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Definição IVC é um distúrbio caracterizado pelo mal funcionamento das válvulas. Relacionado ou não com obstrução do fluxo sanguíneo. Ocorrendo nas veias profundas, superficiais ou ambas. É resultado do regime de hipertensão venosa. Fatores de Risco Idade avançada. Sexo feminino. Posição supina prolongada. Gestação. Anticoncepcional oral. Trauma de MMII. Fisiopatologia Existem dois mecanismos para hipertensão venosa. Refluxo do sistema profundo para o superficial. Pressão hidrostática A incompetência das válvulas e das veias comunicantes causam hipertensão venosa. Mecanismo dinâmico Relacionado com o funcionamento do músculo da panturrilha. Esse musculo funciona como uma bomba, ele contrai as veias profundas causando a ejeção. Essa bomba permite a diminuição e aumento exacerbado da pressão dentro das veias permitindo o bom efluxo de sangue das veias superficiais para as profundas, e das profundas para o coração. O seu bom funcionamento depende da presença de veias de drenagem pérvias com musculatura eutônica e eutrófica, integridade neural e articulações livres. A disfunção do musculo da panturrilha mesmo sem problema nas válvulas pode causar IVC, pois, irá manter a pressão constantemente alta. Resumo Hipertensão venosa Refluxo de sangue em direção ao leito capilar Lesão endotelial Edema e hipoperfusão tecidual Inflamação e perda tecidual Úlceras Ainda não se sabe ao certo os mecanismos que causam as úlceras, entretanto, existem 2 teorias. A primeira acredita que a dilatação das veias superficiais causa um aumento nos poros, permitindo o deposito de fibrinogênio- impedindo a troca de O2. A segunda diz respeito a morte de leucócitos causada pelo refluxo de sangue, que liberam citosinas e causam úlceras. Etiologia Congênita Defeito das válvulas venosas, síndrome de Weber. Primaria Alterações das válvulas venosas por hipertensão venosa profunda. Secundaria Síndrome pós-trombótica/trauma. Superficial Defeito nas válvulas venosas superficiais. Profunda Lesão das válvulas principalmente por TVP. Diagnostico Anamnese +exame físico. Fatores indispensáveis na anamnese: Queixa e a duração dos sintomas, como, por exemplo, história da doença atual; caracterização de doenças anteriores (especialmente a trombose venosa); traumatismos prévios dos membros; e existência de doença varicosa. Sintomas Sensação de peso e dor nos membros inferiores. Edema. Melhora com a elevação do membro. Pacientes relatam piora no final do dia. Prurido pode estar presente. Dor como em queimação. No exame físico, devem ser observados os seguintes sintomas: Veias varicosas. Úlceras venosas. Tromboflebite- inflamação dos vasos. Hiperpigmentação (a hemoglobina que permanece no interior tissular transforma-se em hemossiderina, que dá coloração castanha à pele). Lipodermatosclerose (alteração devido à substituição progressiva da pele e do tecido subcutâneo pela fibrose). Edema depressível (maior na perna sintomática). Classificação Classificação clínica (C): Classe 0 – Sem sinais visíveis ou palpáveis de doença venosa. Classe 1 – Telangiectasias e/ou veias reticulares. Classe 2 – Veias varicosas. Classe 3 – Edema. Classe 4 – Alterações de pele (hiperpigmentação, lipodermatosclerose). Classe 5 – Classe 4 com úlcera cicatrizada. Classe 6 – Classe 4 com úlcera ativa Exames complementares A ultrassonografia venosa com doppler de ondas contínuas é o principal método de avaliação após o exame clínico, podendo detectar refluxo em junção safeno-femoral ou safeno-poplítea. Venografia ou Flebografia. Diagnostico diferencial Celulite Erisipela Neoplasia de pele Úlcera diabética Tratamento Uso de meias de compressão- atua através da diminuição no diâmetro do vaso, aproximando os folhetos das válvulas, suprimindo o refluxo, diminuindo a pressão venosa, aumentando a velocidade do fluxo venoso (resultando em descongestão dos tecidos e aspiração do sangue do leito capilar) e a função da bomba venosa. Elevação dos membros. Controle das comorbidades: sedentarismo, tabagismo, HAS e DM. Realizar atividade física. Ligadura da veia safena magna. Flebectomia- retirada dos vasos que estão insuficientes. Excleroterapia com ablação e Laser endovenoso. Referencias FRANÇA, Luís Henrique Gil; TAVARES, Viviane. Insuficiência venosa crônica. Uma atualização. 2003. CASTRO, A. A. et al. Diagnóstico e tratamento da doença venosa crônica. Jornal Vascular Brasileiro, v. 4, n. 2, p. 185- 94, 2005.
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