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ATIVIDADE DE ESTÁGIO PARA: EDUCAÇÃO INFANTIL E/OU ENSINO 
FUNDAMENTAL 
 
 
 
Nome da estudante: Claudinéia Gomes Mateus Santiago RA: 1615748 
Turma: 2018 Polo: Bebedouro 
 
Modalidade: ( ) Educação Infantil 
 ( X ) Ensino Fundamental 
 
 RELATÓRIO SOBRE A ENTREVISTA REALIZADA COM A PROFESSORA MARIA 
LUCIMAR VISONÁ DA SILVA. 
No dia 20 de outubro de 2020, realizei a entrevista com a professora que atua no Ensino 
Fundamental de 48 anos, que é formada em Pedagogia e pós-graduada em Atendimento 
Educacional Especializado, Letramento e Alfabetização, está cursando atualmente pós-
graduação em Psicomotricidade e Ludo pedagogia. e que atua no 4º ano do ensino fundamental, 
alfabetizando crianças há 26 anos. Ela relatou, em sua entrevista, que recebeu várias 
orientações, apoio e ajuda da equipe gestora da escola para desenvolver tanto as atividades que 
seriam impressas e depois enviadas as residências dos estudantes; como para uso de uma 
plataforma online Esta entrevista trata-se de uma modalidade de ensino remoto, é uma maneira 
encontrada de aproximar o futuro professor da realidade escolar e situações com quais irá 
trabalhar e entender como está sendo o planejamento desse novo método de aula, sendo 
novidade para ambos os lados e com dificuldades inéditas, busca conhecer como tem sido o 
apoio em que os professores e escolas estão recebendo da secretaria de educação e como tem 
sido a devolutiva dos alunos quanto a esse novo método de ensino, bem como de suas famílias. 
Quando a pandemia teve início, em meados de março, me vi pensando como teria que 
preparar meus alunos para o que aconteceria em seguida, confesso que subestimei o fato, para 
mim seriam somente alguns dias, e logo estaríamos de volta, por enquanto ficaríamos em casa, 
para preservar nossa saúde. 
Esse foi meu pensamento inicial, e foi assim eu preparei meus alunos do 4º ano, para o 
que iríamos enfrentar, jamais imaginei passar por uma situação dessas. 
E não foi somente a professora Lucimar que pensou dessa maneira, isso foi um 
pensamento geral. A pandemia logo passará... 
Não foi bem isso que aconteceu, com isso, os quinze dias iniciais, se transformaram em 
meses, bimestres, semestres, arrastando o ano, e mais uma vez nós os professores nos vimos 
obrigados a reinventar-nos, mais do que já fazíamos diariamente para conseguir lecionar; agora 
o caso era mais complicado, como faríamos para levar a informação e o aprendizado a todos 
nesse tempo de aulas remotas, considerando a realidade de cada um, sabendo que alguns não 
tem ao menos uma conexão digna com a internet, muito menos ferramentas para se conectar. 
Apesar de vivermos em um mundo muito tecnológico, muitas pessoas não vivem essa 
realidade, vivem o contrário disso; nós professores sabendo que existem lugares que tem sequer 
saneamento básico, temos que programar nossas atividades para chegar a todos os alunos, como 
pensamento de inclusão, afinal de nada adianta aulas remotas se a aprendizagem não chegar a 
todos, e foi pensando assim que começamos a replanejar nossas aulas para o ano letivo que 
tinha acabado de começar. 
As aulas remotas certamente não são um sucesso absoluto, não podemos esquecer que 
aulas online para crianças, que na maioria das vezes precisam contar com a ajuda de pais, mães, 
avós, etc., que não tem o conhecimento suficiente para auxiliar o aluno, as vezes não tem tempo, 
ou interesse, ou qualquer outra desculpa para deixar para lá e aproveitarem essa oportunidade 
de se aproximar da criança e formar um vínculo ainda maior. 
Para nós professores tem sido pior ainda, a principal preocupação está sendo como 
planejar as aulas que transmitam a informação necessária, que prenda a atenção dos alunos e 
desperte seu interesse. Mesmo tendo grupos de estudos online, orientação do coordenador 
escolar, as dificuldades são imensas, afinal se trata de algo totalmente inédito. 
A rotina de trabalho deve ser seguida à risca, qualquer desvio de atenção, pode pôr a 
