização, 
solicite ao paciente que realize flexão de punho), usar o indicador durante a 
palpação. 
 
OSSOS DO CARPO: 
Tabaqueira anatômica: Os tendões dos músculos extensor longo e curto do 
polegar, quando em contração, deixam em evidência um assoalho na região 
póstero-lateral da mão. Nesse assoalho, proximalmente é encontrado o 
escafoide e distalmente o trapézio. 
Escafoide: A partir da técnica da tabaqueira anatômica, o fisioterapeuta 
desliza o dedo indicador no sentido de proximal para distal entre os tendões 
dos músculos extensor curto e longo do polegar. Pode-se realizar um desvio 
ulnar de forma passiva para evidenciar mais o escafoide. 
Semilunar: Para evidenciar a estrutura, o paciente deve realizar flexão de 
punho. Após observar o tubérculo do rádio, o fisioterapeuta deve montar a mão 
como um “cavalo” e com o indicador na região medial da mão (dorso da mão). 
Piramidal: Solicita ao paciente que realize flexão de punho com o antebraço 
em supinação, fisioterapeuta palpa com o polegar o processo estiloide da ulna 
e, na próxima saliência óssea mais distal, percebe-se o osso piramidal. 
54 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
Pisiforme: Local de inserção do músculo flexor ulnar do carpo que deve ser 
utilizado como referência para a palpação na base da eminência hipotenar. 
Com a pinça polegar-indicador, o fisioterapeuta pode segurar a face anterior do 
pisiforme. 
Trapézio: Realizar a técnica de palpação do escafoide e em seguida deslocar 
o polegar distalmente até a barreira do primeiro metacarpo, o fisioterapeuta 
deve sentir o osso trapézio sob o polegar. 
Trapezoide: Paciente deve realizar flexão de punho, em seguida, o 
fisioterapeuta deslizará o indicador no sentido distal para proximal até atingir a 
base do segundo metacarpo. Em seguida, desliza o dedo para a depressão 
que se encontra após a base do segundo metacarpo. 
Obs.: O contato com a face dorsal do osso nem sempre é fácil, pois se 
encontra retraído em relação à base do metacarpo. 
Capitato: Após situar a localização da base do terceiro metacarpo, 
fisioterapeuta desliza o indicador no sentido de distal para proximal. O capitato 
é uma “extensão” do terceiro metacarpo. 
Hamato: Realizar o procedimento da palpação do osso piramidal e, em 
seguida, deslizar o polegar para distal, localização da face lateral do hamato. 
 
PALPAÇÃO DAS REFERÊNCIAS ANATÔMICAS MUSCULARES: 
Tendão músculo flexor radial do carpo: Com punho serrado com desvio 
radial, é possível visualizar o músculo flexor radial do carpo lateralmente ao 
músculo palmar longo. 
Tendão do músculo palmar longo: Realizar a oposição de polegar e dedo 
mínimo e, em seguida, a flexão de punho. O tendão estará entre os músculos 
flexor radial do carpo (lateralmente) e músculo flexor ulnar do carpo 
(medialmente). 
 
55 
 
Departamento de Fisioterapia - Universidade Federal do Ceará 
Tendão do músculo flexor ulnar do carpo: Realizar flexão de punho e desvio 
ulnar com punho serrado. O tendão aparecerá na região anterior e mais medial 
do punho. 
Tendões dos músculos abdutor longo do polegar, extensor curto do 
polegar e extensor longo do polegar: Realizar a técnica da tabaqueira 
anatômica, o músculo mais superior será o extensor longo do polegar e o mais 
inferior o abdutor longo do polegar, ficando entre eles o extensor curto do 
polegar que devem ser palpados com o polegar. 
Tendão do músculo extensor radial longo do carpo e extensor radial curto 
do carpo: Com o punho serrado, realizar resistência para extensão do punho. 
Durante essa técnica, aparecerá os músculos extensor radial longo do carpo e 
extensor radial curto do carpo, estando o extensor radial longo do carpo 
medialmente e o extensor radial curto do carpo lateralmente. 
Tendão do músculo extensor ulnar do carpo: Solicitar extensão de punho 
(aplicar resistência) acompanhada de desvio ulnar, o tendão aparecerá na 
região póstero-medial do punho. 
 
Referências: 
TIXA, S. Atlas de anatomia palpatória. Vol.1. 2ª edição. Barueri – SP, 
Manole, 2009.

Continue navegando