perder horas, o que no final do dia fará muita falta. Os projetos escolares propostos no começo 
do ano letivo, tiveram continuidade, apesar de algumas adaptações que se fizeram necessárias. 
A maioria das atividades são elaboradas de acordo com pesquisas feitas na internet e 
livros didáticos (EMAI& LER E ESCREVER, APRENDER JUNTOS HISTÓRIA CIÊNCIAS 
E GEOGRAFIA ,CONECTADOS e ÁPIS), o computador acaba sendo uma extensão do corpo 
do professor nesses dias, pois precisamos nos organizar, criar fóruns de debates, grupos de 
whattsapp, tudo que poderia nos auxiliar nesse momento, nossa Secretaria de Educação 
disponibilizou uma plataforma onde as atividades são postadas, é por lá que o aluno acessa e 
participa das aulas. 
Alguns alunos estão evoluindo bem, alguns não tem tanto progresso, geralmente os 
alunos com dificuldades são os mesmos que necessitam de mais atenção nas aulas presenciais. 
A participação do aluno na plataforma, suas postagens das atividades e sua participação nos 
encontros online semanais, formam a base para definir seus progressos e no final de cada 
semestre devo preencher uma planilha onde consta as habilidades para cada disciplina, dando 
PS para resultado plenamente satisfatório, S para satisfatório, R para regular e I para 
Insatisfatório., essa planilha serve de base para definir avanços e regressos e determinar notas. 
Os encontros ao vivo semanais, por meio de vídeo conferência através do Google Meet, é a 
maneira encontrada para matar a saudade, tirar as dúvidas e interagir com as famílias, servindo 
como avaliação também. 
Como a grande maioria dos professores, a grande dificuldade está em preparar uma aula 
de qualidade, com recursos precários, já que alguns alunos não conseguem ter acesso como os 
demais, e são esses alunos que demandam mais trabalho, porque os professores tem que 
desenvolver uma aula online, e deve fazer também a mesma atividade impressa, para o aluno 
que não tem acesso à internet procurar a escola e fazer suas atividades. 
Sem dúvida é um desafio gigante lidar com o sentimento de ansiedade, tanto do aluno, 
quanto dos pais e professores, já que está sendo uma batalha para cada um; o professor sem 
dúvida, muito pressionado por resultados é quem mais sofre nesse cenário. 
Nessa fase que os alunos se encontram, não é possível substituir com a mesma 
efetividade a presença física em sala de aula, uma vez que faz parte do processo de 
aprendizagem, a vivência diária em sala de aula, a convivência com os demais, a troca de 
informações e habilidades que jamais poderão ser substituídos. 
A nós professores cabe somente a torcida para que esse ano se encerre levando consigo 
todas as dificuldades que fizeram parte desse ano letivo, sem dúvidas haverá diversos prejuízos 
na aprendizagem, prejuízos emocionais, mas não se pode esquecer que as dificuldades nos 
fazem mais fortes. 
Com essa entrevista pude perceber o quanto está sendo difícil para o professor dar as 
suas aulas, eu geralmente via esse assunto por outro prisma, já que tenho um filho de dez anos 
e sei a luta diária que é fazer uma criança se sentar à frente de um computador para fazer suas 
atividades, é desgastante para a criança e para o adulto que precisa fazer a função de professor 
em casa, mesmo sem ter preparo e formação para isso. Nessas horas tenho certeza de que a 
maioria dos pais começaram a respeitar e valorizar o trabalho do professor, se uma criança em 
casa demanda tanto empenho e atenção, imagina para um professor que tem na maioria das 
vezes uma sala superlotada, condições precárias de trabalho, etc. 
Essa entrevista me mostrou o espírito que um profissional deve ter, o “jogo de cintura” 
que é preciso dia a dia, mesmo em um período normal para levar informação de qualidade a 
todos os alunos, nessa hora percebi que o que move essa profissão é o dom que esses 
profissionais já nasceram, que é o amor e a dedicação por essa linda profissão.

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